A resolução do caos automóvel no Cais do Sodré, em Lisboa, particularmente às horas de ponta, continua à espera de decisões e de datas, mas uma coisa é certa: não haverá regresso do eléctrico 24, que ligava o Cais do Sodré a Campolide.
Questionado pelo PÚBLICO, o secretário-geral da transportadora, Luís Vale, explicou que o regresso desta linha - desejada pela própria autarquia, que aprovou em 2007 uma recomendação na Assembleia Municipal - "está a ser objecto de estudo, não sendo prioritário no curto prazo, face aos grandes constrangimentos financeiros e à existência de boas alternativas de transporte público naquele eixo". Uma posição que contraria portanto os planos camarários, na medida em que o regresso da carreira do eléctrico n.º 24 foi pensado no plano de circulação.
Quanto aos problemas do trânsito automóvel, a solução está dependente de vários agentes: falta a plena execução do novo sistema de circulação na Baixa pombalina e, acima de tudo, espera pelas obras de reabilitação na Avenida da Ribeira das Naus, na redefinição do Jardim Roque Gameiro -a metade sul do Cais do Sodré e outra das grandes janelas para o Tejo.
Já há estudo prévio da Parque Expo para o jardim, e a Câmara de Lisboa tem preparadas medidas para mitigar o congestionamento viário. Faltam é decisões e datas. A Sociedade Frente Tejo faz depender tudo o resto do espaço da Ribeira das Naus e da ligação da Praça do Comércio ao Cais do Sodré, passando pelos novos edifícios das agências europeias (de Segurança Marítima e Observatório da Droga). Caso se concretize o estudo prévio, a zona de paragem de autocarros ficará numa das laterais, junto à estação de comboio e de metro. O vereador da mobilidade, Fernando Nunes da Silva, vai dizendo que um projecto não está, necessariamente, a aguardar a resolução de outro, "desde que sejam acauteladas as zonas de contacto e se considere a continuidade de pavimentos, o que está garantido".
Menos conflitos
As linhas gerais do novo esquema de circulação automóvel para o Cais do Sodré passam, inclusivamente, pela construção de um parque de estacionamento subterrâneo da Administração do Porto de Lisboa junto às referidas agências, pelo prolongamento das linhas de eléctrico da 24 de Julho, evitando a Rua Bernardino Costa, e flectindo à esquerda para entrar na Rua do Arsenal junto ao Corpo Santo. E o mesmo se aplicará aos demais transportes colectivos.
"Trata-se de ligar a parte sul da praça ao rio e separar esta zona da praça do tráfego de automóveis, dado que será afectada a interface de transportes e a acessos locais. A ligação à R. do Alecrim irá processar-se através de uma viragem à esquerda na Av. 24 de Julho, o que permite melhorar o funcionamento da própria Rua do Alecrim", explica o vereador, que reforça a importância do prolongamento do corredor de transportes colectivos da Av. 24 de Julho até ao Corpo Santo: "Evitará muitos dos conflitos com os atravessamentos diagonais que hoje ocorrem. Todo o espaço pedonal é aumentado para o dobro do existente e as circulações dos transportes colectivos e individuais são melhoradas, como menos conflitos e uma acessibilidade mais directa a cada destino."
A interface do Cais do Sodré é considerado o maior pólo de atracção de viagens em transporte colectivo na Baixa, com um dos maiores movimentos de passageiros: 28.500 pessoas do metro, outros tantos por via fluvial, e 22 mil pelo comboio.
Questionado pelo PÚBLICO, o secretário-geral da transportadora, Luís Vale, explicou que o regresso desta linha - desejada pela própria autarquia, que aprovou em 2007 uma recomendação na Assembleia Municipal - "está a ser objecto de estudo, não sendo prioritário no curto prazo, face aos grandes constrangimentos financeiros e à existência de boas alternativas de transporte público naquele eixo". Uma posição que contraria portanto os planos camarários, na medida em que o regresso da carreira do eléctrico n.º 24 foi pensado no plano de circulação.
Quanto aos problemas do trânsito automóvel, a solução está dependente de vários agentes: falta a plena execução do novo sistema de circulação na Baixa pombalina e, acima de tudo, espera pelas obras de reabilitação na Avenida da Ribeira das Naus, na redefinição do Jardim Roque Gameiro -a metade sul do Cais do Sodré e outra das grandes janelas para o Tejo.
Já há estudo prévio da Parque Expo para o jardim, e a Câmara de Lisboa tem preparadas medidas para mitigar o congestionamento viário. Faltam é decisões e datas. A Sociedade Frente Tejo faz depender tudo o resto do espaço da Ribeira das Naus e da ligação da Praça do Comércio ao Cais do Sodré, passando pelos novos edifícios das agências europeias (de Segurança Marítima e Observatório da Droga). Caso se concretize o estudo prévio, a zona de paragem de autocarros ficará numa das laterais, junto à estação de comboio e de metro. O vereador da mobilidade, Fernando Nunes da Silva, vai dizendo que um projecto não está, necessariamente, a aguardar a resolução de outro, "desde que sejam acauteladas as zonas de contacto e se considere a continuidade de pavimentos, o que está garantido".
Menos conflitos
As linhas gerais do novo esquema de circulação automóvel para o Cais do Sodré passam, inclusivamente, pela construção de um parque de estacionamento subterrâneo da Administração do Porto de Lisboa junto às referidas agências, pelo prolongamento das linhas de eléctrico da 24 de Julho, evitando a Rua Bernardino Costa, e flectindo à esquerda para entrar na Rua do Arsenal junto ao Corpo Santo. E o mesmo se aplicará aos demais transportes colectivos.
"Trata-se de ligar a parte sul da praça ao rio e separar esta zona da praça do tráfego de automóveis, dado que será afectada a interface de transportes e a acessos locais. A ligação à R. do Alecrim irá processar-se através de uma viragem à esquerda na Av. 24 de Julho, o que permite melhorar o funcionamento da própria Rua do Alecrim", explica o vereador, que reforça a importância do prolongamento do corredor de transportes colectivos da Av. 24 de Julho até ao Corpo Santo: "Evitará muitos dos conflitos com os atravessamentos diagonais que hoje ocorrem. Todo o espaço pedonal é aumentado para o dobro do existente e as circulações dos transportes colectivos e individuais são melhoradas, como menos conflitos e uma acessibilidade mais directa a cada destino."
A interface do Cais do Sodré é considerado o maior pólo de atracção de viagens em transporte colectivo na Baixa, com um dos maiores movimentos de passageiros: 28.500 pessoas do metro, outros tantos por via fluvial, e 22 mil pelo comboio.
In Público
10 comentários:
Se eu viver até aos 150 se calhar e com sorte sou capaz de ver essa maravilha.
eu só quero ver onde vão parar os autocarros à espera de arrancar.... mas se calhar o desenho é que não mostra
O parolo que desenhou a expo está a transformar lisboa (com letra pequena) numa fantasia. Sem dignidade a cidade antiga vira uma feira de vaidades.
Toda a razão discomplex. Normalmente os arquitectos percebem muito de desenhos e coisas bonitas, mas não percebem nada de coisas práticas.
O Cais Sodré está muito bem como está, mas têm que gastar dinheiro a piorá-lo.
Depois queixem-se da crise. Adoram deitar dinheiro ao lixo.
Quanto aos sem-abrigo a câmara não está sequer preocupada e quando tem que dizer algo, diz que não tem dinheiro, mas para deitar predios de habitaçao social abaixo e ter casas fechadas à anos e para fazer obras que não servem para nada há dinheiro. Enfim prioridades.
Não se esqueçam de fazer um projecto de "design" bem gasto e batido como o da Praça do Comércio e tantas outras neste país. E principalmente das iluminárias pseudo-design, lindas como as da Praça do Comércio e como as do novo arranjo da Duque de Ávila. É que os arquitectos portugueses já não dão para mais, e o público deles nem se importa!
Naquele "magnífico" complexo da EMSA, ali ao Cais-do-Sodré, que tem o pequeno problema de ali nunca dever ter sido erigido, onde todos os dias viaturas estrangeiras com "gente importante" dentro e conduzidas por motoristas entram, há um edifício que tem uma espécie de «avançado», debaixo do qual sem-abrigo encontraram poiso.
Tudo aquilo é revoltante e caracteriza bem a nossa pobre capital: desde a inacreditável situação da construção, à esperteza saloia do referido «avançado», aos sem-abrigo ali plantados, à impossibilidade de passar junto ao rio, há tempos infinitos, entre Cais-do-Sodré e Terreiro do Paço..
O tal «avançado» é no edifício mais claro que aqui se vê à direita (foto de cima).
http://www.emsa.europa.eu/end803.html
Estes projectistas são mesmos uns parôlos, um lago com repuxo. Não era necessário competir com o Tejo logo ali ao lado! Deve ser o bidé!
É o que mais há-de-ser à força de desenharem tanto sai treta.
Será que não podiam ter olhado para a simplicidade dos edificios pombalinos? Desta forma o Cais do Sodré virou uma autentica parolada o vergonhoso edificio do tainha merecia uma praça assim.
Ora toma lá! Só falta mesmo é uns vulcõeszinhos...e uns paliteiros que dão luz, (é que as comissões são bem mais interessantes)vá-lá ficava mesmo bem!
LOBO VILLA
É extraordinário como se pode projectar o abate de um jardim romantico que lá está em favor duma espécie de sambódromo de palmeiras,virado ao vento Norte, sem uso provável ...
Muito desatentos andam os Paisagistas e os Agrónomos deste país !
(As palmeiras-a "palmeirite aguda" que atacou os autarcas- são um bom negócio com Espanha,dizem-me)
e o quioque oitocentista? vai ser abatido? um projecto bem intencionado mas um pouco parolo.
Ou seja, um Martim Moniz II...! Já estragaram tantas praças de Lisboa e querem estragar mais!! Miséria...!
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