28/05/2009


16 comentários:

Anónimo disse...

anormal. se não fosse triste, tinha graça

Anónimo disse...

Finalmente, percebi.

O sujeito quer um percurso em que as pessoas, que chegam à Praça e ficam desorientadas, se atirem ao rio.

Afinal, a coisa tem sentido, era preciso era a gente meditar...

Anónimo disse...

Estás a gozar, mas eu conheço o caso de umas pessoas que chegaram ao Terreiro do Paço, não perceberam de que lado era o rio, e foram à procura dele até ao Bairro Alto!

Ferreira arq. disse...

Título "Terreiro do Paço é uma praça que não serve para estar"...

É desta que o céu nos cai em cima da cabeça, diria o Asterix...

Para quem conseguiu detectar o defeito da situação actual desta praça e lhe continua a chamar praça, então devia-a tratar como tal - e resolver o problema para que ela funcione efectivamente como uma "praça".

E o sentido de uma praça nem é o de um "não lugar", nem de um sítio de passagem, nem de um local para tirar umas fotos e dizer que temos monumentalidade - fazer uns postais.

A praça, para não ser uma deturpação daquilo que é a sua função e passar a constituir mais um aborto urbano como tantos outros que para aí se criam, é o resultado de uma confluência social e urbana, onde, pela localização, dimensionamento específico e demais vantagens inerentes à vivência social de quem por aí está, consegue ser o local motivador da espera, do encontro, do convívio; é o estar com referência.

E é por tudo isso que, depois, se lhe dá a importância, o valor arquitectónico e a monumentalidade.

Querer o oposto, dar monumentalidade, propiciar um local para fazer umas fotos e dizer que temos, é tão básico e tão contra-natura, que nem devia ser passivel de discussão entre pessoas que têm capacidade de decisão nestas coisas, e que obrigatoriamente tinham de estar dentro deste assunto, ou estar bem aconselhados...

Isto é um caso anedótico, que nos nivela a todos os Portugueses por uma plataforma muito baixa, indigna dos autores da ordem urbana e social implementada pelo desenho do "novo alinhamento" da cidade de Lisboa "dos architétos Eugénio dos Santos, Carvalho e Carlos Mardel".

Eles criaram a "Real Praça do Comércio" conforme legenda duma das plantas da época. E o comércio era então a vivência principal dos Portugueses, e tinha aqui a sua referência principal - era a confluência dos Portugueses no mundo.

Nós merecemos esta praça a funcionar como uma praça reflexo da sociedade que queremos: ordenada e integrada na sociedade, ou desordeira, apenas para uns copos e umas palhaçadas?

Dizem que a praça não tem património para aí ser recuperado!
O partimónio que aí há a recuperar é aquele que os autores do plano em que se integra a praça lhe definiram à data: o rigôr, a ordem, a simplicidade, a funcionalidade social e urbana reflexo da vida do dia a dia: o sentimento de um povo que quer trabalhar bem, que quer ordem e segurança depois de ter sido vítima de uma catástrofe.

Nós agora queremos também uma praça, que seja reflexo da nossa sociedade, que tenha árvores e que seja também um local onde se possa estar algum tempo: que tenha alma.
E não precisamos de um palco de vaidades, como lá querem fazer.

As árvores já cá estavam antes de nós. E nós não vamos poder cá ficar sem elas.
Tenhamos respeito pelo meio ambiente e pelo património.

Anónimo disse...

"A praça, para não ser uma deturpação daquilo que é a sua função e passar a constituir mais um aborto urbano como tantos outros que para aí se criam, é o resultado de uma confluência social e urbana, onde, pela localização, dimensionamento específico e demais vantagens inerentes à vivência social de quem por aí está, consegue ser o local motivador da espera, do encontro, do convívio; é o estar com referência."

QUE CATÁLOGO DE BANALIDADES!!
Chamar-se algo de 'praça' não significa que sirva esses fenómenos que refere (pensemos na praça de Tianamen com 880 por 500 metros). Por outro lado, omite que a praça do comércio é sistematicamente referida como terreiro; isto acontece fundamentalmente porque a sua dimensão não se deixa interpretar inequivocamente como uma praça. Não por acaso, o arq. Bruno Soares mostrou na apresentação da Ordem dos arquitectos como na praça do comércio cabiam nada mais nada menos que 4 das praças que encaixam no arquétipo que tem em mente: bruxelas, madrid, salamanca e valladolid. Estas sim são essencialmente praças para se estar; a do comércio não. Se quisermos praças para estar há outras disponíveis em lisboa que também merecem intervenções. Não podemos é ceder à imbecil tentação de querer transfomar a praça do comércio na praça das flores. A monumentalidade faz parte da essência da praça do comércio e não é este projecto que lha vai dar; o que é uma verdadeira idiotice é querer pôr lá uma árvorezinhas e uns manjericos para ver se aquilo se parece com o largo do carmo. Mas, tal como as árvores, os idiotas já cá estavam antes de nós ... e continuam a estar.

MA, arquitecto

Anónimo disse...

estupido.

para se refutar o argumento, não é preciso ser boçal.

Anónimo disse...

Não podemos fazer da praça do Comércio a Praça das Flores?

Pois olhe, arquitecto com minúscula, vão ser lançados no mercado uns modelos de automóveis cujo lançamento na Praça do Comércio como ela ficará vai ser ainda melhor que na Praça das Flores.

Ferreira arq. disse...

Embora o comentário não seja educado, revelando talvez o desespero de alguma parte interessada que ande desorientada, deixo apenas a ligação a outro texto meu onde pode ver uma foto do plano da baixa pombalina, onde consegue ler a designação dada ao local em causa aquando da sua concepção: "PRAÇA DO COMÉRCIO".

Praça.

Consegue agora entender o que escrevi? Anda em volta disso, da designação original, que é a maior referência demonstrativa dos termos para que foi concebida e do que se pretendia dela.
Foi concebida como uma praça de uma capital de um país que tinha pessoas que, à data, sabiam gerir um império.

Agora, somos o mesmo mesmo, e nem a nós mesmos nos gerimos, quanto mais um império.
A questão é de facto de educação, como se vê com o que se está a passar.

Ser político neste país, com a garra de antanho, seria pugnar por não fazer coisas erradas, não estragar dinheiro e não desmerecer a cultura do povo. Motivá-lo e saber fazer funcionar a sociedade: colocar os interesses do povo acima dos interesses mesquinhos e pessoais.

E como o texto que publiquei já diz muito nas entrelinhas sobre o que deve ser o espaço daquela PRAÇA, não me alongo mais.

Ver o plano original que definiu a "praça do comércio" em:

http://forumsociedadecivil.blogspot.com/2009/05/praca-do-comercio.html

Anónimo disse...

Tem razão, porque não põem lá árvores?
Alguém apresenta uma razão válida? Elas nunca tiraram imponência a nenhum outro local.

Não pensam fazer lá nenhum parque de estacionamento subterrâneo, daqueles que estouram com todas as árvores nas actuais velhas praças do país, pois não?

Todos sabemos da séria questão da interferência da variação do nível freático, com as estacarias de fundação, no sistema da gaiola pombalina. Por isso não é.

Deve ser por outra coisa.

Anónimo disse...

Eu acho esquisito é ir haver um caminho para conduzir as pessoas ao rio e na ponta desse caminho não porem uma pracnha de saltos para a água.

Isso é que é de estranhar.

HOMOSAPIENS disse...

-"Utilização de um material poroso", grande estúpidez que eu expliquei no post acima deste.(Convido os leitores a ir visitar os comentários)

-Para não falar do losango central"losango que marca a estátua de D.José, em mármore verde", que o arquitecto diz respeitar a cor da estátua, LOL, vê-se aqui que ele é um bocado ignorante pois a estátua tem esta cor porque ainda não foi renovada, quando for(daqui uns 300 anos) a cor do losango e da estatua não vão ser iguais(isso se for renovada).
IGNORANCIA BRUTAL CARAMBA.

J A disse...

Hummm, perdi algo...ou aqueles imaculados degraus não receberam menção? Gostaria de saber qual o motivo para os mesmos.....
E gostaria também de saber, porque razão a Praça mais importante do país....apenas tem direito a uma
(1) proposta?

HOMOSAPIENS disse...

POLITICA PARTIDARIA DE DEIXAR A SUA MARCA.

S.O.S. disse...

Enquanto as pessoas que elegemos (os políticos) andarem confortáveis a aquecer as cadeiras do poder, transformando em profissão essa sua representatividade social que devia ser de apenas temporalidade definida, não vamos ter melhor que isto: arrogância e prepotência autoritária, características de um sistema feudal.

Nem sequer pretendem que as obras tenham qualidade e algum tipo de perenidade: é apenas preciso fazer "a sua obra" até ao dia X.
E se estiver uma obra começada, mesmo que tenha qualidade, se mudar o político: pára a obra e faz diferente.

O político é empregado pelo povo, para um período específico, e tem que garantir a salvaguarda do interesse do público de forma justificada. Mas não é isso que temos visto. E também não está a acontecer aqui.

Todos estes anos andaram a adiar esta obra e agora é à bruta.

Tenham um pouco mais de cuidado e concluam o trabalho com qualidade, que ele tem muitas coisas válidas.
Agora, este pavimento? a falta de árvores? a falta da simplicidade e contexto interpretativo do pombalino? a sociabilidade da praça ao nível do nosso povo?

Percam um mês a redefinir o que está errado, ouçam as opiniões válidas. E mesmo que a obra não esteja pronta para as eleições, perdem menos votos que desta forma, pois a população ganha muito mais.
E será um exemplo de dignidade e cidadania.

S.O.S. disse...

Hoje, 29 de Maio do ano de 2009, o sol esteve uma "torreira" que o litoral, a meio da tarde, mais parecia pleno alentejo, nos meados de agosto.
Como passa pelas cabeças destas pessoas que elaboraram o projecto, manter aquela aridez numa praça?

Talvez devêssemos obrigá-las a ficar uma horita lá pelo meio da actual praça, num dia como este, a saborear aquele espaço tal como o estão a definir, SEM AS ÁRVORES.

Talvez só assim percebam a treta que nos estão a contar com aquele projecto.

Isto é pessoal idealista, que não prova primeiro a porcaria que faz, e só pensa em obrigar os outros a comer!

E talvez o Sr. Presidente da Câmara lhes queira também fazer companhia e provar tal soleirada, já que afinal quem decidiu a aprovação do estudo prévio foi ele mesmo.

Ponham lá árvores, que metade dos problemas da praça ficam resolvidos.

Anónimo disse...

112 diz:

agora com o Tejo limpo, vamos a banhos no Cais das Colunas e, assim, a «torreira» já passa ;)