Em 2016 o Palacete e o Parque Mendonça foram adquiridos pela Fundação Aga Khan. Era enorme a expectativa em relação ao restauro deste Património Classificado.
http://cidadanialx.blogspot.com/2018/02/ainda-sobre-desilusao-geral-em-volta-do.html
No entanto, desde que se iniciaram as obras, em 2018, foram sucessivos e insistentes os alertas dados relativamente ao projecto e à forma como os trabalhos estavam a ser realizados: Cidadania Lx., Plataforma em Defesa das Árvores, Associação Vizinhos das Avenidas Novas, Comissão de Moradores do Bairro Azul e muitas outras organizações, paisagistas e moradores, eram unânimes na condenação do que estava a acontecer.
O que se passa dentro do Palacete Mendonça? (dn.pt)
Serão abatidas árvores centenárias na nova sede da Fundação Aga Khan, em Lisboa – O Corvo
Ao longo destes anos foram publicadas centenas de fotografias e inúmeras notícias em jornais e facebooks, enviados dezenas de e-mails para a Câmara Municipal de Lisboa, para a Direcção Geral do Património Cultural, para a Junta de Freguesia de Avenidas Novas e mesmo para sua Alteza o Príncipe Aga Khan.
https://somosarvores.blogspot.com/2018/01/carta-aberta-sua-alteza-o-principe-aga.html?m=1
Comissão Moradores Bairro Azul | Facebook
Apesar de tudo isso - e ainda de intervenções feitas em reuniões de Assembleia de Freguesia de Avenidas Novas e na Assembleia Municipal de Lisboa -, nada foi explicado ou feito e os trabalhos prosseguiram.
https://www.facebook.com/groups/vizinhos.das.avenidas.novas/permalink/862378790632762/
O Parque do Palacete Mendonça, até então um espaço acessível a todos, frequentado por nacionais e estrangeiros, deixou de o ser, continuando até hoje por cumprir as promessas da Câmara Municipal de Lisboa de que o Parque - parte da Estrutura Verde da Cidade – seria visitável.
O Parque e o Palacete, ambos classificados, têm vindo a sofrer sucessivas obras e alterações num constante e inexplicável faz e desfaz visível por quem percorre o Corredor Verde junto ao Palácio da Justiça.
Agora, o muro antigo em pedra, que desde há muito protege o Parque, está a ser alteado com materiais absolutamente inadequados a um jardim classificado, separando definitiva e irremediavelmente o Parque Mendonça do Corredor Verde do qual faz parte.
O alteamento do muro compromete a continuidade visual e ecológica entre este Parque e o Corredor Verde como sempre o entendeu Gonçalo Ribeiro Telles. Por outro lado, os materiais usados não dignificam um bem classificado como este conjunto é.
Estamos perante um acto de desrespeito quer no que se refere à materialidade quer à espacialidade deste valor classificado. Uma vez mais pergunta-se: como é isto possível?
Ana Alves de Sousa
Comissão de Moradores do Bairro Azul
“O muro que agora se constrói é, todo ele, uma afronta ao jardim, à cidade e aos lisboetas!”
Rosa Casimiro
Plataforma em Defesa das Árvores