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08/03/2013
25/03/2008
S.O.S. Cinemas de Lisboa/Carta aberta ao Sr. Ministro da Cultura
Exmo. Senhor Ministro da Cultura,
Como será do conhecimento de V.Exa. assiste-se hoje em Lisboa, e no resto do país, a um agudizar de uma crise que já vem longa: referimo-nos ao sucessivo fecho das salas de cinema independentes e ao estrangulamento do mercado de distribuição, naquilo que se afigura como um claro abuso de posição dominante; situação que, como V.Exa. reconhecerá, contraria o dispositivo normativo da União Europeia.
O estertor do Quarteto é disso prova evidente. A situação não é nova, como referimos, mas é cada vez mais insuportável.
Não somos contra contra as 'Majors', muito menos contra os filmes norte-americanos. Somos, apenas, e usando uma expressão de conhecido economista norte-americano, pelo direito a sermos free to choose, ou seja, achamos que não somos menos que os nossos vizinhos espanhóis, franceses ou alemães: queremos ter acesso às demais filmografias, em particular às europeias, que há 25-30 anos eram tão populares entre nós quanto a norte-americana, com públicos entusiastas e salas de cinema a condizer, em que o Quarteto, a sala estúdio do Cinema Império, ou, mais recentemente, os Cinemas King, desempenharam um papel fundamental na resistência à hegemonia do 'blockbuster'.
Por outro lado, em Portugal, em Lisboa, em particular, não há assim tantas salas de cinema de reconhecido valor arquitectónico ou histórico. Já não existem cinemas emblemáticas como o Eden (inexplicavelmente transformado em aparthotel) ou o Monumental (demolido a bel-prazer do poder autárquico da altura), ou salas de bairro (tão importantes para a vida de um bairro habitacional, como os mercados, as esquadras ou as igrejas) como o Alvalade, o Cine Royal ou o Paris. Apenas restam como sobreviventes, cada um à sua época, cada um com a sua estética e o seu inegável potencial: Capitólio, Odéon e São Jorge.
Cremos, por isso, necessária uma intervenção urgente, de quem de direito, nestas três salas, designadamente, garantindo a valência «cinema» ao Capitólio; uma programação adequada, ao São Jorge (porque não 'a' sala do cinema português?); e uma recuperação atenta e uma exploração bem estruturada, ao Odéon (porque não 'a' sala do circuito 'indie'?). Lisboa e o país precisam do Capitólio, do São Jorge e do Odéon.
Por outro lado, certamente que em sede de regulamentação da Lei do Património - cujo grupo de trabalho opera sob a tutela do Ministério da Cultura - será possível fazer alguma coisa para que, em caso de mudança de titularidade ou de cessação de actividade, seja respeitado o uso original destes espaços.
Além disso, os circuitos internacionais de festivais, cada vez mais frequentes, podem ser um elemento vital para a projecção internacional do nosso país, e nada melhor que termos salas adequadas a esses festivais. Salas que se situem na «espinha dorsal» de Lisboa, que é a Avenida da Liberdade. Ora, os três cinemas referidos encontram-se nesse eixo, onde existe habitação, hotéis, miradouros, elevadores históricos, teatros, palácios, igrejas e restauração.
Por favor, Senhor Ministro, ajude a resolver, de uma vez por todas, o problema do mercado de distribuição e exibição em Portugal, e ajude a capital deste país a ter de volta uma rede condigna e valiosa de salas de cinema.
Paulo Ferrero, Carlos Brandão, Fernando Jorge, Hugo Daniel de Oliveira, Jorge Silva Melo, José Carlos Mendes, Júlio Amorim, Maria Amorim Amorais, Mário Miguel, Miguel Atanásio Carvalho, Nuno Caiado e Virgílio Marques
Como será do conhecimento de V.Exa. assiste-se hoje em Lisboa, e no resto do país, a um agudizar de uma crise que já vem longa: referimo-nos ao sucessivo fecho das salas de cinema independentes e ao estrangulamento do mercado de distribuição, naquilo que se afigura como um claro abuso de posição dominante; situação que, como V.Exa. reconhecerá, contraria o dispositivo normativo da União Europeia.
O estertor do Quarteto é disso prova evidente. A situação não é nova, como referimos, mas é cada vez mais insuportável.
Não somos contra contra as 'Majors', muito menos contra os filmes norte-americanos. Somos, apenas, e usando uma expressão de conhecido economista norte-americano, pelo direito a sermos free to choose, ou seja, achamos que não somos menos que os nossos vizinhos espanhóis, franceses ou alemães: queremos ter acesso às demais filmografias, em particular às europeias, que há 25-30 anos eram tão populares entre nós quanto a norte-americana, com públicos entusiastas e salas de cinema a condizer, em que o Quarteto, a sala estúdio do Cinema Império, ou, mais recentemente, os Cinemas King, desempenharam um papel fundamental na resistência à hegemonia do 'blockbuster'.
Por outro lado, em Portugal, em Lisboa, em particular, não há assim tantas salas de cinema de reconhecido valor arquitectónico ou histórico. Já não existem cinemas emblemáticas como o Eden (inexplicavelmente transformado em aparthotel) ou o Monumental (demolido a bel-prazer do poder autárquico da altura), ou salas de bairro (tão importantes para a vida de um bairro habitacional, como os mercados, as esquadras ou as igrejas) como o Alvalade, o Cine Royal ou o Paris. Apenas restam como sobreviventes, cada um à sua época, cada um com a sua estética e o seu inegável potencial: Capitólio, Odéon e São Jorge.
Cremos, por isso, necessária uma intervenção urgente, de quem de direito, nestas três salas, designadamente, garantindo a valência «cinema» ao Capitólio; uma programação adequada, ao São Jorge (porque não 'a' sala do cinema português?); e uma recuperação atenta e uma exploração bem estruturada, ao Odéon (porque não 'a' sala do circuito 'indie'?). Lisboa e o país precisam do Capitólio, do São Jorge e do Odéon.
Por outro lado, certamente que em sede de regulamentação da Lei do Património - cujo grupo de trabalho opera sob a tutela do Ministério da Cultura - será possível fazer alguma coisa para que, em caso de mudança de titularidade ou de cessação de actividade, seja respeitado o uso original destes espaços.
Além disso, os circuitos internacionais de festivais, cada vez mais frequentes, podem ser um elemento vital para a projecção internacional do nosso país, e nada melhor que termos salas adequadas a esses festivais. Salas que se situem na «espinha dorsal» de Lisboa, que é a Avenida da Liberdade. Ora, os três cinemas referidos encontram-se nesse eixo, onde existe habitação, hotéis, miradouros, elevadores históricos, teatros, palácios, igrejas e restauração.
Por favor, Senhor Ministro, ajude a resolver, de uma vez por todas, o problema do mercado de distribuição e exibição em Portugal, e ajude a capital deste país a ter de volta uma rede condigna e valiosa de salas de cinema.
Paulo Ferrero, Carlos Brandão, Fernando Jorge, Hugo Daniel de Oliveira, Jorge Silva Melo, José Carlos Mendes, Júlio Amorim, Maria Amorim Amorais, Mário Miguel, Miguel Atanásio Carvalho, Nuno Caiado e Virgílio Marques
22/01/2008
Câmara discute apoio de 280 mil euros à Experimenta Design
In Público (22/1/2008)
«A Câmara de Lisboa discute amanhã a atribuição de 280 mil euros à organização da edição de 2008 da bienal ExperimentaDesign, um evento que foi cancelado no ano passado por falta de verba atribuída pela autarquia.
A proposta que o presidente da câmara, António Costa (PS), apresenta na reunião do executivo municipal defende o apoio das próximas três edições. "O projecto ExperimentaDesign-Bienal de Lisboa será agora desenvolvido num novo formato, passando a envolver a realização continuada e alternada de eventos, num ano em Lisboa e no seguinte em Amesterdão", afirma a proposta, divulgada pela Lusa.
Este novo projecto terá o apoio financeiro não só das autarquias, como do Ministério da Cultura e da União Europeia.
Em Amesterdão, o evento será promovido pela ExperimentaDesign-Amesterdam Foundation e terá apoio financeiro da Câmara de Amesterdão. A primeira edição da Experimenta remonta a 1999, tendo-se realizado igualmente em 2001, 2003 e 2005. Em 2007, a presidente da ExperimentaDesign, Guta Moura Guedes, responsabilizou a Câmara de Lisboa, então liderada por Carmona Rodrigues, pela inviabilização do evento, por ter informado, "de forma inesperada", a organização de que não iria atribuir a verba de 500 mil euros. A edição de 2008 tinha um orçamento previsto de 2,6 milhões de euros, apoiado em 45 por cento pela autarquia de Lisboa e pelo Ministério da Cultura. »
A Experimenta Design parece-me uma boa iniciativa. Isso não quer dizer que se torne um hábito ou uma obrigação da CML ter que dar anualmente dinheiro e local para o evento. Deve dar uma vez e basta, que a organização tem que viver por si própria.
A utilização do São Jorge como espaço fruticolor parece-me abusiva. O São Jorge tem que levar uma volta em termos de programação. Não há direito que esteja como está, e que estejamos todos à mercê da Lusomundo, quando existe aquela sala magnífica por explorar. Não faz sentido!
«A Câmara de Lisboa discute amanhã a atribuição de 280 mil euros à organização da edição de 2008 da bienal ExperimentaDesign, um evento que foi cancelado no ano passado por falta de verba atribuída pela autarquia.
A proposta que o presidente da câmara, António Costa (PS), apresenta na reunião do executivo municipal defende o apoio das próximas três edições. "O projecto ExperimentaDesign-Bienal de Lisboa será agora desenvolvido num novo formato, passando a envolver a realização continuada e alternada de eventos, num ano em Lisboa e no seguinte em Amesterdão", afirma a proposta, divulgada pela Lusa.
Este novo projecto terá o apoio financeiro não só das autarquias, como do Ministério da Cultura e da União Europeia.
Em Amesterdão, o evento será promovido pela ExperimentaDesign-Amesterdam Foundation e terá apoio financeiro da Câmara de Amesterdão. A primeira edição da Experimenta remonta a 1999, tendo-se realizado igualmente em 2001, 2003 e 2005. Em 2007, a presidente da ExperimentaDesign, Guta Moura Guedes, responsabilizou a Câmara de Lisboa, então liderada por Carmona Rodrigues, pela inviabilização do evento, por ter informado, "de forma inesperada", a organização de que não iria atribuir a verba de 500 mil euros. A edição de 2008 tinha um orçamento previsto de 2,6 milhões de euros, apoiado em 45 por cento pela autarquia de Lisboa e pelo Ministério da Cultura. »
A Experimenta Design parece-me uma boa iniciativa. Isso não quer dizer que se torne um hábito ou uma obrigação da CML ter que dar anualmente dinheiro e local para o evento. Deve dar uma vez e basta, que a organização tem que viver por si própria.
A utilização do São Jorge como espaço fruticolor parece-me abusiva. O São Jorge tem que levar uma volta em termos de programação. Não há direito que esteja como está, e que estejamos todos à mercê da Lusomundo, quando existe aquela sala magnífica por explorar. Não faz sentido!
29/06/2007
De volta aos w.c. do São Jorge
Por causa da polémica acerca do post que coloquei há dias, porque gosto de comprovar o que escrevo, e porque o Nuno Valença me quis ajudar nesse meu propósito tirando ele mesmo algumas fotos elucidativas sobre o «estado da arte» no w.c. do 1º andar (muito obrigado, Nuno!), aqui ficam as provas do atentado ao património que se verificou na dita cuja, com a substituição de sanitas, lavatórios e iluminação de origem por coisas muito bonitas em certas casas de banho, mas não nesta, que era assumidamente de época.
Agora está um mix, kitsch, de contraste evidente entre o urinol de época (veja-se o pormenor decorativo das vieiras junto ao cano de água), em baixo, e os restantes sanitários pseudo-contemporâneos recentemente colocados, em cima.
Fotos: Nuno Valença
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