30/04/2018

O fulano que fez isto, esteve mal. Deveria ter deitado tudo abaixo e não se falava mais na coisa.


E já agora, por que carga de água se manteve a porta, a casa, as cantarias e os azulejos?

Suponho que lá dentro esteja tudo ultra esterilizado à la Aires Mateus, branquinho , reluzente, tectos rebaixados com lâmpadas focais, tábuas de madeira corrida para dar aquele ar de que até gostam do "autêntico", botões para comandar tudo sem levantar o rabo do sofá. Só é pena que não haja nenhum botão para impedir que se trucidem casas de Lisboa desta maneira.


Como é que querem que se habite a cidade antiga se não se fizerem garagens? Dirão vários dos senhores que seguem este blogue.

Não tenho uma resposta, mas ela deve existir. Se até em Amesterdão as casas mantêm na íntegra as suas fachadas, em Bruxelas em grande medida, também, é porque se deve poder fazer melhor.

Por cá é mais: eu e o meu carrinho, o meu carrinho e eu.

8 comentários:

Anónimo disse...

Qualquer câmara com vergonha na cara não aprovaria garagens no centro só para um carro ou dois. Estas garagens muitas vezes apenas pioram os problemas de estacionamento. Para o dono dormir com o carro debaixo do rabo é um lugar ou dois a menos na rua, permanentemente. É pura e simplesmente contrário ao interesse público. Era mais razoável vender o direito a estacionar em frente de casa, ao menos não tínhamos ruas inteiras transformadas em álbuns de casas mutiladas. Se pensarmos que em poucos anos os carros vão ser autónomos isto ainda é mais irracional, mas já nem vou por aí.

Anónimo disse...

Gosto particularmente das cantarias e dos azulejos do piso térreo recortados pela entrada da garagem.

Lul...

Anónimo disse...

Podem revelar a morada. É que só visto!

Anónimo disse...

Muito para além do admissível! Haja vergonha.

Anónimo disse...

A obra é pequena, mas o resultado é uma enormidade no mau sentido.Que falta de gosto, para alé de anti regulamentar.

Anónimo disse...

Ainda assim, era possível fazer o acesso de veículos com melhor qualidade de integração. O que está à vista é o cúmulo da desintegração. Penso mesmo que pior seria impossível. Quem é o autor?

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

esta beleza é na Travessa do Noronha

Filipe Melo Sousa disse...

de facto, porque raio deixou ele ficar esses azulejos pirosos