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10/11/2017


Ainda a propósito do empreendimento "prateado" libanês no Poço do Bispo (http://www.diarioimobiliario.pt/Habitacao/Grupo-libanes-investe-16-M-em-51-Design-Lofts-em-Marvila) convenhamos que os "bonecos" não parecem mal, e dadas as pré-existências, ainda menos... julgo que os investidores sejam os mesmos do hotel Alegria, na Praça da Alegria, o que também não parece mal antes pelo contrário, pois pegaram num pardieiro e puseram-no a bombar. O grande atractivo deste negócio serão as vistas para o rio, já que nas traseiras o "apita o comboio", as vistas e a "fréquence" não me parecem mto. atraentes. É uma "resposta" ao mega-empreendimento de Renzo Piano, ali nem a 500mt e a prova que aquela zona de oportunidades (de Braço de Prata até à Manutenção Militar) é mesmo isso, uma zona de oportunidades, e acho muito bem. Há contudo ali uns pavilhões em ferro bem bonitos, sobretudo onde a rua Pereira Henriques faz o "cotovelo" e que merecem atenção mais cuidada...

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18/07/2008

Grandes transformações a Oriente

In Notícias da Manhã (18/7/2008)

«A zona oriental vai manter o uso industrial, mas prescinde das indústrias pesadas a favor das tecnologias de informação e comunicação e das biotecnologias. Este é um dos aspectos fundamentais do Documento Estratégico de Monitorização da Zona Ribeirinha Oriental, aprovado pela Câmara de Lisboa, o qual divide a área de intervenção em cinco zonas: Envolvente à Gare do Oriente (zona 1); Avenida Marechal Gomes da Costa (zona 2); Matinha/Braço de Prata (zona 3); Santa Apolónia/Braço de Prata (zona 4) e Área entre as linhas férreas (zona 5).
Contrariamente ao que estava previsto no Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental, que foi chumbado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo devido ao excessivo peso da componente habitacional (cerca de 80 por cento), esta proposta de estruturação urbana contempla para habitação apenas 30 por cento da superfície, sendo o restante ocupado por actividades económicas.

QUEM FICA COM O QUÊ?
A zona envolvente à Gare do Oriente será destinada aos serviços, hotelaria e novas actividades e será fortemente reduzido o uso habitacional na Avenida Infante Dom Henrique. A excepção vai para as avenidas de Berlim e de Pádua e para a área habitacional a Norte da Gare do Oriente que será requalificada.
A Avenida Marechal Gomes da Costa será destinada às novas indústrias criativas ligadas às tecnologias de informação e comunicação, tirando partido da presença de empresas como a RTP, e futuramente a Tobis, não se admitindo habitação, excepto na zona junto à Rua Vale Formoso de Cima.
A zona oriental servirá igualmente como localização preferencial para novas produtoras de audiovisual em espaços industriais obsoletos.
Outra das potencialidades desta área é a fixação de empresas ligadas à biotecnologia, em articulação com o hospital CUF Descobertas, vocação que poderá ser reforçada pela instalação em Marvila do Parque Hospitalar Oriental.
Na área da Matinha/Braço de Prata, os espaços industriais serão reconvertidos e transformados em habitação.
Prevê-se o reordenamento da frente ribeirinha promovendo novos espaços públicos de recreio e lazer para dar continuidade urbana ao Parque das Nações, em articulação com um corredor verde de ligação entre o estuário e o sistema de vales, designadamente o Vale Fundão Também as zonas industriais obsoletas de Santa Apolónia e Braço de Prata vão ser reconvertidas, dando lugar a novas actividades de comércio, serviços e indústrias criativas.
A Câmara quer ainda promover novas tipologias de habitação nesta zona, através da reabilitação do património arquitectónico existente.
O eixo cultural Santa Apolónia/Largo David Leandro da Silva será recuperado, introduzindo novas valências culturais e turísticas.
A zona entre linhas férreas, uma “área de enquadramento da nova travessia sobre o Tejo”, será valorizada com uma estrutura ecológica articulada com novos equipamentos de recreio e desportivos.
No futuro, prevê-se a reabilitação do núcleo antigo de Marvila e a reestruturação da área habitacional junto ao bairro da Madre de Deus. (...)»

Câmara de Lisboa negoceia penitenciária e garante cedência da Fábrica de Braço de Prata

In Público (18/7/2008)
Catarina Prelhaz

«Edifício do Estabelecimento Prisional de Lisboa deverá dar lugar a residências para estudantes e outras valências integradas no campus de Campolide


A Câmara Municipal de Lisboa está a negociar com o Estado a cedência do edifício que alberga o Estabelecimento Prisional de Lisboa, na Rua Marquês de Fronteira (topo do Parque Eduardo VII). Segundo o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, a anunciada desactivação da penitenciária deverá permitir à autarquia integrar o imóvel no campus da Universidade Nova de Lisboa, através da criação de residências para estudantes e professores convidados e outros equipamentos afins.
A revelação foi feita na quarta-feira durante a reunião do executivo camarário, na qual foi dada luz verde à realização do novo plano de pormenor para o Campus de Campolide. A nova estratégia da autarquia para a zona inclui a relocalização da faculdade de Direito junto ao Palácio de Justiça e ao Tribunal de Polícia e a concretização do corredor verde entre o alto do Parque Eduardo VII e Monsanto.
A proposta subcrita por Manuel Salgado foi aprovada pelos restantes vereadores do PS, PSD, PCP e BE com o voto desfavorável do movimento Lisboa com Carmona (LCC), que considerou uma "pura perda de tempo" a reformulação dos planos que o anterior mandato tinha para o local. Ainda assim, a vereadora do PSD Margarida Saavedra deixou um alerta ao executivo: é necessário apertar a vigilância nos corredores verdes da cidade, onde "a insegurança é total".
A elaboração do plano de pormenor da Avenida José Malhoa foi igualmente avalizada pela autarquia, com os votos favoráveis de todos os vereadores à excepção dos LCC.
Consolidar a área terciária, definir os limites de cérceas dos edifícios, requalificar o espaço público, reordenar o estacionamento à superfície e melhorar a acessibilidade pedonal na ligação com o interface de Sete Rios são os objectivos do executivo para a Av. José Malhoa. Com o futuro plano de pormenor, a autarquia pretende ainda enquadrar dois lotes vazios com direitos adquiridos de construção no mandato do presidente Krus Abecasis e ainda os novos usos do edifício do Instituto Português de Oncologia, que passará para Chelas.
As orientações do executivo para Campolide e para a Av. José Malhoa serão submetidas a discussão pública até 30 de Setembro.
Oriente com cedências
Se as negociações com o Estado para a cedência da prisão ainda decorrem, as conversações com os privados já deram frutos na frente ribeirinha oriental. Embora os loteamentos projectados para a zona da Matinha e Braço de Prata tenham sido avalizados no mandato anterior, a autarquia conseguiu agora impor-lhes alterações (aprovadas ontem), entre as quais, a cedência da Fábrica de Braço de Prata, que aloja as livrarias Ler Devagar e Eterno Retorno.
No loteamento da Tabaqueira, a autarquia interveio para que os futuros edifícios fiquem mais próximos do rio, de modo a permitir a criação de um arruamento, e impôs que 20 por cento da área seja afectada a actividades económicas ao nível do piso térreo (antes era só habitação).
O desnivelamento da Av. Marechal Gomes da Costa para retirar o trânsito da frente ribeirinha e a criação de uma área verde de 23 hectares do Tejo ao Vale Fundão, projectada e paga pelos promotores, são outras das intervenções acauteladas pela maioria PS/BE. A zona ribeirinha frontal aos loteamentos será gradualmente desafectada do uso portuário e devolvida à cidade, igualmente a expensas dos promotores. »

Estas são boas notícias para Lisboa, especialmente a que diz respeito à Penitenciária. Vamos ver se assim será ...