16/03/2007

MODERNISMO: uma questão de fachada?


O que resta da moradia modernista na Av. António José de Almeida 14.

Projecto de 1933 do arquitecto Cassiano Branco (1897-1970).

Demolição autorizada por despacho da ex-vereadora Eduarda Napoleão.
Uma casa modernista, isolada, com quatro fachadas, reduzida a uma fachada, qual obra oitocentista. Foi assim que a arquitectura modernista foi percebida pela ex-vereadora da CML...

Dependerá do IPPAR - e de todos os munícipes - evitar que este crime contra o património modernista se repita. Porque para a CML, o modernismo, é apenas uma questão de fachada.

Fotografia: 26 de Fevereiro de 2007

Sindicância CML / Contributo Fórum Cidadania Lx

Foi hoje enviado e-mail à Srª Procuradora encarregue da sindicância à CML, com alguma sugestões que o Fórum Cidadania Lx entende como merecedoras de averiguação. Isto independentemente das denúncias que individualmente venham a ser transmitidas.

O e-mail foi assinado por Anabela Rocha, Ana Sartóris, Maria Odete Pinto, Carlos Brandão, Guilherme Alves Coelho, José Fonseca e Costa, Júlio Amorim e por mim próprio.

Bairro Azul – expansão da rede do metropolitano

Comunicado da Comissão de Moradores do Bairro Azul:

No seguimento das propostas apresentadas pela Comissão de Moradores do Bairro Azul (1) tendentes a minimizar os impactos negativos que esta obra terá para a população quer do Bairro (moradores, comerciantes, visitantes) quer da sua envolvente (Escola Marquesa de Alorna, Mesquita Central de Lisboa, SAMS, Universidade Nova de Lisboa, Teatro Aberto, Bancos Santander e Popular, etc.), teve lugar, no passado dia 12, na Sala Azul do Teatro Aberto, uma sessão de esclarecimento organizada pela Junta de Freguesia de S. Sebastião da Pedreira e pelo Metropolitano de Lisboa, E.P.

Após a apresentação dos projectos por parte dos técnicos do Metropolitano, moradores e comerciantes solicitaram inúmeros esclarecimentos mostrando-se muito preocupados quanto à forma como está previsto decorrer esta obra.

De entre as principais preocupações e recomendações feitas ao Metropolitano de Lisboa e Junta de Freguesia, destacam-se:

1 A necessidade de a circulação dos veículos pesados (saída e entrada de materiais, entulho, etc.) ser sempre feita por fora do Bairro;

2 A necessidade de ser bem avaliada a questão do estacionamento na Av. Ressano Garcia tendo em conta, designadamente, questões de segurança (circulação de ambulâncias, veículos de bombeiros, etc.);

3 A necessidade de o Metropolitano assegurar condições de conforto e segurança nos acessos ao Bairro, tendo em conta, designadamente, a existência no Bairro de uma população idosa, de uma escola, de uma clínica (SAMS) e de um Centro de Saúde;

4 Dado que as saídas do metropolitano para o Bairro Azul vão ser encerradas, a saída da Rua Carlos Testa fica bastante distante do Bairro e tendo em consideração a longa duração dos trabalhos (previsão actual: cerca de 2 anos) a Comissão de Moradores voltou a recomendar que, no mínimo, o Metropolitano e a CML acordassem com o El Corte Inglês o alargamento do horário de abertura da saída do metropolitano que dá actualmente acesso directo a este estabelecimento passando essa passagem a estar aberta a partir das 6:30H.

A abertura dessa passagem proporcionará a milhares de pessoas que utilizam diariamente o metropolitano conforto e segurança e evitará que muitos desses utentes voltem a optar pelo transporte individual.

Estas preocupações com os peões são partilhadas por diversas entidades, nomeadamente pelos responsáveis da Escola Marquesa de Alorna e Mesquita Central de Lisboa.

Comissão de Moradores do Bairro Azul

(1) Propostas apresentadas pela Comissão de Moradores em Janeiro podem ser lidas no site do nosso Bairro (www.bairroazul.net)

Talento incomparável.......


"Uma das referências fundamentais da arquitectura modernista em Portugal".
Cassiano Viriato Branco é sem duvida um dos melhores arquitectos nacionais de sempre. Em breve divulgaremos uma lista das suas obras em Lisboa. Lista essa que terá como objectivo, a divulgação e protecção do seu contributo para a arquitectura modernista da nossa cidade. O modernismo de Lisboa vai continuar a ser defendido!

Câmara vai ter maior preocupação com projectos urbanísticos «ecológicos»

In Sol (16/3/2007)

«A Câmara de Lisboa vai passar a ter uma maior exigência com a qualidade energética e ambiental no urbanismo, nomeadamente premiando projectos mais «ecológicos», anunciou à Lusa o presidente da autarquia, Carmona Rodrigues

Carmona Rodrigues admitiu distinguir, através do prémio Valmor de arquitectura, que começou a ser atribuído em Lisboa há mais cem anos, «ou através de outro prémio a criar», iniciativas «nesta linha de projectos de qualidade, com inovações e com maiores preocupações a nível de energia e ambiente»
. (...)»

Vamos a ver, Sr.Presidente; oxalá!

Novo director quer ter espectáculos em simultâneo

In Diário de Notícias (16/3/2007)
Maria João Pinto
Lusa-Inacio Rosa (imagem)

«Christoph Dammann, que sucederá a Paolo Pinamonti na direcção artística do Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), afirmou ontem desejar iniciar funções em Lisboa "o mais cedo possível". O seu contrato com a Ópera de Colónia, de que era director-geral desde 2003, expira a 31 de Agosto de 2009, mas, segundo explicou em conferência de imprensa convocada e presidida pelo secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, "foi possível negociar" uma saída antecipada dado que o "planeamento [até esse período] se encontrava já definido". (...)

Até lá, Christoph Dammann terá uma presença intermitente, feita de viagens semanais entre Lisboa e Colónia, onde o balanço do seu mandato oscila entre o elogio e a crítica (ver caixa). Segundo o matutino local Koelner Stadt Anzeiger, citado pela Lusa, Dammann "faz bem em sair [da Ópera de Colónia]": o prolongamento do seu contrato após Agosto de 2009, escreve o jornal alemão, não estaria, de todo, garantido.
»

Nin disfarsao, bacalao.

Funcionamento de radares esbarra na captação de fotos

In Diário de Notícias (16/3/2007)
Susana Leitão

«A Câmara de Lisboa pediu um parecer à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) sobre os radares instalados nalgumas artérias de capital, mas o funcionamento - captação de imagens dos infractores para aplicação de multas - dos aparelhos pode não ser autorizado. Um jurista especialista em Código da Estrada admitiu, ao DN, que o problema está no termo "forças de segurança".

"Pode a câmara de Lisboa ser considerada uma força de segurança? E a Polícia Municipal?, questiona Abreu Semedo. O advogado é peremptório na resposta: "Não. Forças de segurança são a PSP e a GNR. A Polícia Municipal, quanto muito, pode ser uma autoridade". A lei (decreto-lei 207/2005 de 29 de Novembro) é clara ao referir que este tipo de sistemas de vigilância só podem ser utilizados por forças de segurança
.(...) »

Mais outro tiro no pé?

15/03/2007

Amuos dividem esquerda lisboeta

In Diário de Notícias (15/3/2007)
Susana Leitão
Tiago Lourenço (imagem)

«Cada um por si. É assim que está, desde ontem, a oposição de esquerda na Câmara de Lisboa. Segundo apurou o DN junto de fontes municipais, a zanga terá sido entre o PS e o PCP e teve como origem o episódio da luta pela liderança na bancada socialista, no passado dia 28 de Fevereiro, em reunião pública do executivo. (...)»

Abate de candeeiros em 'banho- maria'


In Diário de Notícias (15/3/2007)
Kátia Catulo
Tiago Lourenço (imagem)

«Entre os dois passeios da Avenida Madrid, em Lisboa, vai uma distância de quatro décadas. De um lado há candeeiros de betão dos anos 40; do outro, postes de iluminação em chapa galvanizada, instalados em finais de Fevereiro pela câmara municipal. As duas 'gerações' de candeeiros irão conviver lado a lado, pelo menos, até ao início da próxima semana, altura em que a autarquia deverá decidir qual a solução mais adequada para o local. (...) Resta saber se a alternativa irá implicar novo concurso público, outra empreitada e mais custos. Dúvidas que o gabinete do vereador não soube responder , mas que promete divulgar na próxima semana. "Neste momento está tudo em aberto", esclareceu a mesma fonte, garantindo ao DN, no entanto, que "em qualquer dos casos", os novos candeeiros serão reaproveitados "na mesma avenida ou noutros locais da cidade". (...)»


A solução é só uma, Sr.Vereador, acabar com essa empreitada que ninguém quer, à excepção do Senhor e da Visabeira. E contratar a empresa dos candeeiros dos anos 40 para a manutenção dos mesmos. E atenção à Divisão de Iluminação Pública, do Departamento de Ambiente Urbano da CML, cujo trabalho deixa muito a desejar.

Fotos: FJ

Oito cinemas à espera de sete milhões de visitas

In Diário de Notícias (15/3/2007)
Luísa Botinas

«Lisboa passa a dispor a partir de hoje de mais oito novas salas de cinema. O Cinemacity Campo Pequeno é o novo espaço de exi-bição cinematográfica na capital e custou aos seus investidores um montante de seis milhões de euros.

Após a abertura de complexos Cinemacity no centro comercial da Beloura, Sintra, e mais recentemente em Leiria, é agora a vez da inauguração do complexo do Campo Pequeno. No total são 1176 lugares, distribuídos por oito salas, que ontem foram apresentados oficialmente a um número restrito de convidados
(...)»

Que beleza! Lisboa, finalmente igual à Beloura! Para quando uma intervenção do Ministério da Cultura no mercado da distribuição e da exibição? Para quando a aposta civilizada, a exemplo do que se faz lá fora (sem ser na Beloura), nas salas tradicionais? Como é possível deixar-se ao abandono salas como o Odéon ou o Paris, ou explorar-se outras com outras actividades que não o cinema, como o São Jorge ou o Tivoli? NÃO SE ENTENDE!

Retirados 4000 cartazes de publicidade ilegal

In Jornal de Notícias (15/3/2007)

«Cartazes nas fachadas eram "o dobro do previsto"

A Câmara de Lisboa retirou quase 4000 cartazes e autocolantes das ruas entre os Restauradores e o Campo Grande, numa acção de combate à publicidade ilegal iniciada a 26 de Fevereiro e que se prolongou até esta semana. À Lusa, fonte do gabinete do vereador do Espaço Público, António Prôa, explicou que a zona, com cerca de 4500 metros quadrados, "ficou agora totalmente limpa" de cartazes e autocolantes que estavam afixados nas fachadas dos edifícios, candeeiros ou semáforos".

A mesma fonte adiantou que a acção "nunca acaba", continuando "de uma forma sistemática" como "operação de manutenção". "Sempre que aparecerem cartazes colados, a Câmara regista a infracção, procede à contra-ordenação e à imediata limpeza", referiu.
(...)»

Frota municipal perde 200 carros

In Jornal de Notícias (15/3/2007)

«A Câmara de Lisboa aprovou ontem a diminuição de cerca de 200 carros da frota da autarquia, que ronda as mil viaturas, entre ligeiros e pesados. A decisão foi anunciada pelo vereador da Cultura, Amaral Lopes, durante uma conferência de imprensa realizada após a reunião do Executivo. O autarca garantiu que a redução da frota não põe em causa as necessidades da autarquia e acrescentou que está a ser elaborado "um estudo de reafectação das viaturas".

O vereador sublinhou que a Câmara tinha, em 1995, 264 viaturas ligeiras, que aumentaram para 582 em 2000 e para 592 em 2005. "Quem agora critica determinadas medidas parece que não quer assumir as responsabilidades do passado", afirmou referindo-se às maiorias de coligação PS/CDU que governaram anteriormente a autarquia.
(...)»

14/03/2007

Apelo para o dia 21 de Março, Dia Mundial da Árvore e da Floresta:

Valeu a pena… Os Plátanos do Bairro Azul

Valeu a pena lutar pelos nossos plátanos! Apesar de não termos conseguido mantê-los na frente do Bairro - onde estes nossos “Amigos” nos deram, durante tantos anos, aconchego e sombra fresca em dias de Verão e protecção do ruído e poluição intensos que existem neste local - eles não foram abatidos como era seu destino há muito anunciado.

Numa operação conjunta da Câmara Municipal e do Metropolitano de Lisboa que durou vários dias, os plátanos do Bairro Azul foram podados e transplantados para a Praça de Espanha onde podem ser vistos e “visitados”.

Os contactos que mantivemos ao longo de cinco anos com as entidades (Junta de Freguesia de S. Sebastião da Pedreira, Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Metropolitano de Lisboa); as diversas campanhas de sensibilização - junto dos moradores do nosso Bairro e de todos quantos passavam no local - que tomaram a forma de um abaixo-assinado com quinhentas e trinta assinaturas; os vários cartazes explicativos com que “vestimos” as nossas árvores em ocasiões distintas; os artigos e entrevistas publicados em órgãos de informação e no site do Bairro surtiram efeito: os Plátanos do Bairro Azul, velhos de mais de 50 anos, foram salvos!

Estamos todos de parabéns! Não só os moradores, os vizinhos e as organizações que nos apoiaram - como a Quercus e o Movimento Fórum Cidadania Lx. - mas também a Junta de Freguesia de S. Sebastião da Pedreira, a Assembleia Municipal, a Câmara Municipal, o Metropolitano de Lisboa e todos os Lisboetas.

Valeu a pena pelos nossos plátanos e, sobretudo, pela mensagem que ficou – a de que este exemplo pode e deve ser seguido noutras zonas da nossa cidade.

Quaisquer que sejam as obras e por mais importantes que estas sejam para o progresso da cidade, é necessário avaliar sempre as questões ambientais: abater árvores, destruir jardins, canteiros ou placas ajardinadas sem qualquer preocupação de salvaguarda, não faz, nos dias de hoje, o mínimo sentido.

O verdadeiro progresso significa a defesa do património da nossa cidade, que não é somente o edificado ou o das obras de arte públicas, mas também o património plantado, verde e vivo.

Rodeado por jardins, todos eles da autoria do Arqº Ribeiro Telles (Jardim Amália Rodrigues, Parque da Fundação Gulbenkian), e na periferia do projectado e tão desejado Corredor Verde, o Bairro Azul aguarda agora com expectativa a apresentação do projecto de requalificação paisagística para a frente do Bairro - área que vai desde a Av. António Augusto de Aguiar até ao Palacete Mendonça na Rua Marquês de Fronteira – da responsabilidade do Metropolitano de Lisboa.

Estamos certos que será um projecto de qualidade que dignificará essa empresa pública e valorizará a cidade.

Talvez, quem sabe… os nossos velhos plátanos possam ainda voltar ao Bairro!

Comissão de Moradores do Bairro Azul

Investigação na CML: Procuradora publica anúncio na imprensa para receber denúncias e queixas dos cidadãos

In SIC Online

«A procuradora da República responsável pela sindicância aos serviços do urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa (CML) decidiu publicar um anúncio nos jornais. Elisabete Matos pede aos cidadãos que tenham queixas dos serviços que denunciem a situação. (...)

Para isso, podem fazê-lo directamente à procuradora da República, Elisabete Matos, "entre 16 de Abril e 11 de Maio de 2007" na hora e local indicados no anúncio – ou, então, pode apresentar "queixa por escrito, a qual deve conter os elementos de identificação do queixoso".

Quem quiser reclamar por escrito tem duas hipóteses:

carta; ou correio electrónico.

O endereço consta do anúncio: sindicanciaCML@pgr.pt

E há também um número de telemóvel: 96-184.53.14

Câmara sem dinheiro para investir no "Porta-a-Porta"

In Jornal de Notícias (14/3/2007)
Fátima Mariano

«Demasiado tempo de espera, carrinhas frequentemente avariadas e trajectos desadequados. Estas são as principais queixas dos presidentes das juntas de freguesia servidas pelo "Lx Porta-a-Porta", um projecto lançado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) em Abril de 2004 com o objectivo de suprir algumas falhas ao nível dos transportes públicos. Mesmo assim, nenhum aceita a hipótese de o projecto terminar. (...)»

Parquímetros da EMEL em Lisboa vão render mais 34% do que em 2006

In Diário de Notícias (14/32007)
Luísa Botinas
Arquivo DN-Leonardo Negrão (imagem)

«A situação económica e financeira da Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) prevista para 2007 "apresenta-se equilibrada", tendo em conta o acréscimo estimado para as receitas de parquímetros e receitas suplementares (mais 31% que em 2006).

Longe parecem estar os tempos de crise que em mandatos anteriores a administração daquela empresa enfrentava. Na reunião de hoje do executivo municipal os vereadores vão analisar o orçamento e plano de actividades da EMEL que desde 2006, em virtude de uma alteração estatutária, recebeu novas responsabilidades na gestão do espaço público
.(...)»

Câmara quer poupar 33 milhões em seis anos com central de compras

In Diário de Notícias (14/3/2007)
Luísa Botinas
Tiago Lourenço (imagem)

«O concurso público para a contratação da aquisição de serviços de vigilância e fornecimento de meios de vigilância electrónica a vários serviços da Câmara Municipal de Lisboa, que hoje será analisado pelo executivo camarário, já foi elaborado segundo os procedimentos previstos pelo novo "sistema de gestão centralizada de compras", o que, para Carmona Rodrigues, representa "um ganho de eficiência, rigor e poupança de dinheiros públicos".» (...)

Conferência de Imprensa da CML


Luís Lobão (*)

Carmona Rodrigues deu hoje de manhã uma conferência de imprensa para anunciar que o Bairro Alto obteve o 2º prémio num concurso internacional de falta de higiene e grafitis. Visivelmente bem humorado, o Presidente da CML explicou como conseguiu o galardão. “Mantivemos o máximo possível de lixo nas ruas de modo a que a imundice permanecesse até que os fiscais do concurso, que andam anónimos, vissem o trabalho que estamos a realizar em muitas zonas da cidade.

Carmona Rodrigues lamentou, por outro lado, a falta de empenho de alguns na iniciativa. “Há ainda alguns metros de paredes que não estão ainda grafitados, foi uma pena, mais um pouco e era o 1º prémio”. A Procuradoria Geral da República e alguns prédios do Largo de Camões, entre outros, foram dados como exemplo de espaços ainda virgens, à espera de alguém que os suje. Outro obstáculo deveu-se a alguns moradores que insistem e tentar manter limpa a rua onde vivem, apesar dos esforços da autarquia em sentido contrário.


A prova foi ganha por um obscuro bairro de Bucareste que, num espírito de intercâmbio, será visitado em breve pelos autarcas lisboetas. “Temos que ver, que aprender” – disse o edil.

Enquanto falava, os serviços de higiene projectaram as imagens postas a concurso, elucidativas do estado deplorável do Bairro Alto. Carmona Rodrigues anunciou que para ano fará melhor, até porque já se sabe que há bairros de Vladisvostok e um da Albânia que vão concorrer. “Faremos melhor, vamos incentivar mais lixo nas ruas através de um modo inovador que consiste em não remover absolutamente nada durante pelo menos duas semanas. Deve chegar para obtermos o galardão máximo”, concluiu.


Para o próximo ano a CML vai atribuir, a titulo de incentivo, um prémio pecuniário para a colecção de grafitis mais nojentos, a atribuir por um júri nacional composto por reclusos da penitenciária de Lisboa e sem abrigo do Martim Moniz e ainda um outro para o bar mais imundo.

com agência Lusitana.

A sério: fotos recolhidas a 12Mar2007, pelas 10:30h no Bairro alto, na nossa pobre Lisboa, entregue à incompetência dos seus dirigentes e autarcas

tramaram-nos mesmo!

13/03/2007

Venda de seis edifícios e dez lotes rende 175 milhões

In Diário de Notícias (13/3/2007)
Luísa Botinas e Susana Leitão
Pedro Saraiva (foto)

«A lista de alienação de património proposta pelo vereador (agora com o mandato suspenso) Fontão de Carvalho vai servir como ponto de partida para um trabalho mais elaborado. Marina Ferreira, agora responsável pelo Património, frisa que o primeiro passo é "definir a política patrimonial para a cidade" e só depois avançar para a alienação de bens municipais.

A nova estratégia terá de ser votada pelo executivo municipal, mas ainda não há data. A lista existente, a que o DN teve acesso, estima que a venda dos 16 bens municipais - dez lotes e seis edifícios - renda um mínimo de 175 milhões de euros (de acordo com o preço-base de licitação). No entanto, a autarquia prevê, no orçamento deste ano, arrecadar um total de 300 milhões com a alienação de património.
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12/03/2007

Petição: Fundação D. Pedro IV

Na sequência deste post.

Expansão do 'campus' de Campolide depende de protocolo com autarquia

In Diário de Notícias (12/3/2007)
Luísa Botinas

«A solução proposta pelo arquitecto Alberto Oliveira para a expansão do campus universitário de Campolide está ainda dependente da assinatura de um protocolo que con- sagra a permuta de terrenos entre a Universidade Nova de Lisboa (UNL), na Avenida de Berna, e o lote municipal em Campolide. Falta acertar pormenores entre a autarquia e aquela instituição pública de ensino superior sobre os valores de ambos os terrenos para que a troca se concretize, já que uma coisa é certa: os terrenos da Avenida de Berna são mais valiosos do que os de Campolide. Além disso, o protocolo terá de ser alicerçado em novas definições de usos. (...)»

Miguel Graça Moura reclama dois milhões ao Estado

In Diário de Notícias (10/3/2007)
Carlos Rodrigues Lima

«O maestro Miguel Graça Moura vai reclamar ao Estado o pagamento de cerca de dois milhões de euros devido ao seu afastamento da direcção da Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) e da Associa-ção Música, Educação e Cultura (AMEC), que a enquadra, em Novembro de 2003. O pedido deu entrada em Fevereiro deste ano nas Varas Cíveis de Lisboa, sob a forma de Acção Declarativa, a que o DN teve acesso. (...)»

Um coisa é certa; sem Graça Moura nunca mais se ouviu falar da OML.

Câmara quer alienar património no valor de 175 milhões de euros

In Diário de Notícias (10/3/2007)
Susana Leitão

«A Câmara de Lisboa pretende alienar, este ano, património municipal num valor estimado de 175 milhões de euros. Segundo um dossier a que o DN teve acesso, e entregue por Carmona Rodrigues a 28 de Fevereiro, à vereação, a autarquia lisboeta quer por à venda 10 terrenos e seis edifícios, entre eles um prédio contemplado com o Prémio Valmor e quatro palácios. O valor é aproximadamente metade do que a câmara estima arrecadar no orçamento para 2007 com a venda de bens, ou seja, 300 milhões de euros (39% do total das receitas previstas no orçamento). (...)

Em cima da mesa está a venda do Palácio do Marquês de Tancos, local onde actualmente está instalada a Companhia de Dança de Lisboa, ou uma prédio da Rua Alexandre Herculano número 25, distinguido como prémio Valmor (prémio municipal de arquitectura) onde está instalado o gabinete do vereador dos Espaços Verdes, António Prôa. No que toca a terrenos, a câmara pretende alienar dois lotes em Entrecampos, onde funcionou durante muitos anos o mercado grossista de Lisboa
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Carmona procura administração para EPUL

In Diário de Notícias (10/3/2007)
Susana Leitão

«Carmona Rodrigues anda à procura de nomes para integrarem a administração da EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa. Ao que o DN apurou junto de fontes municipais, terá sido a ausência de uma lista e de um acordo com um membro da oposição (o voto necessário para a aprovação das propostas) que levou o presidente da autarquia lisboeta a adiar a reunião pensada para segunda-feira sobre a reestruturação daquela empresa, atrasada mais de dois meses. O autarca tem apenas duas semanas para resolver o assunto, já que os dois vogais que restam na EPUL estão demissionários e no final de Março deixam João Teixeira sozinho e sem quórum.»

Substituição de candeeiros suspensa após protestos

In Jornal de Notícias (10/3/2007)
Telma Roque, José António Domingues

«António Prôa, vereador responsável pelo Espaço Público na Câmara Municipal de Lisboa (CML), ordenou ontem a suspensão da empreitada de substituição dos candeeiros da Avenida de Madrid, em Lisboa, depois de vários moradores e movimentos de cidadãos terem contestado a troca dos postes de iluminação de betão, dos anos 40, por outros metálicos.

"O facto de os cidadãos se preocuparem com a sua cidade e em particular com o espaço público é cada vez mais um sinal de consciência cívica que merece ser louvado. Por outro lado, aumenta a responsabilização da Câmara, no sentido de que a exigência dos cidadãos eleva os padrões de resposta", sublinha o responsável, questionado pelo JN sobre a polémica empreitada.

Travada a empreitada, a autarquia vai agora reflectir sobre a melhor solução a adoptar para o local, tendo em conta critérios de enquadramento estético, segurança e conforto para os moradores. Na Avenida de Madrid, estão agora instalados candeeiros das duas "gerações" até que haja uma definição. De um lado da rua estão os velhinhos de betão, do outro os modernos metálicos.

Os moradores mostram-se divididos. "O que me interessa é que haja boa iluminação para eu me sentir segura quando saio à rua. Os candeeiros velhos dão pouca luz", afirmou,ao JN, Hermínia Sousa. Já António Matos faz parte do grupo de moradores para quem a mudança é uma "barbárie" cultural. "Ora isto tem algum jeito? Então trazem isto e levam os candeeiros em pedra dos anos 40? É de quem não percebe nada. Qualquer dia não resta nada de original na cidade".
(...)»

11/03/2007

Um apelo de um pai com filha na Fundação D.Pedro IV:

Como alguns saberão a minha filha de 9 meses está num estabelecimento de infância da Fundação D. Pedro IV. Na altura foi-me aconselhada por um amigo, pelas suas condições de espaço e qualidade pedagógica dos seus funcionários coisa que se continua a verificar.

Contudo, no decorrer deste ano, começaram a ser despedidas funcionárias sem que fossem substituídas, causando problemas de segurança nos sete estabelecimentos de infância da Fundação, problemas de higiene nas crianças que frequentemente não são limpas por não haver ninguém para o fazer, e problemas emocionais, pois com frequência o Presidente da Instituição, Vasco Canto Moniz, ameaça de despedimento uma ou outra funcionária e irrompe pelas salas com crianças, aos gritos.

Por outro lado, temos vindo a acumular um sem número de histórias que caracterizam os métodos e a actuação do actual Conselho de Administração, desde uma Nota Interna a dar indicações para a diminuição da qualidade da comida fornecida às crianças ao constante clima de ameaça em que a associação de pais, da qual faço parte, tem vivido.

Todas estas histórias, levaram a que, numa Assembleia de Pais com mais de cem pais, fosse aprovada por unanimidade uma deliberação a favor da destituição dos órgãos directivos desta instituição.

A Fundação D. Pedro IV, embora seja uma entidade de cariz privado, tem o estatuto de Instituto Particular de Solidariedade Social, é financiada mensalmente pelo Estado (e acreditem que não é pouco!), o Estado tem-lhe vindo a ceder património público a título gratuito, e a manter-lhe o estatuto de utilidade pública.

Por outro lado uma inspecção feita pela Segurança Social, entre 1996 e 2000, deu origem a um relatório com mais de duas mil páginas e com conclusões de cerca de setenta páginas, onde é referido que os objectivos da Fundação não são de cariz social, constatando-se desvios de verbas para empresas de construção privadas e pertencentes aos seus administradores. O relatório propõe a destituição judicial dos administradores da Fundação ou a sua extinção por proposta da tutela.

Este relatório, entre 2000 e 2003 esteve, estranhamente, fechado numa gaveta e em 2003 teve despacho de arquivo com o argumento que existia outro relatório posterior, mais curto e “amigo” da Fundação.

Entretanto, nos últimos anos, o Estado tem continuado a reconhecer esta Fundação como um parceiro de bem, cedendo à Fundação bairros sociais – Lóios e Amendoeiras e grandes equipamentos de solidariedade social como a Mansão de Marvila.

Contudo, em nenhuma das áreas da Fundação, as coisas correm bem.

As estórias dos bairros sociais, são públicas e não as vou descrever, implica o aumento exponencial de rendas e um clima constante de perseguição e ameaça a quem se recusa a acatar os aumentos. Na Mansão de Marvila, as estórias que me têm chegado por email sob anonimato, são ainda mais tenebrosas por serem submetidas sobre pessoas de idade adiantada e cujo último abrigo é a Mansão. Contar-vos-ei, apenas um facto que é público e que me foi confirmada por um dos intervenientes, mas que foi pouco divulgado. A Vereadora Maria José Nogueira Pinto deslocou-se à Mansão para uma visita e houve duas pessoas que se destacaram pelas críticas à gestão daquele equipamento. Essas duas pessoas no dia seguinte não tiveram direito a almoço. Este facto foi tornado público pela vereadora em reunião de câmara.

Com este resumo, perguntar-me-ão os motivos de tanta impunidade e por que não vem a público todo este polvo.

Não sei. E é por isso que vos escrevo.

Muitas notícias já estiveram para sair e foram travadas no momento de ir para o ar.

Os diferentes governos, desde 1996, foram tendo conhecimento da forma de actuação da Fundação (o Conselho de Administração, no fundamental, mantêm-se desde 1992). O actual governo tem consciência da forma de actuação da Fundação, mas tarda em actuar.

Depois, de pais, moradores e inúmeros cidadãos e políticos de todos os quadrantes, já terem denunciado esta instituição, há sempre um enorme pudor em tomar-se medidas concretas.

Julgo, por isso, que a única forma de garantir e ajudar a parar com o sentimento de impunidade é a pressão pública.

É a vós, jornalistas, políticos, bloggers e, sobretudo, cidadãos deste pais que me dirijo, para que nos ajudem a divulgar e a tornar público esta situação indigna para o Estado de direito e para a democracia em que vivemos.

Tiago Mota Saraiva

Peço-vos que também divulguem a petição na qual se pede a destituição dos órgãos sociais da Fundação e uma sindicância: http://www.petitiononline.com/fundacao/petition.html

10/03/2007

Lisboa, «Arco do Triunfo»



Fotos: 1867 (Arquivo Municipal), PBase e Olhares - clique sobre elas duas vezes para ampliar

«Praça do Comércio»

Lisboa está calma. A calma que às vezes antecede as grandes tempestades. É altura para as boas investigações e reflexões. E até para observar: ver com olhos de ver.
A Praça do Comércio.
De local de grande comércio desde sempre a Terreiro do Paço com D. Manuel e, depois, a Praça do Comércio com D. José I a instalar-se na Ajuda depois do Terramoto.
Há uma dimensão de marketing na Praça do Comércio nascida após a tragédia. O terramoto foi o drama. Marcou Lisboa e o País. A reconstrução foi o novo horizonte que marcou a viragem da Baixa lisboeta. O poder político da época quis fazer do Terreiro do Paço um símbolo de confiança em novos tempos e nova esperança para o País.
Eis alguns dados recolhidos no site Nonio.
Simbolizando poder e glória, ao centro da praça, com 14 metros de altura, é colocada a estátua equestre de D. José I, o rei da época da reconstrução idealizada por Eugénio Santos com todo o aval político do Marquês de Pombal.
Ali já se fizera mito comércio ao longo dos tempos. Como agora o Paço real foi para a Ajuda, o Terreiro do Paço retoma a designação popular agora oficializada: Praça do Comércio.

De acordo com a Wikipedia, aqui e aqui, os edifícios circundantes (hoje pintados com o rosa republicano) foram sempre uma sede de poder. O arco ali existente agora, Arco do Triunfo, porta para a Baixa pela Rua Augusta, foi projectado logo após o terramoto, tal como o resto da Praça, pelo arquitecto Veríssimo José da Costa. Mas só foi construído entre 1862 e 1873.
«Na parte superior do arco podemos ver esculturas esculpidas por Calmels, enquanto num plano inferior podemos ver esculturas esculpidas por Vitor Bastos. As esculturas de Calmels representam a Glória, coroando o Génio e o Valor. As esculturas de Vitor Bastos representam Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal».
«Virtutibus Maiorum»
O site Epigrafia garante a tradução da intrigante inscrição existente ao alto do Arco. Leio: «No cimo do arco, pode ler-se, em latim “Virtvtibvs Maiorvm Vt Sit Omnibvs Docvmento”, que se traduz por “Às Virtudes dos Maiores, Para Ensinamento de Todos”». E, no final da inscrição, três letrinhas apenas: PPD. Significarão, aqui, de acordo com esta interpretação, «Pecunia Publica Dedicat»: «(Construído) com o Dinheiro do Povo, Dedica»… Suponho que seria uma fórmula antiga, quiçá romana de referir a força do poder do Estado - muito ao gosto de um absolutista como o Marquês (desde que o poder absoluto fosse controlado por ele).
Volto atrás para completar uma nota. A descrição da parte superior do Arco feita neste site agrada-me: «Aí foram colocadas várias estátuas: no cimo, a Glória coroa o Génio e o Valor. Sobre os pilares, figuras importantes da História de Portugal: Viriato, chefe dos Lusitanos; Nuno Álvares, herói da independência; Vasco da Gama, o primeiro capitão que chegou à Índia por mar e o Marquês de Pombal que reconstruiu Lisboa. Existem ainda duas estátuas que representam o Rio Tejo e o Rio Douro».

09/03/2007

«Vem ao LxJovem e adopta um animal»

É com esta frase que a CML pretende arranjar donos para os cães e gatos que estão no seu canil, cuja situação foi por demais denunciada aqui, em Dezembro passado. É uma boa campanha, que esperamos dê resultados.

A propósito, já se vê algum resultado prático do anúncio feito pela CML de que iria começar com as obras no canil?

Campanha Lisboa Deprimente

Ponto de situação: AQUI

Reunião sobre EPUL pode ser adiada

In Jornal de Notícias (9/3/2007)

«Os vereadores da Oposição não foram ainda convocados para a reunião da Câmara de Lisboa extraordinária, prevista para segunda-feira, destinada a discutir a reestruturação da Empresa Municipal de Urbanismo de Lisboa (EPUL), disseram à Lusa fontes dos grupos municipais. O regimento da autarquia estabelece que "as reuniões extraordinárias são convocadas com, pelo menos, dois dias úteis de antecedência, sendo comunicadas a todos os membros por edital e através de protocolo".

O vereador do PS, Dias Baptista, disse à Lusa, cerca das 17 horas de ontem, que ainda não tinha recebido qualquer convocação formal para a reunião. "Ainda não fomos convocados, o que, provavelmente, quer dizer que não há reunião segunda-feira". Também o vereador eleito pelo BE, José Sá Fernandes, disse não ter sido convocado, nem ter recebido o projecto de reestruturação da EPUL para análise prévia. "Não há qualquer informação oficial. Tudo o que sei foi o que foi veiculado pelos jornais", contou o vereador
.(...)»

Construção do Office Park avança

In Jornal de Notícias (9/3/2007)

«A construção de um complexo imobiliário no Parque das Nações, onde poderão ser instalados vários tribunais actualmente dispersos pela cidade de Lisboa, deverão recomeçar segunda-feira, oito meses depois de terem sido suspensas por uma providência cautelar, revelou ontem o promotor da obra. "A nossa expectativa é que as obras possam avançar na próxima semana, se for possível já na segunda-feira", disse, à Lusa, João Bion Sanches, do fundo imobiliário Norfin, promotor do empreendimento.

As obras do Office Park Expo, um complexo com 200 mil metros quadrados de construção no Parque das Nações, foram suspensas há oito meses, devido a uma providência cautelar interposta pela empresa de climatização e energia "Climaespaço"
(...)»

Este exemplo do Parque das Nações continua a ser o paradigma do que NÃO deve ser feito. Apesar disso, ainda há quem continue a achar que é tudo um sucesso. Que se há-de fazer?

A tarde em que quem ficou à porta do São Carlos assistiu à ópera

In Diário de Notícias (9/3/2007)
Maria João Pinto
Nuno Fox (imagem)

«Assim se "demonstra que a ópera é um espectáculo vivo, que sabe emocionar, que não é algo de bafiento". Paolo Pinamonti, director do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), era ontem um espectador entre as largas dezenas de espectadores que, ao final da tarde, por decisão já tomada ou apanhados de surpresa, fizeram uma pausa no trajecto trabalho-casa para ir à ópera. Assistindo ao ar livre - sentados, de pé ou circulando devagarinho de automóvel pela Rua Serpa Pinto - à transmissão da récita d'A Valquíria, de Richard Wagner, que à mesma hora decorria em sala. (...)

Neste retomar da Ópera ao Largo, nome dado à iniciativa, Paolo Pinamonti traça um balanço "extraordinariamente positivo" dos resultados alcançados. "Ajudar a animar o Chiado, coração simbólico de Lisboa, é um aspecto que nos dá imensa satisfação", sublinhou ao DN, tal como o simples gesto de levar a ópera à rua, "aproximando-a de um público que nunca entrou no São Carlos, provavelmente por pensar que esta seria uma sala intransponível" e que o teatro lírico seria (ainda) um espectáculo de e para elites.
(...)»

Ah, Pinamonti, Pinamonti, que bela iniciativa, mas creio que seja apenas o cumprir daquela ditado alentejano, «pérolas a ...».

Poluição atmosférica 'mata' imagem da cidade de Lisboa

In Diário de Notícias (9/3/2007)
Luísa Botinas
Paulo Spranger (imagem)

«Se nada for feito para inverter o avanço da poluição ambiental e da degradação da qualidade do espaço público de Lisboa, a breve trecho, a capital verá ameaçadas a sua imagem e pretensão em matéria de competitividade no contexto europeu.

Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, já deu o alerta às autoridades locais sobre esta situação há ano e meio. "Mas nada foi feito até agora", acusa ao DN este responsável, lamentando o estado a que a capital chegou. "Lisboa está suja, desordenada, com estacionamento caótico e muito poluída." A poluição atmosférica é o que mais preocupa o presidente deste organismo governamental
. (...)»

Sr. Presidente,

Espero que se lembre disso nos casos que estão aí: construção de edifício nos jardins do Palacete Ribeiro da Cunha, plano de urbanização da Docapesca, obras da APL no Cais do Sodré, PUALZE, plano de pormenor para a colina do Atheneu, plano de urbanização do Vale de Santo António, Lumiar, Carnide, etc., pois os pareceres da CCDR-LVT são para cumprir!

08/03/2007

Reestruturação da EPUL em risco

In Sol (8/3/2007)
Por Margarida Davim

«Os vereadores da oposição ainda não receberam o plano de reestruturação para a Empresa de Urbanização de Lisboa. Isto apesar de Carmona Rodrigues ter anunciado que a gestão da EPUL seria discutida na reunião de segunda-feira. O facto de não haver ainda uma ordem de trabalhos pode tornar nulas todas as decisões da reunião. (...)»

Liberdade da avenida......


Pois é......de liberdades destas, estamos nós bem necessitados. Tão bom seria desfrutar um passeio por esta avenida, e poder escutar o cantar de um pássaro, ou uma conversa num banco. Para quê tantas arvores e espaços ajardinados, se temos que passar por eles a correr, ou de automóvel....? Até quando vamos adiar uma melhor qualidade de vida? Até quando vamos continuar presos às nossas "liberdades"?

Esclarecimentos sobre a destruição de candeeiros dos anos 40 e 50 em Lisboa



A empresa que fabricou os candeeiros de betão da Avenida de Madrid - assim como os da Avenida Guerra Junqueiro e Avenida de Paris - ainda existe. Chama-se CAVAN e, não só continua a produzir modelos de candeeiros semelhantes, como tem uma equipa especializada na reparação e recuperação de colunas de iluminação como as que ainda existem nas avenidas dos anos 40 da Freguesia de São João de Deus.

A CAVAN já realizou várias empreitadas de reparação e recuperação de colunas de iluminação para a Câmara Municipal de Lisboa - como por exemplo os candeeiros do Parque Eduardo VII desenhados nos anos 40 pelo arquitecto Keil do Amaral (1911-1975).

Quanto ao antigo compartimento eléctrico original, de "fechaduras de vandalismo fácil" e com "interior demasiado apertado para a colocação de caixas de portinhola regulamentares", fomos informados que a CAVAN faz as alterações que as normas exigem: "De acordo com os ensaios realizados, a porta do compartimento eléctrico assegura as protecções exigidas nomeadamente: IP 45 (NP EN 60529) e IK 10 (NP 50102). As definições, termos, dimensões, tolerâncias, especificações e controlo de qualidade são regidos de acordo com as normas: DMA - C71 - 510-E - OUT.1994 (EDP); DMA - C71 - 520-E - OUT.1994 (EDP); DMA - C71 - 521-E - JUL. 1999 (EDP); NORMA EUROPEIA EN 40"

Quanto à luminária existente, claro que é consensual que já "não apresenta as condições mínimas requeridas para uma qualquer instalação de Iluminação Pública que se preze." Por essa razão é que a CML tem vindo a actualizar as luminárias de antigas colunas e consolas de iluminação pública de Lisboa. Não faltam exemplos por toda a cidade de candeeiros históricos que ganham nova vida graças precisamente ao investimento na manutenção e actualização.

É pois possível "respeitar a normalização e regulamentação em vigor" e "melhorar consideravelmente a segurança quer das pessoas, quer da instalação eléctrica" sem que seja preciso destruir mobiliário urbano que faz parte integrante da história de uma freguesia, de um bairro, de uma rua.

Concluindo, não existe justificação para esta empreitada de abate de candeeiros dos anos 40 e 50 que a Câmara Municipal de Lisboa defende.
O património de mobiliário urbano de Lisboa deve ser estimado e recuperado sempre que possível. Não faz sentido destruir aquilo que pode ser recuperado. Devemos dar prioridade à sua manutenção e recuperação. Esta é a via da sustentabilidade que deve guiar a gestão de uma cidade contemporânea.
Moradores da Freguesia de São João de Deus

As armadilhas do PUALZE

Para quem esteja pouco familiarizado com a nomenclatura camarária, a sigla PUALZE poderá não significar nada mais que o nome de um soporífero ou analgésico de proveniência desconhecida. Simplesmente, PUALZE significa "Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente"; é da responsabilidade da CML e o seu autor é um arquitecto do Porto. Até aqui, apesar de estranho (chamar-se a um plano de revitalização "plano de urbanização"...), nada de novo. O pior, mesmo, é que o PAULZE é na verdade um soporífero que se destina a adormecer consciências e a distrair os mais incautos... quando a esmola é grande o pobre desconfia.

Mais evidente isso se torna quando se pára para ler o dito cujo, ou se vai até à Avenida para imaginar o que o PUALZE vai ser na prática, isto se não houver ninguém por aí, claro, com aquilo que Alberto João referiu há tempos e que escandalizou meio Portugal, senão veja-se:

O PUALZE, tendo em vista o seu propósito oficial, inclui termos perigosos como "regulamentar", "requalificar", "potenciar", "novos equipamentos e actividades estruturantes", etc., para justificar "apenas" o aumento das cérceas da Avenida, a demolição de alguns dos edifícios antigos que ainda sobram por lá, a construção de estacionamento subterrâneo, a demissão de toda e qualquer aposta na função habitação (a CML serve-se inclusive do argumento "nível de ruído" para só falar em serviços), a ausência de coragem em avançar com medidas efectivamente restritivas à circulação automóvel, etc.

Puxando ainda um pouco mais pela cabeça, ao cidadão mais ou menos inteligente não deixará de passar despercebida a gravíssima agressão que representará a hipotética construção de parques de estacionamento subterrâneo nos cruzamentos da Avenida da Liberdade!, efeitos que se farão sentir à primeira tempestade (de facto) que atinja Lisboa (cruzes canhoto!), tão fácil é aperceber-se do que isso irá afectar o curso das água subterrâneas. Tal como facilmente se imaginará o futuro negro que estará reservado a prédios como o Palácio Conceição e Silva (neo-mourisco), o edifício da Mme.Campos ou os celebérrimos prédios da esquina com a Alexandre Herculano (objecto de "obras coercivas" ao tempo de Santana Lopes) se a tal "requalificação" for levada por diante: vamos ficar com uma segunda versão a Avenida da República. O mesmo acontecerá aos jardins, logradouros e quintais da Avenida e zona envolvente, a começar pelos da Rua do Salitre, cujos donos terão, enfim, luz verde para os esventrar a seu bel-prazer.

Nesta fase, o PUALZE encontra-se ainda no papel, mas, nos moldes em que está, é esta a altura própria para o travar, porque quando a obra começar será já tarde demais.

Ah, já me esquecia, o PUALZE esteve em cena no Teatro Variedades aqui há meses, com rufar de tambores e tudo...

(parcialmente publicado no DN de 7 de Março)

Lx-Deprimente: Álbum de fotografias

Eis algumas das fotos que ilustram alguns casos de entre as várias dezenas que já nos chegaram, como pertencendo a uma «Lisboa Deprimente»: ÁLBUM!

Despacho por emitir deixa moradores fora de casa

In Diário de Notícias (8/3/2007)
Daniel Lam
Nuno Fox (imagem)

«O buraco que se tornou famoso por ter engolido um autocarro junto à estação de Campolide, em Lisboa, em Novembro de 2003, tornou a vida de Alfredo Marques "num inferno". Os serviços da câmara municipal decidiram despejar os moradores das habitações no cimo da encosta do Bairro da Liberdade, na Rua Inácio Pardelhas Sanchez. Fizeram as obras de contenção e, em Dezembro de 2004, uma vistoria concluiu que o prédio 183D, onde morava Alfredo Marques, reunia "boas condições de habitabilidade". Já passaram mais de dois anos e a autarquia tarda em emitir a imprescindível autorização para poder reocupar o imóvel.(...)»

Ambelis vai mudar de estatuto

In Jornal de Notícias (8/3/2007)

«A Agência para a Modernização Económica de Lisboa (Ambelis) vai deixar de ser uma sociedade anónima e passar a associação, segundo uma proposta da CML, accionista maioritária, já aprovada em assembleia-geral, disse à Lusa Alberto Laplaine Guimarães, liquidatário nomeado e também assessor de Carmona Rodrigues. Laplaine Guimarães foi nomeado liquidatário da Ambelis, na sequência da assembleia-geral da Ambelis, realizada sexta-feira, quando foi decidido que a empresa será extinta e passará a associação.(...)»

07/03/2007

Comentário ao facto do dia:

O Cinema São Jorge é uma e só uma coisa: cinema. Ponto. Outra coisa bem diferente é assistir-se ao estado a que ele (mais o Odéon e Tivoli) chegou, fruto do mercado de um mercado de distribuição estrangulado desde há décadas, a péssimos exibidores e a uma falta de vontade política (a todos os níveis) em apostr numa revitalização pensada para a Avenida (em todos os sentidos). Mas, por mais maldades que lhe façam o São Jorge continua a fazer parte de todos nós, que se recusam a acreditar que o tempo das salas de cinema acabou ... não há novela que sempre dure.

Não confio na Câmara de Lisboa

In Públcio (7/3/2007)
Maria Filomena Mónica

«A 9 de Janeiro, enviei para o PÚBLICO uma carta, a que antepus o título O plano municipal de não leitura - sim, o título é meu! -, na qual denunciava uma situação aberrante.
Como quase todas as bibliotecas de Lisboa, a de S. Lázaro, que fica ao lado da casa das minhas netas, ostentava o seguinte horário: de segunda a sexta-feira, das 11 às 17 horas, o que, como toda a gente percebe, é incompatível com a frequência de quem anda na escola. Concluía: "Pelos vistos, o pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa (CML) conseguiu realizar o sonho de todos os serviços públicos: abrir apenas quando os utentes os não podem utilizar".
Dois dias depois, um pressuroso director municipal de Cultura, Rui Mateus Pereira, respondia à minha carta, reconhecendo que o horário da Biblioteca de S. Lázaro, "como de outras 13 da rede de bibliotecas municipais de Lisboa, não serve completamente os interesses de um plano de leitura pública e as necessidades dos leitores e dos munícipes". Em vez de admitir ser sua obrigação satisfazer as aspirações dos eleitores, optava pelo argumento tecnocrático de que urgia afectar, palavras suas, recursos humanos devidamente qualificados (...), prometendo que, "no imediato", a questão seria resolvida "através do encerramento às segundas e abertura aos sábados", de forma a que a minha neta e, presume-se, outras crianças pudessem requisitar livros aos fins-
-de-semana.
No Diário de Notícias de 23 de Janeiro (em notícia de página inteira), José Amaral Lopes, o vereador da Cultura da CML, declarava ter optado por "um projecto concreto de alteração" do horário. Nesse mesmo dia, no PÚBLICO, Rui Pereira declarava que o tal alargamento teria lugar a partir de Fevereiro. Céptica como sou, hoje, 6 de Março, decidi telefonar para a Biblioteca de S. Lázaro. A resposta foi a de que apenas estavam abertos aos dias de semana, entre as 11 e as 17 horas. A conclusão é simples: a CML mentiu aos munícipes, às minhas netas e a mim.
Maria Filomena Mónica
Lisboa
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Campo Pequeno Requalificação do jardim começa este mês e termina no Verão

In Público (7/3/2007)
Inês Boaventura

«A requalificação do jardim do Campo Pequeno, que contempla a plantação de 140 árvores, o redesenho dos caminhos pedonais e a recuperação dos canteiros, vai arrancar até ao final de Março, segundo a Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno. "Estamos na fase de ultimar a adjudicação ao empreiteiro, que deverá entrar em obra ainda este mês", disse ao PÚBLICO o vice-presidente da SRUCP, Góis Ferreira, explicando que os trabalhos se devem prolongar por um período máximo de quatro meses. Chega assim ao fim um compasso de espera que se arrastava desde Maio de 2006, quando o vereador dos Espaços Verdes da Câmara de Lisboa anunciou que a requalificação do jardim arrancaria "o mais tardar no final do mês". Segundo disse na altura António Prôa, a obra orçada em 824 mil euros seria custeada pela SRUCP, como forma de indemnização pelos danos causados naquele espaço durante a intervenção na praça de touros, que se traduziram na necessidade de abater 60 árvores. Ontem, o vice-presidente da empresa confirmou, finalmente, que esta vai suportar os custos e executar os trabalhos de requalificação do jardim, destacando que tal "é uma mais-valia para a cidade". Góis Ferreira atribuiu o atraso no arranque da obra à necessidade de firmar um acordo com a autarquia, que desenvolveu o projecto e vai fiscalizar a sua implementação. O vereador dos Espaços Verdes afirmou ter desde Maio de 2006 a informação de que a SRUCP iria executar a obra, existindo "um compromisso escrito e reiterado" nesse sentido, mas admitiu que foi "um processo complicado e demorado". I.B. »

F-I-N-A-L-M-E-N-T-E!

A ver vamos.

Nota: seria óptimo se a CML desse andamento ao que o seu Presidente respondeuà recomendação da AML, ou seja, que iria encetar esforços no sentido de tirar dali aquele inenarrável campo de jogos, que para ali nunca devia ter ido. Devolva-se aquela área ao jardim!

Inquérito do grupo Economist sobre custo de vida. Lisboa entre as cidades mais baratas da Europa Ocidental

In Público /Lusa (7/3/2007)

«Lisboa é a grande cidade mais barata da Europa Ocidental, com um custo de vida inferior em 17 por cento ao de Nova Iorque, a cidade que serviu de referência (base 100) para o inquérito realizado pela unidade de informação (EIU) do grupo Economist. O inquérito sublinha, no entanto, que há várias capitais da Europa Central e de Leste que apresentam preços mais baixos do que a capital portuguesa. Lisboa está no 59º lugar entre as 132 grandes cidades consideradas pelo inquérito semestral que é feito por este organismo. (...)»

Esta é uma notícia animadora para os especuladores imobiliários e para comerciantes: ainda podem pedir mais.

Música e festivais de cinema dominam programação do remodelado S. Jorge

In Diário de Notícias (7/3/2007)
Maria João Pinto

«A Câmara Municipal de Lisboa deu ontem a conhecer o resultado da segunda fase da intervenção que realizou no Cinema S. Jorge, visando a remodelação de dois dos três módulos em que a histórica sala da Avenida da Liberdade - e a maior do País, aquando da sua abertura, em 1950 - foi dividida nos anos 80. Um conjunto de "obras mínimas indispensáveis à sua utilização mais regular", nas palavras do vereador da Cultura, José Amaral Lopes, que, orçado em 140 mil euros, o dotará de "condições mais adequadas à definição de uma programação mais diversificada", considerou.

Essas obras deverão prosseguir, "designadamente no que se refere à instalação de sistema de climatização e conforto, serviços de apoio à cafetaria e foyers", recordou, mas a programação para este espaço hoje municipal está, para já, definida até Dezembro. A intervenção no anexo que acolherá a Lisbon Film Commission, "balcão único" para os agentes do sector, essa, deverá ficar concluída "neste primeiro semestre". Uma vez terminados estes trabalhos, considerou por seu lado, o presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, "teremos um S. Jorge moderno, cuja traça foi respeitada, mas com uma flexibilidade de usos que antes não tinha".

"Uma utilização regular"

Música e festivais de cinema constituirão a base da programação do S. Jorge, também ontem apresentada por Amaral Lopes em paralelo com um balanço da actividade do seu pelouro e perspectivas para o corrente ano. A sala escolhida foi aquela que, pelo seu carácter "mais informal", ficará destinada a usos múltiplos, mantendo-se o módulo adjacente como sala clássica de cinema.

Uma homenagem a Artur Batalha, uma apresentação da Filarmónica do Gil e um concerto de Sara Tavares são algumas das propostas para o mês em curso, no plano musical. A que se juntarão, com o correr do calendário, três espectáculos de João Braga (em Maio) e uma ligação ao Jazz em Agosto da Fundação Gulbenkian. Concertos regulares de música clássica com entrada livre, nomeadamente pela Orquestra Sinfónica Juvenil, constam também do alinhamento.

Em matéria de cinema , vocação primeira do S. Jorge no que foi o seu projecto e solução construtiva de origem, a programação aponta para dez festivais: Indie, em Abril (dias 17 a 30); Mostra de Cinema Romeno, em Maio (21 a 24); Lisbon Village Festival, em Junho (18 a 24); Gay e Lésbico, em Setembro (14 a 22), seguido da Semana de Cinema Espanhol (23 a 27). Outubro conhecerá a maior concentração, com a Festa do Cinema Francês (3 a 14), Mostra do Cinema Brasileiro (15 a 24 ) e Doc Lisboa (29 e 30). Seguir-se-ão os festivais Número (7 a 15 de Novembro) e Hola, de cinema ibérico, em Dezembro, em data a anunciar
. »

Evento da TVI reduz estacionamento aos residentes no Campo Pequeno

In Diário de Notícias (7/3/2007)
Filipe Morais, Isaltina Padrão e Susana Leitão

«A gala 7 Maravilhas, organizada pela TVI e que hoje se realiza no Campo Pequeno, em Lisboa, levou à "invasão" de parte da zona de estacionamento usada pelos moradores da zona. Só que nem os residentes nem os comerciantes foram alertados. Ou seja, a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) concedeu a reserva de espaço público, nas ruas do Campo Pequeno e de Entrecampos, para as operações de apoio à gala que vai decorrer na praça de touros, esquecendo-se de acautelar lugares para os residentes.(...)»

A TVI é, de facto, a 8ª maravilha lusitana, já que sem ela nunca teríamos conhecimento do melhor que existe em todos nós.

Câmara vai pagar dívida à Parque Expo

In Jornal de Notícias (7/3/2007)

«A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, ontem, com os votos do PDS e do CDS-PP, o início do pagamento à Parque Expo dos juros da dívida de 145 milhões de euros, relativa à gestão urbana, acessibilidades e expropriações do Parque das Nações. Todas as outras forças políticas votaram contra o documento.(...)»

Carmona dá pelouros

In Jornal de Notícias (7/3/2007)

«O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, assinou ontem o despacho de redistribuição de pelouros, atribuindo o cargo de vice-presidente, anteriormente ocupado por Fontão de Carvalho, à vereadora Marina Ferreira, disse à Lusa fonte municipal. Carmona passa a acumular as Finanças com o Urbanismo, Turismo, Auditoria, Aprovisionamento e Seguros.(...)»

Biblioteca da Resistência vai encerrar para obras

In Jornal de Notícias (7/3/2007)
Bruno Simões Castanheira
Ana Fonseca

«As instalações da Biblioteca-Museu República e Resistência, situadas na Estrada de Benfica, em Lisboa, fecham hoje para obras. Uma intervenção urgente, dado o estado de degradação do edifício que integra o antigo e histórico Bairro Grandella. Em causa está, porém, a futura utilização do equipamento que, de acordo com muitos e amargos vaticínios, poderá deixar de ser aquele que desempenha desde 1993. (...)»

Curiosidade histórica interessante

Rua Nova do Almada: um texto de 1665

Nada como uma boa polémica para promover o avanço do conhecimento. Por causa de um leitor que levantou polémica a um texto meu, já lucrei algo: investiguei e cheguei onde queria. Partilho consigo a experiência. Trata-se da Rua Nova do Almada.
No blog LisboaLisboa2, um leitor interessado fez um comentário ao «post» que ali inseri e para o qual fiz remissão daqui, sobre a origem e cauasas da abertura dita Rua Nova do Almada e sobre outros temas. O comentário diz assim, na parte relativa à dita rua:
«Acho óptimas estas "intervenções" culturais para aligeirar o blog.. mas algum rigor histórico. A Rua Nova do Almada não foi feita para abrir a cidade a norte porque ela até desce para sul. Foi feita porque era uma velha aspiração da população da cidade ter uma ligação à baixa e principalmente à beira rio onde à época tudo se passava que não a obrigasse a ir ao Rossio. Isso de facto foi-lhe dado pelo Almada, à época Presidente do Senado que na realidade não deu o nome à rua. A rua esteve muitos anos sem nome e por isso por ser a "Rua nova" aberta pelo Almada o Povo acabou por lhe chamar Rua Nova do Almada. O tempo acabou por lhe dar esse nome oficialmente.»
Texto da época parece dar-me razão

Este comentário foi importante pela polémica que levantava. Na altura prometi ir à procura de bibliografia para defender a minha tese. E encontrei. Sem ofensa: está lá tudo, tal e qual.
Trata-se de um texto da época (Maio de 1665), exactamente referente ao assunto: a abertura da Rua Nova do Almada.
Deixo aqui todos os links e a transcrição que acabo de fazer, para seu regozijo… e meu!
A publicação é «O Mercúrio Português», de Maio de 1665 («Mercurio Portuguez com as novas da Guerra entre Portugal & Castela / [red. António de Sousa de Macedo]. - Jan. 1663-[Jul. 1667]. - Lisboa : Na Officina de Henrique Valente de Oliveira, 1663-1667. - 20 cm»). Pode encontrar uma recensão aqui.
Deve ver também os Tesouros / Periódicos, da Biblioteca Nacional neste link.
Aí se diz, às tantas: «Por exemplo, no mês de Maio de 1665 referia a abertura de uma rua, denominada de Rua Nova do Almada, que iria tornar mais fácil a comunicação entre a baixa e a alta de Lisboa. O nome da rua devia-se ao nome do seu autor, o presidente do senado da câmara, Rui Fernandes de Almada.»

Citação com interesse

Leio o que ora interessa em duas páginas (3-verso e 4). Vou transcrever o texto (adaptei a grafia).
Aí, depois de muitas referências às guerras da época, podemos ler o seguinte:
Na pág. 3-verso:
«E porque o cuidado da guerra não embaraça o do governo político, em 13 deste mês se começou em Lisboa a abrir uma formosa rua de 30 e 35 palmos de largo, que começa da calcetaria e sai ao Espírito Santo, muito conveniente para formosura e serventia do bairro baixo para o alto da cidade, e sobe tão invisível e insensivelmente que quase parece que tudo fica plano. Por esta razão, há muitos anos que era desejada, e se intentou, nunca se conseguiu, porque era necessário…» (segue)
Depois, segue na pág 4:
(continuação)«comprar e derrubar muitas casas, que naquele lugar faziam vários becos estreitos, conforme a fábrica antiga das cidades. Pôde-o conseguir com a resolução que tomou Rui Fernandes de Almada, que entrou a ser Presidente do Senado da Câmara («Câmera», à época), e por memória do autor de obra tão útil, quis o Senado que a rua ficasse com o seu nome e se chama a rua nova de Almada» (sic: com minúsculas e «de» Almada).

06/03/2007

O Ministério Público quer ouvir os sociais-democratas Pedro Santana Lopes e Helena Lopes da Costa e Vasco Franco (PS) no âmbito processo Bragaparques

In Sol Online (6/3/2007)
Por Sofia Rainho

«O pedido de levantamento da imunidade dos deputados para deporem na qualidade de testemunhas no referido processo deu entrada na Assembleia da República na passada quinta-feira, dia 1 de Março, e vai ser agora analisado pela Comissão de Ética. (...)»

Polícia Municipal com novas competências de fiscalização

In Diário de Notícias (6/3/2007)
Susana Leitão

«A Polícia Municipal (PM) de Lisboa pode vir a ter as suas competências alargadas no que respeita à fiscalização do trânsito. De acordo com o programa Portugal em Segurança, apresentado pelo Governo, pretende-se "descentralizar para as polícias municipais de Lisboa e Porto as competências da Polícia de Segurança Pública [PSP] em matéria de trânsito". Segundo apurou o DN junto do Ministério da Administração Interna (MAI), a transferência de funções irá ser agora "negociada" entre a tutela e as respectivas autarquias. (...)»

MP quer ouvir Santana no processo Bragaparques

In Jornal de Notícias (6/3/2007)

«O Ministério Público (MP) pediu à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar dos deputados Pedro Santana Lopes (que antecedeu Carmona Rodrigues na presidência da Câmara de Lisboa), Helena Lopes da Costa (ex-vereadora do PSD, responsável pelo Património) e Vasco Franco (ex-vereador do PS) para serem ouvidos como testemunhas no processo Bragaparques. (...)»

Obras de fachada em prédio não convencem moradores

In Jornal de Notícias (6/3/2007)
Mónica Costa, Bruno Simões Castanheira

«As obras e a pintura recentes na fachada do número 14 da Rua Artilharia Um, em Lisboa, não estão a deixar os inquilinos mais felizes. Apesar dos trabalhos que já foram feitos, nas casas do terceiro andar ainda chove. Os alguidares no chão, o bolor e cheiro a mofo são a companhia de quem ali vive. (...)»

Câmara de Lisboa recebe 330 candidaturas a programa para reabitar centro histórico

In Público Online (6/3/2007)

«A Câmara Municipal de Lisboa recebeu um total de 318 candidaturas ao projecto “Lx-ReHabitar o Centro”, para 20 fogos habitacionais e 12 inscrições para os três espaços comerciais disponíveis, todos no Bairro Alto e Bica, foi hoje revelado.

As candidaturas ao programa decorreram de 18 de Janeiro a 15 de Fevereiro para os habitacionais e até 27 de Fevereiro para os comerciais
.(...)»

05/03/2007

Devolutos de “ouro” para imobiliária

In Público (5/3/2007)
Diana Ralha

«Empresa espanhola tem em curso uma política agressiva de aquisições de imóveis devolutos ns Avenidas Novas da capital. Serão transformados em habitação para classe média e alta. Contornando a falta de terrenos no centro de Lisboa, uma imobiliária espanhola encontrou o produto que mais sobeja na capital – edifícios devolutos, em péssimo estado de conservação -, para desenvolver projectos imobiliários dirigidos à classe média e alta. A empresa EuroImobiliária já adquiriu dezena e meia de edifícios devolutos nas Avenidas Novas e prevê investir 290 milhões de euros nos próximos cinco anos, destinados a erigir mais de 75 mil metros quadrados de habitação. A imobiliária, que opera em Lisboa há quatro anos, garante que vai continuar a seguir uma estratégia agressiva de aquisição de imóveis devolutos, mas assegura que, sempre que possível, irá respeitar, nos seus empreendimentos imobiliários, a traça original dos edifícios e das avenidas em que estes se inserem. É o que está a acontecer, por exemplo, no empreendimento da Rua Viriato 2, no qual a empresa optou por manter a fachada do século XIX. E, igualmente, na recuperação do Palácio Silva Amado, uma parceria com o Grupo Fibeira, no qual serão construídos apenas 34 fogos habitacionais, que renderão 19 milhões de euros (cerca de 550 mil euros por apartamento). (...) Rua Viriato, Avenidas Duque de Loulé, Duque de Ávila, Defensores de Chaves, Duarte Pacheco, Areeiro, Campo Mártires da Pátria fazem parte do mapa de aquisições da Euro Imobiliária. No total, a empresa já se encontra a promover, em diversas fases de desenvolvimento, mais de 900 fogos no centro da cidade. (...) A empresa não quer ficar refém do mercado de topo nos empreendimentos que tem previstos para as Avenidas Novas. Afirma que vai compensar os custos acrescidos induzidos pelo custo do solo, através da racionalização das suas soluções arquitectónicas. (...)»

Já se estava mesmo à espera.

Plano do Bairro da Liberdade espera parecer da tutela governamental

In Diário de Notícias (5/2/2007)
Luísa Botinas

«O Plano de Pormenor para a requalificação do Bairro da Liberdade e reordenamento do Bairro da Serafina, em Lisboa, já seguiu para apreciação na Comissão Coordenadora de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo depois de esta semana ter sido aprovado por maioria pelo executivo municipal.(...)»

'Hortas de lata' urbanas são um luxo para muitos

In Diário de Notícias (5/3/2007)
Marina Almeida

«Lisboa: há centenas de hortas em terrenos camarários cultivadas ao milímetro ao arrepio das autarquias (...)»

População preocupada com a densificação de Lisboa

In Diário de Notícias (4/3/2007)
Luísa Botinas

«O Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa (há 13 anos em vigor)não resolve os problemas de gestão corrente, como o da degradação e abandono de que sofrem os logradouros de uma zona do Campo Grande, mas podem evitar os que são gerados pela construção massificada de habitação sem os necessários equipamentos sociais de apoio, em Benfica. (...)»

Quarta demissão na administração da EPUL

In Jornal de Notícias (3/3/2007)
João Girão

«O presidente da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), João Teixeira, assegurou ontem que tem todas as condições para continuar no cargo, após a demissão de António Pontes, o único vogal que ainda se mantinha em funções após a saída de Luísa Amado, Aníbal Cabeça e Arnaldo João do Conselho de Administração (CA) da empresa. Os vogais demitiram-se na sequência de suspeitas de prémios de gestão pagos indevidamente a administradores, o que levou o Ministério Público a acusá-los de peculato, no mesmo processo que visa o ex-vice-presidente da autarquia, Fontão de Carvalho. (...)»

Bairro Azul recusa ficar sem os plátanos

In Jornal de Notícias (3/3/2007)
Telma Roque

«A transplantação de três plátanos do Bairro Azul para a Praça de Espanha, em Lisboa, iniciada ao início da noite de ontem, está a causar celeuma entre os moradores, que há cinco anos travam uma batalha pela salvaguarda das árvores, tidas como "barreiras" à poluição atmosférica e sonora. Também a Quercus contesta a forma como a operação está a decorrer, temendo que as árvores morram. (...)»

Torre de Norman Foster em Lisboa vai ser alvo de consulta pública

In Diário de Notícias (3/3/2007)
Luísa Botinas

«A Câmara de Lisboa conta receber dentro de duas semanas o parecer da Comissão Coordenadora de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) sobre o Plano de Pormenor do Aterro da Boavista. A fase seguinte será a da promoção da discussão pública. (...)»

04/03/2007

As ruas de Lisboa e o desenvolvimento, ontem e hoje

No séc. XVII e agora…

Há coisas inesperadas na vida das cidades. Por exemplo esta: será que o traçado e os nomes das ruas têm a ver com o crescimento e com o desenvolvimento de Lisboa? Resposta: têm, sim. Melhor: nalguns casos famosos têm a ver com isso também, entre muitos outros factores.
De facto, algumas artérias de Lisboa resultaram directamente quer das realidades do crescimento da cidade ao longo dos séculos quer de estratégias de desenvolvimento defendidas e implementadas gradualmente. Dois exemplos com histórias interessantes na sua origem: a Rua Nova do Almada e a Avenida da Liberdade.
O ontem e o hoje destas coisas…
Leia uma reflexão no LisboaLisboa2.

03/03/2007

Destruição de candeeiros dos anos 40 na Avenida de Madrid




No dia 26 de Fevereiro a CML iniciou uma empreitada de "remodelação" da iluminação pública da Avenida de Madrid, Freguesia de São João de Deus. Nem os moradores, nem mesmo a própria Junta de Freguesia foram préviamente informados. Não houve qualquer sessão de apresentação ou de esclarecimento sobre esta obra. Para nossa surpresa e choque, descobrimos que a "remodelação" quer afinal dizer:

- o abate de todos os candeeiros originais dos anos 40 (foto 1) e a sua substituição por novos postes de iluminação em chapa galvanizada sem qualidade nem de materiais nem de design (foto 2).
- a instalação de mais 14 postes de iluminação.

Mais uma vez, a cidade de Lisboa - numa iniciativa do Departamento de Ambiente Urbano - Divisão de Iluminação Pública - propõe destruir equipamento público de qualidade apenas porque não considerou investir na manutenção. A CML promove o abate de mobiliário urbano histórico - os primeiros candeeiros de design moderno da capital - e no seu lugar instala objectos fracos e incaracterísticos. O que foi pensado para Lisboa dá lugar ao que se pode encontrar em qualquer zona industrial do mundo. Os novos postes de iluminação não estão de acordo com as características urbanas e arquitectónicas da Avenida de Madrid, ao contrário dos candeeiros originais.
Para nós esta empreitada revela uma má gestão dos recursos patrimoniais da cidade e uma falta de consideração pela opinião e participação dos munícipes.
Os moradores que se sentem lesados por esta iniciativa, que ignora os valores do património e a opinião dos munícipes, já solicitaram a paragem dos trabalhos ao Vereador António Prôa. Aguardamos uma resposta e uma solução que valorize a Freguesia de São João de Deus.

Fregueses da Junta de Freguesia de São João de Deus

02/03/2007

Uma questão de detalhe

Durante anos foram o supra-sumo do kitsch em Portugal. De dimensão desproporcionada, tinham as fachadas revestidas a azulejo de interior, por regra de cor e padrão duvidosos. Eram as casas tipo maison, que polvilharam a paisagem rural de ruído visual, num corte abrupto com materiais e técnicas tradicionais de construção e todo o seu saber-fazer.
Erguidas com as próprias mãos, com as poupanças de uma vida de trabalho longe do país, era apesar de tudo possível compreender o sentido destas casas espalhafatosas e a razão por que não podiam ser de outra maneira. O que já não se compreende é que hoje, cidade fora, mesmo em intervenções de recuperação do edificado apontadas como irrepreensíveis e que envolveram avultados investimentos, se vejam detalhes que, em rigor, não são muito diferentes dos que caracterizaram a ridicularizada casa tipo maison: não já os azulejos de cozinha e de casa-de-banho a revestir fachadas, mas o uso crescente de caixilharias de alumínio e de PVC lacados adornando janelas e de fechaduras e puxadores claramente de interior adornando a “porta da rua”.
Poderá sempre dizer-se que estas escolhas são reversíveis. Certamente que o são. O problema é que, enquanto lá estão, dão um péssimo sinal para o exterior - o de que se pode dar uma obra como acabada mesmo que esse toque final deite tudo a perder. Enquanto isso, e em nome da modernidade, elementos de serralharia artística e azulejos irrepetíveis – como aqueles que, como aqui vimos há dias, são roubados com a maior das calmas – vão direitinhos para o lixo. Como no contentor de entulho acabam belíssimas cantarias e portas de madeira trabalhada, corrimões, caixas de correio ou elevadores antigos e tudo o mais que, mesmo nos edifícios de tipologia mais modesta, era acarinhado. A preocupação de cuidar dos detalhes transformou-se hoje numa coisa sem a menor importância.

Attention Lisbon........


"...complementados por uma esguia torre, de 110 metros e 30 andares." Parece-me um bocado alto para 28 andares.... Mas se for essa altura, naquela zona, vamos dizer adeus à silhueta da Lisboa ribeirinha. E depois do primeiro...vem o segundo. Não vai lá muito tempo da polémica às torres de Siza, que levavam como um dos (maus) argumentos, o apoio do tabuleiro da ponte. E aqui, o apoio onde é que está, será no que vier a seguir? E quando houver uma torre deste lado, porque razão não vão aparecer outras, por exemplo, para os lados de Santa Apolónia? Sem andar a brincar aos velhinhos do Restelo, o truque é antigo. Por alguma razão primeiro Siza....e depois Foster, só para abrir caminho.
Foto: Torres de Siza

Comentário ao facto do dia:

Em Lisboa, à mesma hora da noite, num local falou-se verdade e noutro falou-se mentira.

CML envia à CCDR Plano de Pormenor dos Bairros da Liberdade e Serafina e do Campus Universitário de Campolide


In Site da CML

«A Câmara Municipal de Lisboa vai enviar à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo a proposta preliminar do Plano de Pormenor para a requalificação do Bairro da Liberdade e reordenamento do Bairro da Serafina, em Campolide. A proposta foi aprovada por maioria, dia 28 de Fevereiro, em reunião do executivo camarário.

O Plano de Pormenor representa mais um passo na renovação integral das condições de habitabilidade existentes no Bairro da Liberdade, Vila Ferro e Amendoeira, prevendo a recuperação do edificado, de cariz maioritariamente ilegal, e que apresenta graves deficiências de construção e más condições de habitação, pelo que a proposta preconiza a demolição e substituição das casas existentes
. (...)»

O Plano de Pormenor do Bairro da Liberdade, sem dúvida necessário, poderia ter outro traçado que não este, pois arrisca-se não só a levantar obstáculos em redor do Aqueduto, como a dar cabo da matriz genuína e anarquicamente organizada do bairro.

O plano de pormenor para o campus da Nova, se não for corrigido nalguns aspectos, dará cabo irremediavelmente do corredor verde Parque Eduardo VII-Monsanto. Mas disso ninguém quer saber, como se sabe... só mais uma coisa: e se do plano fizesse parte a recuperação da Igreja??!! ... ah, perdão, isso é competência de outros que não estes...

Cartazes e autocolantes desaparecem das paredes do eixo central da cidade

In Diário de Notícias (2/3/2007)
Filipe Morais

«Os cartazes de publicidade ilegalmente afixados estarão, amanhã, "erradicados" do chamado eixo central de Lisboa. As equipas da autarquia que abriram "guerra" à publicidade ilegal estão em acção desde o início da semana e amanhã de madrugada a operação deverá estar concluída. No entanto, a autarquia quer ir mais longe, com os graffiti a serem o próximo alvo, provavelmente já na próxima semana.

O pelouro dos Espaços Verdes da Câmara de Lisboa anunciou que pretendia retirar cerca de 20 mil cartazes e autocolantes ilegalmente afixados no eixo central da cidade (entre os Restauradores e o Campo Grande) , que está agora sob "uma vigilância apertada", revelou ao DN uma fonte camarária, garantindo que "a ideia é alargar esta iniciativa a toda a cidade." A mesma fonte admite que "está a ser feita uma avaliação e vão ser pensadas outras áreas, sendo que o eixo da Avenida Almirante Reis será" o próximo alvo.(...)»

Mais uma demissão na EPUL deixa presidente sozinho

In Diário de Notícias (2/3/2007)
Ana Mafalda Inácio

«António Pontes, o último dos quatro vogais do conselho de administração da EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) que ainda se mantinha no cargo, apresentou a demissão na quarta-feira. O presidente da empresa, João Teixeira, em funções desde Janeiro de 2006, é o único que se mantém. A sua substituição não está sequer em cima da mesa neste momento, assegurou fonte da presidência da autarquia. (...)»

Ippar dá luz verde a torre de Norman Foster em Santos

In Diário de Notícias (2/3/2007)
Luísa Botinas

«A torre de 28 andares em projecto no gabinete do arquitecto britânico Sir Norman Foster recebeu luz verde do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar). Falta agora saber o que fará com esta aprovação a Câmara Municipal de Lisboa numa altura em que a conjuntura política é tudo menos favorável a decisões de fundo. Ainda por cima na área nevrálgica do urbanismo, cuja vereadora suspendeu o mandato, agora nas mãos do próprio presidente. (...)

O sim do Ippar é, todavia, condicionado. No documento a que o DN teve acesso, os conselheiros, entre os quais se destacam conhecidos arquitectos e engenheiros, lembram que esta versão de plano apresentada em Outubro de 2006, em contraponto com a anterior, analisada em 1997, "incide sobre uma área definida entre Santos e até à Rua do Instituto Industrial" e tem "substanciais diferenças, quanto à dimensão da área de intervenção e quanto ao desenho urbano".
(...)»

Sendo fã da obra de Foster, também sou fã de Lisboa e do seu sistema de vistas. sobretudo de e para o rio. Como conciliar um excelente e arrojado projecto com isso? Talvez pedindo a Foster que saiba mais de Lisboa e que, em último caso, redesenhe o projecto ...

Nota:

Está disponível online uma amostra deste projecto: AQUI (obrigado, JA!)

Tabaco proibido em bares, restaurantes e discotecas

In Diário de Notícias (2/3/2007)
Rute Araújo

«E à terceira foi de vez. O Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros a nova legislação sobre o tabaco. A terceira versão, que surge quase um ano depois da proposta de lei inicial, proíbe o fumo em restaurantes, bares e discotecas com menos de cem metros quadrados e dá a possibilidade aos estabelecimentos com uma área superior de criar salas de fumo, desde que não ultrapassem 30% do total.

O projecto será agora remetido à Assembleia da República. E, depois de aprovada a lei, haverá um período de um ano para os estabelecimentos se adaptarem. O Ministério da Saúde chegou a admitir que este tempo poderia ser de alguns anos, ou mesmo que seria dada a opção aos proprietários de escolherem se teriam fumadores ou não dentro das suas instalações. Mas acabou por decidir pela versão inicial, mais restritiva. Isto porque, de acordo com o ministro da Saúde Correia de Campos, não faria sentido apontar para a entrada em vigor da lei depois do fim da legislatura do Governo
.(...)»

Esta é, defnitivamente, uma BOA notícia. Aleluia!

Carmona desconhece projectos para Pedrouços

In Jornal de Notícias (2/3/2007)
José António Domingues

«O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, desconhece os projectos urbanísticos da Administração do Porto de Lisboa (APL) para os terrenos da Docapesca, em Pedrouços, e continua a aguardar esclarecimentos desta entidade.

"Há uma omissão da estratégia ou uma estratégia de omissão", disse Carmona Rodrigues, na reunião de Câmara de anteontem, referindo-se à APL, que tem jurisdição sobre a zona ribeirinha da cidade. O autarca revelou já ter pedido uma reunião ao Porto de Lisboa para tomar conhecimento sobre "o que está reservado para essa zona". "De concreto não sei nada", afirmou, em resposta ao PCP, adiantando que "parece que há uma perspectiva de valorizar a doca, mantendo ali uma actividade náutica de recreio, além de sedear ali a Fundação Champalimaud".
(...)»

Infelizmente, tenho a impressão que ninguém conhece os projectos para Pedrouços, se é que os há.

01/03/2007

Prédio onde viveu o poeta Fernando Pessoa saqueado em plena luz do dia

In Público (1/3/2007)
Diana Ralha

«A denúncia às autoridades de um roubo de azulejos Arte Nova, da fachada de um prédio devoluto na Avenida Casal Ribeiro, poderá ter ditado o destino do edificio. A demolição deste imóvel esteve em cima da mesa em 2002 e foi travada por Santana Lopes, porque a historiadora Marina Tavares Dias defende que, em 1915, aquele imóvel teve um notável inquilino – o poeta Fernando Pessoa. Cinco anos depois, o veredicto poderá ser outro. Durante este período, nada foi feito pelo proprietário ou pela autarquia para recuperar o edifício, que se manteve numa lenta agonia, fechado, de janelas e portas abertas. As lojas do piso térreo do imóvel foram ocupadas por sem-abrigo e toxicodependentes em Dezembro passado e nesse mesmo mês a Polícia Municipal e os Bombeiros vedaram todo o perímetro do imóvel devido ao perigo de derrocada. Durante a manhã de ontem, a porta principal do edifício foi desemparedada pelo proprietário do imóvel, a Cafe, Sociedade de Construções, para ser efectuada uma vistoria camarária, na sequência de uma queixa de um cidadão que relatou no sábado um roubo de azulejos. (...)»

Fórum Cidadania quer identificar lugares “deprimentes” de Lisboa

In Público (1/3/2007)
Inês Boaventura

«O Cais das Colunas transformado em “lago dos excrementos” e o Martim Moniz já foram apontados pelos cibernautas

O Fórum Cidadania Lisboa lançou anteontem um desafi o aos cibernautas, para que identifi quem “os edifícios e espaços públicos mais deprimentes” da cidade de Lisboa, numa campanha que se prolonga até ao final do ano e que já recebeu diversos contributos, por exemplo sobre os pavilhões industriais demolidos na zona de Alcântara, ou sobre a área degradada do Rio Seco, na Ajuda. A campanha Lisboa deprimente pretende estimular os lisboetas a identificar “novos ou velhos lugares e edificações que estão descontextualizadas da sua envolvente, que deixaram de ter manutenção, que nunca foram ‘confortáveis’ nem cumpriram a sua função, ou porque simplesmente resultam de erros de planeamento, erros urbanísticos nunca assumidos”
(...)»

PS e PSD afundam-se em guerras internas: Uma insólita disputa de cadeiras pôs ontem os vereadores do PS a discutir uns com os outros

In Público (1/3/2007)

«Já o presidente da câmara desautorizou o seu vereador da Acção Social pela segunda vez

Quando ontem chegou à reunião de câmara, o vereador da Cultura, Amaral Lopes, percebeu logo que havia algo que não batia certo. O lugar da primeira fila onde se senta desde que tomou posse como autarca da maioria PSD estava ocupado por um socialista. Ao cidadão que confia que os autarcas de Lisboa perderão algum tempo a analisar os problemas da cidade poderá parecer bizarro o que a seguir se passou. Durante uns bons 20 minutos — dez dos quais consignados a uma interrupção dos trabalhos, para que os ânimos se acalmassem —, os vereadores discutiram afincadamente sobre quem se podia sentar onde, numa disputa de cadeiras de contornos anedóticos. No cerne do caso estão as divisões entre os vereadores socialistas, dois
dos quais, Nuno Gaioso Ribeiro e Dias Baptista, reclamam para si a liderança do grupo do PS. Na primeira fi la só há lugar para um líder de cada bancada, mas isso não perturbou Dias Baptista, que, ao ver que o seu rival Gaioso já tinha ocupado o lugar destinado aos socialistas, se assenhorou da cadeira do vereador da Cultura
. (...)»

Câmara de Lisboa aprova envio de plano de pormenor de "campus" de Campolide à CCDR

In Público online / Lusa

«A Câmara de Lisboa aprovou hoje o envio do plano de pormenor do "campus" de Campolide da Universidade Nova de Lisboa à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT). O envio da proposta preliminar do plano de pormenor à CCDR foi aprovado com os votos contra do PS, PCP e Bloco de Esquerda. A proposta abrange uma área de 16 hectares e decorre da ampliação do "campus", onde será instalada a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, actualmente instalada na Avenida de Berna, onde estudam 3000 alunos. No "campus" prevê-se ainda a construção do novo edifício da Faculdade de Direito e do edifício de expansão do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação (ISEGI).O plano prevê a criação de 1040 lugares de estacionamento coberto e 210 lugares à superfície, e pretende que a área tenha um uso predominantemente pedonal.(...)»

Locais deprimentes de Lisboa já têm sítio na Internet

In Notícias da Manhã (1/3/2007)
Sandra Cardoso

«Chama-se “Lisboa deprimente”, mas o objectivo não é deprimir mas alertar e denunciar. “Achamos que já é tempo de se identificarem os edifícios e espaços públicos mais deprimentes de Lisboa com vista a chamar-se a atenção de quem de direito (Governo, Câmara Municipal de Lisboa, Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR, entre outros)”, (...)»

Tesouros da arte medieval de Varsóvia para Lisboa

In Diário de Notícias (1/3/2007)
Maria João Pinto
Rui Coutinho (foto)

«É o encontro de dois museus nacionais, equiparáveis na sua génese e na relevância das suas colecções. É também o encontro de dois mundos e dos modos como a arte os interpretou. De Varsóvia à capital portuguesa, 27 obras de pintura e escultura nascidas sob a égide do Gótico, oriundas do mais importante museu da Polónia, dar-se-ão a conhecer no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) até 17 de Junho. (...)»

Castelo de S. Jorge revela arqueologia

In Diário de Notícias (1/3/2007)
Luísa Botinas

«No ano em que se comemoram os 860 anos da tomada de Lisboa, a autarquia da capital vai abrir ao público, a 25 de Outubro próximo, a área arqueológica do Castelo de São Jorge. Para tanto, a EGEAC, empresa municipal que gere os equipamentos culturais da cidade, conseguiu do Governo a comparticipação em 62% do projecto de valorização daquele conjunto patrimonial. (...)»

Relatório Gebalis carece de "fundamentação"

In Diário de Notícias (1/3/2007)
Susana Leitão

«O relatório da Gebalis, empresa que gere os bairros municipais, foi mais uma vez tema de discórdia entre a oposição da Câmara de Lisboa e a maioria PSD. "Este relatório carece de fundamentação", denunciaram ontem, em reunião pública da Câmara de Lisboa, os vereadores da oposição. (...)»

Governo ainda não regulou verba do casino

In Jornal de Notícias (1/3/2007)

«A Assembleia Municipal de Lisboa exigiu, anteontem, que o Governo regulamente, através de despacho do ministro da Economia, o financiamento a conceder à autarquia no âmbito das contrapartidas da instalação do Casino de Lisboa. A moção foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, PCP e PEV e a abstenção do PS e Bloco de Esquerda. (...)»

Caso Gebalis volta à cena. Carmona não quis que presidente da comissão da Gebalis falasse

In Jornal de Notícias (1/372007)
Ana Fonseca

« "Eu exijo, peço, solicito que Francisco Themudo Barata venha aqui explicar exactamente o que aconteceu com o relatório da Gebalis". Nervoso, depois das acusações do vereador do Bloco de Esquerda (BE) sobre uma factura que consta do polémico documento de avaliação daquela empresa que gere os bairros municipais, Sérgio Lipari, vereador da Habitação, quis ontem que o presidente da comissão que elaborou o relatório fosse ouvido durante a reunião do Executivo. Um pedido que foi, no entanto, recusado pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues "Isso será feito oportunamente" disse. (...)»

À procura da cidade de que poucos gostarão. Rio Seco, a dois passos do Palácio da Ajuda, foi um dos apontados

In Jornal de Notícias (1/3/2007)

«As cidades mudam, e por vezes mudam mal. É deste pressuposto que parte o Forum Cidadania, que acabou de lançar, via Internet, a campanha "Lisboa Deprimente", uma ideia importada de um movimento semelhante que actualmente decorre no Reino Unido. (...)»