16/12/2020

Museu Judaico deixa Alfama e vai para Belém:

Na ordem de trabalhos da reunião da CML do dia 21, está preto no branco que o Museu Judaico já não vai para o Largo de São Miguel e irá para Belém!

Obrigado à APPA, que protagonizou a "luta no terreno" contra o desvirtuar irreversível do coração de Alfama, e foi a peticionária da acção em tribunal, com os bons frutos que se sabe. Nada tínhamos nem temos contra o Museu Judaico, mas ali, no Largo de São Miguel, não! Obrigado à CML, pelo recuo e via alternativa escolhida, porque recuar não é vergonha para ninguém.

Vergonhosa foi a participação da Comissão de Apreciação da DGPC/IGESPAR em todo este processo, que merecia um corretivo exemplar e inequívoco.

https://www.lisboa.pt/fileadmin/download_center/reunioes_camara/2017-_2021/ordens_trabalho/Ordem_Trabalhos_reuniao_extraordinaria_n_156_21_12_2020.pdf

5 comentários:

Alvaro Pereira disse...

Finalmente uma boa notícia!
Espero que também metam a mão na consciência e façam no Palácio da Ajuda o projecto de remate do arquitecto Raul Lino, que sempre respeitava o estilo neoclássico do Palácio!

Miguel disse...

Alvaro Pereira, já vai tarde, o projecto do Plácio da Ajuda em execução é o projecto que ficará para sempre!

LuisY disse...

Boas notícias!!

Respeito imenso a comunidade judaica de Lisboa e muitos de nós seremos descendentes dos antigos cristãos-novos. Por essa razão aquele mono que se pretendia construir Em Alfama, não dignificava de todo esse nosso passado judaico. A arquitectura tem um papel político e há que meter na cabeça nas pessoas, que os edifícios tem que ser sóbrios, respeitar a história do local onde se vão situar e das instituições que irão albergar.

Um abraço

Anónimo disse...

Recuar não é sinónimo de fraqueza.

A Câmara de Lisboa não pode voltar a interessar-se pelo CINEMA PARIS ?

Com o espaço ao lado e com o antigo Cinema poderia ficar uma unidade única que contemplasse a memória daquela Sala e estacionamento.

A Rua Domingos Sequeira via estruturante para entrar e sair de Campo de Ourique não pode continuar a ter estacionamentos nas laterais, porque será impossível implantar uma ciclovia e porque o tráfego não flui. Assim, um parque de estacionamento no lugar das bombas de gasolina e com a reabilitação possível do Paris, trazia dignidade a todos, à Estrela e a Campo de Ourique.
O Cinema poderia ter outras valências culturais, porque em redor a oferta de cultura é pobre e no Cinema Europa não ficou a Casa de Cultura que alguns pensaram.

A Câmara de Lisboa vai fazer chegar o Metropolitano, mas era preciso que criasse sensibilidade para colmatar outras carências.

Quem pode ajudar?
Recuar é mostrar também inteligência.


Alvaro Pereira disse...

Meu caro Miguel

Quanto ao Palácio da Ajuda, pode-se fazer a estrutura propriamente dita e alterar-lhe o exterior, como se está a fazer ao "Monumental".
Pode-se assim recuperar o projecto do arquitecto Raul Lino.
Mas se querem mostrar que o Palácio não foi concluído, pode-se adaptar facilmente o projecto do arquitecto Gonçalo Byrne, que sempre é melhor que aquela horrível marquise.

Cumprimentos

Álvaro Pereira