30/01/2021

Sobre o futuro da fortificação-prisão da Trafaria #1

Sobre o futuro da fortificação-prisão da Trafaria por via do acordo CM Almada e UN Lisboa, aqui fica o artigo in Observador (26.1.2021):

28/01/2021

Edifícios Patriarcado (Cp.Mártires da Pátria)/Repúdio pela aprovação da CML/ Pedido de esclarecimentos LNEC/ Pedido de elementos ao promotor/Queixa ao MP

Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


CC. PCML, AML, JF, DGPC e media

No seguimento da aprovação em reunião de CML da última semana de Dezembro, da Proposta n.º 862/2020 referente ao projeto de arquitetura de alterações e ampliação (com demolição) nos 3 edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, do promotor Coporgest e do arq. Nuno Ministro, Processo nº 2235/EDI/2018, vimos por este modo manifestar o nosso veemente protesto pelo facto e a nossa estupefacção perante o sucedido.

Com efeito, para além de considerarmos estar perante um projecto medíocre, a vários níveis, para a zona em apreço e para os valores patrimoniais respectivos, constatamos, objectivamente, que o mesmo apresenta os seguintes problemas e incompatibilidades:

1. Tem um forte impacte (é a própria CML a reconhecê-lo no ponto 8 da Proposta nº 862) numa zona que, recordamos, está classificada Imóvel de Interesse Público desde 1996 (“Campo Santana”), DL nº 2/96 de 6 de Março de 1996, algo que nem por isso motivou a CML a colocar este projecto em discussão pública, limitando-se, em vez disso, à questão das cedências que a Lei prevê em matéria de projectos com impacte relevante.

2. Incide sobre edifícios elencados na Carta Municipal do Património (Palácio do Patriarcado e Palácio Valmor), o que no entanto não impediu que a CML ignorasse a inobservância por parte do projecto dos pontos nº 1, 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 27º do Regulamento do PDM, ponto nº 1 do artigo 29º e artigo nº 30 do mesmo Regulamento, expressamente referidos no parecer da Estrutura Consultiva Residente do PDM, Informação nº 65638/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2019, de 20 de Dezembro de 2019, nomeadamente sobre a destruição dos interiores do Palácio Valmor, considerada muito negativa por essa estrutura da CML. Ou seja, a CML, objectivamente, ignora o parecer da entidade consultiva criada no âmbito do PDM, o único órgão garante da correcta monitorização de eventuais desmandos urbanísticos em matéria de salvaguarda do Património da cidade, o que é o caso, ainda mais tendo em conta a não pronúncia clara da DGPC estando em causa o Campo Santana, IIP, e a zona de protecção da "Galeria de Sant'Ana" (parte do Aqueduto das Águas-Livres, MN), à semelhança, aliás, do que esta entidade já fez em projectos semelhantes sobre edifícios inscritos nessa zona protegida, desde logo o projecto de demolição integral, com excepção da fachada, da casa senhorial da família Vaz de Carvalho, no topo Norte do Campo Santana, algo que muito lamentamos.

3. Prevê a construção de um estacionamento em cave de 5 pisos, em plena colina, o que colide, objectivamente, com o espírito do próprio Plano Director Municipal em matéria de impermeabilização de solos, com todas as consequências nefastas para a cidade a nível do escoamento das águas subterrâneas (vide as permanentes inundações da Rua de São José, por exemplo) e previsível deteriorar das condições de estabilidade da própria colina – lembre-se os incansáveis alertas do Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, figura ímpar que a CML tanto pugna por citar. Por outro lado, a construção em subsolo neste caso afigura-se como um argumento caricado, dada a existência de um parque de estacionamento subterrâneo público em plena zona central do Campo Mártires da Pátria, feito há cerca de duas décadas (já então ao arrepio das boas práticas) e que se encontra visivelmente subaproveitado. Refere a CML que o promotor argumenta que o projecto em causa não será viável financeiramente se abdicarem das 5 caves para estacionamento, matéria que julgamos dever estar à margem da CML uma vez que não é do Interesse Público, mas sim do interesse do promotor. Esta pretensão será assim mais uma ferida no subsolo da cidade, com tudo o que daí advirá em matéria ambiental, e paradoxal, logo agora que a CML acaba de ostentar o galardão da Capital Europeia Verde 2020.

Pelo exposto, apresentamos o nosso mais veemente protesto pela aprovação referida, a qual, a nosso ver, põe em causa uma série de reprovações recentes da CML em matéria urbanística, que aplaudimos a esse pelouro, de boa-fé e em espírito construtivo, sendo que neste caso custa ainda mais a entender esta aprovação dadas as três reprovações que o projecto já tinha tido pela vereação anterior. Até porque são processos urbanísticos como o presente que têm motivado os cidadãos a recorrerem a quem de direito, sempre que entendem que as instâncias com responsabilidade na gestão da Cidade e na salvaguarda do Património não agem conforme o esperado e as competências que a Lei lhes faculta.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Júlio Amorim, Helena Espvall, Virgílio Marques, Gustavo da Cunha, Paulo Trancoso, Filipe Teixeira, Rui Pedro Martins, João Oliveira Leonardo, Nuno Caiado, Pedro de Souza, Eurico de Barros, António Araújo, Pedro Fonseca, Jorge Pinto, Luís Carvalho Rêgo, Maria Ramalho, Beatriz Empis, Pedro Jordão, Maria João Pinto, Carlos Boavida, Pedro Machado, Maria do Rosário Reiche, Jorge Lima, Filipe e Bárbara Lopes, Marta Saraiva

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A/c do Conselho Directivo do LNEC
CC. PCML, JF e media


Exmos. Senhores

No seguimento da aprovação pela CML, em finais de Dezembro, de um projecto de alterações para três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, Rua de Santo António dos Capuchos, 90-92, Processo nº 2235/EDI/2018;

Considerando que o projecto em apreço contempla a construção em subsolo de um estacionamento em cave com 5 pisos, conforme elementos que junto anexamos, e considerando o previsível impacte que a construção em subsolo naqueles lotes terá para a estabilidade da colina e para o normal escoamento das águas, forçosamente obstruído pela sua construção;

Solicitamos a V. Exas. que nos informem se esse Laboratório foi consultado para o efeito e, em caso afirmativo, qual é o parecer emitido.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

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Coporgest e Arq. Nuno Ministro
CC. PCML, AML, MC, DGPC e Media


Exmo. Senhores

No seguimento da aprovação pela CML, em finais de Dezembro, do v/projecto de alterações para os três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, e Rua de Santo António dos Capuchos, 90-92, e considerando que os três edifícios fazem parte do Conjunto Classificado de Interesse Público do “Campo Santana” (DL nº 2/96 de 6 de Março de 1996) e os Palácios do Patriarcado e Valmor constam da Carta Municipal do Património, respectivamente, item 24.19 e 24.20, com todas as condicionantes que tal implica,

Vimos pelo presente solicitar que tornem públicos os relatórios de engenharia de estruturas que sustentam o v/projecto, bem como todos os levantamentos fotográficos sobre todos os elementos dos interiores dos três edifícios em apreço, incluindo cozinhas, capelas/oratórios e eventuais cocheiras, bem como o levantamento botânico dos logradouros, estatuária, lagos e fontes.

E que nos indiquem qual o destino das salas de aparato dos palácios do Patriarcado e Valmor, subdividas e “mezzanizadas”, bem como a forma como pretendem salvaguardar estuques, frescos e mármores dos três edifícios, sendo o v/projecto de alterações profundas com demolição de interiores do palácio Valmor e do edifício do nº 48.

Com os melhores cumprimentos

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Projecto de alterações a 3 edifícios do Cp. Mártires da Pátria - Queixa ao MP (3.3.2021)


Exma. Senhora Procuradora-Geral da República
Dra. Lucília Gago


No seguimento da aprovação pela CML, em 26 de Dezembro de 2020, do projecto de arquitectura, processo nº 2235/EDI/2018, relativo a alterações e ampliação em três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, serve o presente para apresentarmos queixa junto da Procuradoria-Geral da República pelos motivos que apresentaremos seguidamente, e requerermos a respectiva responsabilização penal no caso de se apurarem ilegalidades na já citada aprovação.

Ponto prévios:

1. Os três imóveis a intervencionar, designados por edifício 1 (Campo Mártires da Pátria, nº 40-43, ala Norte do “Palácio Valmor”), edifício 2 (Cp. Mártires da Pátria, nº 44-46, “Palácio do Patriarcado”) e edifício 3 (Cp. Mártires da Pátria, nº 46-48) são parte integrante do Campo dos Mártires da Pátria (“Campo Santana”), conjunto classificado Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996).

Neste contexto, apresentamos queixa junto de V. Exa. por a proposta nº 862/2020 aprovada em reunião de CML de dia 22 de Dezembro de 2020, tudo leva a crer, não ter acatado o despacho do Chefe de Divisão da DSPA da DGPC, na Informação S-2020/516149, exarado a 11.02.2020, mais precisamente as condicionantes já anteriormente exigidas ao promotor, ou seja, o cumprimento dos pontos 2B e 2C do Parecer de Arquitectura, Informação nº 122/DSPA/2020 (em anexo).

2. Os edifícios 1 e 2 integram a Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico de Lisboa, respectivamente item 24.20 e item 24.19, pelo que, a nosso ver, existe um erro de apreciação no ponto 2 do parecer de arquitectura emitido pela Direcção-Geral do Património Cultural em 17.01.2020 (documento em anexo), ao referir que apenas o edifício 2 o era:

image.png

Neste contexto, apresentamos queixa pelo facto de a referida Proposta não ter acatado o parecer da Estrutura Consultiva Residente do PDM, vide Informação nº 65638/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2019, de 20 de Dezembro de 2019, no qual este órgão sublinha o incumprimento por parte do projecto 2235/EDI/2018 dos pontos nº 1, 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 27º do Regulamento do PDM, ponto nº 1 do artigo 29º e artigo nº 30 do mesmo Regulamento.

Esse incumprimento traduzir-se-á na prática, temos em crer, pela demolição dos interiores da ala Norte do antigo Palácio Valmor (item 24.20 da Carta Municipal do Património) e pela remoção e posterior remontagem de tectos e elementos decorativos do Palácio do Patriarcado (item 24.19) *

O levantamento exaustivo dos elementos de valor histórico-patrimonial dos palácios Valmor e Patriarcado, a preservar e a demolir, bem como os que sofrerão uma “remontagem”, estão sobejamente documentados no “Relatório Prévio Conservação e Restauro” (Neoépica/GPCR, Março de 2019), e “Relatório final do estudo histórico-arquitectónico e avaliação patrimonial” (por Maria Helena Barreiros, Historiadora da arte”, 2007), mas cuja digitalização não nos foi possível, mas que existem em formato papel e se encontram apensos ao processo.

Junto enviamos os seguintes documentos digitalizados:

-Aprovação do Projecto de Arquitetura (Dez.2020), CML/DMU/DLPE/Divisão de Projetos de Edifícios
-Informação Nº 49519/INF/DMURB (25.11.2020), contendo parecer da DGPC.
- Projecto de Licenciamento Arquitectura (Novembro 2020)
-Fotos retiradas do “Relatório Prévio Conservação e Restauro” (Neoépica/GPCR, Março de 2019) e do “Relatório final do estudo histórico-arquitectónico e avaliação patrimonial” (por Maria Helena Barreiros, 2007)


Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Irene Santos, Luís Serpa, António Araújo, Bruno Palma, Pedro Jordão, Fernando Jorge, José Maria Amador, Júlio Amorim, Alexandre Marques da Cruz, Virgílio Marques, Luís Carvalho e Rêgo, Helena Espvall, Maria João Pinto, Eurico de Barros, Pedro de Souza, Gonçalo Cornélio da Silva, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Maria Teresa Goulão, Jorge Pinto

proj 13196otr2020 (1).pdf
9 anexos

21/01/2021

Pedido à CML de jardim nas traseiras da antiga Fábrica Simões (Benfica)

Exmº Sr. Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exmº Sr. Presidente da AML
Dr. José Maximiano Leitão
Exmº Sr. Presidente da JF de Benfica
Dr. Ricardo Oliveira Marques


C.C. Media

Como será do conhecimento de V. Exas., encontra-se a decorrer em bom ritmo a obra de construção do mega-empreendimento “Fábrica 1921” (https://www.fabrica1921.pt/), talvez a obra de construção civil com maior impacte neste momento em Lisboa, no exacto local onde laborou a outrora conhecidíssima têxtil da Fábrica Simões, em Benfica, extravasando em muito, aliás, o próprio lote da antiga fábrica, e tendo envolvido também a demolição de moradias centenárias.

É nossa convicção que o bairro de Benfica, e esta zona em particular, precisa de uma nova área densamente arborizada, por forma a compensar-se o impacte construtivo e de tráfego - designadamente a nível de uma maior dificuldade no escoamento do trânsito, e por conseguinte com uma maior carga de poluição -, que aquele empreendimento implicará no quotidiano de toda a envolvente à Av. Gomes Pereira.

Considerando que existe um amplo terreno vazio nas imediações da antiga Fábrica Simões, mais propriamente nas suas traseiras, junto ao final das escolas e do Politécnico (fotos em anexo), e que a pandemia que o país vive não terá permitido à Câmara de Lisboa apresentar as iniciativas que imaginaria para o ano passado, no âmbito do galardão de Capital Europeia Verde 2020;

Propomos a V. Exas. que a CML e a AML deliberem avançar com proposta no sentido de ser possível tornar o terreno acima referido num amplo parque, que possa ser o “pulmão verde” daquela zona de Benfica, para o usufruto de todos e como compensação pela densidade de construção aprovada para o lote da antiga fábrica.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Vítor Vieira, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Castro Paiva, Nuno Vasco Franco, Ana Celeste Glória, Virgílio Marques, António Araújo, Pedro Jordão, Paulo Trancoso, Gustavo da Cunha, Eurico de Barros, Maria Maia, Júlio Amorim, Beatriz Empis, Fernando Jorge, Maria do Rosário Reiche, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Sofia de Vasconcelos Casimiro e Irene Santos

Fotos: Vítor Vieira

19/01/2021

Edifício Rua Pascoal de Melo, n 84 - Pedido à firma proprietária

À Administração da Seblima, Construção e Obras Públicas, Lda.

CC. PCML, AML, JF Arroios, Vereador do Urbanismo e media

Exmos. Senhores

Como é do conhecimento de V. Exas., o imóvel sito na Rua de Pascoal de Melo, nº 84, vossa propriedade, foi construído em 1882 e é um edifício bem exemplificativo de uma “Lisboa Entre-Séculos” que importa salvaguardar, sob pena de, daqui por década e meia, nada restar em Lisboa dessa época construtiva.

Em nosso entender, este edifício, cuja fachada se encontra integralmente revestida de azulejos da Fábrica Viúva Lamego, igualmente produzidos no século XIX, devia estar em perfeito estado de conservação e salvaguardado integralmente, enquanto exemplar característico do Bairro da Estefânia, outrora rico em património de finais do século XIX, início do XX, e habitado na sua totalidade.

Daí não compreendermos as intenções de V. Exas. em o terem querido demolir integralmente aquando do vosso projecto de 2018, oportunamente chumbado pela Câmara Municipal de Lisboa.

Nesse sentido, e até por uma questão da conjuntura económica em que vivemos e que não irá mudar nos próximos anos, apelamos a V. Exas. no sentido de repensarem a vossa estratégia para este edifício, e submeterem aos serviços da CML, tão breve quanto possível, um projecto de recuperação integral do prédio, a nível do seu exterior e do seu interior, em toda a extensão, relocando-o no mercado de habitação.

Lisboa só terá a agradecer a empresas que procurem, acima de tudo, reabilitar sem destruir, devolvendo à cidade edifícios recuperados e de que todos nos possamos orgulhar.

Podem V. Exas. contar com o Fórum Cidadania Lx para disso fazermos eco.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Pedro Martins, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Guilherm Figueiredo, Pedro de Souza, Virgílio Marques, Eurico de Barros, Júlio Amorim, Maria Ramalho, Helena Espvall, Jorge Pinto, Pedro Ribeiro, Maria do Rosário Reiche, Maria Maia, Pedro Machado, Miguel Atanásio Carvalho, António Araújo, Filipe Teixeira, Beatriz Empis, Fátima Castanheira, Irene Santos e Alexandre Marques da Cruz

18/01/2021

Petição por um jardim-memorial a Sousa Mendes no Largo do Rato - Assine e divulgue, SFF, obrigado!

https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT105288.

Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Presidente da AML
Dr. José Maximiano Leitão


No seguimento da proposta apresentada à CML em 1 de Junho de 2018, no sentido de se transformar o lote expectante do Largo do Rato, gaveto com a Rua do Salitre e Rua Alexandre Herculano, em “Jardim Aristides de Sousa Mendes”
(http://cidadanialx.blogspot.com/2018/06/um-jardim-aristides-de-sousa-mendes-em.html),

Considerando que a proposta vencedora da 11ª edição do Orçamento Participativo, em 2019, de construção de um memorial a Aristides de Sousa Mendes, com projecto do arq. Luís Azevedo Monteiro replicando a 3-D a assinatura do antigo cônsul, ainda se encontra por fazer,

E considerando que esse jardim não só tornará o Largo do Rato num local mais aprazível e menos poluído, permitindo a existência de um traçado mais verde e contínuo entre o Jardim das Amoreiras e o Príncipe Real, como possibilitará, finalmente, o “desconfinamento” da Sinagoga Shaare Tikvah, propiciando uma melhor leitura do conjunto monumental do Chafariz do Rato e Palácio Palmela, entre outros;

Os abaixo assinados apelam ao Senhor Presidente da CML e aos Senhores Deputados à Assembleia Municipal de Lisboa no sentido de:

1. A CML resgatar para o domínio público o lote no gaveto acima referido, seja por expropriação, aquisição, acordo de permuta ou compensação justa com os seus proprietários.
2. A CML desenvolver um projecto de paisagismo para o local, de modo transformá-lo num jardim.
3. A CML incorporar nesse jardim a proposta vencedora do Orçamento Participativo de 2019, ou seja, o memorial a Aristides de Sousa Mendes, conforme projecto do autor acima mencionado.

Os abaixo assinados
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13/01/2021

Petição "Pela remoção dos azulejos da fachada Quarteirão Suíça lado Praça da Figueira", Assine e Divulgue, SFF!

Assine AQUI:

https://peticaopublica.com/?pi=PT104833

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«Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exmos. Senhores Deputados da AML

Como será do conhecimento de V. Excªs., o arquitecto responsável pelo projecto de alterações ao quarteirão com frentes para a Praça Dom Pedro IV 101 a 122, Rua da Betesga 2 a 2A, Praça da Figueira 1 a 3B e ainda com a Rua do Amparo 1 a 1B, vulgarmente conhecido como “Quarteirão da Suíça” e adoptando agora o nome comercial de “Rossio Pombalino”, manifestou publicamente, durante a reportagem exibida pela SIC Notícias do dia 12 de Dezembro de 2020, relativamente à apresentação do referido projecto:

A sua total receptividade à não manutenção da intervenção, realizada recentemente, de revestimento a azulejos da fachada que confina com a Praça da Figueira, desde que a Câmara Municipal de Lisboa o permita.

Com efeito, a intervenção existente em nada dignifica a Praça da Figueira e não respeita a imagem do quarteirão que se pretende preservar, pois o projecto génese deste quarteirão respeita o Cartulário pombalino, o qual não prevê nenhum revestimento a azulejo das fachadas, solução esta que só começou a ser adoptada nas fachadas a partir do séc. XIX.

Inclusivamente, já posteriormente à realização desta obra foram realizadas outras intervenções nas fachadas da Praça da Figueira com a adopção de tipos de revestimento completamente distintos e com azulejos com motivos decorativos totalmente díspares, pelo que nunca irá haver uma intervenção de conjunto que unifique a Praça da Figueira, mesmo que a fachada lado nascente do “quarteirão da Suíça” fique como está.

Pelo exposto, e considerando que esta é uma oportunidade única para se rectificar uma intervenção muito questionada pelos munícipes uma vez que, e considerando o que foi afirmado pelo arquitecto responsável pelo projecto relativamente à sua (e do promotor) total abertura para a adopção de uma outra solução no que toca ao tratamento da referida fachada,

Os abaixo assinados solicitam a V. Exc.ªs que revertam a posição da Câmara Municipal de Lisboa, quanto à manutenção da intervenção, realizada recentemente, de revestimento a azulejos da fachada que confina com a Praça da Figueira.»

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Foto: Público

10/01/2021

Condições para os peões nos Anjos

Basta um pequeno passeio pena zona dos Anjos/Penha de França, para se compreender a dificuldade imposta a quem pretende fazer a sua vida deslocando-se a pé.

Primeiro, vemos como se esventram e inutilizam os passeios nas ruas com declive, para facilitar o acesso aos espaços privados. O passeio é assumido como não sendo mais do que um entrave ao acesso ao espaço privado, e é transformado de forma a dificultar o menos possível o usufruto desse espaço. Os peões que se lixem. Esta alteração do declive não deveria ser feita dentro do espaço privado? Se não alteram na faixa de rodagem, porque é que alteram no passeio? É menos "público"?



Um pouco mais abaixo, vemos o exemplo, tipicamente Lisboeta, das "meia passadeiras". Percebo que na altura houvesse, como há frequentemente e sem que a polícia faça nada, um carro sobre o espaço da passadeira. Mas ninguém toma nota? Não voltam lá para acabar o trabalho?

Finalmente, tenta-se perceber a lógica por detrás da colocação de passadeiras por parte dos serviços da CML e não chegamos lá. Por um lado, no atravessamento de um Beco sem saída, onde praticamente não entram carros, colocam uma passadeira. A 5 metros dessa passadeira, num atravessamento onde passa um tráfego constante, e onde a rua é muito mais larga, nada. Não há passadeira.
Alguém sabe explicar isto? É feito ao calhas?




07/01/2021

Pedido de retoma de propriedade pela CML a 2 edif.vendidos em hasta pública em 2014

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Presidente da AML
Dr. José Maximiano Leitão


CC. Media

Serve o presente para solicitarmos a V. Exas. a retoma da propriedade dos edifícios sitos na Rua dos Anjos, nº 40-44, uma vez que está provado que, passados que estão 6 anos sobre a sua alienação a privados (https://www.publico.pt/2014/10/08/local/noticia/apareceram-23-propostas-na-hasta-publica-onde-estao-a-venda-14-predios-camararios-1672249) com o fim de estes procederem à sua "reabilitação com manutenção do edificado existente", a única constatação de facto é que os edifícios referidos estão hoje em muito pior estado de conservação do que estavam aquando da sua venda pela CML.

Trata-se, a nosso ver, de mais um caso de pura especulação imobiliária, em que o proprietário além de não cumprir o estipulado no "caderno de encargos", ainda contribui para uma maior degradação dos edifícios, mantendo-os de janelas abertas à destruição.

E trata-se de um caso ainda mais revoltante pelo facto de os edifícios em causa estarem elencados na Carta Municipal do Património, o que denota, mais uma vez, o desfasamento existente entre o articulado do Plano Director Municipal e a realidade da cidade, rua a rua.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Ribeiro, Júlio Amorim, Gustavo da Cunha, Pedro Henrique Aparício, Miguel de Sepúlveda Velloso, Luís Carvalho e Rêgo, Helena Espvall, Pedro de Souza, Maria do Rosário Reiche, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Nuno Caiado, Carlos Boavida, Pedro Cassiano Neves, Henrique Chaves, Jorge Pinto, António Araújo, Miguel Atanásio Carvalho, Virgílio Marques, Irene Santos e Fernando Jorge


Fotos: Pedro Ribeiro

06/01/2021

Torre da Péla em estado deplorável - protesto à CML

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


CC. AML, Vereadora da Cultura, ATL, DGPC e media

Vimos pelo presente apresentar o nosso protesto pela inércia da Câmara Municipal de Lisboa em relação à Torre da Péla, rara torre da cerca medieval de Lisboa, que se encontra abandonada e em avançado estado de degradação há décadas.

Inclusive, perguntamo-nos como é possível que esta situação se mantenha ano após ano, vereação após vereação, sem que haja nenhuma notícia acerca do seu restauro, sobretudo agora que a CML anuncia, e bem, um concurso de ideias para o Martim Moniz, e tendo em conta que aquando da urbanização da EPUL se perdeu, manifestamente, a oportunidade de o fazer?

Junto anexamos algumas fotografias sobre o actual estado de coisas na Torre da Péla, parte integrante da “Muralha Fernandina”, que apesar de não estar classificada individualmente como Monumento Nacional nem por isso desculpa o seu abandono. Atente-se no pormenor de a parte superior da Torre ter sido vandalizada com graffiti.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Gustavo da Cunha, Rui Pedro Martins, Maria do Rosário Reiche, Helena Espvall, Pedro Fonseca, Pedro de Souza, José Morais Arnaud, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Paulo Guilherme Figueiredo, Fátima Castanheira, Carlos Boavida, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Ana Alves de Sousa, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Araújo, Inês Beleza Barreiros, João Oliveira Leonardo, Pedro Ribeiro, Maria João Pinto, Miguel Atanásio Carvalho, Odete Pinto, Virgílio Marques, Irene Santos, Henrique Chaves, Filipe e Bárbara Lopes

Fotos: Fernando Jorge

05/01/2021

O Palácio Sassetti, Que Futuro?

O Hospital Cuf Infante Santo

A Companhia União Fabril (CUF) fundada em 1865, com sede em Lisboa, na Av.24 de Julho, esquina com a Av. Infante Santo, dedicava-se, principalmente, à produção de sabão, velas de estearina e óleos vegetais. Viria a tornar-se um gigante da indústria, ao iniciar em Portugal a produção de adubos em grande escala.

O palácio Sassetti, na travessa do Castro, Nº 3, construído por Carlos Augusto Bon de Sousa, visconde de Pennes, dada a sua proximidade com a Av. Infante Santo, foi o lugar escolhido para ser instalado em 1945 o "Hospital da CUF".

Jardim interior com cinco árvores monumentais

Paineis em baixo-relevo no "hall" de entrada

Capela do Palácio/Hospital

Figura existente no corredor de acesso à capela

Dada a grande riqueza histórica, patrimonial e natural contida no palácio Sassetti, nomeadamente as cinco árvores monumentais existentes no seu jardim interior, vemos com grande preocupação a salvaguarda dos valores em causa, após a saída do Hospital da CUF, ao fim de mais de70 anos de permanência naquele local, na travessa do Castro.


João Pinto Soares