25/06/2020

Projecto de hotel no edifício da Confeitaria Nacional/Ourivesaria Barbosa Esteves/pedido de chumbo liminar à CML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo,
Exma. Senhora Vereadora
Catarina Vaz Pinto


C.C. AML, JF e media

Serve o presente para solicitarmos a V. Exas. e aos Serviços que tutelam, para que não hesitem em reprovar liminarmente o projecto de alterações, com demolição de interiores, designado por “Hotel Betesga”, promovido pela firma Rottshire, S.A. e previsto para o edifício da Praça da Figueira/Rua da Betesga, abrangendo praticamente um quarteirão uma vez que o edifício se prolonga pelas ruas da Prata e dos Correeiros.

Com efeito, a eventual aprovação pela CML implicará não só a demolição praticamente integral dos interiores deste imponente edifício de génese pombalina, com melhoramentos de qualidade no século XIX (planta de 1899, em anexo, foto 1, in Arquivo Municipal), designadamente a destruição dos estuques e das compartimentações de todos os seus pisos, genuíno, a destruição de uma das abóbadas pombalinas para abertura de elevador de serviço, nas traseiras, e a destruição do saguão e dos respectivos passadiços.

Como terá severas consequências em duas lojas de elevadíssimo valor patrimonial situadas no rés-do-chão, ambas protegidas pela Carta do Património anexa ao Plano Director Municipal de Lisboa e ambas Em Vias de Classificação como de Interesse Público, pela Direcção-Geral do Património Cultural: a Ourivesaria Barbosa Esteves (Rua da Prata, nº 293-297) e a Confeitaria Nacional, sendo esta última classificada Loja com História!

Com efeito, o projecto prevê a demolição integral de todo o interior do edifício com excepção da caixa de escada e de parte das estruturas das lojas referidas, seja no piso térreo seja em cave. Contudo, mesmo aí, por exemplo, o piso e a escada interior da Ourivesaria Barbosa Esteves serão destruídos, criada outra escada em consequência de supostas exigências feitas pela CML no sentido de proibir acessos ao futuro hotel pela Rua da Prata, obrigando a tê-los pela Rua dos Correeiros!

Tudo quanto hoje existe em ambas as lojas será desmantelado e supostamente recolocado na mesma, mas todos já sabemos o que isso significou em operações semelhantes, como no caso da Ourivesaria Silva (Praça Luís de Camões) e da Barbearia Campos (Largo do Chiado). Haverá reforço da estrutura do edifício, betonização dos pisos que irá afectar os espaços supostamente intocáveis das lojas históricas em apreço.

Consideramos caricato que a única preocupação dos autores deste projecto se resuma à preservação das lareiras pombalinas (que irão receber as casas de banho do futuro hotel…), e que, por exemplo, se queira destruir o lindíssimo tecto Arte Nova da Cervejaria Moderna (Rua dos Correeiros, nº 226), elencado na referida Carta do Património, cujo restauro recente, curiosamente, foi acompanhado pelos serviços da CML! (foto 2)

Como curioso é o facto de o futuro hotel prever a sua sala de refeições para o 1º piso da Confeitaria Nacional, abrindo-se para o efeito nova escadaria!

Pelo exposto, e porque continuamos a crer que o Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina não pode ser resumido à mera preservação de fachadas, solicitamos o chumbo liminar deste projecto.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Ana Celeste Glória, Alexandre Marques da Cruz, José Morais Arnaud, Andrea de Monti, Miguel de Atanásio Carvalho, Filipe Teixeira, Pedro de Sousa, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Rui Martins, Nuno de Castro Paiva, João B. Teixeira, Helena Espvall, Alexandra Maia Mendonça, Pedro Cassiano Neves, Gonçalo Cornélio da Silva, Henrique Chaves, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, João Oliveira Leonardo, Pedro Machado, Pedro Jordão, Irene Santos, Fátima Castanheira, Maria José Stock e Madalena Martins

22/06/2020

Lisboa Capital Verde Europeia - Estado actual dos jardins do Parlamento


O estado actual dos jardins do Parlamento, também designado Assembleia da República e para alguns "A Casa da Democracia", demonstra bem o interesse/desinteresse de alguns lisboetas e das autoridades responsáveis pela manutenção dos jardins de Lisboa, mesmo os mais emblemáticos.


Pinto Soares

18/06/2020

Antigo Convento de Sto. António da Convalescença - Pedido de esclarecimentos à JF S.Domingos Benfica


Exmo.Sr. Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica
Dr. António Cardoso

CC. PCML, AML, DGPC e media

Há na estrada de Benfica um conjunto monumental fundado em 1640 que urge preservar e proteger.
Referimo-nos ao antigo convento de Santo António da Convalescença, na Estrada de Benfica, nº 275, cuja descrição histórica V. Exa. verificar em http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3026

Sem dúvida que este convento, ou que dele resta, é um marco patrimonial insubstituível da área coberta pela jurisdição dessa Junta de Freguesia.

 Dado o lamentável estado de abandono que se prolonga há demasiados anos, importa saber se:

 - Essa Junta de Freguesia tem algum plano de salvaguarda e valorização de todo o conjunto, entrada, claustro, fachadas com importantes conjuntos de azulejos?
- Há algum levantamento feito de todo o património azulejar?- A Junta de São Domingos de Benfica estabeleceu algum protocolo com a CML para proteger e salvaguardar o que resta deste antigo convento?- Há algum protocolo com a DGPC para que se proceda à actualização da classificação deste antigo convento?- Pretende a Junta de Freguesia lançar algum concurso que venha a promover a valorização do imóvel, bem como do chafariz fronteiro, uma vez que o carácter monumental do conjunto dos dois bens deve ser lido em conjunto.

 Foto: Agendalx.pt. 

Com os melhores cumprimentos

Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Gustavo da Cunha, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Jorge Pinto, Helena Espvall, Pedro Henrique Aparício, Maria Ramalho, Odete Pinto, Eurico de Barros, Filipe Teixeira, Maria do Rosário Reiche, José Maria Amador

...

Resposta do Sr. Presidente da JF São Domingos de Benfica:

«Boa tarde,

Em resposta ao vosso email de 18 de junho, o qual agradeço e que mereceu a minha melhor atenção, cumpre-me informar que estamos de acordo quanto ao imóvel em questão ser um marco patrimonial da Freguesia de São Domingos de Benfica.

Relativamente às questões que nos são colocadas confirmo que nunca existiu qualquer protocolo de intervenção celebrado entre a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica e as entidades que referem uma vez que tal nunca nos foi apresentado.

Estamos de acordo que seria importante preservar este património e estamos disponíveis para colaborar com entidades como a DGPC, CML e naturalmente com os proprietários deste antigo convento de Santo António da Convalescença caso a esse desígnio sejamos chamados.

Relativamente ao Chafariz de Santo António da Convalescença ou das Águas Boas, fronteiro ao antigo Convento, cumpre-me informar que a EPAL e a Câmara Municipal de Lisboa uniram esforços e celebraram um protocolo que prevê, entre outras coisas, restaurar 18 chafarizes pela cidade de Lisboa entre os quais se inclui este emblemático Chafariz da nossa Freguesia.

Após muita insistência da Junta de Freguesia e da sua população, o Chafariz de Santo António da Convalescença vai ser alvo de uma intervenção de conservação e restauro no corrente ano de 2020 tendo ficado estabelecido no protocolo, após as intervenções, que será a Câmara Municipal de Lisboa a garantir a manutenção e limpeza periódica do chafariz, bem como do espaço público envolvente.

Estamos assim de momento a aguardar que se iniciem as obras de conservação e restauro do Chafariz.

Disponível para o que entenderem por necessário, apresento-vos os meus melhores cumprimentos.

António Cardoso
Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica»

...

Convento de Sto Antonio Convalescenca - Pedido à CML e DGPC (27.6.2020)

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Director-Geral
Eng. Bernardo Alabaça


CC. JF São Domingos de Benfica e media

No seguimento do bom acolhimento por parte do senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, dr. António Cardoso, ao nosso alerta-pedido de esclarecimentos acerca do estado de coisas do antigo Convento de Santo António da Convalescença, sito na Estrada de Benfica, (https://cidadanialx.blogspot.com/2020/06/antigo-convento-de-sto-antonio-da.html);

E porque graças ao empenho de diversas entidades, se conseguiu unir esforços que permitiriam, por via de protocolo, agendar para o corrente ano o início às tão necessárias obras de recuperação de outro importante património daquela Freguesia, por sinal o vizinho Chafariz de Santo António da Convalescença, obra arquitectónica indissociável do conjunto do próprio convento,

Solicitamos a V. Exas. que atentem ao Convento em apreço, e, em conjunto com os seus proprietários e com a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, almejem as condições necessárias para a recuperação urgente deste edifício, garantindo o seu bom uso e, desejável, a sua abertura do público, à semelhança de outros antigos conventos de Lisboa onde tal já é possível. 

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, José Morais Arnaud, Gonçalo Cornélio da Silva, Rui Martins, Pedro Jordão, Helena Espvall, Eurico de Barros, Maria do Rosário Reiche, Fátima Castanheira, Filipe Teixeira

Foto: AgendaLx.pt

15/06/2020

133ª Reunião de CML - 2 Aplausos (Museu da Rádio e Atheneu) e 1 Apelo/protesto (Tabaqueira) à CML


Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


 CC. PCML, AML, DGPC e media

Serve o presente para saudar a CML, na pessoa de V. Exa., enquanto autor das propostas que serão apreciadas na 133ª reunião camarária de dia 18 do corrente, designadamente no que refere a:

*Deliberar declarar NULA a aprovação do projeto de arquitetura feita em 17/11/2017 pela CML, conhecido pomposamente como projecto “Radio Palace”, por se tratar de um projecto de alterações e ampliação do antigo Museu da Rádio, na Rua do Quelhas, da autoria do atelier ARX e tendo como promotor a Vanguard Properties (Proposta nº 302/2020).Congratulamo-nos com o teor da V/Informação nº 25650/INF/DMURB, um vez que vimos alertando a CML desde há mais de 10 anos para os considerandos que, exactamente, fundamentam a mesma. Lisboa agradece.

*Aprovar o INDEFERIMENTO do pedido de licenciamento para obras de alterações interiores e exteriores no edifício-sede do Atheneu Comercial de Lisboa, na Rua das Portas de Santo Antão (Proposta nº 295/2020), edifício histórico e de elevado valor patrimonial, recentemente classificado de Interesse Público, e indissociável de um clube histórico da cidade de Lisboa, uma agremiação cultural e desportiva que há dias perfez 140 anos!

Também aqui temos vindo a alertar a CML para a necessidade de assegurar que na reabilitação urgente que o imóvel carece, se deve garantir o restauro de todos os elementos patrimoniais, fora e dentro do imóvel, bem como a preservação da cércea do mesmo, a permeabilização de toda a sua colina, recuperando-a como mancha verde da cidade; e que o Clube ali se mantenha sediado, com o seu espólio único e, preferencialmente, assegurando-lhe as condições de viabilização que merece, mormente pelo licenciamento da escola comercial que ali funcionava.

Contudo, não podemos deixar de lamentar a proposta (n.º 301/2020) por si submetida à mesma reunião de CML, no sentido de APROVAR o pedido de informação prévia relativo à operação urbanística a desenvolver no designado Edifício Tabaqueira, em Marvila, apresentado por Wonderempire, Lda.

Tal como fizemos já por diversas vezes, voltamos a apelar à CML para que não aprove este projecto, uma vez que o mesmo irá transformar o edifício marcante da Tabaqueira - que ainda o é, apesar de estar votado há décadas ao abandono e ao vandalismo pelos seus sucessivos proprietários, EDP incluída – numa caricatura ao pretender acoplar sobre aquela um edifício contemporâneo (ver imagens 1 e 2).

Alertamos ainda V. Exa. e a CML para o processo que conduziu a este projecto, uma vez que ainda não está clara a forma como se colocou à margem o contrato com o arq. Renzo Piano e deste com a arq. Grazia Repetto (imagens 3, 4, 5 e 6), que visava a recuperação do edifício da Tabaqueira como espaço lúdico-cultural-comercial, aliás materializada num projecto de grande beleza e "equipamento âncora" para a zona, onde rareiam esses equipamentos.

Lisboa poderia perfeitamente fazer "benchmarking" do que o arq. Norman Foster está a fazer em Madrid, em edifício em tudo semelhante ao da Tabaqueira (https://cincodias.elpais.com/cincodias/2020/06/04/album/1591294723_857689.html?fbclid=IwAR32stdIYh_g9Bbttsr2VUnBs3dTTHUCKaDAF_pChVrUzY_KQd-Xyqfu9LA).

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Virgílio Marques, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Sofia Vasconcelos Casimiro, António Araújo, Alexandre Marques da Cruz, Helena Espvall, Irene Santos, Júlio Amorim, João Oliveira Leonardo, Maria Maia, Fátima Castanheira, Cláudia Ramos

12/06/2020

50 Anos da Morte de Cassiano - chamada de atenção à CML


Exmos. Senhores Vereadores
Eng. Ricardo Veludo
Dra. Catarina Vaz Pinto

CC. PCML, AML, DGPC e media

A propósito das comemorações dos 50 anos da morte de Cassiano Branco, em boa hora lembrados pela Câmara Municipal de Lisboa, vimos por este meio chamar a atenção de V. Exas. para a necessidade de não se permitir o regresso a um passado recente triste, de destruição do valioso património Modernista que a todos nos legou este Arquitecto, e de que o “caso” relativo ao projecto de "alterações" aprovado pela CML no início da 1ª década do século XXI e executado em 2007, para a moradia por ele desenhada em 1930 para o nº 14 da Av. António José de Almeida (na imagem), foi paradigmático.

Posteriormente, contudo, verificar-se-iam mais intervenções descaracterizadoras, com demolição de interiores, em edifícios circunstancialmente não assinados por Cassiano mas por colegas do seu atelier, como foram os casos do edifício de gaveto da Praça João do Rio (2009) e do nº 4 da Praça Ilha do Faial (2015).

Mais recentemente, e para total espanto da generalidade das pessoas que se interessam pelo Património da cidade, mais a mais tratando-se de um exemplar modernista dos mais elogiados pelos especialistas na área, constatou-se a demolição de um dos melhores edifícios modernistas da cidade, a moradia do eng. Bélard da Fonseca, desenhada por Cristino da Silva e que há muito deveria estar classificada de Interesse Público.

Não terão sido por acaso as sucessivas recusas por parte dos serviços da tutela do património, actual DGPC, aos pedidos de classificação submetidos, oportunamente, para o conjunto impressionante de modernistas modernistas da Avenida do México e da Av. António José de Almeida, de que apenas só existem algumas em estado original.

Aproveitamos esta ocasião para renovar o nosso pedido de atenção à Câmara Municipal de Lisboa, em tudo fazer para que os maus, péssimos exemplos acima apontados, não se repitam, colocando-nos também à disposição de V. Exas. no sentido de colaborarmos, na medida das nossas possibilidades, na comemoração desta data tão importante.

E aos serviços da Cultura para desenvolverem, o mais rápido possível, os procedimentos para a classificação como IIM dos prédios de habitação colectiva do Cassiano reconhecidos pelos especialistas como ícones do Movimento Moderno em Portugal como, por exemplo,os imóveis na R. Nova de São Mamede (nºs 3 a 7 e 17), na Rua Almeida Brandão (nº 3)* ou na Rua Castilho (nº 57).

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Maria Ramalho, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Maria do Rosário Reiche, Rui Pedro Martins, António Araújo, Pedro Janarra, Ana Celeste Glória, João Oliveira Leonardo, Maria João Pinto, Maria Maia

Foto: Arnaldo Madureira (década de 60), in Arquivo Municipal de Lisboa

* Correcção

11/06/2020

Global Peace Index....


Isto sim....é motivo de orgulho para todos nós !

05/06/2020

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Demolição da ala poente do antigo Convento de Santa Joana - pedido de esclarecimentos ao atelier responsável:


Ao atelier Saraiva e Associados,


Tal como nos foi exigido por V. Exas., ser este o "procedimento" para vos contactarmos, colocamo-vos por esta via uma série de questões que se prendem com a destruição já verificada de toda a ala poente do antigo Convento de Santa Joana:

Dada a extensão das demolições num imóvel histórico, embora desvirtuado, e considerando a linguagem usada para justificar o que em nossa opinião é uma grosseira destruição do património da cidade que, apesar de privado, importa saber:

a) Qual o destino de todos os painéis de azulejos encontrados?
b) Qual o destino da colunata destruída?
c) Poderão V. Exas. disponibilizar-nos cópia dos pareceres dos serviços pertinentes, CML, DGPC?
d) Como justificam a construção de um corpo de sete andares, ocupando a ala inteiramente destruída pelo vosso projecto? e) Como justificam a opção por vós feita de contribuírem para o empobrecimento patrimonial da cidade por troca com uma solução imediatista e apenas preocupada com a máxima rentabilização do lote?
f) E, inclusivamente, como justificam o "esmagamento" da própria Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Monumento Nacional e ícone nacional da Arquitectura do Movimento Moderno, pelo novo corpo a construir do lado da Rua Camilo Castelo Branco?

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Ana Celeste Glória, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, Jorge Pinto, Fernando Jorge, José Amador, Maria Teresa Goulão, Henrique Chaves, Pedro Cassiano Neves, Helena Espvall, Pedro de Sousa, Júlio Amorim, Filipe Teixeira, Miguel D. Oliveira, Fátima Castanheira, Sofia Casimiro

Protesto por demolição da ala poente do antigo Convento de Santa Joana


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


C.C. AML, DGPC, Vereador Urbanismo e media

Vimos dar-lhe conta, senhor Presidente, da demolição de todo o corpo poente do antigo Convento de Santa Joana, sito na Rua de Santa Marta, vendido pelo Estado e inserido pela CML, oportunamente, nos projectos a desenvolver no âmbito da chamada Colina de Sant’Ana.

Juntamos fotos da ala do antigo convento demolida (foto 1), que tem frente para a Rua Camilo Castelo Branco, como está hoje (fotos 2 e 3) e como irá ficar, com fachada contemporânea e 6-7 pisos (foto 4, in Saraiva e Associados).

É confrangedor assistir-se a este tipo de destruição de Património, sob o epíteto de "reabilitação urbana", que para os promotores e para o arquitecto responsável pelo projecto representa “uma transição delicada entre arquitetura histórica e contemporânea” mas que a nosso ver não é mais do que o atrás referido: destruição de Património, promovida pelo próprio Estado, que vendeu em 2014 este edifício imponente e histórico da cidade sem garantir a sua preservação total, mas também pela CML e pela anterior vereação de Urbanismo, que em 2017 apenas se terá preocupado em assegurar a sua desclassificação em termos de afectação de uso no PDM.

Ficam o nosso protesto e o nosso lamento, fazendo votos para que, doravante, a Câmara Municipal de Lisboa recuse liminarmente semelhantes projectos.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Beatriz Empis, Miguel Oliveira, Júlio Amorim, Miguel Lopes Oliveira, Gustavo da Cunha, Pedro de Souza, Helena Espvall, Rui Pedro Martins, Henrique Chaves, Inês Beleza Barreiros, Ana Celeste Glória, Maria João Pinto, Filipe Teixeira, Miguel Jorge, Miguel Atanásio Carvalho, António Araújo, Irene Santos, Pedro Cassiano Neves, Maria Maia