04/08/2006

Casa-Museu Anastácio Gonçalves em perigo!!


(foto: IPPAR)

A usualmente conhecida por "Casa Malhoa", junto à Maternidade Alfredo da Costa, e raríssimo exemplar vivo da Arte Nova que em tempos se fez por Lisboa, corre o risco de se desmoronar, na sequência da abertura das fundações para a anunciada, e já célebre, torre que, quem de direito entende por bem patrocinar, dando cabo, de vez, com toda aquela esquina entre a Av.Fontes Pereira de Melo e a Av.Cinco de Outubro.

Desmoronar, digo bem. Mas, claro, ninguém pensou nisso antes de patrocinar a mega-torre de Boffil, a denominada "Edifício Compave". Qualquer pessoa com meia dúzias de neurónios já se teria apercebido disso, mas o caso é que ninguém liga nenhuma. José Alberto Ribeiro, director da casa-museu está muito preocupado, e nós também. Há mais alguém?

Nada de mais, pensarão as mentes brilhantes que nos governam: depois da Casa de Garrett, tudo é possível... faz-me imensa confusão ver que ainda há pessoas que querem doar à posteridade as suas casas e o seu espólio.

PF

5 comentários:

Anónimo disse...

Meus amigos, não é apenas e só o dinheiro que comanda a vida? Quantos milhões estarão em causa para neste projecto do Arqº Bofill? Esse dinheiro todo não compra o que quer que seja como por exemplo a alteração do PDM? O promotor - dono do Atrium Saldanha - deve estar raladíssimo com o futuro da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves!... Se a estrutura da casa aguentar as obras já não é mau e depois vai parecer a casota do cão do megatério à Fontes Pereira de Melo plantado! Alguém acredita MESMO que neste pobre e miserável país alguém com poder de decisão se interessa minimamente pela preservação cultural? Eles, pobres ignorantes, nem sabem distinguir uma porcelana Ming de uma prato de pirex brinde de um detergente! Estamos entregues aos bichos e este é só mais um exemplo de um Estado incompetente, incapaz, ignorante, corrupto e neo novo-riquista. Jovens - vão-se embora daqui enquanto é tempo!!!
Um Lisboeta frustrado

Anónimo disse...

Não jovens, não se vão embora!
Fiquem e ajudem. Denunciem e trabalhem para que estas situações fiquem bem à vista e passem a ser do conhecimento geral.
Criticar e aconselhar os jovens pela desistência da fuga ...... isso NÃO!
Seria positivo, começar a contar a história desta casa, do seu dono e das colecções que encerra para que os Lisboetas, em geral, ficassem mais ligados à casa e não permitam que ela seja abafada.
A Arte Nova está agora muito na moda. Vamos então falar dela através desta casa?
Começemos cá pelo exterior. Já viram o gradeamento que a envolve? Já viram o portão?
Vão ver......e depois escrevam e divulguem, porque NÓS não somos nem "pobres" nem "miseráveis" e a casa vai aguentar.
Lg

Anónimo disse...

Jovens vão-se embora daqui enquanto é tempo? Há cada comentário que é de bradar aos "infernos"...depois confunde-se, a incompetencia de um "poder local" lisboeta, (que anda pelas horas da amargura, "entregue" a um conjunto de "dons e donas" laranjaristocratas que passam o tempo em lutas intestinas para ocuparem os melhores lugares dentro do seu partido), com o Estado. Esta situação da "Casa Museu" é mais uma a somar às já muitas "trapalhadas" que ùltimamente estão a suceder na (con)gestão autárquica da nossa Capital, como é o caso por exemplo, do loteamento (que para esses (con)gestores não é loteamento), da Av. Infante Santo. Claro que os "investidores do betão", não olham a meios para atingir os seus fins (lucros) e estão-se nas tintas para a preservação das obras patrimoniais quando elas se tornam impecilhos. E quando há "vereadoras" que entropicamente, pretendem justificar por linhas tortas a pretensão desses interesses, então fica o caminho mais aberto para a dita "preservação" do património...

Anónimo disse...

Caro/a tm:
Que ingénuo/a! Não é "um comentário de bradar aos infernos" mas sim de alguém que conhece MUITO BEM a realidade portuguesa!!!Ainda acredita que alguém pode mudar alguma coisa neste país? Eu também acreditei!
Boa sorte...

Anónimo disse...

Lolada! como é que a casa corre o risco de se desmoronar? Se fizessem ao lado um edifício de 8 andares com estacionamento em cave era a mesma coisa. Não existe grande diferença em relação à torre. Uma torre de 105m não precisa de mega-fundações. Pude observar de perto as fundações das torres de 250m que estão a construir em Madrid. Não havia grande diferença em relação a outras obras do parque das nações por exemplo. Nestes casos até se tomam mais medidas de segurança do que nas construções normais, com as gruas "agarradas" à própria construção.