07/10/2014

EPUL vai leiloar últimos apartamentos e lojas do Martim Moniz


In O Corvo (7.10.2014)
Por Samuel Alemão

«Deverá ser o derradeiro acto de uma epopeia iniciada em 2001. A Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) vai realizar, a 24 de Outubro, as hastas públicas de 34 apartamentos, nove lojas e dois ateliers que ficaram por vender do empreendimento por si promovido no Martim Moniz. A empresa, que se encontra em processo de liquidação – a concluir até ao final do ano -, espera alcançar uma receita de pelo menos 13,2 milhões de euros, caso todos os lotes colocados a leilão sejam arrematados.

As Residências Martim Moniz, que têm 130 apartamentos divididos por cinco blocos de cinco apartamentos, deveriam ter sido entregues em 2003 aos selecionados através do programa EPUL Jovem. Mas o processo foi-se arrastando, devido a um conjunto de problemas, que incluiu a falência do empreiteiro, várias alterações de projecto, escavações arqueológicas e as próprias dificuldades financeiras da EPUL – que acabou por ver a sua dissolução aprovada pela Assembleia Municipal, no ano passado, sob forte contestação de trabalhadores e parte da oposição, quando tinha um passivo de 85 milhões de euros.

No âmbito da extinção, a empresa tem vindo a alienar tudo o que pode para tentar aliviar o fardo financeiro, o mais depressa possível. Tanto que a primeira das quatro hastas públicas (10h) a realizar no dia 24 de Outubro, na sede da empresa, na Alameda das Linha de Torres, é composta de um único lote englobando 26 apartamentos – os quais poderão ser leiloados individualmente, numa hasta pública a ter lugar na parte da tarde (15h), caso ninguém licite o valor de saída de 5.516.000 €. Os apartamentos têm tipologias T1, T2 e T3, com áreas entre os 54 e os 161 metros quadrados. Dispõem de estacionamento em cave e arrecadação. O mais barato tem um valor de saída de 118,8 mil € e o mais caro de 407,9 mil €.

A esses 26 apartamentos somam-se ainda oito, situados nas coberturas dos edifícios e, por isso, promovidos pela EPUL como detendo “uma esplêndida vista para a encosta do Castelo de São Jorge”. São T2 e T3, alguns deles dúplex, que dispõem de dois e três lugares de estacionamento em cave e ainda arrecadação. O mais barato tem uma base de licitação de 218,5 mil € e o mais caro de 489,3 mil €.»

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ALELUIA! Dúvida: a EPUL não era para extinguir?

1 comentário:

Xico205 disse...

Conforme a noticia diz, a EPUL vai-se extinguir até ao fim do ano.