Em Maio, abrem-se os ralos do lavadouro das Francesinhas, em Lisboa
O encerramento do lavadouro está previsto desde 2011, mas até agora nada aconteceu. A construção do novo centro social da Assistência Paroquial de Santos-o-Velho deverá arrancar em maio do próximo ano e custará quatro milhões de euros.
O fim é há muito anunciado, mas desta vez chega com uma data: Maio de 2018. Será o fim do centenário lavadouro público das Francesinhas, um dos últimos da cidade. O espaço, que surripia o nome ao Convento das Francesinhas que antes ocupava aquele lugar, vai ser a casa do novo centro social da Assistência Paroquial de Santos-o-Velho. Ali, no bairro lisboeta da Madragoa, há, desde 1876, um lavadouro por onde já passaram várias gerações, mas que tem definhado nas últimas décadas. O centro é bem-vindo mas o despejo dos tanques é visto, com tristeza, como o fim de uma era. [...]
Em Maio de 2010, a Câmara de Lisboa cedeu o terreno dos lavadouros à Assistência Paroquial de Santos-o-Velho por 50 anos para a construção de um centro social. O encerramento do lavadouro está previsto desde 2011, mas, até agora, nada aconteceu.
Numa resposta por escrito ao PÚBLICO, a directora da instituição, Maria do Carmo Ribeiro, adiantou que a demora se deveu à emissão dos pareceres necessários de várias entidades (IGESPAR - actual Direcção-Geral do Património Cultural -, Instituto da Segurança Social, Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Protecção Civil). E que o parecer definitivo da Câmara de Lisboa ficou “pendente do cumprimento de um número mínimo de lugares de estacionamento, situação que só pôde ser ultrapassada à luz do novo Plano de Pormenor da Madragoa”. Mas o projecto está aprovado e, embora “não se possa definir com rigor o planeamento da construção”, Maria do Carmo Ribeiro prevê que a primeira pedra seja lançada em Maio do próximo ano. [...]
O novo centro prevê juntar as duas valências da Assistência no mesmo lugar, já que o centro de dia funciona na rua da Esperança e a creche e jardim-de-infância fica na rua das Janelas Verdes, e as instalações resultam da adaptação de edifícios antigos. Na entrada do centro de dia, por exemplo, há uma íngreme e estreita escada que dificulta o acesso de idosos ao espaço. A empreitada deverá durar cerca de dois anos e está orçada em quatro milhões de euros. Está também prevista a construção de uma escola primária, de um parque de estacionamento, cafetaria e parafarmácia e uma zona de lavandaria comunitária, para preservar dois dos tanques existentes, que ficarão abertos à população, indicou Maria do Carmo Ribeiro [...]
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