Na criação deste jardim estiveram envolvidas a Câmara Municipal de Lisboa, a Administração do Porto de Lisboa, a Associação de Amizade Portugal-Japão, a Comissão instaladora do Jardim Japonês e a Embaixada do Japão em Portugal, sendo a manutenção do jardim assegurada pela Câmara Municipal de Lisboa.
A primeira plantação teve início a 21 de Setembro de 2004. Presentemente as cerejeiras estão mortas.
Na presente data a Associação Lisboa Verde solicitou ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a replantação do arvoredo naquele jardim, dando preferência a árvores mais bem adaptadas ao ambiente marinho em presença.
Queremos aproveitar a oportunidade para referir aqui um importante elo de ligação espiritual entre portugueses e japoneses, que se traduz na figura de Wenceslau de Moraes, jornalista, escritor e poeta, narrador da natureza e dos homens do Dai-nipon, que na sua sinceridade mereceu a compreensão e o carinho desse povo que, em maio de 1954, ergueu em Tocuxima, um monumento em memória de um português marinheiro que soube compreender e amar o Japão.
Gostaríamos também que o MUSEU DO ORIENTE se lembrasse deste nobre português e organizasse uma exposição em sua memória, contribuindo para a divulgação da sua obra em Portugal.
Wenceslau de Moraes, nasceu em Lisboa no dia 30 de Maio de 1854, no 2.º andar do prédio N.º 4 da Travessa da Cruz do Torel. Concluiu o curso da Escola Naval em 2 de Julho de 1875. Em 1899 foi nomeado Cônsul de Portugal em Hiogo e Osaka. Em 1913 pediu ao Governo português a exoneração de oficial de marinha e de Consul, tendo-se retirado para a cidade de Tokushima, onde faleceu em 1929, e onde se encontra sepultado.
Foi nas cidades de Kobe e Tokushima que Wenceslau de Moraes escreveu sobre os costumes Japoneses: Cartas do Japão, O Culto do Chá, Dai-Nippon ( o grande Japão), Paisagens da China e do Japão, são algumas das suas obras.
3 comentários:
Invertendo as coisas....e se Portugal tivesse homenageado os japoneses da mesma maneira na terra natal desses - alguém acredita que alguma árvore tivesse morrido, ou não sido reposta prontamente? A nossa falta de vergonha, é a maior vergonha de todas.
Parabéns ao Pinto Soares por este excelente texto, rico de ensinamentos. Que diferença, por comparação com os comentadores pagos a peso de ouro que infestam os jornais e as televisões.
Neste blog em que tanta coisa se denuncia, bem podiam sugerir para que na placa em azulejo onde se lê "Nesta casa nasceu e morou" se escrevesse "Neste local nasceu e morou". Wenceslau de Moraes nasceu em 1854 e o prédio onde se indica que "nasceu", bem feiinho por sinal, é dos anos 1940/50!... Haja tino.
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