29/12/2017

É preciso combater a venda ilegal de azulejos - apelo ao PCML


Exmo. Senhor Presidente da Câmara
Dr. Fernando Medina


C.c. ITP, ATL, PSP, SOS Azulejo, AML

No seguimento do roubo verificado recentemente a vários azulejos de um dos painéis figurativos/publicitários da Leitaria Anunciada (https://cidadanialx.blogspot.pt/2017/12/azulejos-da-leitaria-anunciada-apelo.html), e face ao crescendo assinalável de turistas na nossa cidade, julgamos que é o momento certo para, começando o ano de 2018 da melhor forma, a Câmara Municipal de Lisboa dar “tolerância zero” ao comércio ilegal de azulejos.

Assim, instamos a Câmara Municipal de Lisboa a tomar a si a liderança de uma campanha de sensibilização dirigida aos potenciais compradores nacionais e estrangeiros, de modo a que, por via de alertas e informações acerca da proveniência duvidosa de azulejos e de como o seu tráfico tem efeitos nefastos no património da cidade e do país, se consiga combater este flagelo dando-lhe má publicidade.

Tomando como exemplo o cartaz em anexo, já com alguns anos, da autoria de Rosa Pomar, em que se apelava a isto que acabamos de referir e que pode servir de lema a essa campanha mediática;

Solicitamos a V. Exa. o melhor acolhimento desta nossa proposta de modo a que, em parceria com a Polícia Municipal, o S.O.S. Azulejo, o Turismo de Portugal e a Associação de Turismo de Lisboa, se consiga inverter esta situação e estancar de vez o roubo e tráfico de azulejos de exterior e interior.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Martins, José Filipe Soares, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Inês Beleza Barreiros, Maria Ramalho, Alexandra de Carvalho Antunes, Maria de Morais, Maria João Pinto, Pedro de Souza, Paulo Lopes, Pedro Formozinho Sanchez, Luís Serpa, Jorge Pinto, Fernando Silva Grade, Leonor Areal e Miguel de Sepúlveda Velloso

3 comentários:

Anónimo disse...

Acho muito bem! Devo dizer que nos anos 80, quando o palácio Conde Redondo, edifício classificado, entrou em obras para o que viria a ser uma universidade, pedi mais uns colegas licença para entrar. Vimos, estupefactos, os trolhas a partirem azulejos do sec XVII/XVIII numa das salas!... Não havia um que se aproveitasse e certamente não o fizeram por iniciativa própria...
Boa sorte!

Julio Amorim disse...

Pois é anónimo....anos 80!! Esta brincadeira leva pelo menos 30 anos e as autoridades continuam com a cabecinha enterrada na areia. O desprezo pelos que cá andaram a fazer (e deixar) belas coisas, é assustador.

Anónimo disse...

Devo dizer que tenho e casa uma colecção de algumas centenas de azulejos avulso do séc XVIII e nem um foi roubado ou comprado! Recuperei todos de contentores de entulho (muitos deles em perfeito estado)... este cenário é uma constante, felizmente mais rara, mas desde meados dos anos 90 até há poucos dias!