11/02/2013

Loja do Cidadao na Estaçao Fluvial Sul e Sueste/cha​mada de atençao ao Governo

Exmo. Senhor Secretário de Estado
Dr. Feliciano Barreiras Duarte


CC. SE Transportes, PCML, PAML, AMTL

Foi noticiada esta semana como sendo certa, e iminente, a transferência da Loja do Cidadão dos Restauradores para o edifício novo da Estação Fluvial Sul e Sueste, ao Terreiro do Paço.

Serve o presente para chamar a atenção de Vossa Excelência, Senhor Secretário de Estado, antes de mais, para o seguinte:

1. A Estação Fluvial Sul e Sueste foi recentemente classificada Monumento de Interesse Público (Portaria n.º 640/2012. D.R. n.º 212, Série II de 2012-11-02), sendo que tal classificação abrange não só o edifício original, de Cottinelli Telmo, como a ampliação feita recentemente e da autoria de sua neta, a Arq. Ana Costa, uma vez que este novo edifício se encontra em plena Zona Especial de Protecção do imóvel agora classificado.
2. A CML aprovou oportunamente (Dez. 2010) um projecto de rearranjo paisagístico para a zona circundante à Estação Fluvial Sul e Sueste, denominada agora “Praça da Estação Fluvial Sul e Sueste“ (foto e deliberação da CML em anexo).

Chamamos igualmente a atenção de Vossa Excelência para o estado deplorável em que se encontra diariamente o passeio poente da Praça dos Restauradores, fruto, há que referi-lo, da abertura mal planeada da Loja do Cidadão no edifício do antigo Cine-Teatro Eden.

O serviço prestado pelas Lojas do Cidadão é, de facto, inestimável, mas cremos que a localização dessas lojas deva ser o mais criteriosa possível e ter em conta vários factores, a começar pelos já referidos nos pontos 1 e 2 no que se refere ao espaço em apreço, e que cremos estarem em risco se avançar a instalação de uma Loja do Cidadão para a Estação Fluvial Sul e Sueste.

Mais, cremos que se os critérios subjacentes a essa escolha tiverem sido:

· Reduzir os custos da Transtejo … então que se reestruture a empresa.
· Rentabilizar comercialmente o novo corpo da Estação… então que se arrende esse imenso espaço disponível a outro inquilino-parceiro (ou a comercio e a serviços) de outro teor.
· Reduzir os custos da Loja do Cidadão… então que se repense esse Serviço.
· Manter a centralidade de uma Loja do Cidadão, i.e. na Baixa… então que se transfira essa loja para um dos variadíssimos imóveis que nessa mesma Baixa são propriedade do Estado e da CML, mas em que tal adaptação não implique qualquer poluição do espaço público.
· Garantir uma melhor eficiência em termos de gestão de interfaces de transportes… então, prevemos que esta solução seja totalmente contraproducente, uma vez que irá limitar a capacidade de escoamento do terminal, pelo que seria novamente mais eficiente, e eficaz, utilizar-se para esse propósito um dos “milhares” de edifícios do Estado/CML que existem na Baixa.

Em qualquer circunstância, Senhor Secretário de Estado, a relocalização da Loja do Cidadão dos Restauradores não poderá nunca significar uma “relocalização” dos mesmos problemas que os Restauradores têm desde que essa mesma Loja ali abriu portas.

Lembramos, ainda, que a Estação Fluvial Sul e Sueste é uma peça importantíssima do imenso “puzzle” de vontades e de saberes que, devagar mas de forma acertada, tem estado presente no esforço de todos (Governo e CML) em prol de uma Baixa Pombalina que a todos orgulhe e que seja motivo de redobrado interesse para quem nos visita e quer voltar a visitar, desde logo só por isso fonte de receitas para CML, Transtejo e Estado.

Solicitamos, portanto, a Vossa Excelência, para que em conjunto com a CML repense a nova localização da Loja do Cidadão dos Restauradores antes que aconteça ao agora renovado Terreiro do Paço e à Estação Fluvial Sul e Sueste e respectiva Praça, o mesmo que tem acontecido defronte ao antigo Eden ao longo dos últimos anos.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, João Mineiro, Virgílio Marques e Jorge Pinto

2 comentários:

Anónimo disse...

Sensatas observações e oportunas opiniões.
Só mostra a falta de maturação, a falta de massa crítica, a falta de cultura, a falta de reflexões sobre tantos bons exemplos, também por essa Europa.
A ponderação das decisões, tem que levar em linha de conta vários aspectos. Verifica-se que se toma decisões, que pouco tem a ver com os sítios, o enquadramento geográfico, urbanístico e paisagistico.
Sobre o joelho e para acudir a situações de dinheiro.
A questão económica é sempre importante, mas tem que se enquadrar com todas as outras questões.
Lisboa merece mais e estes governantes da cidade são probrezinhos.

Anónimo disse...

Loja da cidadão na Baixa!!!vaidades pessoais ?? quais os habitantesd e Lisboa ? serão mais do Barreiro e de Almadaa deslocarem-se!!! será para os os da zona ocidental deslocarem-se e aumentarem a poluição de uma das cidades históricas mais poluíudas da europa. Por que não antes levar a Loja do cidadão aos habitantes de Lisboa localiza-la em Alcantâra, Ajuda, beneficiando todos em redor,, Belém, Estrela, Campo de Ourique etc. E tornar o centro semelhante sem poluição como outras cidades semelhantes, Amesterdão, Bruxelas, inundadas de pessoas a passearem, de bicicleta e eléctricos a circular e não de carros como se vê na Liberdade ou no Chiado!!!( aumentar as linhas e recuperar ex a da av. Liberdade, Chiado, Bairro Alto Amoreiras e não acabar ex: do do 25!!)