25/10/2016

S.O.S. Árvores de Lisboa


Árvores centenárias queimadas, outras sujeitas e podas radicais que as mutilam irremediavelmente, abates indiscriminados e incompreensíveis, árvores recém plantadas que morrem à sede,... o rol de malfeitorias é variado e extenso e parece ter-se agravado nos últimos dois anos com a transferência de competências da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para as Juntas de Freguesia, no âmbito da Reforma Administrativa da cidade de Lisboa.

Enquanto isto, o que fazem os técnicos dos Espaços Verdes da CML? E o Senhor Vereador dos Espaços Verdes? Este último parece indiferente à selvajaria vigente de quem não sabe ou não quer saber da importância das árvores para a qualidade de vida e beleza da nossa cidade. Parece estar a leste da realidade. Em entrevista à revista Monocle, diz-se o defensor número um das bicicletas e de passeios largos, fala do arquitecto Ribeiro Telles como seu mentor e inspirador e do seu sonho de uma Lisboa cada vez mais verde. "Grass is Greener" é o nome do artigo.

Aqui vai o SOS: acorde Senhor Vereador, desça à terra e, com os seus técnicos, proteja as nossas árvores!

António Cardoso, Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, assinou o referido auto e recebeu das mãos do Presidente da CML a Chave da Cidade, entregue a cada um dos presidentes de Junta, partilhando assim algo que tem sido um direito exclusivo do município, a “chave desta nossa casa comum que é a cidade de Lisboa”.

As Juntas de Freguesia de Lisboa ficam agora responsáveis pela gestão da limpeza das ruas, de vários espaços verdes, A transferência de competências da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para as Juntas de Freguesia no que diz respeito à forma como são tratadas as árvores de Lisboa está a revelar-se desastrosa.

Ana Alves de Sousa

3 comentários:

Julio Amorim disse...

Não há mesmo ninguém de direito com coragem para o murro na mesa ??
A história não irá absolver ninguém pelos crimes que se vão cometendo em nome da absoluta ignorância.

Anónimo disse...

A única entidade que poderia salvaguardar o nosso arvoredo seriam os tribunais. Houvesse legislação capaz e advogados com preparação no campo do ambiente o coragem para enfrentar os poderes estabelecidos. Também o Ministério Público deveria ter uma palavra a dizer, mas prefere não intervir.

Pinto Soares

Plataforma em Defesa das Árvores disse...

Exactamente, acordem e olhem para as árvores de Lisboa!