18/06/2018
Lisbon Is Thriving. But at What Price for Those Who Live There?
12/08/2017
Discussão ponderada do efeito do turismo em Lisboa - um apêlo do Fórum Cidadania Lx à CML e ao Governo
Carta Aberta à Câmara Municipal de Lisboa e ao Governo
Considerando que:
· Lisboa tem assistido a um crescimento exponencial de visitas e dormidas, com taxas de crescimento notáveis a nível mundial;
· O crescimento do turismo tem tido efeitos muito positivos na recuperação do edificado, aumento do investimento, no crescimento das receitas da restauração e hotelaria mas também em outras atividades, gerando muitos milhares de empregos;
· Por outro lado, a pressão deste afluxo enorme de pessoas tem contribuído para o acentuar ou surgir de aspectos negativos, sobretudo no centro histórico, como sejam a pressão sobre o espaço público e de circulação, aumento do ruído, desaparecimento do comércio tradicional, inflação de preços na restauração e, pior que tudo, indução de aumento dos preços do arrendamento;
· Tal como em outras cidades europeias, a sua atractividade está baseada no facto de se diferenciarem outras cidades, como sejam a autenticidade dos seus valores, da sua vivência, da capacidade de acolher sem se subverterem;
· Tal implica que se encontrem caminhos de conciliação entre as actividades económicas relacionadas com o turismo, também prosseguidas por lisboetas, e a vida quotidiana e qualidade de vida urbana dos seus locais;
· Se reconhece não se encontrar Lisboa num estágio semelhante a cidades como Barcelona, Veneza, Roma ou Dubrovnik mas as tensões recentemente geradas naquelas cidades podem antever situações futuras idênticas em Lisboa, se inexistir, como até aqui, maior planeamento e sobretudo ponderação por parte das autoridades muncipais;
· O Fórum Cidadania Lx defende a livre iniciativa económica e uma cidade que ofereça oportunidades de investimento e emprego, mas também defende a preservação da memória e cultura de Lisboa, da sua autenticidade e da qualidade de vida dos seus habitantes;
· Para que os visitantes de Lisboa possam ser bem recebidos, os lisboetas não só precisam de trabalhar e investir na cidade, mas também poder viver nela, e partilhar, com hospitalidade e boa convivência, o espaço milenar desta cidade, que deve ser preservado para as gerações vindouras (de visitantes e habitantes);
· Lisboa corre o risco de se transformar num parque de diversões, igual a qualquer parte do mundo e, nalgumas zonas, num acantonamento muralhado, guardando os seu habitantes num espaço decadente e sem oportunidades;
· É necessário evitar discursos extremistas geradores de tensões, de xenofobia e sentimentos de exclusão, e procurar soluções conciliadoras entre opções que não são contrárias, discutindo soluções concretas, de uma forma estratégica, coerente e efectivamente (e não pró-mera formalidade) participada;
O Fórum Cidadania Lx apela à Câmara Municipal de Lisboa e ao Governo que se inicie, de imediato, uma acção de diagnóstico tendente ao desenho de um plano e calendarização de acções concretas que permita, por um lado, salvaguardar e promover a qualidade de vida dos seus habitantes, conciliando-a com a promoção das actividades económicas ligadas ao turismo e reabilitação urbana, procurando que potenciar os efeitos positivos e mitigar os efeitos negativos que ambos os interesses possam provocar um no outro.
Permitimo-nos desde já sugerir:
À Câmara Municipal de Lisboa, o uso dos seus poderes legais na gestão do espaço público, no sentido de limitar (não eliminar) ou reforçar a exigência nos impactos (não eliminar) da implementação ou desenvolvimento de determinadas actividades económicas, nas zonas mais sensíveis da cidade, como sejam as zonas históricas ou classificadas, potenciando outras zonas da cidade, como sejam na definição de usos em planeamento urbano, condicionamento ou reorganização da circulação e cumprimento de níveis de ruído, e, obviamente, a necessidade de se preservar o edificado, uma vez que a cidade de Lisboa foi classificada pela própria CML como sendo toda histórica;
Ao Governo, a título de exemplo, uma política de arrendamento e reabilitação urbana, que permite a coexistência e disponibilidade de arrendamento de longa e curta duração, bem como a preservação do edificado e dos conjuntos urbanos;
Ao Governo e à Câmara Municipal de Lisboa, a promoção de transportes públicos, que permita a circulação de locais e visitantes na cidade, sustentando e economia mas não prejudicando a preservação da cidade, e diminuindo a pressão do transporte turístico.
O futuro de Lisboa, enquanto cidade para os lisboetas e para os seus visitantes depende do que agora for preparado e decidido.
Se nada for feito, será tarde de mais para salvaguardar, adequadamente, a economia da cidade e os seus habitantes.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Beatriz Empis, Maria do Rosário Reiche, Rui Martins, Virgílio Marques, Carlos Moura-Carvalho, Luís Mascarenhas Gaivão, Fernando Silva Grade, Jean Teixeira, Júlio Amorim, Nuno Castelo-Branco, João Oliveira Leonardo, Guilherme Pereira, Fátima Castanheira
Foto: O Corvo
07/08/2017
Venice, Invaded by Tourists, Risks Becoming ‘Disneyland on the Sea’
Venice, Invaded by Tourists, Risks Becoming ‘Disneyland on the Sea’
Italian officials worry that the famed, sinking city is being further swamped by a “low-quality tourism” that is making life almost unbearable for residents.
https://www.nytimes.com/2017/08/02/world/europe/venice-italy-tourist-invasion.html?mwrsm=Email
15/04/2017
"TERRAMOTOURISM" (2013-2016)
TERRAMOTOURISM | O Documentario from Left Hand Rotation on Vimeo.
Do colectivo Left Hand Rotation (baseado em Lisboa), após 4 anos de recolha de imagens na cidade de Lisboa e sobre o processo de turistificação e gentrificação que está a acontecer na cidade. Obrigado!!!20/02/2017
turismo em Lisboa - Estação do Rossio
«Exmºs. Senhores
Penso que este assunto já aqui terá sido abordado.
É este o panorama que, diariamente, pela manhã, podemos observar na estação do Rossio, com filas intermináveis de turistas com destino a Sintra.
Seria assim tão difícil a CP disponibilizar mais bilheteiras nestas duas ou três horas de "ponta"?.
Cumprimentos
Rogério Marques»
09/02/2017
Artigo sobre habitação
«Meus Caros,
Porque tem interesse junto trabalho jornalístico sobre habitação publicado no Jornal I.
Fica ao critério de cada um a respetiva apreciação.
António Machado»
01/08/2016
28/07/2016
Turismo
«Prezados Senhores,
Não sei se a divulgação deste artigo sobre a problemática do turismo em Barcelona, publicado há dias no El País, é possível por vosso intermédio. Creio que a sua leitura atenta seria bem útil, para que Lisboa evite os mesmos problemas.
Cordialmente,
Pedro de Souza
EL PAÍS
Barcelona, parque temático
La capital catalana lucha por reformular un modelo de éxito convertido hoy en turismo de masas corrosivo con el tejido social, comercial y medioambiental de muchos barrios
DANIEL VERDÚ
Barcelona 16 JUL 2016 - 19:43
GIANLUCA BATTISTA
«A las seis de la tarde, ocho tipos subidos en cuatro ridículos cochecitos amarillos de cincuenta centímetros cúbicos atraviesan la Rambla del Raval. Llevan un casco tipo Hormiga Atómica y una audioguía a todo volumen que reseña los lugares por dónde transitan alocadamente. Cuando el escuadrón pasa por delante de una terraza, un chico se levanta de golpe y a grito pelado les lanza: “¡Tourist, go home! Aquí no os queremos”. Luego vuelve a sentarse.
El grito forma parte de un hartazgo generalizado, especialmente de los vecinos del centro de la ciudad, respecto a un tipo de turismo que acude en masa a Barcelona. Subida de precios de la vivienda, privatización de espacios público como el Park Güell, destrucción del tejido social y comercial del centro, ruido nocturno… Todo eso y más se le achaca últimamente a un sector productivo que genera 20 millones de euros al día, el 12% del PIB de una ciudad (hasta el 20% si contamos impacto indirecto) con 90.000 personas dedicadas a ello, según datos de la Seguridad Social. Una ciudad que antes de los Juegos Olímpicos de 1992 tenía problemas para atraer visitantes, pero que desde comienzos de este siglo ha quedado desbordada. De hecho, la alcaldesa de la ciudad, Ada Colau, ganó las elecciones haciendo especial énfasis en este problema. Pero, ¿se puede realmente regular este sector sin destruirlo?
El Ayuntamiento ha puesto en marcha un plan estratégico para detectar los problemas y tratar de solucionarlos. Mientras, la concesión de licencias hoteleras ha quedado paralizada y los pisos turísticos se han convertido en poco menos que el demonio dentro de un imaginario colectivo que rechaza este fenómeno de masas que cada año atrae 30 millones de visitantes (15 duermen en Barcelona entre hoteles y alojamientos turísticos y otros 15 en los alrededores) a una ciudad más bien pequeña donde solo viven 1,6 millones de vecinos. El centro está lleno de pintadas mandando al garete a los turistas y cada vez más gente se cuestiona quién gana y si merece la pena fiar la economía de una ciudad a este tipo de industria.
En el barrio Gótico ya hay tantas camas para turistas como vecinos
El turismo es el cuarto problema más grave de la ciudad, por detrás del paro, la inseguridad y la limpieza, según la encuesta municipal de servicios. Por eso surgen asociaciones cada vez más numerosas como la Asamblea de Barrios por un Turismo Sostenible. Barcelona no es Venecia, pero en algunos lugares esta empieza a tener los mismos problemas.
El barrio Gótico, dentro del distrito de Ciutat Vella, es el paradigma de este conflicto. Sucio, sin apenas comercio de proximidad y entregado al proceloso mundo del souvenir. Más de la mitad de los edificios (el 52%) albergan pisos turísticos y en las camas de apartamentos y hoteles casi alcanzan ya al número total de vecinos, según revela el estudio del investigador de la Universidad de Lisboa, Agustín Cócola. La proporción entre camas hoteleras y vecinos en Ciutat Vella es de una plaza por cada 4,9 vecinos, pero en el Gótico es incluso superior y casi se puede equiparar: una cama por cada 1,6 vecinos. Mientras crece el fenómeno, la población residente se marcha (un 17,6% en los últimos 10 años, según el padrón) y suben los precios residenciales (un 6% en solo un año) debido a dos factores: la compra de edificios y pisos por parte de inversores extranjeros y la constante disminución del parque de viviendas disponible.
Para Cócola el problema es una bola de nieve que se extiende al tejido social y comercial, siempre en los barrios que reciben mayor presión como Gótico, Barceloneta, Sant Pere, Santa Caterina y La Ribera o la Dreta del Eixample. "Comercio y vida cotidiana también están afectados. La gente se va porque no tienen los servicios que necesitan. Con el turismo masivo, la farmacia pasa a ser una heladería y la carnicería una tienda de souvenirs", señala.
Reme Gómez, presidenta de la asociación de vecinos del barrio, pasea por unas Ramblas atestadas de turistas e invadidas por una feria de tapas en la que no hay ni un solo vecino del barrio. El lugar, histórica arteria de Barcelona, hoy es solo un gran bazar para turistas. Un espacio, como tantos otros, que ya no pisan los barceloneses. “Hemos perdido nuestra capacidad de tener una vida cotidiana de barrio. Han subido los precios en el comercio y en la vivienda. Allá donde se instala el turismo, desaparecen el resto de sectores”, critica.
Hemos perdido la capacidad de llevar una vida cotidiana”, denuncia una vecina
La manera con la que las ciudades pueden medir el impacto sobre el territorio de esta industria es la relación entre número de ciudadanos y pernoctaciones. La teoría dice que las ciudades grandes y pobladas soportan mejor este tipo de fenómenos y la media mundial se sitúa en 6 puntos. , grandes ciudades como Londres están en 3 y Amsterdam (una de las más afectadas) está en 12 (por encima del límite de sus posibilidades). Barcelona se encuentra actualmente en 9 pernoctaciones por cada ciudadano, tres puntos por encima de la media.
El Ayuntamiento, por primera vez en años, está alineado con las quejas vecinales. Agustí Colom, concejal de Turismo enumera esos problemas en una entrevista con este periódico: vivienda turística, gentrificación, desertización del espacio… y dejar de hacer promoción salvaje fuera. “Ahora toca gobernar el turismo, no atraer a más gente. Lo primero que estamos haciendo es luchar contra los pisos turísticos ilegales. Pero también hay un plan de usos para los comercios que limitará sus usos y fomentará el de proximidad”, señala.
Lo mismo sienten los vecinos de la Barceloneta, un antiguo barrio de pescadores con pisos de escasa calidad, que el turismo ha convertido en el más caro por metro cuadrado. El investigador Alan Quaglieri, experto en temas de turismo, conoce bien el problema. “Es un área emblemática de las contradicciones promovidas por el turismo en el apartado de vivienda. Es la competencia desleal entre la demanda turística de espacio y el acceso a un bien básico. Ha provocado que en áreas con un perfil de clases populares se enfrenten a una concentración de una demanda con alto poder adquisitivo. Y eso tiene un impacto brutal sobre los equilibrios socioculturales del barrio?”.
Las confluencias en este asunto crean extraños compañeros de cama como el de estos vecinos y el gremio de hoteleros. Su presidente, Jordi Clos, no cree que Barcelona tenga un problema con el turismo, sino un reto por delante para gestionar el éxito. Pero, en cualquier caso, señala hacia los pisos turísticos como foco principal. “Hay que diferenciar bien: hay una parte del turismo, la mitad, que son gente que vienen a ferias o a negocios y no genera ningún conflicto. Pero después está la parte turística que tiene dos parámetros importantes que han generado conflictividad. Los pisos turísticos ha hecho un crecimiento de la oferta brutal con unos precios asequibles. Viene un segmento de público que antes no venía y han doblado la oferta. La mitad no son legales y generan un conflicto de carácter social dentro de los espacios. Además tenemos el tema de los cruceros. Una parte son de mucho nivel, pero otros están tres horas y media y ocupan el espacio de la ciudad”, señala. En cualquier caso, nadie duda de que la solución tardará en llegar tantos años como los que esperaron a los turistas en esta ciudad.
LOS CRUCEROS: 30.000 PERSONAS EN UN SOLO DÍA
En algunos apartados de este conflicto el desequilibrio aumenta, pero la actuación del Ayuntamiento es limitada. Ni el Consistorio tiene competencias y recursos para controlar el tema de los pisos, ni las tiene para regular otro de los grandes problemas de la ciudad como son los cruceros, para los que se llegó a construir un muelle con capacidad para siete grandes barcos que permite desembarcar a 30.000 personas en un solo día de agosto. Una invasión en toda regla que dura cuatro horas. Y un atentado medioambiental, según todos los estudios. “Las competencias no son nuestras, pero el problema es que el crucerista deja un rendimiento escaso comparado con el impacto que tienen sobre la ciudad. No son el perfil de turista deseado ni el sector a desarrollar. Preferiríamos que vinieran menos y se quedarán más tiempo”, insiste Agustí Colom, concejal de Turismo.»
05/07/2016
20/06/2016
Nem de propósito:
«Teaser do documentario "TERRAMOTOURISM" (Lisboa)
Olá desde o colectivo Left Hand Rotation.
Cá enviamos o teaser do documentario "TERRAMOTOURISM" sobre as consequências da turistificaçao e chegada masiva de turistas na cidade de Lisboa, http://lefthandrotation.blogspot.pt/2016/06/teaser-de-terramotourism.html
Tambem podem-se descarregar os cartazes da intervenençao nas ruas de Lisboa "TERRAMOTOURISM: Instruções de emergência em caso de tranformação urbana produzida por sismo turístico" no link http://lefthandrotation.blogspot.pt/2014/03/terremotourism-instrucciones-de.html
Muito obrigado
Colectivo Left Hand Rotation
www.lefthandrotation.com»
09/06/2016
Estado lastimável do torreão poente do Terreiro do Paço - Pedido ao PCML
Dr. Fernando Medina
Exmos. Senhores Vereadores
Arq. Manuel Salgado
Dra. Catarina Vaz Pinto
C.c. AML, DGP, JF, media
Como é do conhecimento de V. Exas., o torreão poente do Terreiro do Paço encontra-se em muito mau estado de conservação, independentemente das boas iniciativas que a CML tem desenvolvido esporadicamente em termos culturais, dando a conhecer ao grande público parte do seu interior.
Conforme é visível na foto em anexo, o estado geral do torreão é incompatível com a boa imagem que a cidade deseja manter junto de quem a visita. Sobretudo se tivermos em conta as intervenções de fundo a nível de espaço público que a CML desenvolveu, e genericamente bem, no Terreiro do Paço e na Ribeira das Naus.
Contudo, uma intervenção da CML, que não será muito dispendiosa, pode obviar a esse facto, antes mesmo de avançar o programa de utilização definitiva do resto do torreão (restaurante? centro de estudos?) que não é utilizado pelas exposições temporárias.
Solicitamos, por isso, a V. Exas. que atentem no pormenor dos emaranhados de cabos pendurados na fachada, nas janelas com os caixilhos estalados e os vidros partidos, adivinhando autênticos pombais no interior, e, não de somenos, a recomposição que tarda do murete e das namoradeiras junto ao rio, ainda por completar, sem que se vislumbre até a data em que regressarão as colunas de iluminação.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Martim Galamba, Carlos Leite de Sousa, Inês Beleza Barreiros, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, João Oliveira Leonardo, Maria do Rosário Reiche, Jorge Santos Silva, Jorge Pinto, Alexandra Carvalho Antunes, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Fernando Jorge, Nuno Vasco Franco e João Mineiro
Foto: Paulo Ruivo e Silva
18/03/2016
Pedido de Esclarecimentos à CML sobre excesso de unidades hoteleiras em Lisboa
Dr. Fernando Medina
C.C. AML, Gab. Ver.Manuel Salgado, ICOMOS Portugal e Media
Na sequência da excessiva pressão turística que se faz sentir na cidade de Lisboa, de há poucos anos a esta parte, mormente no centro histórico, com reflexos nítidos no edificado da cidade e no dia-a-dia de quem nela mora, facto que se traduz na descaracterização da zona em várias vertentes (demográfica, comércio local, etc., por via de acções de despejo de moradores e comerciantes, e por alterações irreversíveis na tipologia das habitações e na estrutura dos edifícios, não poucas vezes antigos e referenciados na Carta Municipal do Património anexo ao PDM, solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre:
- Quais os fundamentos que levam a CML a apostar nesta estratégia de tolerância/angariação deste tipo de desenvolvimento hoteleiro, a nosso ver insustentável a médio prazo?
- Qual o número de novos projectos previstos para alterações de edifícios para fins de hotelaria?
- Qual o tipo de edificado pré-existente onde irão localizar-se?
- Se a CML tem quantificada a relação projectos entrados para unidades hoteleiras (incluindo alojamento local) vs. projectos dedicados à habitação nas zonas históricas, que não envolvam exclusivamente destinados a uma clientela gama-alta?
- Se está a ser feita a monitorização do uso dado aos imóveis municipais alienados em hasta pública (constatamos que em demasiadas zonas o que acontece é a transformação imediata em "alojamento local" em vez de regressarem ao mercado de arrendamento normal?
- Qual o número de alojamento privado destinado a turistas, via "airbnb"?
- Se existe algum plano da CML para aumentar/cooperar na fiscalização de "airbnb" não-declarados?
- Qual o número de casas compradas por estrangeiros ao abrigo dos regime de "vistos gold" e que de facto se encontram ocupados?
- E se está prevista alguma moratória para projectos hoteleiros na zona histórica da cidade?
- Considerando a falta de casas para arrendamento para jovens casais nos bairros históricos, porque é que a CML não repensa a alienação dos seus imóveis nesses bairros já que são, cada vez mais, a única hipótese de criação de oferta de fogos com rendas económicas?
- Por fim, considerando que a iniciativa privada está praticamente centrada em exclusivo no alojamento para turistas, como pensa a CML resolver esta assimetria cada vez mais grave nos bairros históricos já que é cada vez mais difícil para um habitante permanente da cidade encontrar fogos para arrendamento em regime normal?
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria do Rosário Reiche, Pedro Henrique Aparício, Fernando Jorge, Alexandre Marques da Cruz, Pedro Gomes, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Lima, Inês Líbano, Jorge Pinto, Inês Beleza Barreiros, Jorge Lopes, Isabel Sá da Bandeira, Júlio Amorim e Nuno Caiado
26/02/2016
Autarcas do centro histórico de Lisboa exigem regulamentação no turismo
Por INÊS BOAVENTURA
23/10/2015
Terá sido alguma rebelião de algum queijo da serra com mais escrúpulos? Ou alguma língua de bacalhau mais viperina?
Por João Pedro Pincha


























