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27/02/2016

Cinema antes e depois


In SIC Notícias (26.2.2016)

«Longe vão os dias dos grandes cinemas que enchiam fosse qual fosse a matiné. No tempo do Estado Novo, os filmes eram escolhidos a dedo e nem as palavras liberdade ou democracia tinham direito a legenda. Hoje, alguns vêem filmes no telemóvel ou computador de forma ilegal e muito em breve quem for a uma sala de cinema vai poder cheirar e sentir como as estrelas na película.»

01/09/2015

A Capital já tem mais uma "loja do chinês"

Já abriu. Desgraça. Só tem um soalho mais limpinho de resto é mais uma entre tantas "lojas do chinês".

09/03/2015

C.C. em mandarim, ou nem por isso?


Depois de tanta "agitação de massas", ficamo-nos pela massa frita. Alguém há poucos anos disse que a Av. Roma iria reganhar o "glamour" de outros tempos. Já nos tinham dado a clínica do pêlo, agora isto. Vai de vento em pôpa, a Avenida, no bom caminho. Esperemos que a Mexicana não vire estética e serviço Carcassone, senão é o fim.


(foto: José Filipe Toga Soares)

17/06/2014

Antigo Cinema Londres/CML e Junta Freguesia, é preciso que AJAM E JÁ!


Exma. Senhora Vereadora
Dra. Graça Fonseca
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia do Areeiro
Dr. Fernando Braamcamp


C.C. Presidente da CML, Presidente da AML, Gab. SEC, Media

No seguimento do comunicado emitido esta madrugada pela organização «Mais Lisboa», dando conta do estado de coisas sobre o processo de mudança de uso do antigo Cinema Londres, concluímos que a passagem daquela emblemática sala de cinema da Avenida de Roma a «loja dos 300» está em vias de se tornar irreversível e inapelável, graças à inacção, a nosso ver inaceitável, da CML (pelouro da Economia, Inovação, Modernização Administrativa e Descentralização) e da Junta de Freguesia do Areeiro.

Com efeito, desde o fecho do Londres (previsível e contra o qual também ninguém de direito tentou sequer ténue reacção) que têm sido os moradores e os comerciantes daquela zona da cidade a agir em prol de uma solução digna, perante a evidência de alteração de uso do antigo cinema – recorde-se que não sendo aqueles detentores de qualquer cargo autárquico, os mesmos não têm quaisquer obrigação, compromisso ou responsabilidade pública em agirem de forma tão valorosa quanto têm agido.

Antes, CML e Junta de Freguesia têm-se escudado desde o início na espontaneidade do movimento local, deixando correr o mesmo e passando responsabilidades de uma para a outra, quando não para a SEC, que aqui apenas intervém porque depende dela a autorização de mudança de ramo; o que torna extremamente confrangedor assistir-se ao desenrolar deste processo; processo que se aproxima do seu epílogo.

Não queremos acreditar que a CML e a Junta de Freguesia tenham receio de afrontar interesses terceiros, ou que não saibam o que fazer enquanto Eleitos, que, simplesmente, desconheçam o historial e a popularidade do Londres, ou, pior, ignorem o que foi, é e ainda poderá ser a Avenida de Roma, enquanto exemplo maior do nosso urbanismo (arquitectónico, comercial, social) e eixo económico e cultural da Lisboa moderna.

Apelamos, por isso, a que a CML e Junta de Freguesia, por uma vez, ajam para lá das parangonas dos orçamentos participativos e dos placards de propaganda sobre «governança», boas práticas e um sem-número de outros chavões.

Ou seja, neste momento, para se evitar que o Londres passe a «loja dos 300» é preciso que o projecto alternativo (descrito em anexo) dos moradores e comerciantes tenha a colaboração, efectiva e empenhada, da CML e da Junta de Freguesia, porque a viabilidade do projecto implicará, entre outras coisas, a realização de obras correctivas, sendo preciso garantir a disponibilização de verbas, vontades e equipas técnicas, por via da contratualização entre todas as partes, caso contrário, esta magnífica reacção em cadeia da população terá sido em vão.

E é preciso que CML e Junta de Freguesia ajam já!


Melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, José Filipe Soares, Beatriz Empis, Luís Marques da Silva, Jorge Santos Silva, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Jorge Marques, António Araújo, Rossella Ballabio, Rui Martins, Jorge Lima, Bruno Rocha Ferreira

17/05/2014

Cinema Londres: sem cadeiras ou ecrã… sem Noronha da Costa e João Cutileiro

Sabe-se que a Socorama declarou insolvência e que os cinemas fecharam por todo o país. Sabe-se que o Cinema Londres, em Lisboa, poderá ter outro fim para além da exibição cinematográfica. Mas há algo que não se sabe: se os olhares irão voltar a pousar nas obras de arte que faziam parte da decoração do Londres - a pintura de Noronha da Costa e a escultura de João Cutileiro.
Por Patrícia Pinto da Silva, Público de 17 Maio 2014


 Pintura de Noronha da Costa


“Que horror... não sabia”. Foram estas as palavras do pintor Luís Noronha da Costa quando soube que o Cinema Londres – o “3 em 1” onde se jantava, convivia e, claro, se via cinema –, deixou de ter exibições e que, possivelmente, seria transformado numa loja de venda de produtos chineses. Quando todo o recheio relativo ao cinema foi removido as suas instalações ficaram completamente vazias: sem cadeiras, ecrãs, projectores mas também sem a pintura de Noronha da Costa e sem a escultura de João Cutileiro que lá se encontravam.
“Há aquelas figuras que pairam no espaço, dando uma vaga ideia de tridimensionalidade, e depois aqueles bocados densos de betume”, diz Noronha da Costa sobre a sua pintura, inspirada no barroco alemão, e que foi vista por milhares ao longo dos anos à entrada do Cinema Londres. Obra “Sem título” ou apenas “Pintura”, data de 1971 e esteve no Londres desde “a inauguração do cinema”, em 1972. Nuno Faria, co-comissário com Miguel Wandschneider da exposição “Noronha da Costa Revisitado” de 2003 no Centro Cultural de Belém (CCB), diz ao PÚBLICO que esta é uma obra relevante “na produção de Luís Noronha da Costa num período em que era um dos pintores mais importantes” no panorama nacional.
Actualmente, esta tela de grande dimensão, 2,50 por 3,50 metros, é propriedade da Socorama mas já não está no histórico Cinema Londres, a conhecida “sala-estúdio” com as cadeiras que se afundavam e que, para muitos, eram as mais confortáveis de Lisboa. Nuno Faria diz ainda que esta “é uma pintura importante no conjunto da obra de Luís Noronha da Costa dos anos 70, é histórica e terá um valor considerável”.
Pormenor da obra de Cutileiro
Noronha da Costa conta com uma linguagem cinematográfica na sua obra e esta pintura não é excepção. José Gil, um dos autores dos textos publicado no catálogo da exposição no CCB, escreve que “o ecrã, que vela e desvela ao mesmo tempo, dissimula e abre o olhar a uma outra ‘percepção’ da imagem, condensa em si a presença e a ausência, o real e o virtual”, concluindo que “o ecrã presta-se particularmente bem ao aprofundamento das preocupações estético-filosóficas do pintor”.
Neste catálogo, está uma fotografia da pintura que se encontrava no Londres e onde se vê uma espécie de véu que Noronha da Costa diz ser conseguido com a ajuda do betume. Por trás deste, os vultos “obrigam a uma maior interpretação das figuras no espaço”, diz o pintor. Mas, ainda assim, permite imaginar... tal como acontece com o cinema.
Com o encerramento do Londres em Fevereiro de 2013 e com a retirada do seu recheio, questiona-se sobre qual o paradeiro e qual o estado de conservação destas duas obras de arte.
João Cutileiro não entra em detalhes sobre as influências na sua escultura. No entanto, diz ao PÚBLICO que a peça realizada para o cinema no início da década de 80 do século XX foi uma encomenda dos filmes Castello Lopes, onde lhe foi atribuído um tema. Esta escultura de parede com cerca de 5 por 2,5 metros, feita de ardósia e de mármore de diversas cores, ilustra o episódio da mitologia grega onde Prometeu rouba o fogo a Zeus para depois o dar à Humanidade.
“Foi há muito pouco tempo” que Cutileiro refere ter sabido da retirada da sua obra do Londres e quando questionado sobre qual gostaria que fosse o destino desta escultura, a sua resposta é clara: “Bom, eu não gostaria que fosse partida”.
Escultura de Cutileiro no Londres
Questionado pelo PÚBLICO sobre a tela de Noronha da Costa, o administrador da Socorama, João Paulo Abreu, fala no plural: as obras de arte “são propriedade da empresa” e, tratando-se de informações que classifica como “confidenciais”, não avança sobre qual o futuro que lhes será dado. No entanto, diz que a pintura de Noronha da Costa foi salvaguardada após o encerramento do espaço, sendo que “quando o quadro foi transferido, foi devidamente embalado e assim se encontra”.
O PÚBLICO pediu para ver a obra mas tal não foi aceite.
Perante a situação financeira da Socorama, que de debate com um processo de insolvência, Noronha da Costa deixa algumas sugestões para o futuro da pintura, “feita com muito entusiasmo” e adquirida por Gérard Castello-Lopes, um dos fundadores do Londres e conhecido fotógrafo: “Gostava que a oferecessem - ou vendessem - a um museu. O Museu do Chiado ou à Gulbenkian”, adianta. O Centro de Arte Manuel de Brito, que acolheu, desde Setembro de 2013 até Março deste ano, a exposição “Luís Noronha da Costa”, é também uma das opções que refere. Nuno Faria, comissário da exposição no CCB, vê esta obra como “património cultural” e relembra que “o importante é que não seja destruída para que possa ser vista”.
Quando questionado sobre a possibilidade da pintura ir para um museu, João Paulo Abreu relembra o processo de insolvência da Socorama e diz que “isso terá de ser apreciado pela assembleia de credores”.
Noronha da Costa receia pelo futuro da obra. “Custa-me saber que poderia [o quadro] ir para um canto, ou que era rasgado ou que pintavam por cima que tem sido, em geral, o que acontece à minha obra”, diz.
Por enquanto, esse não sido o seu destino, pelo menos face às declarações do administrador da Socorama, que afirma que, “a obra está no estado de conservação em que se encontrava”. Quanto a “ir para um canto”, já nada está garantido pois não foi possível apurar qual será o seu destino. A mesma incerteza paira sobre a escultura de João Cutileiro. No entanto, quando questionado pelo PÚBLICO se gostaria que a sua obra regressasse ao seu poder, Cutileiro diz que não: “Fiz a peça, vendi-a e esteve bastantes anos no sítio. O proprietário fará o que bem entender”. A dúvida também se instala quando se pensa nas portas do cinema que, desde 2012, estavam decoradas com ilustrações do artista plástico Hugo Lucas.
Entre incertezas, uma coisa é certa... o Londres continua de portas encerradas e as obras de arte sem destino aparente.
Texto editado por Ana Fernandes


04/05/2014

"Secretaria de Estado da Cultura autoriza mudança de actividade do cinema Londres"

“O Governo autorizou a mudança de actividade do antigo cinema Londres, em Lisboa, que está arrendado a chineses para ser transformado numa loja, disse à Lusa fonte do movimento de comerciantes do bairro onde se localiza o espaço.

Segundo a mesma fonte, que cita uma decisão oficial da secretaria de Estado da Cultura (SEC), foi dada autorização de afectação do recinto para "actividade de natureza distinta", ou seja o antigo cinema Londres poderá acolher outra actividade sem ser a exibição cinematográfica.

No entanto, alerta a SEC na decisão, "a desafectação assim decidida não implica necessariamente a subsequente alteração do uso do espaço, sendo que essa avaliação compete, nos termos legais, à Câmara Municipal de Lisboa".

O cinema Londres está encerrado desde 2013, depois da exibidora Socorama ter declarado falência, e os proprietários assinaram contrato com comerciantes chineses para a abertura de uma loja. As obras de transformação foram iniciadas sem autorização (obrigatória por lei) de desafectação por parte do Governo e acabaram por ser suspensas em Fevereiro, aguardando resposta da tutela.

O caso suscitou polémica no final do ano passado, levando o movimento MaisLisboa a lançar uma petição pública – Salvem o Cinema Londres–, que chegou ao parlamento, propondo um modelo cooperativo, sem fins lucrativos, para gerir o espaço. Em paralelo a esta petição, o movimento dos comerciantes da avenida Guerra Junqueiro, praça de Londres e avenida de Roma avançaram com uma outra petição – que foi aprovada por unanimidade pela assembleia municipal - propondo também um projecto cultural e comercial.

Na justificação para a desafectação do espaço, a tutela afirma que "até à data não foi encontrada qualquer solução que permita manter o recinto afecto à actividade cinematográfica nem houve a materialização de qualquer evidência ou sinal de investimento efectivo e demonstrado com base no modelo proposto".

A lei estipula que "a demolição de recintos de cinema ou a sua afectação a actividade de natureza diferente depende de autorização do membro do Governo responsável pela área da cultura". Considerada uma das últimas salas em Lisboa a existir fora de centros comerciais, o cinema Londres foi inaugurado a 30 de Janeiro de 1972, com o filme Morrer de amar, de André Cayatte, tendo uma área com mais de mil metros quadrados, que incluiu uma vertente comercial, com restauração.

A agência Lusa tentou obter, há várias semanas, mas sem êxito, esclarecimentos junto da SEC sobre a situação dos antigos cinemas Londres, Quarteto e King, em Lisboa, todos encerrados."

In Público por LUSA, 2014-05-04

29/01/2014

Câmara está contra loja de produtos chineses no Londres


In Público (29.1.2014)
Por Inês Boaventura

«O vereador Manuel Salgado afirma que uma alteração de uso do espaço seria “uma perda cultural grave” para Lisboa

A Câmara de Lisboa considera que a alteração de uso do antigo Cinema Londres, na Avenida de Roma, seria “uma perda cultural grave” para a cidade e defende que o Governo não deve conceder ao proprietário a autorização necessária para que o espaço se transforme numa loja de produtos chineses.

A legislação em vigor estipula que a afectação de recintos de cinema a actividades de natureza diferente “carece de autorização do membro do Governo responsável pela área da cultura”. O Decreto-Lei n.º 227/06 define ainda que essa autorização deve ser recusada “quando o desaparecimento” da sala “se traduza numa perda cultural grave para a localidade ou região”.

O vereador do Urbanismo e da Reabilitação Urbana adianta ao PÚBLICO que a Câmara de Lisboa considera ser esse o caso do Londres. Manuel Salgado acrescenta que, em coerência com essa posição, é seu entender que o secretário de Estado da Cultura não deverá conceder a referida autorização, sem a qual os serviços municipais não poderão aprovar uma alteração de uso.

Segundo o assessor de imprensa de Jorge Barreto Xavier, até ao momento “não foi submetido qualquer pedido de afectação a actividade diversa e, por conseguinte, não existe uma avaliação prévia das condições de afectação ou de outras envolventes a ser apreciadas, sendo assim prematuro avançar qualquer elemento”.

O vereador frisa que as obras em curso no antigo cinema, com vista à sua transformação numa loja de produtos chineses, são interiores e não implicam a estrutura do imóvel, pelo que estão isentas de licenciamento municipal. Manuel Salgado diz, pois, que a Câmara de Lisboa não tem qualquer possibilidade de embargar os trabalhos, ao abrigo do Regime Jurídico de Urbanização e Edificação, como solicitou o Movimento de Comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Praça de Londres e Avenida de Roma. Ainda assim, o autarca afirma que seria “um absurdo” os proprietários do Londres levarem até ao fim as obras, dado que o espaço está sujeito a uma licença de utilização que apenas permite o seu funcionamento como cinema.

Manuel Salgado diz que ontem alertou o dono do Londres, através de um ofício, para os condicionalismos referidos. Um dos co-proprietários e representante dos outros cinco disse ao PÚBLICO que não tinha recebido qualquer informação da Câmara de Lisboa e acrescentou não ter conhecimento de que fosse necessária uma autorização do Governo para que o local deixasse de funcionar como cinema.

Se assim fosse, defende, “os proprietários teriam de se sujeitar e esperar que aparecesse alguém para o mesmo uso, possivelmente com uma renda ‘simbólica’ e em condições negociais altamente prejudiciais”. O que, alega, constituiria “uma grave e infundada limitação ao direito de propriedade e à livre disposição dos bens”.»

24/01/2014

Enquanto isso a luta continua na Avenida de Roma:


Essa de não saberem que era preciso autorização para mudar de ramo estando em causa um cinema é de truz. Sendo assim, as obras são todas ilegais, certo? Não há sanções para quem demoliu tudo por dentro? Pois.

Fonte: Av. Guerra Junqueiro, Praça de Londres & Av. de Roma

09/01/2014

Cinema Londres destruído: “uma regressão de civilização”

Perdeu-se "a melhor sala-estúdio de Lisboa"
“O Londres foi a melhor sala-estúdio de Lisboa”, sintetiza a autora do livro Os Cinemas de Lisboa - Um fenómeno urbano do século XX. Margarida Acciaiuoli recorda que o espaço, inaugurado a 30 de Janeiro de 1972 com o filme Morrer de Amar, de André Cayatte, “foi pensado para ter três funções: ver cinema, jantar no snack-bar e conversar no Pub The Flag, que ficava ao lado”.
No livro, a professora catedrática do departamento de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa sublinha que o Londres “afirmava-se como uma alternativa única no panorama dos cinemas da cidade”, tendo conseguido criar “um ambiente propício à apropriação dos filmes, permitindo que os espectadores permanecessem no local depois das sessões”.
“É extraordinário como conseguimos inventar o cinema, um equipamento que não existia noutros séculos, e depois desenvolvemo-lo, demolimo-lo e não fica nada para o século seguinte”, afirma Margarida Acciaiuoli. A professora diz que hoje em dia “as pessoas não vão ao cinema, vão a uma sala onde se passam filmes”. “Ir ao cinema não é como ir ao supermercado, é preciso tempo”, explica, enquadrando o fim do Cinema Londres naquilo que considera ser “uma regressão de civilização”. in Público, 8 Jan 2014, Inês Boaventura
 



 

 

O histórico Cinema Londres, em Lisboa, vai transformar-se numa loja de produtos chineses


In Público Online (8.1.2014)
Por Inês Boaventura

«Os proprietários do imóvel na Avenida de Roma confirmam o negócio. Já há dois abaixo-assinados, de um movimento de comerciantes da zona e de uma associação cívica, defendendo que o espaço deve continuar ao serviço da cultura.

O antigo Cinema Londres, na Avenida de Roma, em Lisboa, vai ser transformado numa loja de produtos chineses. O movimento de comerciantes da zona e o núcleo lisboeta da associação Mais Democracia não se conformam com a decisão e defendem que aquela que em 1972 foi apresentada pela comunicação social como “a mais luxuosa sala-estúdio de Lisboa” deve ser convertida num pólo cultural.

O cinema fechou as portas em Fevereiro de 2013, depois de a Socorama, que era à data o segundo maior exibidor de cinema em Portugal, ter entrado em processo de insolvência. Na altura a empresa chegou a dizer que o encerramento não era definitivo mas, cerca de um ano depois, os proprietários do espaço confirmaram ao PÚBLICO que já foi celebrado "um contrato de arrendamento comercial com uma Sociedade de Direito Português, mas com sócios de origem chinesa".

Um dos co-proprietários do Londres e representante dos restantes cinco, que pede para não ser identificado, explica que ao longo dos últimos meses "foram efectuadas diversas diligências e negociações no sentido de arrendar de novo aquela fracção para actividade análoga à anterior, embora com características mais abrangentes". "Infelizmente, não foi possível concretizar nenhuma dessas hipóteses", afirma em esclarecimentos enviados por escrito, nos quais acrescenta que o referido contrato de arrendamento foi celebrado "à falta de outras alternativas".

Os donos do antigo cinema sublinham que "as instalações e os equipamentos estavam em estado de acentuada degradação". Situação que, acrescentam, se acentuou quando, "por decisão do Administrador Judicial de Insolvência, foi removido e vendido todo o recheio relativo ao cinema propriamente dito (cadeiras, écrans, projectores, instalação eléctrica, etc) e ao restaurante/snack-bar". Nessa altura, concluem, as instalações "ficaram completamente 'arrasadas'". [...]»

...

«instalações e os equipamentos estavam em estado de acentuada degradação», como assim???!!! Quando fechou, o cinema estava completamente operacional, desde as salas aos w.c. Isto não tem pés nem cabeça. Aliás, qualquer um dos funcionários do cinema pode comprovar que assim NÂO era.

08/01/2014

CINEMA LONDRES - O SILÊNCIO


Chegado por e-mail, por Carlos Moura-Carvalho:

«Não tendo existido qualquer publicitação ou conhecimento de que o imóvel onde durante 42 anos funcionou o Cinema Londres estaria para arrendar/vender e tendo-se sabido agora que no local vai surgir uma loja de produtos orientais, o que surpreendeu moradores e comerciantes, o Movimento de Comerciantes da Av. Guerra Junqueiro, Praça de Londres & Av. de Roma decidiu elaborar uma petição “O nosso bairro precisa de um pólo cultural!” que se encontra a recolher as assinaturas necessárias para ser apresentada aos órgãos municipais e a outras entidades públicas, no sentido de junto dos proprietários se encontrar uma solução para o nº 7-A da Avenida de Roma, freguesia do Areeiro, que em paralelo com a existência de comércio torne possível a manutenção de um pólo cultural.

[A petição está a circular em papel. Está hoje e amanhã na Livraria Barata. Depois passa para a Farmácia Algarve (mesmo ao lado do Cinema Londres) e no fim de semana para a Mercearia Criativa e Mexicana. Assine! Vamos encontrar uma solução.]

17/12/2013

Cinema Londres vira (tudo indica) loja chinesa


Ou, mais um episódio da tal reconquista do 'glamour' da Avenida de Roma. :-(