27/02/2016
Cinema antes e depois
01/09/2015
A Capital já tem mais uma "loja do chinês"
09/03/2015
C.C. em mandarim, ou nem por isso?
Depois de tanta "agitação de massas", ficamo-nos pela massa frita. Alguém há poucos anos disse que a Av. Roma iria reganhar o "glamour" de outros tempos. Já nos tinham dado a clínica do pêlo, agora isto. Vai de vento em pôpa, a Avenida, no bom caminho. Esperemos que a Mexicana não vire estética e serviço Carcassone, senão é o fim.
(foto: José Filipe Toga Soares)
17/06/2014
Antigo Cinema Londres/CML e Junta Freguesia, é preciso que AJAM E JÁ!
Exma. Senhora Vereadora
Dra. Graça Fonseca
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia do Areeiro
Dr. Fernando Braamcamp
C.C. Presidente da CML, Presidente da AML, Gab. SEC, Media
No seguimento do comunicado emitido esta madrugada pela organização «Mais Lisboa», dando conta do estado de coisas sobre o processo de mudança de uso do antigo Cinema Londres, concluímos que a passagem daquela emblemática sala de cinema da Avenida de Roma a «loja dos 300» está em vias de se tornar irreversível e inapelável, graças à inacção, a nosso ver inaceitável, da CML (pelouro da Economia, Inovação, Modernização Administrativa e Descentralização) e da Junta de Freguesia do Areeiro.
Com efeito, desde o fecho do Londres (previsível e contra o qual também ninguém de direito tentou sequer ténue reacção) que têm sido os moradores e os comerciantes daquela zona da cidade a agir em prol de uma solução digna, perante a evidência de alteração de uso do antigo cinema – recorde-se que não sendo aqueles detentores de qualquer cargo autárquico, os mesmos não têm quaisquer obrigação, compromisso ou responsabilidade pública em agirem de forma tão valorosa quanto têm agido.
Antes, CML e Junta de Freguesia têm-se escudado desde o início na espontaneidade do movimento local, deixando correr o mesmo e passando responsabilidades de uma para a outra, quando não para a SEC, que aqui apenas intervém porque depende dela a autorização de mudança de ramo; o que torna extremamente confrangedor assistir-se ao desenrolar deste processo; processo que se aproxima do seu epílogo.
Não queremos acreditar que a CML e a Junta de Freguesia tenham receio de afrontar interesses terceiros, ou que não saibam o que fazer enquanto Eleitos, que, simplesmente, desconheçam o historial e a popularidade do Londres, ou, pior, ignorem o que foi, é e ainda poderá ser a Avenida de Roma, enquanto exemplo maior do nosso urbanismo (arquitectónico, comercial, social) e eixo económico e cultural da Lisboa moderna.
Apelamos, por isso, a que a CML e Junta de Freguesia, por uma vez, ajam para lá das parangonas dos orçamentos participativos e dos placards de propaganda sobre «governança», boas práticas e um sem-número de outros chavões.
Ou seja, neste momento, para se evitar que o Londres passe a «loja dos 300» é preciso que o projecto alternativo (descrito em anexo) dos moradores e comerciantes tenha a colaboração, efectiva e empenhada, da CML e da Junta de Freguesia, porque a viabilidade do projecto implicará, entre outras coisas, a realização de obras correctivas, sendo preciso garantir a disponibilização de verbas, vontades e equipas técnicas, por via da contratualização entre todas as partes, caso contrário, esta magnífica reacção em cadeia da população terá sido em vão.
E é preciso que CML e Junta de Freguesia ajam já!
Melhores cumprimentos
Bernardo Ferreira de Carvalho, José Filipe Soares, Beatriz Empis, Luís Marques da Silva, Jorge Santos Silva, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Jorge Marques, António Araújo, Rossella Ballabio, Rui Martins, Jorge Lima, Bruno Rocha Ferreira
17/05/2014
Cinema Londres: sem cadeiras ou ecrã… sem Noronha da Costa e João Cutileiro
04/05/2014
"Secretaria de Estado da Cultura autoriza mudança de actividade do cinema Londres"
“O Governo autorizou a mudança de actividade do antigo cinema Londres, em Lisboa, que está arrendado a chineses para ser transformado numa loja, disse à Lusa fonte do movimento de comerciantes do bairro onde se localiza o espaço.
Segundo a mesma fonte, que cita uma decisão oficial da secretaria de Estado da Cultura (SEC), foi dada autorização de afectação do recinto para "actividade de natureza distinta", ou seja o antigo cinema Londres poderá acolher outra actividade sem ser a exibição cinematográfica.
No entanto, alerta a SEC na decisão, "a desafectação assim decidida não implica necessariamente a subsequente alteração do uso do espaço, sendo que essa avaliação compete, nos termos legais, à Câmara Municipal de Lisboa".
O cinema Londres está encerrado desde 2013, depois da exibidora Socorama ter declarado falência, e os proprietários assinaram contrato com comerciantes chineses para a abertura de uma loja. As obras de transformação foram iniciadas sem autorização (obrigatória por lei) de desafectação por parte do Governo e acabaram por ser suspensas em Fevereiro, aguardando resposta da tutela.
O caso suscitou polémica no final do ano passado, levando o movimento MaisLisboa a lançar uma petição pública – Salvem o Cinema Londres–, que chegou ao parlamento, propondo um modelo cooperativo, sem fins lucrativos, para gerir o espaço. Em paralelo a esta petição, o movimento dos comerciantes da avenida Guerra Junqueiro, praça de Londres e avenida de Roma avançaram com uma outra petição – que foi aprovada por unanimidade pela assembleia municipal - propondo também um projecto cultural e comercial.
Na justificação para a desafectação do espaço, a tutela afirma que "até à data não foi encontrada qualquer solução que permita manter o recinto afecto à actividade cinematográfica nem houve a materialização de qualquer evidência ou sinal de investimento efectivo e demonstrado com base no modelo proposto".
A lei estipula que "a demolição de recintos de cinema ou a sua afectação a actividade de natureza diferente depende de autorização do membro do Governo responsável pela área da cultura". Considerada uma das últimas salas em Lisboa a existir fora de centros comerciais, o cinema Londres foi inaugurado a 30 de Janeiro de 1972, com o filme Morrer de amar, de André Cayatte, tendo uma área com mais de mil metros quadrados, que incluiu uma vertente comercial, com restauração.
A agência Lusa tentou obter, há várias semanas, mas sem êxito, esclarecimentos junto da SEC sobre a situação dos antigos cinemas Londres, Quarteto e King, em Lisboa, todos encerrados."
In Público por LUSA, 2014-05-04
04/02/2014
29/01/2014
Câmara está contra loja de produtos chineses no Londres
In Público (29.1.2014)
Por Inês Boaventura
«O vereador Manuel Salgado afirma que uma alteração de uso do espaço seria “uma perda cultural grave” para Lisboa
A Câmara de Lisboa considera que a alteração de uso do antigo Cinema Londres, na Avenida de Roma, seria “uma perda cultural grave” para a cidade e defende que o Governo não deve conceder ao proprietário a autorização necessária para que o espaço se transforme numa loja de produtos chineses.
A legislação em vigor estipula que a afectação de recintos de cinema a actividades de natureza diferente “carece de autorização do membro do Governo responsável pela área da cultura”. O Decreto-Lei n.º 227/06 define ainda que essa autorização deve ser recusada “quando o desaparecimento” da sala “se traduza numa perda cultural grave para a localidade ou região”.
O vereador do Urbanismo e da Reabilitação Urbana adianta ao PÚBLICO que a Câmara de Lisboa considera ser esse o caso do Londres. Manuel Salgado acrescenta que, em coerência com essa posição, é seu entender que o secretário de Estado da Cultura não deverá conceder a referida autorização, sem a qual os serviços municipais não poderão aprovar uma alteração de uso.
Segundo o assessor de imprensa de Jorge Barreto Xavier, até ao momento “não foi submetido qualquer pedido de afectação a actividade diversa e, por conseguinte, não existe uma avaliação prévia das condições de afectação ou de outras envolventes a ser apreciadas, sendo assim prematuro avançar qualquer elemento”.
O vereador frisa que as obras em curso no antigo cinema, com vista à sua transformação numa loja de produtos chineses, são interiores e não implicam a estrutura do imóvel, pelo que estão isentas de licenciamento municipal. Manuel Salgado diz, pois, que a Câmara de Lisboa não tem qualquer possibilidade de embargar os trabalhos, ao abrigo do Regime Jurídico de Urbanização e Edificação, como solicitou o Movimento de Comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Praça de Londres e Avenida de Roma. Ainda assim, o autarca afirma que seria “um absurdo” os proprietários do Londres levarem até ao fim as obras, dado que o espaço está sujeito a uma licença de utilização que apenas permite o seu funcionamento como cinema.
Manuel Salgado diz que ontem alertou o dono do Londres, através de um ofício, para os condicionalismos referidos. Um dos co-proprietários e representante dos outros cinco disse ao PÚBLICO que não tinha recebido qualquer informação da Câmara de Lisboa e acrescentou não ter conhecimento de que fosse necessária uma autorização do Governo para que o local deixasse de funcionar como cinema.
Se assim fosse, defende, “os proprietários teriam de se sujeitar e esperar que aparecesse alguém para o mesmo uso, possivelmente com uma renda ‘simbólica’ e em condições negociais altamente prejudiciais”. O que, alega, constituiria “uma grave e infundada limitação ao direito de propriedade e à livre disposição dos bens”.»
24/01/2014
Enquanto isso a luta continua na Avenida de Roma:
Essa de não saberem que era preciso autorização para mudar de ramo estando em causa um cinema é de truz. Sendo assim, as obras são todas ilegais, certo? Não há sanções para quem demoliu tudo por dentro? Pois.
Fonte: Av. Guerra Junqueiro, Praça de Londres & Av. de Roma
16/01/2014
09/01/2014
Cinema Londres destruído: “uma regressão de civilização”
O histórico Cinema Londres, em Lisboa, vai transformar-se numa loja de produtos chineses
In Público Online (8.1.2014)
Por Inês Boaventura
...
«instalações e os equipamentos estavam em estado de acentuada degradação», como assim???!!! Quando fechou, o cinema estava completamente operacional, desde as salas aos w.c. Isto não tem pés nem cabeça. Aliás, qualquer um dos funcionários do cinema pode comprovar que assim NÂO era.
08/01/2014
CINEMA LONDRES - O SILÊNCIO
«Não tendo existido qualquer publicitação ou conhecimento de que o imóvel onde durante 42 anos funcionou o Cinema Londres estaria para arrendar/vender e tendo-se sabido agora que no local vai surgir uma loja de produtos orientais, o que surpreendeu moradores e comerciantes, o Movimento de Comerciantes da Av. Guerra Junqueiro, Praça de Londres & Av. de Roma decidiu elaborar uma petição “O nosso bairro precisa de um pólo cultural!” que se encontra a recolher as assinaturas necessárias para ser apresentada aos órgãos municipais e a outras entidades públicas, no sentido de junto dos proprietários se encontrar uma solução para o nº 7-A da Avenida de Roma, freguesia do Areeiro, que em paralelo com a existência de comércio torne possível a manutenção de um pólo cultural.
[A petição está a circular em papel. Está hoje e amanhã na Livraria Barata. Depois passa para a Farmácia Algarve (mesmo ao lado do Cinema Londres) e no fim de semana para a Mercearia Criativa e Mexicana. Assine! Vamos encontrar uma solução.]