04/07/2019

Criação de bolsas de estacionamento exclusivo para bicicletas e trotinetas eléctricas junto à CML e serviços públicos


Exmo. Senhor Vereador
Dr. Miguel Gaspar


CC. PCML, AML, JF

No seguimento do avolumar de situações de abandono de bicicletas e trotinetas eléctricas na via pública, um pouco por toda a cidade, e que esse estado de coisas se está a tornar, de facto, insustentável, pelo forte impacte negativo que daí decorre para a nossa cidade em termos de poluição visual mas também porque essas bicicletas e trotinetas (tal como, aliás, os automóveis e as motorizadas estacionadas em cima dos passeios…) se tornam um obstáculo real à mobilidade pedonal de todos, o que se nos afigura contraditório, aliás, com o objectivo primeiro que terá norteado o licenciamento das mesmas (facilitar aos cidadãos um meio de deslocação que promova uma mobilidade suave);

E dadas as notícias vindas a público recentemente dando conta da decisão da Junta de Freguesia da Santa Maria Maior em avançar unilateralmente na remoção das bicicletas e trotinetas eléctricas encontradas nessa situação e de autuar os respectivos responsáveis (?).

Considerando as dificuldades que, objectivamente, se depararão à Câmara Municipal de Lisboa, à Polícia Municipal, à EMEL e às Juntas de Freguesia para que esta situação esteja controlada a lei cumprida, dado que o utilizador-tipo deste meio de locomoção o utiliza do ponto X para o Y, aleatoriamente, e não como se estivesse numa rede de pontos fixos,

E considerando que, salvo raríssimas excepções, os organismos públicos, sejam eles do Governo, autarquias ou administração pública, não possuem qualquer parque para bicicletas e trotinetas eléctricas junto às suas sedes e/ou delegações;

Serve o presente para propormos à Câmara Municipal de Lisboa (CML):

- A criação de zonas de estacionamento exclusivas a bicicletas e trotinetas eléctricas junto a todas as dependências da CML, e estender essa prática a todas as sedes e dependências das Juntas de Freguesia, da Administração Pública e grandes superfícies comerciais, por via, por exemplo, do estabelecimento de protocolos;
- Devendo essas zonas seguir, preferencialmente, o modelo de “ancoradouros” já utilizado pelas bicicletas da EMEL, e ser custeadas pelas operadoras, que deverão pagar igualmente taxas pela utilização do espaço público.
- A definição de quotas máximas de bicicletas e trotinetas eléctricas.

Cremos que a criação destas zonas de estacionamento exclusivas a bicicletas e trotinetas eléctricas, irá minorar os efeitos negativos acima mencionados e fará da prática da CML um exemplo a seguir pelas demais autarquias.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Bruno Palma, Luís Rêgo, Ana Celeste Glória, António Araújo, Irina Gomes, Virgílio Marques, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Martins, Pedro Jordão, Filipe Teixeira, Jorge D. Lopes, Henrique Chaves, Jorge Santos Silva, Fátima Castanheira, Rui Pedro Barbosa, Pedro Machado, Maria do Rosário Reiche

Lisboa, 4 de Julho de 2019

​Foto: Revista Sábado​

...

Resposta da CML (27.07.2019)

«Exmos. Senhores,
Fórum CidadaniaLx


Na sequência do V. e-mail de 5 de julho, remetido pelo gabinete do Sr. Vereador Miguel Gaspar, que mereceu a nossa melhor atenção, cumpre-nos informar que a criação de zonas de estacionamento exclusivo a bicicletas e trotinetas junto às instalações da Câmara Municipal de Lisboa já é uma prática em curso, que tem vindo a ser reforçada nos últimos meses e alargada a outros espaços para além dos sugeridos.

Informamos que a utilização de ancoradouros foi ponderada por esta Autarquia, no entanto foi afastada por não constituir uma solução viável e compatível com todos os operadores, além de que estes espaços devem também contemplar a possibilidade de parqueamento de trotinetes e bicicletas privadas.

Relativamente à definição de quotas máximas de bicicletas e trotinetes, informamos que não se insere nas competências da Câmara Municipal de Lisboa dado que o processo de licenciamento destes modos de transporte não é promovido junto desta Autarquia.

Com os melhores cumprimentos,

Câmara Municipal de Lisboa
Direção Municipal de Mobilidade
Divisão de Informação e Promoção da Mobilidade»

03/07/2019

Boa notícia: a antiga Ourivesaria Aliança (hoje Tous-Aliança) está a dias de ser Monumento de Interesse Público!


Boa notícia: a antiga Ourivesaria Aliança (hoje Tous-Aliança) está a dias de ser Monumento de Interesse Público, corrigindo-se assim uma lacuna grave de há coisa de 15 anos quando o então IPPAR/Igespar se recusou a classificá-la individualmente.

«Anúncio n.º 124/2019 - Diário da República n.º 125/2019, Série II de 2019-07-03 122881234
Cultura - Direção-Geral do Património Cultural
Projeto de decisão relativo à classificação como monumento de interesse público (MIP) da Antiga Ourivesaria Aliança, incluindo o património móvel integrado, em Lisboa, freguesia de Santa Maria Maior, concelho de Lisboa, distrito de Lisboa
https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/122881234/details/3/maximized?serie=II&parte_filter=31&dreId=122881189»

Fotos © Artur Lourenço, para Círculo das Lojas de Carácter e Tradição de Lisboa.

28/06/2019

Obras na Rua do Mirante, 12 - Pedido de esclarecimentos à CML


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


CC. PCML, AML, JF

Somos a solicitar esclarecimento de V. Exa. quanto à oportunidade e legalidade do novo revestimento da parte inferior da fachada em obras no edifício sito na Rua do Mirante, número 12, de que anexamos fotos.

Juntamos foto do edifício antes das obras.

Melhores cumprimentos

Lisboa, 28 de Junho de 2019

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Henrique Chaves, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Luís Mascarenhas Gaivão, Beatriz Empis, António Araújo, Virgílio Marques, Helena Espvall, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Sofia de Vasconcelos Casimiro

...

Resposta da CML (18.7.2019):

«Ex.mos Sr.s

Em resposta ao Vosso email de 28/12/2019, venho esclarecer que, para o imóvel em causa, foi emitido alvará para a Ocupação de Via Pública, exclusivamente para obras de conservação isentas de controle prévio.

Pelas imagens juntas ao Vosso email, verifica-se que estarão a ser feitas obras que extravasam o âmbito da mera conservação, nomeadamente a alteração da cor da fachada e o revestimento da parte inferior da fachada com granito.

Estas obras estão sujeitas a controle prévio, pelo que não se encontram autorizadas.

Remeti hoje email à Policia Municipal, que acompanha as obras de conservação, informando-os destas irregularidades e solicitando a sua atuação urgente.

Com os melhores cumprimentos

Rui Martins
Arquiteto | Chefe Divisão
Câmara Municipal de Lisboa»

Brugges, turismo a abarrotar... daqui por 20 anos chegará a nossa vez, ou talvez 50 ...


In CNN Tourism (13.6.2019), por Lilit Marcus

«Popular medieval Belgian town Bruges makes moves to restrict tourism»

27/06/2019

Protesto pelas obras de demolição em prédio de Pardal Monteiro (Rua António Enes)


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado

C.C. PCML, AML, JF, DGPC e media


Constatamos com tristeza que os nossos sucessivos apelos à Câmara Municipal de Lisboa (vide ponto 1 https://cidadanialx.blogspot.com/2015/03/alerta-sobre-edificios-de-pardal.html?fbclid=IwAR0jjSUxF0cp5MeCh-GGXyPVX__-ttU7dgA4EyoU4hYZBb-WjnPX_blv6yE), no sentido de V. Exas. indeferirem todo e qualquer projecto que não passasse pela recuperação do imóvel sito na Rua António Enes, nº 13, foram ignorados.

É, pois, com indignação, que nos apercebemos que a obra de demolição dos magníficos interiores (fotos 3 e sgs.) do edifício modernista, projectado por Porfírio Pardal Monteiro em 1936, e sua ampliação desmedida (foto2, in Prologica) já começaram (*), sendo agora um facto consumado.

​Lembramos a V. Exa. que estamos perante um dos melhores prédios modernistas dos anos 30 em Lisboa, desenhado por um dos mais importantes arquitectos desse período, e um dos primeiros prédios de habitação colectiva com cobertura em terraço - uma novidade tecnológica na Lisboa do início dos anos 30 do século XX.

​Independentemente das eventuais inobservâncias do estipulado em Regulamento do Plano Director Municipal, uma vez que estando o edifício classificado na Carta Municipal do Património (lote 50.79) e não estando em perigo de ruína, a sua demolição (total ou parcial) torna-se injustificável; é confrangedor assistirmos a mais este episódio de desmantelamento progressivo do património arquitectónico da cidade, acentuado durante os últimos 10 anos e de que as “Avenidas Novas” têm sido o pior exemplo, mas a que julgávamos a cidade imune no que tocava ao seu património modernista, iludimo-nos.

Estávamos longe de imaginar que os maus exemplos de outros executivos, na maior parte das vezes casos esporádicos, de licenciamentos de alterações/ampliações/demolições profundamente anti-regulamentares e de gosto boçal (ex. o prédio de Ventura Terra no gaveto da Av. Elias Garcia com a Av. República, o prédio de Ventura Terra no gaveto da R. Braamcamp com a Rua Duque de Palmela, o prédio de Norte Júnior no gaveto da Av. Luís Bívar com a Av. Duque d’Ávila, o prédio de Norte Júnior no gaveto da Rua Castilho com a Rua Braamcamp, para não recuarmos mais no tempo), fossem agora prática comum, aparentemente programada, da política urbanística da CML, daí resultando a “periferização” crescente da cidade, que se revela mais assustadora a nível do outrora vasto património edificado entre séculos XIX e XX, mas que agora também se manifesta nos períodos déco e modernista.

Confrangedor é também o facto de, paradoxalmente, essa “periferização” que recai no edificado heterogéneo e inter-classista de outrora, e que a nosso ver é sistemática e sem oposição intra ou hexa-CML, ocorrer no exacto momento em que a cidade se encontra em processo de “gentrificação” e apostada em campanhas turísticas de qualidade acima da média.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, ​Fernando Jorge, ​Júlio Amorim, Eurico de Barros, Pedro Ribeiro, Maria do Rosário Reiche, Luís Mascarenhas Gaivão, Cristiana Rodrigues, Rui Pedro Barbosa, Luís Serpa, Pedro Jordão, Paulo Lopes, Henrique Chaves, Helena Espvall, José Filipe Soares, Virgílio Marques, Filipe Teixeira, Pedro Machado, Sofia Vasconcelos Casimiro, Jorge Pinto, Nuno Caiado, Fátima Castanheira, José Maria Amador, Beatriz Empis

(*) M Manuela Bravo Serra‎ in Vizinhos das Avenidas Novas, in Facebook

Na Rua António Enes, nº 13 , prédio de gaveto da autoria do Arq. Porfírio Pardal Monteiro datado de 1934 e com as fachadas decoradas com baixo relevos do escultor Leopoldo de Almeida.

Vai ser totalmente destruído, segundo me disse um dos operários que já o estão a desmantelar !!

A Junta tem conhecimento ???

26/06/2019

Alerta Estação Sul e Sueste



Foto dos pilares revestidos com belas pedras de mármore que foram totalmente destruídas e arrasadas e que hoje se encontra em tijolo aparente.

Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exma. Senhora Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva


C.c. AML e media

No seguimento de informações que nos dão conta do desaparecimento das placas de mármore (em cores e texturas contrastantes) da Estação Sul e Sueste, durante as obras que neste momento decorrem no local, e também da retirada futura do relógio da fachada daquele Monumento de Interesse Público (MIP), solicitamos à CML e à DGPC a melhor atenção sobre este assunto, de modo a que estas obras, há tanto esperadas e que todos queremos que sejam exemplares a todos os níveis, não se traduzam na destruição de elementos-chave daquele edifício histórico.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, Rui Pedro Barbosa, Alexandra de Carvalho Antunes, Pedro Jordão, Ana Alves de Sousa, Henrique Chaves, Jorge Pinto, João Oliveira Leonardo, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Maria Maia, Beatriz Empis, Pedro Machado, Fernando Jorge, Fernando Silva Grade, Luís Mascarenhas Gaivão, Pedro Janarra, Rita Ferrão, Fátima Castanheira, António Araújo

Foto: Diogo Baptista

ALERTA SUL E SUESTE (alô DGPC???)


Chegado por e-mail:

«A Estação Sul e Sueste é monumento de interesse público.

As obras na estação Sul e Sueste estão a ser acompanhadas com a devida atenção??

Os belos revestimentos interiores em pedra foram todos destruídos,grandes placas de mármore em cores e texturas contrastantes foi tudo para o lixo

Diogo Baptista»

25/06/2019

Antigos estúdios da RTP Lumiar - Vergonha


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


C.C. PCML, AML, Media

Serve o presente para reclamar junto de V. Exa. e da Câmara Municipal de Lisboa que intimem o actual proprietário dos antigos estúdios da RTP no Lumiar, no sentido de o mesmo ser objecto de reabilitação quanto antes, dada a situação calamitosa e perigosa em que todo aquele edificado se encontra.

De facto, é inaceitável que esta situação se prolongue por muito mais tempo. A degradação tem sido crescente desde que o terreno, abandonado pela RTP em 2007, foi vendido em 2011 (https://www.publico.pt/2011/08/17/economia/noticia/venda-das-instalacoes-no-lumiar-permite-subida-de-lucros-a-rtp-1508030).

É uma vergonha para a cidade o que se passa naquele local e constitui um perigo para os moradores dos prédios vizinhos, designadamente os do Parque Europa, da Quinta do Lambert e da Quinta das Pedreiras.

O “antes e o depois” pode ser dolorosamente comparado, com um intervalo de uma década, em https://www.youtube.com/watch?v=hpn1vRQfY0U e em https://www.rtp.pt/play/p3436/e285446/quando-a-tropa-mandou-na-rtp.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Virgílio Marques, Rui Martins, Júlio Amorim, Luís Mascarenhas Gaivão, Fernando Silva Grade, Eurico de Barros, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche

Foto de Pedro Pinto

17/06/2019

Finalmente, mais vale tarde que nunca ...


Esta dá vontade de rir, porque já foram abatidas umas quantas e tudo irá abaixo, mesmo que seja de forma paulatina... mas antes assim que assado :-)

«Abertura do procedimento de classificação do «Túnel das Árvores», Freguesia de São Salvador da Aramenha, concelho de Marvão, distrito de Portalegre»
https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/122568688/details/maximized?serie=II&parte_filter=31&dreId=122568681

Estão por lá tb o Ventura? O Norte Jr? O Silva Jr? O Couto de Abreu? O Adães? O Tertuliano? O Korrodi? O Lino? O Monteiro? O Bigaglia? ... ah, bom, que belo mapa então!


Maria Melo abre o Mapa de Arquitetura de Lisboa (Filipe Amorim / Global Imagens)
«Lisboa já tem um mapa de arquitetura para contar a história da cidade», in Diário de Notícias.

14/06/2019

Todos somos responsáveis pelas árvores de Lisboa


Foi com agrado que, nos últimos anos, assistimos em Lisboa à plantação de um grande número de árvores, contribuindo para uma capital mais verde no futuro.

De facto, no âmbito de acções como "Uma Praça em cada Bairro", em boa hora desenvolvida pela Câmara Municipal de Lisboa, conjuntamente com outras acções de florestação, foi possível plantar milhares de árvores de alinhamento, em jardins, parques e em espaços expectantes que deram à nossa cidade uma tonalidade mais verde e um ambiente mais saudável.

Um tão grande número de árvores juvenis recentemente plantadas, conjuntamente com um tempo atmosférico excepcionalmente quente, exigia um trabalho de rega adequado, por parte da CML e autarquias, o que nem sempre aconteceu.

Todos sabemos que mesmo em condições climáticas óptimas, a taxa de sobrevivência das novas plantas nunca é de 100 %, mas sabemos também que a presença de água é fundamental para a sua sobrevivência nos primeiros tempos da sua existência.

Verificamos, assim, que por carência hídrica muitas árvores morreram.

Todos e cada um de nós somos também responsáveis pela manutenção das árvores que a CML plantou. Assim, apelamos a todos os lisboetas que dentro das suas possibilidades reguem a árvore que está ao pé de sua casa, envolvendo nesta acção os vossos filhos e netos.

Estamos certes que com a acção concertada de todos será possível salvar da morte algumas árvores permitindo que elas possam atravessar o período de calor que se avizinha. Estamos certos de que elas saberão retribui mais tarde a acção que agora fizermos.


João Pinto Soares

Lisboa capital europeia da demolição, soma e segue:


A porcaria já está em construção. Ha muito que o senhor vereador já tinha despachado em conformidade o belo edifício de gaveto da Filipe Folque com a Tomás Ribeiro. Vem aí mais arquitectura de cólidade. E mais um hotel de classe superlativa (Turim), claro. A arquitectura de transição nesta cidade está em vias de desaparecimento total, porque é terreno predilecto para engenheiros de estruturas e arquitectos de pladur e cabeçudos. A indiferença da generalidade das pessoas perante a sua destruição compulsiva é uma degeneração tipicamente lusa e não há nada a fazer :-(
Next...

1º foto de Elsa Severino. Última foto in Publituris

05/06/2019

E depois do adeus ... à Lapa, a Campo de Ourique, às Avenidas Novas, o adeus à Graça


Que lindo mono (já em construção) na Rua da Bela Vista à Graça. As vistas valem ouro, a CML olha para os cifrões. Os arquitectos (?) não param de se copiar uns aos outros. E os vizinhos, andam a dormir?

03/06/2019

Intervenção de fachada, praça Luís de Camões 37

Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


Cc. GPML, AML, DGPC e JF

No seguimento do alerta infra, solicitamos que nos esclareça quanto ao licenciamento desta obra.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Miguel de Sepúlveda Velloso

...

«Estimado Srs.

Venho por este meio participar uma situação que acho pertinente com os temas e preocupações que se debatem no vosso fórum, o qual acompanho com alguma assiduidade e apreço.

Durante o dia de hoje deparei-me com a conclusão de trabalhos de uma obra na praça Luis de Camões onde foi substituída toda a cantaria do rés do chão (esta frente de loja antigamente era revestida com mármore preto), provavelmente na tentativa de recuperar a métrica de vãos original.

Agora o resultado parece-me algo desastroso. O tipo de pedra e o seu acabamento em nada condiz com a restante cantaria existente do prédio.

Deixa-me bastante perplexo como o resultado desta obra possa ter tido o aval da câmara e o espaço público de um sítio da cidade tão importante tratado desta forma leviana.

Espero que esta participação, por essa via, possa ajudar em chamar a atenção de quem de dever, para fazer as devidas avaliações acerca do enquadramento legal e qualitativo desta obra.

Cordialmente

Nicola Tuan»

Obras ilegais na rua academia de ciências?

Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


Cc. GPML, AML, DGPC e JF

No seguimento do alerta infra, solicitamos que nos esclareça quanto ao licenciamento desta obra.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Miguel de Sepúlveda Velloso

...

De: efeito principal
Date: sábado, 1/06/2019 à(s) 15:44
Subject: obras ilegais na rua academia de ciências ?
To:
Caros senhores,

envio imagens do que parece ser uma intervenção estranha e ilegal na rua academia de ciências, já que não há nenhum cartaz de licença à mostra numa casa que até esteve à venda até há muito pouco tempo.

Agora esventraram-na totalmente por dentro e aumentaram a cércea para - parece - poderem fazer um mezanino ?

O que se estranha são estas rápidas alterações de fachada e interiores sem qualquer - aparente - permissão, numa zona histórica, mesmo ao lado da Academia das Ciências e do Convento de Jesus.

Como não tenho prática destes assuntos espero que não levem a mal esta mensagem, na esperança que saibam melhor como proceder nestes casos de aparente mal trato do património urbanístico e histórico da cidade.

Cumprimentos,

ricardo

24/05/2019

Mas Lisboa continua a ser uma belíssima cidade

Adicionar legenda



Pórtico do Carmo depois do excelente restauro, jacarandás no Largo do Carmo, fachada de São Vicente.

Uma cidade como esta merece todas as lutas e todos os esforços.

Parece que a Sra. Directora do Património acha que na Lapa não há nada para classificar.

E a julgar por esta "prenda", diríamos todos o mesmo. Casa dourada na Rua dos Remédios à Lapa.

Mas é para salvar o muito que ainda, felizmente, resta que vários membros deste Fórum propuseram a classificação do bairro da Lapa para evitar que ele continue ao Déus-dará das boas-vontades dos promotores ou do bom-gosto dos arquitectos, classe que tem vindo a impor à cidade soluções que grande parte dos lisboetas não gostam nem querem.

- Martim Moniz, Museu Judaico, casa Aires Mateus na Lapa, torre de 60 metros no quarteirão da Portugália, casa Souto Moura na Praça das Flores e quase todas as recentes intervenções na Lapa, são alguns dos exemplos emblemáticos deste estado de coisas: em que uma classe trata todas as outras como irremediavelmente incultas, próximo do atavismo primário dos que abominam as mudanças, pacóvios sem remédio

Ao que consta, para os lados da Ajuda a ordem é: contra estes bota-de-elástico que ousam afrontar-nos, marchar, marchar.

"Reabilitar" Lisboa - devolve-se à cidade o que antes se destrói

Entrada do prédio Entre-Séculos do Largo do S. Carlos.

O que interessam os mosaicos hidráulicos originais que pavimentavam o átrio? O que importa a belíssima moldura de madeira trabalhada? Para quê salvar os vitrais que tornavam o emolduramento da entrada mais bonito?

A resposta está patente: nada. O que interessa é atirar todos os escombros da imensa demolição de interiores pelo saguão das escadas.

Não restou nada de estuques, azulejos novecentistas que pudessem ter existido nas cozinhas, mosaicos, madeiras.  O que interessa é revendê-lo rapidamente, usando a linguagem asséptica das imobilliárias "Edifício em zona prime, totalmente remodelado, respeitando a traça original." 

Da velha clarabóia já pouco resta. Irá na voragem da reabilitação à la Salgado que, não há dúvida, tem conseguido ludibriar até os mais atentos a estas coisas do património.

Haveria que desmontar a tese de Salgado e dos seus correligionários que afirmam que reabilitar não é restaurar, mas sim devolver à cidade  o que estava abandonado. E, assim, deitando mão de todos os expedientes, dá-se luz verde a verdadeiros atentados patrimoniais onde todos os interiores são varridos do mapa, as cérceas alteadas, as trapeiras substituídas por caixas de zinco.

Para isso, basta chamar um dos vários ateliers de arquitectura disponíveis, autênticas brigadas de esterilização , que da diversidade pré-existente, fazem um papel químico da sua última experiência: tectos rebaixados, branco mais branco não há, pvcs em todas as janelas e os famigerados "acabamentos de luxo".

Devolver o património à cidade, sim, mas não a qualquer preço.

Assim morre uma das mais belas e antigas vivendas modernistas do Areeiro (Rua Xavier Cordeiro)