07/08/2008

Moradores do prédio que ardeu na Av. da Liberdade ameaçam processar Câmara Municipal de Lisboa

In Público (7/8/2008)

«Os moradores desalojados do número 21 da Avenida da Liberdade continuam, um mês depois do incêndio que afectou a cobertura do edifício, a reclamar a entrada no imóvel e ameaçam agir judicialmente contra a Câmara de Lisboa e o proprietário do imóvel.
Na noite de 6 de Julho, o fogo destruiu quase totalmente o número 23 da avenida, que se encontrava devoluto, e do qual ficou apenas a fachada. As chamas afectaram a cobertura do número 21 (propriedade da Junta de Freguesia de Galveias, concelho de Portalegre), cujos residentes - cinco famílias - tiveram de ser realojados temporariamente por razões de segurança. Ontem, os moradores concentraram-se junto ao edifício para reclamar que lhes seja possibilitada a entrada nos seus apartamentos, mas foram impedidos pela Polícia Municipal. António Ramalho, porta-voz das famílias, disse à agência Lusa que os moradores, que estão alojados em hotéis da zona, pretendem entrar no edifício para ir buscar alguns pertences. E adiantou que os habitantes vão agir judicialmente contra a autarquia de Lisboa, a Junta de Freguesia de Galveias e a proprietária do prédio devoluto onde deflagrou o incêndio. Motivo? No caso da autarquia, o habitante fala em incúria, por não ter impedido a degradação do imóvel que ardeu. No caso da junta, por violação dos seus deveres de conservação do prédio de que é senhoria. Quanto à dona do prédio devoluto, pode ser processada pelos danos que causaram as chamas no 21. António Ramalho disse que, embora os inquilinos não possuam seguros individuais contra incêndio, uma vez que "nenhuma seguradora faz seguros a apartamentos em prédios com esta idade", o número 21 está segurado. O presidente da Junta de Galveias disse em Julho que a autarquia vai avançar com as obras no imóvel, a concluir no início de 2009. Outro edifício devoluto, mas em Benfica, foi ontem à hora de jantar alvo também de um incêndio. Foi na Rua da Venezuela, junto ao Círculo de Leitores, mas os edifícios mais próximos não chegaram a estar ameaçados. As chamas começaram no rés-do-chão e propagaram-se rapidamente à cobertura.
5 famílias continuam realojadas provisoriamente devido a danos nas suas habitações pelo fogo vizinho»

Deviam era processar, já. CML, proprietário e polícia por não ter ido lá quando fizeram a denúncia de que a porta estava aberta.

1 comentário:

Filipe Melo Sousa disse...

Num país com lei, esses moradores seriam processados e obrigados a pagar as rendas, com retroactivos, e a preço de mercado. É incrível como depois de anos e anos de borlas ainda se acham no direito de extorquir algo mais.