12/04/2009

PÁSCOA no JARDIM DO CAMPO GRANDE





Domingo de Páscoa no Campo Grande. Um parque praticamente deserto de pessoas. Sinais de maldade por todo o lado. Só as árvores se mostram opitimistas. Vandalizado. Degradado. Abandonado. Sem investimento público. Sem ideias. Sem vida. O retrato, fiel e perfeito de Lisboa no início do séc. XXI?

6 comentários:

Anónimo disse...

ah, os jardins de lisboa... aqui na praça paiva couceiro também dizem que há um jardim... é estranho, só vejo uma lixeira à volta de uma àrvore de interesse público. :-(

HOMOSAPIENS disse...

Na terceira e quarta foto so falta uma coisa, um bom coco bem grande, acho que vou ir la tratar do assunto :-)).

Julio Amorim disse...

Mas parte deste Jardim não estava arranjado durante a presidência de Mário Soares...?

José Amador disse...

Mais um exemplo que o Zé não faz falta. Anda mais preocupado com os cartazes da Drª Ferreira Leite, alegando que foi, tal como o dele, há anos, colocado numa zona protegida. Assim sendo, e considerando que a maioria das zonas históricas da cidade estão protegidas, não haveria cartazes publicitários. Por mim, achava a ideia excelente.

Anónimo disse...

a Praça Marquês de Pombal está uma VEERGONHA!!! é só cartazes a atropelarem-se uns aos outros, encostados ás árvores, espetados no relvado à bruta! um cenário terceiro-mundista!

Anónimo disse...

Que embirrem com o Sá Fernandes, tudo bem - mesmo que antes o considerassem um anjo. Também não se pode dizer que surpreenda por aí além, já que é habitual o português limitar o seu sentido crítico (que é um elemento positivo) à embirração pessoal.
De facto, por vezes apetece dizer que o melhor é ser simplesmente crítico e nunca aceitar responsabilidades (que normalmente implicam compromissos, especialmente em democracia) e deixar a arena política entregue aos interesseiros e malabaristas profissionais que não se importam com a chicota pública.
Mas enfim, o que me traz aqui não é a defesa da honra de quem quer que seja. Gostaria apenas de perguntar se, de vez em quando, não seria também interessante tentar discutir os assuntos concretos, de forma igualmente apaixonada, mas "descolando" (temporariamente) das figuras que dão a cara pela proposta A ou B?
Será assim tão difícil dar algum mérito a certas medidas de um Santana Lopes (como o fecho de certos bairros históricos ao trânsito), apesar de não se simpatizar com a personagem? E será assim tão complicado admitir que o cenário de anarquia no que diz respeito à colocação de cartazes eleitorais é inadmissível num país civilizado - isto apesar de a pessoa que veio trazer o assunto à baila ter telhados de vidro?
Será que poderemos algum dia discutir os assuntos como cidadãos adultos e não como simples adolescentes membros de "claques" (mais ou menos organizadas)?
Não se trata de censurar embirrações pessoais. É só uma questão de deixar algum espaço (dentro de cada um) para a análise mais objectiva, liberta de porta-estandartes, de heróis e anti-heróis.
Isto não impede que se passe do concreto ao geral e se faça uma apreciação do conjunto da "obra" de cada um. Mas parece-me que a forma como se discutem a maior parte destes assuntos acaba por ser pouco construtiva e, em vez de aprofundar as questões, acaba por ficar ao nível da conversa com estranhos no autocarro. É pena que assim seja e creio que é um claro sintoma de menoridade e subdesenvolvimento democrático.
Mas cada um sabe de si e isto é apenas um desabafo de uma pessoa apaixonada por estas questões de urbanismo que por vezes tem a impressão que as nossas embirrações pessoais afectam o nosso discernimento e impossibilitam certos avanços em áreas que mereceriam quase um consenso.
Quero no fundo dizer que esta questão dos cartazes vai provavelmente morrer e iremos continuar a levar com cartazes colocados de forma caótica nos mais nobres das nossas cidades, tudo isto porque a pessoa que evocou a questão (e que tem projecção pública para colocar o assunto na agenda) não é virgem neste campo. E pronto, mais um contributo para o cinismo e a má língua reinantes.