07/08/2012

EMEL mais do que duplica bloqueios e reboques.



EMEL mais do que duplica bloqueios e reboques
A EMEL conseguiu eliminar no ano passado todo o 'stock' de multas em atraso e mais que duplicou o reboque e bloqueio de veículos e as contra-ordenações aos automobilistas, revelou o presidente da empresa de estacionamento de Lisboa.
Em relação a 2010, o reboque e bloqueio de veículos aumentou 133,8 por cento e as multas 120,6 por cento, segundo o relatório e contas de 2011 da Empresa Pública Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), que tem como único accionista a Câmara Municipal de Lisboa.

«Reorganizámos os serviços para conseguir esses aumentos. Temos de ser eficientes nas multas, pois disso depende o funcionamento do sistema», afirmou à Lusa o presidente da EMEL, António Júlio de Almeida.

Serviços como envio de correspondência passaram para empresas externas e a EMEL concentrou esforços na fiscalização e ainda na expansão da oferta de estacionamento (mais 569 lugares), conseguindo fechar o ano de 2011 com mais cinco por cento de proveitos operacionais, da ordem dos 24,3 milhões de euros.

«Durante o ano de 2011, a actividade de gestão de contra-ordenações teve como um dos principais objectivos a recuperação do atraso dos processos de denúncia, que só foi possível devido à modernização e automatização de grande parte dos procedimentos, da introdução da assinatura electrónica de documentos e da redução do suporte físico de dados relativamente às contra-ordenações», lê-se no relatório.

Foi essa reorganização e modernização que, segundo o presidente, permitiu «acompanhar o aumento» da produtividade da actividade de fiscalização e resolver os processos em atraso, com apoio externo.

Mas o fim do 'stock' de multas teve um duplo efeito nas contas da empresa, aumentando, por um lado as receitas, mas agravando, por outro, os custos de fornecimento e serviços externos.

«Dantes a EMEL não dava lucro, mas este ano registámos os melhores lucros semestrais de sempre», que atingiram 1,5 milhões de euros até Junho e deverão chegar aos dois milhões no final do ano, segundo António Júlio de Almeida.

Mas este responsável ressalva que o dinheiro das multas pesa menos que cinco por cento nas receitas totais, uma vez que a EMEL fica apenas com 55 por cento das receitas das contra-ordenações, destinando os restantes 35 por cento ao Tesouro e Finanças e 10 por cento à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a entidade que executa as multas por pagar.

Em 2011 - ano de alteração do sistema tarifário da EMEL, que criou as zonas de estacionamento amarela, vermelha e verde, e agravou preços no centro da cidade de Lisboa - os proveitos dos parquímetros aumentaram 8,8 por cento para 15,1 milhões de euros e os dos parques de estacionamento cerca de três por cento para 2,9 milhões de euros.

As receitas das contra-ordenações foram de 2,4 milhões de euros (mais 120,6 por cento que 2010) e as dos bloqueios e reboques a cerca de 2,3 milhões de euros (mais 133,8 por cento).

O ano fechou com um resultado (operacional) antes de impostos e gastos de financiamento de 1,4 milhões de euros, quando tinha sido de 944 mil euros em 2010, e com um resultado líquido de 929 mil euros (536 mil euros em 2010).

Lusa/SOL

4 comentários:

Wooster disse...

Maravilha!
O estacionamento TEM de ser disciplinado e as coimas são o melhor remédio.
Mais, por favor !

Carlos Medina Ribeiro disse...

A EMEL deve ter-se assustado com a previsível extinção das empresas públicas ineficientes - e com toda a razão, pelo que se tem constatado ao longo de anos e anos de incompetência crassa.
Mas repare-se que, para cobrar as multas, teve de recorrer a serviços exteriores à empresa!

E repare-se ainda nas "ilhas de impunidade" que continuam a existir um pouco por toda a cidade.
A quem possa interessar, aqui ficam, mais uma vez, algumas das que se mantêm:

R. Frei Amador Arrais, entre os nºs 1 e 7.
Esquina do n.º 43 da Av. de Roma.
Entrecampos, junto ao Modelo (em 2ª e 3ª fila!) e em cima do passeio (em frente aos nºs 2 e 4).
R. Infante D. Pedro, esquina com a Av. de Roma.
Av. Óscar Monteiro Torres, em frente ao n.º 66 e junto à praça de táxis.
Av. da República, entre a R. José Carlos Santos e Entrecampos.
Praça do Chile (junto ao Chimarrão).
Largo d Areeiro (junto ao antigo A.I.)
R. Violante do Céu
...
e ainda todas as paragens da Carris das 'avenidas novas', etc. etc.

Xico205 disse...

As paragens da carris e os paseios não são concessão da emel logo não podem multar fora do território deles. Já sei onde é que páro o carro quando fôr para esses lados, obrigado.

Anónimo disse...

nao deixa de ser triste verificar que continuam a preferir multar e bloquear quem estaciona e nao paga (ou deixa passar o tempo) do que quem estaciona em passeios , passadeiras e faixas bus.

por isso é facil ver ruas com lugares livres e passeios ocupados, ja que esses ninguem multa