07/08/2012

Trabalhadores da higiene urbana de Lisboa podem suspender greve se autarquia aceitar reivindicações.



Trabalhadores da higiene urbana de Lisboa podem suspender greve se autarquia aceitar reivindicações
Por Agência Lusa, publicado em 6 Ago 2012 - 18:41 in (jornal) i online
Os trabalhadores da higiene urbana da Câmara de Lisboa mantêm a greve marcada para as últimas semanas de agosto, mas mostram disponibilidade para a suspender caso cheguem a acordo com a autarquia na próxima quarta-feira.

"Mantemos a greve até que vejamos resolvida esta situação. Mas, desde que as reivindicações que os trabalhadores têm em cima da mesa sejam resolvidas, algumas delas, vemos como solução a retirada do pré-aviso de greve", disse José de Jesus, dirigente do Sindicato de Trabalhadores da Administração Local (STAL), no final de uma reunião com o vice-presidente da câmara, Manuel Salgado.
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Os trabalhadores da higiene urbana emitiram um aviso prévio de greve de dia 13 a 31 de agosto às duas últimas horas de cada turno e a todo o trabalho extraordinário.

A reunião aconteceu depois de cerca de 30 trabalhadores do departamento da higiene urbana se terem concentrado num plenário em frente ao edifício central do município, em Lisboa, para apelar à suspensão de 81 processos disciplinares instaurados aos trabalhadores depois de uma "paragem solidária na noite de 14 para 15 de julho".

Há um mês, como hoje, as reivindicações passam pela atribuição de ajudas de custo pela deslocação à ValorSul (em Loures) para a deposição de resíduos, no valor médio de cerca de cinco euros diários, e o "pagamento de 25% sobre o trabalho extraordinário em feriados e nas noites de sábado para domingo", explicou José de Jesus.

"Nós fomos contratados para trabalhar no município de Lisboa e temos todas as noites uma deslocação que vai para lá dos cinco quilómetros para vazar todos os dias o lixo à ValorSul. Temos o direito a essas ajudas de custo, está na lei e vamos querer vê-las resolvidas", disse o sindicalista.

José de Jesus ressalvou que "cada vez mais os trabalhadores veem os seus salários reduzidos", considerando que se a câmara "esbanja dinheiro em tudo o que é sítio, também tem quatro ou cinco euros para dar aos trabalhadores da higiene urbana".

Quanto aos processos disciplinares instaurados, José de Jesus disse que o vice-presidente da câmara informou que as "audições aos trabalhadores estão para já paradas, o que não significa que os processos estejam anulados".

Para os trabalhadores, quarta-feira, data em que o STAL se reúne novamente com Manuel Salgado, "é o dia decisivo" para tentar resolver a questão, depois de o vice-presidente ter mostrado "disponibilidade para negociar".

Segundo o STAL, a reunião está marcada para quarta-feira, pelas 15:00, no edifício central do município, no Campo Grande.

2 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Estas são das greves mais tontas que por aí há.
O motivo é simples:
Para que uma greve destas tenha algum efeito, é necessário que se note a diferença entre "recolher o lixo convenientemente" e não o fazer.
Tenho aqui inúmeras fotos semelhantes à deste 'post'... tiradas em dias de "não greve".

Bic Laranja disse...

Funcionários (quais trabalhadores?) da hygiene urbana, já agora, que com y sempre é mais chic.
O que precisávamos era de almeidas e duma vereação séria, não de cavalgaduras empenhadas em intendentes.
Cumpts.