É um dos largos mais bonitos de Lisboa, mesmo conforme está. Tem uma planta praticamente quadrada, centrada por fartos e velhos plátanos (que um dia alguém ainda há-de diagnosticar como "fotossanitariamente doentes" e, por isso, os há-de candidatar a abate...), acabrunhados por podas mal executadas e por carros estacionados sem rei nem roque, e bordejados por um edificado de fogos abandonados, uns, outros habitados pelo gato e pela velhota esquecida. E múltiplos projectos de reabilitação e alterações a fervilhar algures... A igreja que lhe dá nome já foi mais concorrida do que agora, que anda em obra há séculos (talvez compita com as de Santa Engrácia, não sei...). Dantes havia o restaurante do Michel, que deu certo protagonismo burguês ao largo, mas também já fechou há muito tempo, e o seu antigo espaço lá continua abandonado tal qual o resto. Mas aquele largo tem um não sei quê que não deixa ninguém indiferente. Cachet, diriam os franceses. Já sei o que é, aquele largo parece França mas não é.
PF
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