08/05/2009

Terminal de contentores / Nota de imprensa


Caro(a) Amigo(a)


Congratulamo-nos com a aparente vontade de quem de direito em recuar, mas confessamos a nossa estupefacção pela manchete: "Acabou a guerra dos contentores. Lisboa vai ter um jardim". Isto porque uma coisa é o Projecto Nova Alcântara e outra é o Projecto de Ampliação do Terminal de Contentores de Alcântara, embora este esteja compreendido naquele.

Ora em nenhum momento as notícias fazem referência clara ao que de facto mudou ou vai mudar no tal projecto, que são dois em um; ou quando foi, ou será, isso decidido, e por quem. Apenas se faz menção ao tal "jardim", que aliás já se tornou um expediente de circunstância sempre que se quer ser "amigo" das populações.

O Nova Alcântara, recordamos, contém uma série de incongruências básicas e algumas omissões sérias (a quase impossibilidade, técnica e financeira, do desvio da linha de Cascais, a questão do leito de cheias, a impossibilidade de facto em se levar por diante o tal projecto das bacias de retenção uma vez que já se construiu no local!, etc., etc.) e continua a parecer-nos ser apenas o "embrulho" necessário ao negócio da ampliação do terminal de contentores e à urgência em levá-lo por diante.

Quanto aos contentores, reafirmamos a nossa posição ab-initio:

Nunca devia ter sido permitida a anterior renovação da exploração em Alcântara. Não deve ser permitida mais nenhuma ampliação nem renovação para o local, e antes, isso sim, aproveitando o hiato do prazo de exploração que ainda decorria, Governo e CML procurarem alternativas técnicas a que, a longo prazo, se permitisse libertar não só Alcântara, mas toda a sua frente histórica, dos mesmos, definitivamente, até porque não faltam bons exemplos lá de fora.

Já em relação à questão dos terminais de cruzeiros, ela é antiga e continua a ser tratada como se fosse uma questão menor. Recordamos ainda o seguinte:

As gares marítimas de Alcântara e da Rocha de Conde d'Óbidos são os locais ideais para ali atracarem os navios de cruzeiros. Por isso foram aí construídas e não noutro local. Os edifícios podem, de facto, ser exíguos e não permitir as condições de conforto e serviço aduaneiro necessárias aos tempos modernos, mas a APL dispõe de muito espaço junto às gares, hoje ocupado por ... contentores, para as necessárias intervenções, pugnado, claro está, pelo respeito à arquitectura e memória do local.

Alfama pode ter um cais secundário mas nunca o que a APL lhe quer fazer: construir um mega-terminal, compreendendo um centro comercial e um hotel, instalações da própria APL, mais um muro de 600m de comprido por 8m de alto, no que seria mais uma séria barreira entre a cidade, os cidadãos, e o rio. Para além disso, o projecto dado a conhecer ao público há cerca de 2 anos, contemplava ainda umas estruturas em passadiço, absurdas e gritantemente agressivas sobre a antiga Alfândega.

Acresce que, paralelamente e a seu bel-prazer, a APL tem quase pronto o alargamento do Cais do Jardim do Tabaco, que consiste em mais uma mega-placa de betão defronte ao rio!!

Pela nossa parte, esta é uma "guerra" que não acabou.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Luís Marques da Silva, João Chambers, António Branco Almeida, Jorge Santos Silva, Virgílio Marques, Artur Lourenço, Diogo Moura, José Arnaud, Alexandre Marques da Cruz e Pedro Gomes

34 comentários:

Anónimo disse...

só para dizer que a imagem acima não é de alcântara.

Anónimo disse...

Muito Bem !

Todo o apoio à vossa tomada de posição !

Paulo Ferrero disse...

Não é, pois não, e depois?

Xico205 disse...

a imagem serve para meter veneno e enganar os menos informados.

Ferreira arq. disse...

Tá-se mesmo a ver que em Alcântara os contentores são mais pequeninos e são de cores diferentes, ocupam menos volume e são apenas transportados em bicicletas voadoras, para não interferir com a ocupação marginal ribeirinha... Ou seja, temos lá uma ocupação urbana com a vitalidade de uma das principais capitais do mundo...
E os aumentos que querem fazer são apenas mais uns centímetros...
E a mais-valia desse aumento vai ser devidamente capitalizada pelo povo Português...
Pura ironia pensar que somos geridos e governados por quem nos quer bem!!!
Quando é que este estado de coisas muda?
Quando é que começa a ser castigado quem não prova pelos actos que salvaguarda devidamente a defesa dos bens públicos, quando disso está empossado?

Xico205 disse...

Acha mesmo que Alcantara alguma vez iria ter capacidade para ficar como essa foto? DUH

Arq. Luís Marques da silva disse...

...Tem razão, a disposição dos contentores seria mais na vertical; mais tipo muralha de aço; mais opacidade para Lisboa, portanto. Logo, uma solução muito melhor...

Anónimo disse...

sabe o que é isso arquitecto?
a mais torpe desonestidade intelectual (ou então uma invulgar ignorância).

Anónimo disse...

Não sei qual dos arquitectos é mais estupido!

Luís Serpa disse...

Se bem seja pena, não é?, que Alcântara não tenha espaço para tantos contentores. Que tal uma expansãozita?: para poente há espaço, há ali uma grande praça com uns edifícios velhos que podem ser demolidos (e a estátua vai para outro sítio qualquer); para nascente também há espaço, aquilo está sempre ocupado por pescadores, casais a namorar e gajos a olhar para ontem.

Afinal, como disse o Eng. Frasquilho à Assembleia da República, em 2018 a ampliação estará saturada outra vez. Melhor começar já a prever, para depois à última da hora não sermos - outra vez! - obrigados a prolongar a concessão da Mota-Engil.

Se bem todos nós saibamos, isto dos anos chegam sempre de uma forma inesperada, aparecem-nos de surpresa, vá lá saber-se quando é que 2018 vai chegar.

Xico205 disse...

Antes de 2018 já as estradas vão estar saturadas de camiões!

Luís Serpa disse...

quais, Xico205? As de Rotterdam, espero. As nossas não, porque os camiões vão directamente para casa dos clientes...

Anónimo disse...

Caros Subscritores

Concordo na totalidade.
Lisboa agradece o vosso empenho.

Quanto à Nova Gare, além do que é dito, deveria ser referido que a atracagem dos grandes Paquetes, geralmente com uma altura de 10 a 20 andares cortará o sistema de vistas dos belíssimos miradouros de Alfama (Portas do Sol, Sto Estêvão)impedindo a própria leitura de um Bairro que nasceu do Rio.
Perante o casario do bairro, o contraste e a diferença de escala seria BRUTAL.
Também o excepcional valor urbanístico-cultural de Alfama deveria ser realçado.

Frente à colina do Castelo, o local histórico mais emblemático de Lisboa, em comunhão com a larguesa do estuário, deveria localizar-se o CAIS DE ALFAMA destinado a fragatas e canoas do Tejo, para passeios no rio, além de réplicas de barcas, caravelas e para atracagem de veleiros históricos.

Xico205 disse...

Luis Serpa disse...
quais, Xico205? As de Rotterdam, espero. As nossas não, porque os camiões vão directamente para casa dos clientes...

O cliente, normalmente grossista, tem uma morada profissional, que por norma é um armazem!!!!! (é preciso explicar td mt explicadinho senão não chegam lá, porra!!!!!!!!!!!!!)

Anónimo disse...

a imagem é enganadora e serve para enganar. só isso.

se gorem honestos não ilustram o post com essa imagem.

se acham que têm razão, não precisamd e recorrer a imagens enganadoras para o vosso ponto de vista vencer.

só isso.

Ferreira arq disse...

Sempre foram e irão continuar a ser utilizadas imagens relacionadas para acentuar qualquer tema. Exactamente o que aqui terá sido feito pelo respectivo autor e nunca isso foi nem será descabido.
Assim como utilizar alguma ironia, que sempre realça o tema e até descontrai.
Afinal não se trata de um terminal de contentores? trata, ponto final. A imagem é bem ilucidativa de um normal terminal de contentores.
Agora, toda esta "azia" talvez tenha mais que ver com todos os interesses envolvidos no caso, que como sabemos são muitos.
E é legítimo que sejam.
No entanto, esconder ou omitir os interesses, pode demosnstrar outro tipo de coisas...
Ainda por cima ser mal educado como acontece com alguns anónimos, atirando a pedra e escondendo a mão, apenas demonstram o desnorte de quem, com o seu "problema" a ser encaminhado... não têm sequer poder de encaixe para ler umas verdades...
Defender a qualidade urbana da margem ribeirinha no centro da capital do país é uma obrigação de todos os portugueses, e ainda mais dos que nos governam!
E quado se vêem os contornos da EXPANSÃO do dito terminal de contentores... especula-se. E se não são dados esclarecimentos convincentes de gestão adequada do bem público...
Bastava um pouquinho de educação e civismo em tudo... e nós estariamos de facto na europa (em vez de fazermos parte do terceiro mundo)...

Anónimo disse...

tretas.

se têm tanta razão nos vossos argumentos, recorram á verdade, sobretudo quando dizem que os defensores do terminal enganam e omitem.

pela boca morre o peixe.

Anónimo disse...

Não mudou nada. Vocês são todos uma cambada de idiotas armados em intelectuais e em donos da razão.

As notícias fazem referência a pequenos ajustes normais num projecto de grandes dimensões como este.

Preocupem-se com os popós estacionados em cima dos passeios e deixem os assuntos sérios para as pessoas que os sabem resolver.

Este blog mais parece o braço de propaganda de um qualquer grupo anarqista que diz mal de tudo e de todos sem mostrar obra feita, senão vejamos quem são os signatários de tão ilustre post? Sim quem são voçês? Já sei nasceram e Lisboa e gostam de olhar para o rio e para os meninos e as meninas não perderem as vistas quem lá trabalha que se lixe! TENHAM VERGONHA!

Anónimo disse...

Na ditadura era assim.
Os grandes comiam tudo, sabiam tudo, podiam tudo.
E o povo aturava com medo que lhes fosse tirado o pão da boca.
O tempo voltou para trás. Voltamos à ditadura dos iluminados, que nem sequer conheceram o Zeca Afonso...

Anónimo disse...

Salvador
Bem, nota-se por aqui um verdadeiro desnorte, por parte dos desgraçados dos assalariados do lobie dos contentores; uma discussão técnicamente elevada, é substituida, por argumentação mal educada e grosseira:
Isto está cá com um cheiro a "LISCONT" que trasanda...

Anónimo disse...

O cheiro a SUOR incomoda os senhores arquitectos e os meninos e as meninas dos iates ??? temos pena!

Anónimo disse...

O suor nunca incomodou quem também trabalha.
O que incomoda muito são as mais-valias de uma ampliação, não devidamente contabilizadas, nem devidamente autorizadas, já que não deviam ter sido permitidas, em defesa da qualidade de um espaço urbano mais que central, na capital do país.
Parece que o saber-se disto passou a incomodar de facto algumas pessoas!!! que querem apenas saber do seu nariz, que é como quem diz, do seu bolso. Não querem saber de melhorar as condições da cidade e com isso melhorar as condições de todos.
Devem estar ao nível da "boa" educação que denotam!

Xico205 disse...

Porra até que enfim que aparece gente decente a defender o que verdadeiramente interessa a Portugal. Um terminal de contentores.
Deixem os iluminados que não fazem a ponta dum corno estrabuxar a vontade! Gente desta mais valia emigrar não interessam a Portugal.

Se trabalhassem a serio não tinham tempo para destruir a industria nem para usufruir de jardins...! O que não falta em lisboa são jardins sem ninguem. Os que existem secalhar não chegam!!!!!

Anónimo disse...

engraçado criticarem o desnorte de quem defende o terminal.

e mantêm-se uma fotografia que não é de alcântara....

é como estar contra o aborto e colocar um fotografia de um bebé de 8 meses.

é exactamente a mesma coisa.

Anónimo disse...

O Tejo e Lisboa são do povo, não são da LISCONT!

Anónimo disse...

Entao a empresa onde trabalha também é publica não sei porquê que diz lá: Proibida a entrada a estranhos ao serviço.

Mas se quiser andar entre gruas e contentores peça para entrar mas depois não se queixe se um lhe cair nos cornos.

Anónimo disse...

Alguns emigraram mas para nossa desgraça regressaram e agora, como cães raivosos, mordem a mão que os alimentou, como é o caso do Serpa.

Anónimo disse...

a liscont tem um contrato de concessão de serviço público, porque na verdade, presta um serviço público

ou seja, substitui-se ao Estado num negócio e num investimento que o Estado não ode nem deve assumir.

é assim aqui, como na china.

e o domínio público é para ser usado por todos e para todos os fins, designadamente, dar emprego, criar ruiqueza ou para explorar actividade económica.

ao cais de alcântara, tanto tem direito cidadão que quer passear, o que quer ter esplnada, o que quer trabalhar, o que que quer gerir uma actividade económica.

por que é que a utilziação do cais para turismo há-de ser mais legítimo que a utilização para a actividade de logística?

portanto, não tratem a liscont como o demónio.

no sex XIX achava-se que o rio devia ser p insdustria.

no sec XXI acha-se que deve ser para esplanadas.

daqui para uns anos, será outra coisa...

Luís Serpa disse...

Caro Anónimo das 17H20:

«a liscont tem um contrato de concessão de serviço público, porque na verdade, presta um serviço público

ou seja, substitui-se ao Estado num negócio e num investimento que o Estado não ode nem deve assumir.

é assim aqui, como na china.

e o domínio público é para ser usado por todos e para todos os fins, designadamente, dar emprego, criar ruiqueza ou para explorar actividade económica.

ao cais de alcântara, tanto tem direito cidadão que quer passear, o que quer ter esplnada, o que quer trabalhar, o que que quer gerir uma actividade económica.

por que é que a utilziação do cais para turismo há-de ser mais legítimo que a utilização para a actividade de logística?

portanto, não tratem a liscont como o demónio.
»

O que está em causa não é isso, como muito bem sabe: é o modo como a concessão foi atribuida à Liscont. Há mais empresas nessa actividade, e deviam, elas tb, ter tido uma oportunidade de concorrer.

Não por causa das empresas, mas porque o contribuinte ficaria a ganhar, com a concorrência.

«no sex XIX achava-se que o rio devia ser p insdustria.

no sec XXI acha-se que deve ser para esplanadas.

daqui para uns anos, será outra coisa...
»

Naturalmente: da mesma forma que a envolvente económica muda, as utilizações od espaço devem ser diferentes.

Imagine que alguém achava que se devia instalar uma metalúrgica pesada em Alcântara, com o argumento irrefutável de que Alcântara já foi uma zona industrial...

Anónimo disse...

Fazia lá mais falta uma metalurgica pesada que condominios fechados.

Filipe disse...

Este último anónimo disse tudo!

Quero comentar isto:
Quanto à Nova Gare, além do que é dito, deveria ser referido que a atracagem dos grandes Paquetes, geralmente com uma altura de 10 a 20 andares cortará o sistema de vistas dos belíssimos miradouros de Alfama (Portas do Sol, Sto Estêvão)impedindo a própria leitura de um Bairro que nasceu do Rio.

Então e quem gosta de fotografar barcos e ver a actividade portuária que Lisboa tem, não saia beneficiado nesses mesmos miradouros?
E se Lisboa tem um mar, porque razão não há-de ter cruzeiros a chegar ao mais típico bairro da cidade?(sem desprimor aos outros) Ainda por cima num local com acesso a montes de transportes e não como actualmente na Rocha.

Xico205 disse...

Por acaso o comentário é meu! Eu é que já não tenho muita vontade de assinar o que vou escrevendo neste sitio!

Concordo totalmente com o teu comentário, tambem adoro ver a actividade portuária, sempre gostei de industria, e de andar por zonas indstriais, mais do que sitios de lazer.

Anónimo disse...

lembram se quando estavam os paquetes a servir de hotel na expo pois o local e mesmo que hoje querem colocar o terminal na altura os tres ocupavam praticamente o espaco do jardim do tabaco ate santa apolonia o maior tinha pouco mais de 2oo metros hoje em dia poucos paquetes tem 2oo metros mais de metade sao 294 metros em relacao ao acesso a rocha o local e servido por 4 carreiras de autocarros e o mais importante electrico de lisboa que e o 15 que cloca o turista tanto no centro como na zona mais turistica de lisboa que e belem quem escreve que alfama e a zona turistica por excelencia deve ir com os filhos todos os domingos passear para a torre de belem

Anónimo disse...

gostava de alertar os defensores do terminal da liscont para um pre aviso de greve da estiva do dia 28 de maio a 7 de junho as razoes nao sao divulgadas na imprensa devido a questao do terminal e o seu alargamento mas o pessoal quer trabalho que nao existe pois o milhao de contentores era afinal um conto de fadas escrito pela mota engil com o alto patrocinio da apl e demais socios