15/11/2010

Câmara de Lisboa prevê investir mais de 144 ME nos bairros municipais até 2020

A Câmara de Lisboa vai investir mais de 144 milhões de euros nos bairros municipais nos próximos 10 anos, num programa que prevê intervenções estruturais em oito bairros e a curto prazo em cinco.

De acordo com os dados do pelouro da Habitação relevados aos jornalistas num encontro com a vereadora Helena Roseta, as intervenções a curto prazo, consideradas prioritárias e que serão realizadas nos próximos dois anos, abrangem os bairros Pedro Queiroz Pereira, Cruz Vermelha, Quinta das Laranjeiras, Casal dos Machados e Olaias.

Estão igualmente previstas intervenções estruturais, mais complexas, nos bairros da Ameixoeira, Alta de Lisboa, Padre Cruz, Flamenga, Condado, Alto da Eira, Boavista e 2 de Maio.

Entre 2011 e 2014 estão igualmente previstas intervenções a curto-médio prazo em três outros bairros: Horta Nova, Alfredo Bensaúde e Quinta dos Ourives.

Dos 144 milhões de euros estimados para o período entre 2011 e 2020, um programa considerado por Helena Roseta como “pouco ambicioso, a maior fatia (37,4 milhões) está destinada à Zona Norte Oriental da cidade, que inclui intervenções estruturais como as do Bairro do Condado – Zona J, da Quinta das Laranjeiras, do Casal dos Machados, do bairro Alfredo Bensaúde ou das Amendoeiras – Zona I (intervenção no âmbito do programa ´Viver Marvila’), entre outros.

Para a Zona Norte Ocidental da cidade estão estimados 32,3 milhões de euros para intervir nos bairros da Alta de Lisboa, da Ameixoeira, Cruz Vermelha, Pedro Queiroz Pereira, Alto do Lumiar, Charneca do Lumiar, Quinta das Lavadeiras e Alto do Chapeleiro.

Quase 30 milhões estão estimados para a Zona Ocidental da cidade de Lisboa, com intervenções a vários níveis em bairros como o Padre Cruz, que tem uma candidatura aprovada ao QREN, Murtas, Rego, Horta Nova, Telheiras Sul e Furnas, entre outros.

Para a Zona Oriental estão previstos investimentos na ordem dos 24 milhões em bairros como o do Armador, Quinta do Lavrado, Vale de Sto António, Alto da Eira, Alfinetes, Quinta das Salgadas, Marquês de Abrantes e Quinta dos Ourives.

Para a Zona Sul da cidade estão previstos investimentos que ultrapassam os 20 milhões de euros, a aplicar nas intervenções previstas para o bairro da Boavista, Quinta do Cabrinha, Quinta do Loureiro, Ceuta Sul, Liberdade, Casalinho da Ajuda, 2 de Maio e Eduardo Bairrada, entre outros.

O programa integrado de gestão e requalificação dos bairros municipais, onde a autarquia estima que morem no total mais de 90 mil pessoas, implica intervenções com componentes tão diversas como a gestão social (regras claras e processos participativos), patrimonial (política de alienações, arrendamentos e condomínios) e da intervenção física e valorização (obras em habitações, edifícios e espaço público).

Em paralelo, a autarquia pretende igualmente definir regras para conseguir rentabilizar os espaços não habitacionais (lojas e estacionamentos) que a Gebalis gere nos bairros municipais, criando oportunidades de negócio com tarifas aliciantes.

No total são 1086 lojas que, segundo a vereadora Helena Roseta, estão na sua maioria fechadas e que podem vir a ser rentabilizadas.

“Na Quinta do Cabrinha, o Banco Alimentar fez uma proposta e acabou por ocupar um estacionamento que estava fechado”, exemplificou Roseta.

Lusa

14 comentários:

Xico205 disse...

Mas cobrarem as rendas em atraso é mentira.

Depois venham cá dizer que não há dinheiro para as outras coisas todas.

Mais uma vez a população que mais votos rende em Lisboa é levada ao colo.

Rodrigo disse...

e o resto da população???

e €144M não recuperavam muitas casas para jovens????

Xico205 disse...

O resto da população não rende tantos votos.

Com o esvaziamento de Lisboa, a população dos bairros sociais cada vez é maior em percentagem.

Rodrigo disse...

sem comentários...

Filipe Melo Sousa disse...

Aí está um exemplo de projectos onde se podia cortar.

Xico205 disse...

E mais, a Gebalis como empresa municipal que é deveria dar o exemplo de cumprir as leis mas não. Nos predios que têm a escada aberta e varandas, anda a colocar marquises de forma ilegal e a adulterar a arquitectura dos edificios!!!

Praticamente todos os edificios de habitação social dos anos 70 têm a escada por fora dos edificios e varandas com as portas dos apartamentos. É com muito orgulho que esta empresa se gaba no seu site da ilegalidade que cometeu por exemplo no bairro da Quinta do Ourives e na Quinta das Laranjeiras! Colocou portas da rua nos predios que tambem são ilegais, pois os edificios de origem não as tinham, e a estetica da fachada foi adulterada. Construiu paredes de forma a estreitar as entradas dos edificios, e acabou com os quadrados que havia nos corrimãos das escadas e varandas.
A Quinta do Chalé foi outro bairro contemplado com esta ilegalidade!

Xico205 disse...

Consultando a ultima lista disponivel de pessoas a quem foi atribuida habitação social em Lisboa, vemos pelos nomes que até brasileiros e romenos já têm habitação à custa dos contribuintes portugueses! Felizmente que os portugueses são todos ricos e podem dar-se ao luxo de dar casas a estrangeiros recem chegados porque não há portugueses a precisar delas!
E a mim tanta falta me fazia uma casa.

Xico205 disse...

O senhor Raman Kant a que foi atribuido um T1 pela brutal renda de 25,60€ será filósofo?!!

A dona Lucimara Aparecida Souza Ferreira T1 16,10€ e a dona Rita de Cássia de Souza Silva T2 69,20€ serão irmãs filhas de pais diferentes?

Este senhor: 22573/CML/10 Argeni José Pérez Blanco T2 43,10€ ; terá gostado tanto dos 4-0 que levou da nossa seleção que resolveu a ficar cá a viver? Se fôr o caso, vinga-se bem de Portugal com os portugueses a sustentar-lhe a casa sabe-se lá por quantos anos.

Depois há quem estranhe que o país vá à falencia.
(Vamos lá ver se o pessoal de esquerda tem coragem de publicar este meu comentario).

Xico205 disse...

Armando Borá T3 80,90€
23198/CML/10 Aua Camará T2 76,70€
23005/CML/10 Cadi Camará Borá T2 35,30€

Estes 3 cidadãos serão pai, mãe e filho/a?
É preciso uma casa para cada?

Xico205 disse...

Gostaria tanto que me atribuissem uma casa paga pelos contribuintes, com esta fortuna de renda:

22116/CML/10 Patricia Marques Costa T1 0,90€

22555/CML/10 Sandra Maria Pereira dos Santos Teixeira T1 0,90€

23818/CML/10 Vânia Patrícia Mota Coutinho Francisco T1 0,90€

22671/CML/10 Victor Horta da Veiga T1 0,90€

22259/CML/10 Vladimiro Filomeno Evora Monteiro Gonçalves T1 0,90€

22583/CML/10 Voltair Monteiro Batista T1 0,90€


Atenção todos estes novos inclinos da câmara foram aprovados em Agosto de 2010. Têm a renda atualizada nesta data.

Xico205 disse...

Esta senhora bate o record do preço das rendas das casas atribuidas em Agosto de 2010:

22856/CML/10 Maria José Saraiva Rodrigues T4 117,60€

Se eu fosse a ela contestava isto, ia à câmara partia aquilo tudo e espancava as funcionárias. Ainda por cima para receber um T4 quase de certeza que é cigana por isso mais uma razão para fazer um escandalo com a ajuda dos 50 filhos e primos, dos avós, do cão e do piriquito.

Xico205 disse...

Após dar outra vista de olhos pelo edital, reparei que não tinha reparado neste:
23899/CML/10 Marcelino Sirim da Silva T2 0,30€.

Peço desculpa ás pessoas que injustamente acusei de pagarem pouco de renda tendo em conta o custo real de vida de 2010.

Não sou de maneira nenhuma contra a habitação social, só gostava que se estudasse bem os agregados familiares a que a ela recorrem, e que se acabasse a corrupção na atribuição de casas, mas isso compreendo que a CML não consiga controlar.

Luís Alexandre disse...

Caro Xico,

Neste assunto, estou 110% de acordo consigo.
Sou terminantemente contra a forma como os apoios sociais são dados e geridos em Portugal.
Não sou contra a atribuição de casas e subsídios a quem precisa, mas tem de haver contrapartidas à sociedade e a noção de responsabilidade.

Xico205 disse...

Está-se mesmo a ver que o agregado familiar que recebe 3 casas, com cada arrendamento num nome diferente, e estes nem se deram ao trabalho de comprar um cartão do cidadão falsificado, para terem um nome completamente diferente e ser mais facil de iludir a câmara; vai viver todo junto numa das casas e alugar clandestinamente as outras casas a preços superiores ao que a câmara pratica. E sabemos lá nós se estes não beneficiam tambem de habitação social em Loures, Odivelas, Amadora, Oeiras, Cascais, Sintra, VFX, Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Setubal, etc... Que negócio uma vez que se as câmaras nem sequer cruzam informações internas quanto mais umas com as outras!

Concordo plenamente com rendas entre os 20€ e os 100€. Por alguma razão é habitação social. Quem tem rendimentos superiores que arrende uma casa no mercado livre. Agora gostava que me dissessem quanto ganha uma pessoa que paga 30 centimos e 90 centimos de renda por um mês de casa!!! Basta-lhe arrumar um carro por mês e tem a renda paga.

Quando a noticia das brasileiras chegar ao Brasil, é ver os milhões de habitantes das favelas a vir para Portugal porque cá dão-se casas. E como eles cá já são poucos... Tambem não me estranha que comecem a legalizar os ciganos romenos e bulgaros que andam com o bebé ao colo a pedir esmola e a vender pensos que não colam, e a seguir habitação social com eles. Portugueses paguem e calem, senão acusamo-vos de racismo e xenofobia.


Jovens lisboetas, suburbanizem-se e passem a ser escravos da casa por uma vida inteira, porque como vocês não são desdentados nem mal cheirosos, nem cadastrados nem doutra raça ou etnia a habitação social não é para vocês.