A notícia era esperada e confirma-se agora: o cinema São Jorge vai para obras e, provavelmente, irá estar encerrado muitos meses, abrindo somente no Verão de 2005. Por mim abri-lo-ia no Outono, que é a rentrée cinéfila (e não só), mas a CML deve querer abri-lo com outra coisa que não cinema. Se por um lado as obras em si são necessárias (a cobertura está em relativo mau estado, o ar-condicionado é uma desgraça, os w.c. precisam de limpeza profunda, os espaços estão mal aproveitados, etc.), por outro, elas mantêm-se incompreensivelmente no "segredo dos deuses", e isso costuma ser mau sinal. Oficialmente, ninguém se compromete com nada, nem a EGEAC nem o pelouro da Cultura.
Fico grato e expectante relativamente à possibilidade, avançada por alguém responsável, de se converter de novo o São Jorge em sala única. Aplaudo de pé. Há muito que defendo essa solução. Tal como está, não é nada; nem um multiplex nem "o" São Jorge. Temeroso me mantenho em relação a eventuais males colaterais das referidas obras - sabe-se muito bem no que costumam dar as "obras".
Quanto à utilização futura em sala única, defendo uma programação a meias, entre cinema (e aqui convinha apostar numa exibição de filmes - portugueses ou não - em exclusivo) e outras valências (concertos, palestras, etc.), em sintonia com o Tivoli (e que mal aproveitada está esta sala!!!) e o futuro Parque Mayer (que um dia há-de sair do limbo). E defendo, claro, o regresso do órgão durante os intervalos, subindo e descendo numa plataforma, no meio do palco. Então sim, será o nosso São Jorge. Oxalá as obras que aí vêm não o estraguem...
PF
27/10/2004
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1 comentário:
Bem..... ou me engano muito ou os melhores urinois da cidade de Lisboa vao desaparecer..... e por acaso até tinham uma boa sala de espetáculos ao lado. Nao era nada mau ver o S. Jorge como ele era há 30-40 anos.
"Temeroso me mantenho em relação a eventuais males colaterais das referidas obras - sabe-se muito bem no que costumam dar as "obras"." .......infelizmente este
tipo de obras levam sempre a perdas irreparáveis (e
desnecessárias) amigo Paulo.......e nesse caso, restam
as memórias.
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