14/10/2004

Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades?

Desculpa-me Pedro, mas parece-me que este ditado é igualmente apropriado à polémcia à volta do Convento dos Inglesinhos. Na imprensa continua a dar-se vazão às indignações de "tutti quanti", que se sucedem desde que os moradores alertaram para o a transformação do Convento dos Inglesinhos em condomínio fechado - digo fechado porque a mim pouco importa que seja de luxo ou de
pechisbeque, já que no transformar um convento em apartamentos é que está o busílis. Agora são os curadores ingleses que se indignam, acompanhados pelos responsáveis da Misericórdia de Lisboa que venderam o imóvel à Amorim Imobiliária; empresa que, diga-se em abono da verdade, é livre de comprar o que quiser, a quem quiser, e fazer do que compra aquilo que quiser, deste que dentro da lei A culpa de tudo isto é, mais uma vez, das entidades públicas, CML, IPPAR e DGEMN. A primeira porque lavou daí as mãos, como Pilatos. As outras porque embora tendo inventariado o convento, não avançaram com a sua classificação, o que teria permitido a inviabilização de um projecto deste tipo. Agora "já foi". Mas ainda se vai a tempo de remendar os erros ... Agora, o que importa é agir.
PF

1 comentário:

Unknown disse...

Eu por mim acho lamentável a forma como o negócio foi feito, mas tenho muitas dúvidas quanto a contestar que se reconverta o convento para habitação. Porque não? O Bairro Alto precisa desesperadamente de moradores novos, aliás como Lisboa inteira. Verdadeiramente grave é sim o facto de o jardim do convento ficar fechado ao público. Se a contestação se centrasse nesse aspecto, parece-me que provavelmente se chegaria a um consenso, nem que o jardim fechasse durante a noite, e salvaguardava-se o mais importante - ganhar um espaço público que faz imensa falta ali.