21/06/2007

Paula Teixeira da Cruz não se deixa condicionar

In Diário de Notícias (21/6/2007)
FRANCISCO ALMEIDA LEITE
NATACHA CARDOSO-ARQUIVO DN (foto)

"Não condiciono a liberdade de pensamento de ninguém e seguramente ninguém condiciona a minha. Também o pensamento de outrem não será para mim pretexto do que quer que seja", diz Paula Teixeira da Cruz em declarações ao DN. A líder da distrital de Lisboa do PSD não gostou de ler algumas declarações de Manuel Pinto-Coelho, que este mês se desfiliou do partido em rota de colisão com a política social-democrata em relação às salas de chuto.

Manuel Pinto-Coelho, antigo médico de Santana Lopes e filiado por este no PSD há mais de uma década, bateu com a porta no partido depois de ler entrevistas da então vice-presidente de Marques Mendes. Paula Teixeira da Cruz assumiu-se como favorável à liberalização das drogas, leves ou duras, e apoiante da instalação de salas de chuto. Pinto Coelho, médico especializado no tratamento de toxicodependências, entrou então em contacto com a dirigente do PSD para esclarecer o assunto. E este mês, perante o que disse ser o apoio da Assembleia Municipal de Lisboa (da qual Teixeira Cruz é presidente) à instalação das salas de chuto, saiu do PSD. Ao DN, Teixeira da Cruz diz que a AML não votou nenhuma proposta para as salas de chuto, mas que a Câmara de Lisboa estudou o "tratamento integrado da dependência, o que não é tão redutor".

"Na Assembleia Municipal, não ocorreu qualquer votação sobre as vulgarmente chamadas salas de chuto, ao contrário do que é afirmado", diz a líder do PSD/Lisboa. O apoio de Pinto-Coelho a Telmo Correia (CDS) é visto no PSD como o motivo para o estalar desta polémica.
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