25/02/2012

BAIRRO EMEL: Largo dos Loios





«Largo dos Loios», informam as placas toponímicas. «Prioridade às Pessoas» diz o slogan da empresa municipal EMEL. Mas tudo o que vemos em todos os largos da Colina do Castelo são: LARGOS de CARROS. Porque todo o espaço público está praticamente reduzido a faixas de rodagem, incluindo os passeios como se vê pelas imagens. Não se percebe porque razão a EMEL se recusa a instalar pilaretes nos passeios que são crónicamente invadidos por estacionamento. E se pensarmos que perto deste largo já existe um silo para automóveis que está parcialmente vazio (Portas do Sol) ao qual se juntou no ano passado outro silo (no antigo Mercado do Chão do Loureiro) então ainda mais difícil é perceber a lógica da "Cidade Emel".

No dia em que esta fotografia foi tirada estava apenas uma viatura em cima do passeio em frente da sede da Junta de Freguesia de Santiago (notar as bandeiras oficiais na varanda) mas segundo informação do próprio executivo da junta, na maior parte dos dias praticamente todo o passeio é invadido pelo estacionamento. Por vezes até a circulação do autocarro 737 (Castelo/Praça da Figueira) é perturbada. Os turistas sorriem, fotografam o caricato - para eles faz parte da aventura, do "safari urbano" lisboeta. Mas os moradores desesperam, sentem revolta.

Pergunta: porque razão este carro está totalmente estacionado em cima do passeio? Resposta do condutor/proprietário: para não perturbar a circulação dos outros carros! Que melhor prova do que esta da secundarização do peão na nossa sociedade? Acresce ainda informar que a face oposta deste largo está praticamente toda ocupada com lugares de estacionamento, tendo-se no passado chegado ao cúmulo de suprimir a totalidade do passeio em alguns sectores (ver fotografia do passeio suprimido junto da Rua da Saudade)! Na verdade, no actual Largo dos Loios e ruas adjacentes, o peão está sujeito às maiores indignidades e desprezo.

Juntamos a nossa voz à dos munícipes desta freguesia - que já estão roucos de tanto gritar pela defesa do direito a canais pedonais livres e seguros - solicitando à EMEL o estudo da instalação de pilaretes neste largo assim como na Rua de Santiago. Fiscalização não resulta, afirmam os peões pela sua penosa experiência diária.

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto resolvia-se muito facilmente, e seria,tal como diz, com a colocação de pilaretes. Já que os cidadãos não têm qualquer respeito pelos outros, e a polícia/emel pouco faz, porque raio não impedem o acesso ao passeio?
Basta ver a rua morais soares e toda a sua envolvente, para perceber o que se permite fazer na nossa cidade.
Até quando?

Paulo Soares