24/05/2012

O furto de azulejos na região de Lisboa baixou sete vezes desde o início do projeto SOS Azulejo

In Lusa (24/5/2012)

«O furto de azulejos na região de Lisboa baixou sete vezes desde o início do projeto SOS Azulejo da Polícia Judiciária, informou hoje Leonor Sá, mentora e coordenadora da iniciativa da Polícia Judiciária.

Quando passam quatro anos sobre o início do projeto, Leonor Sá disse “há uma era antes e uma era pós” o SOS Azulejo.

“A partir do momento em que se iniciou o projeto, em 2007-2008, deu-se um decréscimo muito grande: há sete vezes menos furtos do que anteriormente”, disse a responsável à agência Lusa. Segundo a coordenadora, as queixas centram-se na região da capital e inferiu que, no resto do país, talvez não se dê “importância suficiente” aos azulejos como património histórico e cultural.

Escusando-se a fazer uma “relação direta de causa-efeito” entre a diminuição e a criação do projeto, Leonor Sá sublinhou, porém, que os dados são “muito encorajadores” embora não tenha quantificado o número de furtos. “Os dados mostram que estaremos no caminho certo, a fazer mossa dos amigos do alheio” notou a responsável, acrescentando que na Internet passaram a estar imagens dos azulejos figurativos cujo furto foi registado.

As imagens podem ser encontradas no endereço http://www.sosazulejo.com/ e na rede social Facebook https://www.facebook.com/projectososazulejo. A consulta na Internet e o pedido de informações ao vendedor sobre a origem dos azulejos foram conselhos deixados a quem pretende comprar de forma legal. Em relação a azulejos com padrão, Leonor Sá explicou ser difícil definir a sua origem por não serem peças únicas.

“Há painéis de azulejos que valem milhares e milhares de euros e há uma discrepância entre a sobrevalorização dos azulejos no mercado de Arte e pelos antiquários, e a desvalorização por parte de proprietários e do cidadão comum. Por isso, há lucros fabulosos”, disse à Lusa.

Na quarta-feira, o projeto, em parceria com outras entidades, atribuiu os seus prémios anuais, nomeadamente a projetos de investigação, a iniciativas das câmaras municipais de Aveiro e do Montijo, assim como à obra de Catarina e Rita de Almada Negreiros feita para a Estação Fluvial Sul Sueste, em Lisboa. Extra concurso foram distinguidos Feliciano David, Isabel Almasqué e Barros Veloso e como “Obra de Vida” Maria Keil.»

1 comentário:

BRUXA disse...

E os azulejos que existem nos "antiquários", vêm de onde? Quando nao há provas das "origens" desses azulejos, estes deveriam ser imediatamente confiscados!!