25/05/2014

Melhorar os transportes públicos em Lisboa:


Chegado por e-mail:


«Caros membros do fórum cidadania Lx

A petição para a introdução de portagens na entrada de Lisboa para canalizar fundos para os TP, está a ganhar o seu momentum

Peço pf que considerem uma publicação no vosso espaço sobre a temática, nem que seja para lançar o debate para o espaço público.

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N40742 Relembro que nas cidades onde foram implementadas conseguiram reduções de 30% no trânsito com as respetivas melhorias na qualidade de vida dos cidadãos e do espaço público.

cumprimentos

João Pimentel Ferreira»

10 comentários:

João Pimentel Ferreira disse...

À luz do artigo 44.º da Constituição da República Portuguesa todos os cidadãos têm direito à mobilidade, sendo que o direito a ter automóvel não é um direito constitucional, enquadrando-se apenas no normal direito à propriedade privada. O Estado deve assim legislar e regular por forma a que todos, independentemente das condições financeiras, tenham direito à mobilidade, não apenas quem tem dinheiro para suster um automóvel. (vede www.autocustos.com)

A única forma de realmente diminuir os custos de mobilidade (mobilidade é diferente de automóvel) das pessoas que vivem nos subúrbios e das pessoas financeiramente menos favorecidas, é melhorar o sistema de transportes públicos na região metropolitana de Lisboa; e foi isso que foi feito com sucesso em cidades como Milão, Londres ou Estocolmo, onde este sistema foi implementado. Creio que não considera os Suecos, socialmente injustos!

O dinheiro das portagens reverteria diretamente e na totalidade para a melhoria dos transportes públicos e redução de tarifas. Para mais, propõe-se um período experimental de seis meses, após o qual haveria um referendo inter-municipal, onde todos se pronunciariam se queriam continuar com portagens ou voltar ao método anterior (tal como feito em Estocolmo, onde o "sim" ganhou).

Se ler a petição pede-se desconto/isenção para as pessoas que vêm da margem sul, assim como táxis ou veículos empresariais. Cada km percorrido de automóvel em Portugal tem um custo externo (externalidades: congestionamento, poluição do ar, alterações climáticas, ruído, sinistralidade, desgaste das infraestruturas) de 0,15€ por km. Metade do resgate da troika foi para pagar rodovias e PPP rodoviárias.

Seria interessante os portugueses no domínio das políticas públicas e do bem comum, pensarem mais com a cabeça e com espírito coletivo em vez de pensarem sistematicamente com a carteira! Tal atitude explica bastante, a que estado chegou o país no domínio das finanças públicas e da nossa pobre classe política (eleita pelo povo).

Filipe Melo Sousa disse...

Só vão acelerar a debandada de Lisboa. Que portagens urbanas vão cobrar quando Lisboa se tornar falida e desertada como Detroit?

Anónimo disse...

Excelente iniciativa.
A externalização dos custos associados à utilização de automóvel particular tem de acabar.
A sociedade tem que apoiar os transportes públicos e não tem que subsidiar quem opta por um meio de transporte particular como o automóvel.
A introdução de portagens, com os proveitos a financiarem a melhoria dos transportes e a redução das tarifas, é um bom começo para fazer os utilizadores de automóvel particular pagarem uma percentagem maior dos custos que a sua escolha acarreta para a sociedade.

Anónimo disse...

Entretanto e vai fazer 2 meses que a carreira de eléctrico 25E está desactivada.

Filipe disse...

Roubo descarado

Anónimo disse...

Devem estar doidos. É da maneira como as empresas passam a ir todas para fora de Lisboa, tal como os moradores. Mais uma sangria de moradores de Lisboa. Só vão parar quando houverem meia dúzia de gatos pingados, charrados. Por muito que me custe, desta vez tenho de concordar com o energúmeno do Filipe.

Anónimo disse...

@anónimo das 3:29

mas leste o texto da petição?
"aplicar isenções ou descontos (...) para (...) veículos empresariais (...)"

João Pimentel Ferreira disse...

Caro Filipe e Anónimos, em Amesterdão, onde numa grande área do centro os carros nem entram, e onde um morador paga 40€/mês para estacionar o carro na rua à porta de casa, as ruas estão apinhadas de gente e o comércio fervilha com tantas filas nas lojas! Porque será?

Filipe Melo Sousa disse...

Comércio? Em Amsterdão? Essas tendas pindéricas que fecham às 18h e nunca têm nada?

Amsterdão tem o mesmo número de habitantes que em 1960, depois de anexar inúmeras câmaras ao arredor. A cidade só serve para estudantes solteiros. Ninguém pode criar lá uma família sem ter um carro.

João Pimentel Ferreira disse...

Caro Filipe, a sua ignorância é extrema e não merece muitos comentários. Todavia deixe-me referir que em Amesterdão há muita gente com famílias, e numerosas. Por acaso conheço pessoas com família, holandeses que vivem em Amesterdão. E sim, o comércio fervilha, e não apenas tendas, digo comércio em qualquer rua ou qualquer praça ou qualquer bairro, cafés com as esplanadas cheias, restaurantes apinhados e por sinal bem caros, lojas repletas de gente, e com tempo pior que Lisboa, muitos mais turistas que em Lisboa vêm a Amesterdão no verão. A grande Amesterdão tem 2,2 milhões de habitantes, mais que a grande Lisboa (AML), mas na AML mora tudo em Vila Franca e na Rinchoa, na Holanda as pessoas habitam os centros, mas sem carro! Essa ideia generalizada que uma família sem carro, é hermita ou muito pobre é uma ideia muito "tuga", resquícios temperamentais de uma sociedade composta por pequeno-burgueses falidos, que com crédito barato da UE, mais não fez que comprar carro novo para mostrar ao vizinho!