23/07/2009

Iluminações de Natal em ... Agosto?!



Chegado por email:

«Fotos tiradas ontem na Rua do Ouro... As iluminações de Natal este ano chegam em Agosto?!... Qual será a marca patrocinadora do evento?...

Cumprimentos calorosos pela qualidade do Vosso trabalho,

José Santa Clara Gomes»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA, ANTIGO MUSEU DOS CTT

Este edifício já foi Museu dos CTT, já foi Cinemateca e já foi Casa dos Dias de Água.
Agora, ao passar por lá e ver a placa da imobiliária, apanhei um valente susto:
Será mais um condenado á demolição?
Pois nem tudo o que parece é.
Este edifício está para arrendar pelos proprietários que, ao que parece e numa atitude de total "incultura civíca", nem querem ouvir falar em demolição, seja ela total ou parcial e esperam, com o dinheiro do aluguer, restaurar as poucas coisas que de obras necessitam.
A ser assim e espero não me enganar, só podemos felicitar quem assim pensa e que contribui deste modo, para manter o património construído de Lisboa.
Ajudar a situações destas, é necessário e um dever de cidadania e por isso, divulgo esta pequena nota, ficando desde já esclarecido que não conheço os proprietários do dito imóvel, não vá o diabo (ou alguém), tecê-las.

CAMPO DE OURIQUE REVOLTADO

Campo de Ourique revoltado a lêr em:
http://campodeourique-revoltado.blogspot.com/

LISCONT DISPAROU LUCRO EM SETE DIAS

23 Julho 2009 - 00h30
Contentores: Relatório do TC seguiu para Ministério Público
Liscont disparou lucro em sete dias
O lucro da Liscont com a prorrogação do contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara quase duplicou em apenas uma semana: em Outubro de 2008, a empresa da Mota-Engil, grupo dirigido por Jorge Coelho desde Maio de 2008, subiu o rendimento líquido de 4,2 milhões de euros para 7,4 milhões de euros, diz o Tribunal de Contas.
Entre a assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Liscont, em Abril de 2008, e a celebração do aditamento ao contrato, a 21 de Outubro, foram introduzidas diversas alterações ao chamado caso-base do modelo financeiro do contrato. E, frisa o Tribunal de Contas, "durante a semana que precedeu à data da assinatura do contrato [foi aumentada] a rendibilidade accionista, sem contrapartida alguma para o concedente público".
Por isso, a rendibilidade da Liscont subiu de 11% para 14%. Para o TC, "não é objectivamente compreensível que, em vésperas de assinar um contrato que vai envolver os dinheiros públicos por mais 34 anos, o concedente público aceite mais uma alteração ao caso-base".
"NÃO ESTAMOS DE ACORDO COM AS CRÍTICAS"
Mário Lino já rejeitou as críticas do Tribunal de Contas quanto à actuação do Estado no prolongamento da concessão do terminal de contentores de Alcântara.
O responsável é peremptório: "Não estamos de acordo com as críticas do Tribunal de Contas." Mário Lino considera que o Tribunal de Contas "não encontrou nenhuma ilegalidade nem recomendou a anulação do contrato", e considera procedimento normal o envio do relatório para o Ministério Público.
Confrontado com as críticas em torno deste processo, admitiu que a decisão do Governo "é questionável", como seriam as outras opções que passam pelo resgate da concessão e o lançamento de um novo concurso.
OPOSIÇÃO CRÍTICA NEGÓCIO E SILÊNCIO DO PS
A Oposição voltou ontem a contestar o negócio entre o Governo e a Liscont/Mota-Engil relativo ao terminal de contentores de Alcântara, mas o PS optou pelo silêncio.
"O negócio que o Governo celebrou com a Liscont/Mota-Engilé um escândalo nacional", afirmou a deputada do BE Helena Pinto.Do lado do CDS-PP, o deputado António Carlos Monteiro referiu--se ao assunto como um "problema sério de transparência". "O silêncio do PS é ensurdecedor", comentou ainda o deputado do PSD Jorge Costa.
RENDIBILIDADE
O TC considera que o aumento da rendibilidade, para quase 14%, dos accionistas se traduz numa remuneração "desproporcionada".
6 meses foi o tempo durante o qual foram introduzidas várias alterações ao modelo original.
70% do investimento relacionado com a isenção de taxas vai ser recuperado pela Liscont. São 199 milhões.
António Sérgio Azenha / P.H.G. / Lusa

Companhia da Garagem responsabilizada por danos no Teatro Taborda

In Público (23/7/2009)

«A companhia Teatro Garagem foi responsabilizada por ter procedido a pinturas na parte interior do edifício do Teatro Taborda, na Mouraria, em Lisboa, e ainda por ter cortado balaustradas para ampliar o espaço do palco sem para isso dispor de qualquer autorização camarária, num conjunto de prejuízos que foram estimados em 50 mil euros.
Ficou determinado que o pagamento para a reposição da situação original do espaço será assegurado pela companhia que, para isso, ficará sem o apoio financeiro dado pela empresa camarária EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Actividades Culturais.
Como existe um protocolo em que a EGEAC apoia financeiramente a companhia, a remuneração não será efectuada directamente. O que acontecerá é que o apoio não será recebido pelo Teatro Garagem até perfazer todos os custos da recuperação.
A decisão da culpabilização daquela companhia teatral, que actualmente ocupa o espaço da propriedade da autarquia lisboeta, saiu de um inquérito anunciado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, depois de o vereador da CDU na câmara, Ruben de Carvalho, ter levantado a questão numa reunião executivo a 24 de Junho.
A companhia, que usa este teatro desde 2005, quando lhe foi cedido pela EGEAC, decidiu pintar as paredes e o tecto a tinta de óleo preta para a sua nova encenação, em alguns locais por cima de talha dourada. Disse na altura o vereador Ruben de Carvalho que tal acção prejudicou a recuperação feita na década de 70 pela autarquia, nesta sala de teatro inaugurada em 1870, numa homenagem, ainda em vida, ao actor Francisco Taborda. A partir de 1916 deixa de funcionar estritamente como teatro. Foi adquirido em 1966 pela Câmara de Lisboa, que iniciou a sua recuperação em 1989, num projecto integrado de reabilitação urbana.
Segundo o jornal i, a intervenção terminará a 1 de Setembro, mas a EGEAC e a Câmara Municipal de Lisboa vão proceder a uma avaliação sobre o protocolo existente com o Teatro da Garagem.
50 mil euros é o valor estimado dos custos das obras de recuperação pelas alterações feitas pela companhia da Garagem »

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Motivo mais do que suficiente para a CML rescindir todo e qualquer acordo com os srs. artistas, que poderão fazer o que fizeram nas garagens, mas ali é que não. Aliás, o Taborda há muito tempo que não tem rumo. Aproveite-se esta altura para lho devolver.

Câmara autoriza cartaz ilegal no Rossio



In Público (23/7/2009)
José António Cerejo

«Licença para "telão" publicitário foi dada, por três meses, sem a indispensável autorização do Igespar. Depois de pedida e recusada a legalização do anúncio, a autarquia não mandou tirá-lo



A Câmara de Lisboa autorizou há meses a instalação de suportes publicitários de grandes dimensões na Praça D. Pedro IV sem ter solicitado o parecer obrigatório e vinculativo do Igespar - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico. Já em Maio requereu a este instituto a legalização dos suportes ilegais - uma tela de grandes dimensões da empresa Renova e uma tenda da Chevrolet -, mas a resposta foi negativa. Apesar disso, o anúncio da fábrica de papel mantém-se no local.

Bem conhecida dos serviços da Direcção Municipal de Ambiente Urbano, tutelada pelo vereador José Sá Fernandes, a Lei do Património não deixa dúvidas: o licenciamento deste género de suportes em áreas protegidas, como é o caso, carece de parecer favorável, prévio, do Igespar.
Neste caso, porém, a câmara não pediu o parecer necessário e autorizou a Renova a montar o cartaz com 10,4 por 6,8 metros na fachada do edifício do Rossio em que funciona, há décadas, a Livraria do Diário de Notícias, cobrindo integralmente os pisos superiores. A licença foi emitida para vigorar durante os meses de Maio, Junho e Julho. Quanto à Chevrolet, a autorização incidiu sobre a instalação de uma tenda e de vários mastros com pendões, mesmo em frente ao cartaz da Renova.
A 28 de Maio, já depois de vários munícipes terem criticado a situação, a câmara pediu ao Igespar a "legalização" do cartaz e da tenda da Chevrolet. Em ambos os casos, a decisão foi negativa, tendo o despacho de "não aprovação" do director do Igespar, relativamente à Renova, sido assinado a 29 de Junho por Elísio Sumavielle, e comunicado à autarquia a 6 de Julho. Fundamento: a dimensão e o impacte visual negativo e ainda a prática do Igespar de não autorizar estes suportes em áreas protegidas.
Passadas três semanas, o "telão" ali permanece e só deverá sair no final do mês, altura em que expira a licença. A tenda, por seu lado, já foi desmontada, mas o PÚBLICO não conseguiu esclarecer se isso aconteceu em consequência da posição do Igespar ou por o prazo da licença ter terminado.
Contactado pelo PÚBLICO, o assessor de imprensa de José Sá Fernandes afirmou que a licença do cartaz foi emitida com base num parecer da Comissão de Publicidade Exterior da Câmara, que, por sua vez, "se baseou num parecer favorável, dado há alguns meses pelo Igespar, para um anúncio idêntico que esteve ao lado do café Nicola". O mesmo assessor disse que a câmara só recebeu o parecer desfavorável a este caso no início de Julho e que o cartaz vai ser retirado na próxima semana [quando acabar a licença]. "A competência nestas matérias é dos serviços e o vereador não tem que ter conhecimento", disse João Camolas, acrescentando que "a posição dele é a que sempre foi e não houve qualquer inversão". »

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Trata-se de uma batalha de há longos dias do Fernando Jorge. São caricatas as desculpas do pelouro da CML, face a este atentado à higiene urbana! Tire-se aquilo dali, JÁ!!!

22/07/2009

"Isto tem um nome"

Aconselho fortemente a leitura deste post no Blasfémias.

PS - Ou deste artigo, no Público.

Nova "Cidade Judiciária" de Lisboa é inaugurada quarta-feira com 21 tribunais

«Lisboa, 21 Jun (Lusa) - O Campus de Justiça de Lisboa, que será inaugurado quarta-feira, concentra no Parque das Nações cerca de 2 400 magistrados e funcionários da Justiça distribuídos por 11 edifícios, que alojam 21 tribunais e serviços, custando mensalmente quase um milhão de euros.

As mudanças para o novo espaço dedicado à Justiça foram feitas de forma faseada desde Dezembro de 2008 e concluídas na semana passada, de forma que quarta-feira, na altura da inauguração oficial, já tudo estará a funcionar no Office Park do Parque das Nações.

Ao todo, são 36 200 metros quadrados dedicados à Justiça: nos 11 edifícios funcionarão tribunais, juízos, serviços do Ministério Público, conservatórias, direcções-gerais e institutos públicos.

O Campus da Justiça de Lisboa vai ter 4 mil lugares de estacionamento subterrâneo para o público e os funcionários. O arrendamento dos edifícios tem um custo, segundo o Governo, de 9,6 milhões de euros. Segundo o ministro da Justiça, Alberto Costa, com este novo parque da Justiça "conseguir-se-ão importantes economias, já que o Estado dispõe actualmente de 16 arrendamentos, que representam um custo de perto de sete milhões de euros por ano".

Os tribunais a funcionar no Campus da Justiça de Lisboa são o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), Tribunal de Instrução Criminal, Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), Varas Criminais, Juízos Criminais, Tribunal de Execução de Penas, Juízos de Pequena Instância Criminal, Juízos de Execução e Tribunal de Família e Menores. Tribunal do Comércio, Tribunal Tributário, Tribunal Marítimo, Tribunal Administrativo de Círculo, Tribunal Central Administrativo do Sul,
Direcção-Geral da Administração da Justiça, Direcção-Geral da Política de Justiça, Instituto dos Registos e do Notariado, Registo Predial, Registo Automóvel e Espaço Polivalente ficarão igualmente instalados no 'Office Park', no Parque das Nações.

RCS/CC.
Fonte: Agência LUSA»

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O zoning continua. Com 50 anos de atraso. Paradoxalmente desactualizado.

JARDIM CESÁRIO VERDE - 2ª parte


Começaram finalmente as obras de requalificação no jardim Cesário Verde?
Parece que sim. Pelo menos o seu início, já que a vedação metálica, o arranque das poucas "plantas" que ainda persistiam nos canteiros e o nivelamento das terras assim o indiciam.
Isto apesar deste cenário manter-se assim, há pelo menos três semanas, sem alteração visível:
Quero crer tratar-se da ultimação de algum pormenor em falta.
Resta lembrar que seria conveniente implementar um sistema de rega automático; recolocar a calçada nos imensos buracos existentes; proibir o estacionamento em cima dos passeios; dar solução aos sanitários públicos existentes e por último, dar uma pintadela aos bonitos candeeiros do jardim alterando-lhes o sistema de iluminação ( mas sem alterar os candeeiros) .
Ah e resta também dar os parabéns á CML, apesar do calendário em que foram iniciadas estas obras mas, mais vale tarde que nunca...

EMEL: ANTIGO ADMINISTRADOR ACUSA FISCAIS DE DESVIAR DINHEIRO


por Ana Rita Guerra, Publicado em 22 de Julho de 2009


Presidente da empresa rejeita alegações e garante que na EMEL há fortes medidas de segurança
Os funcionários da EMEL tiram dinheiro dos parquímetros instalados em Lisboa. E a prática é sistemática. Quem o garante é Pedro Policarpo, ex-administrador da Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa, que saiu da EMEL no final de 2008 em rota de colisão com o executivo camarário. Em declarações ao i, Pedro Policarpo diz que alguns funcionários foram mesmo apanhados em flagrante, mas desconhece as sanções que terão sido aplicadas.
As alegações são totalmente rejeitadas por António Júlio de Almeida, actual presidente da EMEL, que considera "de má--fé" as acusações do antigo administrador. "As colectas são objecto de duas fases de conciliação", explica o presidente ao i, frisando que "foram introduzidos ajustamentos técnicos" nas zonas onde realmente havia desvios frequentes de dinheiro. António Júlio de Almeida sublinha que este problema era causado por arrumadores e outros factores, alguns de natureza técnica, e não por fiscais da empresa.
Porém, Pedro Policarpo garante que a situação continua. A suspeita sobre os funcionários foi lançada no Verão passado e está documentada no Relatório de Actividades e Progresso (RAP) de Setembro de 2008, a que o i teve acesso.
O episódio passou-se durante as Jornadas da Via Pública, organizadas pela EMEL conjuntamente com a SPARK (Street Park) no dia 10 de Julho. "Foram trocadas acusações entre o responsável pela contabilidade e o representante dos trabalhadores da EMEL", conta Pedro Policarpo, sublinhando que a discussão teve início quando um administrador da EMEL perguntou se os fiscais tinham acesso físico ao dinheiro.
Ao contrário do que acontece noutros sistemas, em que são usados cofres encaixáveis de função automática, em muitos casos os funcionários da EMEL abrem os parquímetros e tiram as moedas à mão para sacos de plástico. António Júlio de Almeida salienta, todavia, que em muitos parquímetros já é possível a recolha automatizada.
Todavia, o episódio acabou por ser reportado no relatório de Setembro, onde pode ler-se: "Parece relevante, e de elementar prudência, que no seguimento das acusações que foram trocadas entre funcionários da EMEL se proceda a uma auditoria para que se perceba da eventualidade apontada e relativa a desvios de dinheiro das máquinas."
Em Novembro, a SIC deu conta de que o Tribunal de Contas teria recolhido provas e testemunhos que confirmam a existência de desvios de dinheiro das máquinas, mas nenhuma auditoria foi publicada sobre o tema. Já em Maio deste ano, o tribunal arrasou o contrato da EMEL com a SPARK e apontou falhas graves na contabilização das receitas (ver texto ao lado). Pedro Policarpo insiste que os desvios são frequentes e acontecem com recurso a dois esquemas distintos (ver infografia ao lado). O ex-administrador afirma que foi devido a quase todas as máquinas terem sempre desvios positivos que começou a desconfiar da situação, calculando que os funcionários deixam algum dinheiro a mais para esconder os desvios.
"Como é possível que uma empresa pública que foi criada para cobrar taxas de estacionamento dê prejuízo todos os anos?", questiona o ex-responsável, afirmando que a EMEL tem problemas estruturais de despesismo e ineficácia das cobranças. No entanto, o ex-administrador garante que nunca conseguiu uma reunião entre o presidente da Câmara, António Costa, e o conselho de administração da EMEL. "Depois de ver que a EMEL era uma empresa com gestão à BPN, em que não há reuniões, percebi que as coisas iam correr mal", afirma Pedro Policarpo ao i.
Para António Júlio de Almeida, que ainda não tinha assumido a presidência da EMEL quando os factos detalhados por Pedro Policarpo terão ocorrido, as acusações não têm credibilidade. "Temos hoje índices de desvio muito baixos, mais baixos que muitas grandes empresas", assegura. A EMEL está a conduzir um estudo sobre novos modelos de tarifário para melhorar a eficiência. E as conclusões estarão prontas em Setembro.
in "i"

21/07/2009

Contratos

"Lisboa/Contentores:Contrato prevê indemnização à Liscont por restrições técnicas, ambientais e meteorológicas"

Deste, lá vamos sabendo algumas coisas - e saberemos mais, esperemos - porque o absurdo era realmente inconcebível. O que se passará com aqueles que não conhecemos?

O que me parece incompreensível é como é que um Governo chega a este ponto? Será que se sentia totalmente impune? Que tudo lhe era possível?

Bonificações para fixar actividades inovadoras a Oriente

In Público (21/7/2009)
Inês Boaventura

«O Plano de Urbanização da Área Envolvente à Estação do Oriente prevê a divisão da zona em vários quarteirões independentes com usos mistos, no interior dos quais será incentivada a fixação de actividades ligadas ao conhecimento, através da atribuição de "bonificações" pela autarquia no momento da sua fixação.
O plano, que se encontra em apreciação nos serviços camarários, foi ontem apresentado por Juan Busquetes e parte do pressuposto de que com a alta velocidade a Gare do Oriente se vai tornar "o nó intermodal mais importante do país". O arquitecto lembrou que "no outro lado do caminho-de-ferro existe
uma cidade a transformar", junto ao local "onde se produziu há uma década um Big Bang", que foi a Expo-98.
Juan Busquetes propõe que o espaço junto à gare seja visto como o down-town, estando por isso aberto a edifícios mais altos, numa altura que não quantificou mas disse ser inferior à do Parque das Nações. Aqui haveria hotéis, escritórios e actividades inovadoras. Em seu redor, e lembrando que já existe a zona habitacional da Quinta das Laranjeiras, o arquitecto propõe que se criem quarteirões independentes, com actividades laboratoriais, ligadas aos media e à investigação biomédica. Para isso, sugere que a câmara atribua "bonificações na edificação". Isto lado a lado com habitação, escritórios, comércio, serviços, estacionamento e espaços verdes.
Ontem foram também apresentados, entre outros, o Plano de Pormenor da Baixa e o Plano de Urbanização de Alcântara, que, de acordo com o vereador do Urbanismo, serão discutidos em reunião camarária na próxima semana. Em relação à Baixa, Jorge Catarino Tavares afirmou que com este plano "fica concluída uma das condicionantes essenciais para a candidatar a Património Mundial". Segundo o autor, está prevista a criação de um programa informático através do qual se poderá saber quais as condicionantes de intervenção para cada um dos edifícios.
Para o presidente da câmara, este e outros planos que estão a ser desenvolvidos demonstram "um potencial enorme de investimento, que está há anos paralisado". Segundo António Costa, são "mais de 26" os estudos urbanísticos que durante a sua presidência foram desenvolvidos ou concluídos. I.B.»

Biblioteca da Penha de França reabre hoje

In Público (21/7/2009)
Diogo Cavaleiro

«Nove meses depois de ter sido encerrada para obras de beneficiação, a Biblioteca Municipal da Penha de França, em Lisboa, é hoje reaberta com uma oferta alargada, em que jornais e revistas se juntam a filmes e música para públicos variados.
Os moradores das freguesias da Penha de França, São João, Alto do Pina, Graça e São Jorge de Arroios têm agora uma biblioteca mais próxima, que a câmara pretende que se torne um dos locais escolhidos para a ocupação dos seus tempos livres. Melhores acessibilidades para deficientes são agora garantidas, depois da requalificação do equipamento, instalado num palácio do século XVIII, na Calçada do Poço dos Mouros.
Com a renovação da biblioteca, a sala infanto-juvenil, desactivada desde 2005, foi recuperada para permitir uma mais fácil ligação das crianças à leitura, contando com a interacção dos pais, professores e educadores no local. Por sua vez, a sala de leitura proporciona um fundo documental de carácter geral, contando com técnicos especializados para apoiar a pesquisa de informação de que os utentes necessitem. A Internet faz ainda parte da oferta renovada, não só para o alargamento dos conhecimentos dos leitores mas também para o seu entretenimento.
A renovação da biblioteca da Penha de França está, segundo um comunicado da autarquia, integrada num "plano ambicioso" de modernização da rede de bibliotecas municipais da cidade. De acordo com Francisco Mota Veiga, director municipal de Cultura da Câmara de Lisboa, não se trata propriamente de um plano calendarizado mas, sobretudo, do reconhecimento de que "a rede de bibliotecas precisa de ser olhada no seu conjunto e de ser repensada estrategicamente". A intervenção começou com a constatação de que algumas das bibliotecas se encontravam "em condições precárias", o que conduziu, por exemplo, ao encerramento da biblioteca de Alvalade.
Já a Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, é aquela que tem "condições mais equilibradas" e é considerada como de "nova geração". Francisco Mota Veiga acrescentou que, no quadro do plano, vão também surgir bibliotecas em locais que ainda não são contempladas pela rede, como a zona de Benfica.
18
A rede municipal tem 18 unidades, duas são itinerantes e três especializadas: a Bedeteca, a Biblioteca Por Timor e a Biblioteca-Museu República e Resistência»

Terminal de cruzeiros avança com concurso e sem hotel e comércio

In Público (21/7/2009)
Inês Boaventura

«Câmara vai lançar concursos de arquitectura para a Praça de Espanha, Largo do Rato e mais cinco zonas da cidade nos próximos meses


O vereador Manuel Salgado anunciou ontem que a Câmara de Lisboa se prepara para lançar nos próximos meses sete concursos públicos de arquitectura, alguns dos quais em parceria com outras entidades. Entre eles está o do terminal de cruzeiros entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco, que, ao contrário do que pretendia a anterior Administração do Porto de Lisboa (APL), não terá as valências de hotel e centro comercial.

O concurso do terminal de cruzeiros será provavelmente lançado em Setembro, em parceria com a APL, tal como um outro relativo à praça existente junto à Doca de Santo Amaro, que poderá ser lançado ainda este mês. Cai assim por terra o muito contestado projecto que previa para Santa Apolónia, além de uma gare marítima para cruzeiros, um hotel com dois pisos, uma área de escritórios, zonas comerciais e estacionamento.
Também segundo Manuel Salgado, e em parceria com a Frente Tejo, deverão avançar em Setembro os concursos públicos para a área entre o Campo das Cebolas e a Doca da Marinha e para o espaço público da zona monumental de Belém.
O vereador do Urbanismo revelou ainda que a autarquia "vai alterar completamente" o espaço público do Largo do Rato, que um estudo do investigador Aymeric Bole-Richard, divulgado pelo PÚBLICO em 2008, conclui ser "um lugar hostil e perigoso para o peão". Manuel Salgado corrobora esta visão e diz que quer que o peão passe a ser "rei" neste local.
Em Setembro, numa intenção que o autarca admite que poderá só ir avante no próximo mandato, deverá ser lançado o concurso para o centro de congressos da Praça de Espanha. Por fim, a câmara vai desafiar jovens arquitectos a desenvolverem um projecto para terrenos municipais de Pedroços, que inclua creche, biblioteca e zonas de habitação, mas também um núcleo de "habitação evolutiva, que possa crescer em função das necessidades das famílias".
À margem da apresentação de planos e estudos urbanísticos lançados neste mandato, Salgado admitiu que lhe causou "alguma surpresa" o recente anúncio da expansão do Metro a Loures. Isto porque, diz, num relatório preliminar apresentado pela transportadora em Junho esta obra não era "prioritária", ao contrário de outras, como o prolongamento da linha Verde a Carnide. O vereador considera que "a grande aposta" para os próximos anos não deve ser o metro convencional, mas sim uma rede de eléctricos rápidos de superfície, a implementar por exemplo em Alcântara»

...

Vamos por partes:

- É bom que haja concursos públicos para dar e vender, sobretudo quando os projectos mais importantes a decorrer neste momento não foram sujeitos a tal: Terreiro do Paço e Museu dos Coches.

- É bom que o projecto "freak" que a APl concebeu (curioso como nunca ninguém se assumiu como sendo o autor do boneco então publicado por tudo quanto foi sítio) foi para o lixo e volta tudo à estaca zero. Simplesmente, o essencial da questão nem sequer é o boneco mas sim a opção de fundo, totalmente errada a meu ver:

Lisboa tem 2 belos terminais de cruzeiros que precisam ser recuperados, remodelados, sim, mas que são perfeitamente utilizáveis como tal, sem desprimor seja para quem for. Ainda por cima estão num local priveligiado - Alcântara e Rocha Conde d'Óbidos. Assim, o que está em causa é a péssima opção de quem direito (quem será?), essa sim ser ir a votos nem sequer a debate público, em ampliar/construir um mega-terminal de cruzeiros, para navios com cerca de 10 andares, em frente a Alfama, com o previsível corropio de centenas de autocarros, etc. Parece-me totalmente errado.

- É bom que a Praça de Espanha deixe de ser o que é, e que das áreas ajardinadas se possa fazer um jardim, de facto, com acesso por todos os lados da praça, e que aquele pseudo-mercado aberrante sai dali para fora; e que aquele infecto terminal de autocarros seja mais digno. Do que a Praça de Espanha não precisa, certamente, é de ficar SEM o IPO, e com construção desenfreada, mais do que a já tem.

- É bom que alguém pegue finalmente no Largo do Rato, essa aberração descomunal, fruto do "engenho" de Krus Abecasis, que de um momento para o outro lhe acabou com a placa central, com as árvores, etc. "Negócio" feito a meias com o Metro e a Carris, um a fazer saídas e caixas de elevador onde não devia, outro a terminar indevidamente com o eléctrico. Do que o Rato precisa não é de monos, nem de especulação imobiliára pelo quarteirão da Fernandes adentro, mas sim de espaço público, árvores, recuperação do edificado (a começar pela obra de arte de Ventura Terra da Rua Alexandre Herculano, 77) e, sobretudo, remodelação completa da circulação, nem que para isso tenhamos que levar com uns anitos de obras.

20/07/2009

Uma questão de promiscuidades

In Público (19/7/2009)
Por António Sérgio Rosa de Carvalho


«"A cidadania não vai a votos. A cidadania exerce-se"! Num texto anterior publicado no PÚBLICO, afirmava isto, motivado pela necessidade de defender "um cordão sanitário" entre a jovem e frágil democracia participativa e a erodida e desprestigiada democracia representativa.
Algo mais, já então, me motivava. A consciência intuitiva de que Helena Roseta pertencia àquele grupo de políticos profissionais que, conscientes do cansaço, erosão e de um progressivo distanciamento dos votantes, encontrava nos "cidadãos" participativos uma fórmula "refrescante" e uma oportunidade de "reformatar" o discurso. A máscara caiu. A razão diz-nos que não é supreendente, mas o sentimento exalta uma indignação, perante um sentimento de manipulação, ou mesmo, e é preciso dizê-lo, de traição.
A enorme bofetada que Helena Roseta dá em todos aqueles que seguiram o seu discurso de independência implica também uma enorme machadada na jovem e frágil democracia participativa, e, consequentemente, directa e indirectamente, na credibilidade da já tão doente democracia representativa.
Ela, de forma brutal, projecta todos aqueles que acreditaram numa plataforma de participação transversal aos ciclos políticos, num espaço ecléctico e pluralista de manifestação de individuos-cidadãos, unidos apenas pela urgência dos temas, novamente, na polarização dos blocos políticos e dos aparelhos ideológicos.
Ela mata, assim, uma dialéctica estimulante e melhoradora da própria democracia ao, de forma facciosa e oportunista, querer monopolizar a cidadania para um campo da "esquerda", como se tal fosse possivel...
Esta atitude é comparável à afirmação de que o humanismo do séc. XXI, a consciência ambiental, a ecologia e a consciência urgente da necessidade imperativa da salvaguarda ecológica do planeta são exclusivos da "esquerda".
É por isto que eu afirmo claramente aqui que já sei em quem não vou votar... E, ao contrário do prof. Carmona,
digo-o: não vou votar no triunvirato Costa-Zé-Roseta.
Em quem vou votar, como muitos, não sei...
Portanto, apelos aos restantes para me convencerem, dizendo desde já que:
- não quero mais trapalhadas urbanísticas com histórias de permutas, trocas, baldrocas;
- não quero, pelo menos no primeiro mandato, mais obras públicas com orçamentos "em derrapagem";
- não quero mais encomendas a arquitectos do star system, a cobrarem fortunas por "maquetas" feitas de caixas de sapatos;
- não quero mais destruição do património arquitectónico, através da especulação imobiliária ou da "criatividade" corporativa dos arquitectos, não só nas avenidas românticas, mas em toda a Lisboa. Isto implica Largo do Rato, Terreiro do Paço, etc, etc.
Quero:
- reabilitação, reabilitação, reabilitação... urbana, com responsabilidade técnica e grande rigor na perspectiva da salvaguarda do património;
- a Baixa classificada como Património Mundial e a respectiva carta de valores e regras que isso implica;
- repovoamento do centro histórico;
- estratégia e planeamento na área do urbanismo comercial;
- gestão equilibrada na estratégia do trânsito e do estacionamento, incluindo uma Autoridade Metropolitana de Lisboa e um Regulamento de Cargas e Descargas;
- gestão dos espaços verdes;
- ao menos, a existência de uma política cultural e museológica para a cidade de Lisboa.
Bem, não tenho mais espaço... Acima de tudo, viva Lisboa! Lisboa merece mais.
Historiador de Arquitectura»

19/07/2009

Cineconchas


O resultado de um bom casamento entre uma Instituição local de apoio social e um movimento cívico. Uma actividade integrada nas comemorações das Festas de Lisboa com uma programação abrangente e com o objectivo alcançado de juntar diferentes públicos num espaço privilegiado da cidade - O Parque das conchas.

17/07/2009

Tela de publicidade da Renova no ROSSIO foi reprovada pelo IGESPAR


A tela de publicidade da RENOVA no Rossio recebeu parecer de não aprovação tanto do IGESPAR como da DRCLVT. Esta informação é pública e foi confirmada oficialmente.

A CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA:
Mais uma vez, esta tela foi licenciada pela CML (por um periodo de 3 meses - Maio, Junho e Julho) sem que primeiro tivesse sido efectuado o pedido de autorização ao IGESPAR. Porque razão a CML sistematicamente não acautela os procedimentos previstos na lei? Porque razão a CML só efectuou o pedido um mês depois da tela estar instalada, ou seja, quando o pedido já não faz sentido? É intencional ou pura desorganização dos serviços da CML?

Este caso indicia situações preocupantes dentro da Direcção de Ambiente Urbano da CML. O espaço público de Lisboa - em particular o centro histórico - não pode continuar a ser explorado desta maneira pelas grandes marcas e com a cumplicidade da própria CML.

Porque razão a tela do Rossio foi licenciada uma vez que nunca poderia receber um parecer positivo do IGESPAR / DRCLVT? Lamentável a Câmara Municipal de Lisboa ter licenciado esta operação de marketing de uma empresa privada apesar de ir contra as regras internacionais de gestão de um centro histórico. Desde Maio que temos o Rossio desfigurado com uma mega tela de publicidade afixada num imóvel classificado, numa zona urbana de relevância nacional e até mundial.

A RENOVA:
Condenamos a RENOVA por ter avançado com um projecto desta natureza que óbviamente nunca poderia receber um parecer positivo do organismo do Estado responsável pela salvaguarda do Património classificado. Só quem não conhece a redacção da Lei do Património, ou quem tem pouca ou nenhuma consideração pelos bens culturais classificados, pode conceber e implementar um campanha de publicidade com este impacto negativo.

Mas os cidadãos tomaram nota desta situação, donde se tiram as seguintes conclusões sobre a RENOVA:

-Desconhece a Lei do Património;
-Ignora pareceres obrigatórios e vinculativos do IGESPAR/DRCLVT;
-Explora a cidade histórica e o seu património para fins comerciais;
-Revela insensibilidade aos bens culturais classificados;
-Promove más práticas de marketing e publicidade.

Esta mega tela de publicidade, mal disfarçada de «comunicação» da RENOVA (como lhe chama a empresa), é um atentado ao património classificado, uma ofensa a Lisboa.

É uma vergonha que uma marca portuguesa e a CML sejam cúmplices de uma intervenção que desfigura o património arquitectónico de Lisboa. Seria impossível instalar uma tela de publicidade destas numa praça de igual importância em Paris, Londres, Viena ou Roma.

Resta aos cidadãos prevenir que situações como esta se repitam no futuro. Devemos estar atentos e não hesitar em recorrer a todos os meios legais para proteger e salvaguardar o património classificado. A lei do Património existe para ser cumprida e não para ser ignorada ou contornada.

Petição - Salvem o Lusitano Clube de Alfama

Por favor assinem e divulguem o mais possivel. Vamos criar um elo de comunicação e salvar esta secular Associação recreativa da cidade de Lisboa.

Ler e assinar aqui:

http://www.peticao.com.pt/lusitano-clube-de-alfama

LISBOA É...

...um largo no coração do centro histórico de Lisboa transformado em parque de estacionamento ilegal. É o Largo Rafael Bordalo Pinheiro à hora do almoço (mas à noite ainda é pior, particularmente ao fim de semana). Para quando a devolução deste largo no Chiado à cidade? Apenas uma das viaturas na imagem está em circulação - qual delas é? E reparem bem no sinal vertical a proibir o estacionamento, reduzido a patético emblema da impunidade que reina no espaço público da capital!

Em discussão pública:

http://dre.pt/pdf2sdip/2009/07/136000000/2818828188.pdf
Aviso n.º 12618/2009. D.R. n.º 136, Série II de 2009-07-16
Câmara Municipal de Lisboa
Alteração ao plano de urbanização do Alto do Lumiar

http://dre.pt/pdf2sdip/2009/07/136000000/2818828188.pdf
Aviso n.º 12619/2009. D.R. n.º 136, Série II de 2009-07-16
Câmara Municipal de Lisboa
Período de discussão pública para aprovação da operação de loteamento a levar a efeito nos prédios sitos na Avenida de Gomes Pereira, 11-13, descritos na 5.ª Conservatória do Registo Predial de Lisboa sob os n.os 1491, 1492, 1493 e 1380 e inscritos na matriz sob os n.os 323, 240 e 239

O que é isto?! Aceitam-se apostas

Rua Capitão Ramires, Campo Pequeno

O que serão estes pedaços de metal espetados no passeio?
Para evitar que os peões caminhem nos lugares de estacionamento?
Para-choques para os prédios?

TC arrasa terminal de contentores

In Sol Online (17/7/2009)
Por Graça Rosendo*

«No relatório final sobre os contentores de Alcântara, o Tribunal de Contas não poupa críticas ao negócio que «só serviu os interesses do promotor»,adianta o SOL desta sexta-feira

O relatório final da auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa – feito entre o Governo, a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a empresa Liscont, do grupo Mota-Engil –, foi aprovado esta semana e confirma tudo o que já fora concluído pelos juízes no relatório preliminar.

O plenário dos juízes da 2.ª secção do TC, depois de ouvidos os argumentos quer da APL quer do Ministério das Obras Públicas, manteve a posição inicial de que o contrato feito com a Liscont – sem concurso público e alargando a concessão por mais 27 anos – é ruinoso para o Estado e não acautela o interesse público. E nem sequer faz uma previsão realista do negócio que serve de base ao modelo financeiro e no qual assenta todo o contrato.

«Foi um negócio ruinoso para o Estado», que «só serviu os interesses do promotor», confirmou uma fonte do Tribunal de Contas, sobre as conclusões desta auditoria.

Segundo soube o SOL, as respostas enviadas ao Tribunal pelo Governo e pela APL, para efeitos de contraditório, apenas reforçaram as conclusões negativas dos conselheiros da 2.ª secção. E, em alguns casos, até aumentaram a sua desconfiança relativamente às consequências deste contrato para os interesses do Estado.

Um dos principais problemas colocados pelos juízes do TC prende-se com o facto de não ter sido realizado concurso público para alargar o prazo desta concessão de exploração de um serviço público. O Governo optou pelo ajuste directo à Liscont, alegando que esta empresa privada faria, a suas expensas, as obras de alargamento do terminal de Alcântara, para permitir que, a prazo, o movimento de contentores atingisse o milhão por ano.

O modelo financeiro e as projecções comerciais em que assenta todo o negócio são também duramente questionadas pelo Tribunal de Contas.

*com Luís Rosa»

Ainda, e sempre, o Terreiro do Paço:

Obras na A5 em Duarte Pacheco e Monsanto até final de Agosto

In Público (17/7/2009)

«A Auto-Estrada de Cascais (A5) vai ser alvo de obras de instalação de um novo pavimento para "a absorção de ruído e maior conforto" dos utentes, num investimento de 1,8 milhões de euros, anunciou ontem a Brisa.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Brisa, Franco Caruso, anunciou que as obras de beneficiação do pavimento da A5 vão decorrer entre o nó de Monsanto e o Viaduto de Duarte Pacheco, tendo início a 20 de Julho e terminando a 31 de Agosto.

"As obras consistem na colocação de um pavimento novo, betuminoso misturado com borracha, que tem propriedades de absorção de ruído, além de melhorar o conforto de quem utiliza a auto-estrada", disse Caruso. O porta-voz da Brisa adiantou que a escolha do mês de Agosto para as obras foi propositada, salientando que, neste mês, existe "uma quebra na circulação de 16 por cento" nos picos de 140 mil automobilistas diários que usam a A5. Além da escolha do mês, explicou Franco Caruso, "os trabalhos vão realizar-se, sobretudo, nos fins-de-semana, para reduzir o incómodo dos automobilistas. Durante a semana, os trabalhos a realizar não têm interferência com a circulação, garantiu.
A colocação deste tipo de pavimento na A5 iniciou-se em Agosto de 2007, entre o nó do Estádio Nacional e o nó de Linda-a-Velha. »

16/07/2009

Radares da capital detectaram mais de 446 mil excessos de velocidade

Os radares fixos de controlo de velocidade em Lisboa, em funcionamento há precisamente dois anos, registaram desde Julho de 2007 mais de 446 mil infracções, revelam números da Polícia Municipal.

Fonte do Comando da Polícia Municipal (PM) de Lisboa adiantou à Lusa que as infracções ao limite de velocidade detectadas têm vindo a diminuir substancialmente desde a entrada em funcionamento do sistema, composto por 21 radares espalhados pela capital.

Na análise do Comandante da Polícia Municipal, subintendente André Gomes, esta diminuição justifica-se com o facto de "os automobilistas terem tomado consciência da necessidade de circular mais devagar" dentro da cidade.

De acordo com os números da PM, nos dois anos de funcionamento, que hoje se assinalam, foram registadas 446.529 infracções, das quais 261.770 no último semestre de 2007 (Julho a Dezembro), 129.678 ao longo de 2008 e 55.081 no primeiro semestre deste ano.

Nos primeiros seis meses de funcionamento, o maior número de infracções foi na categoria de "leves" (209.015 infracções), ao contrário de todo o ano de 2008 e primeiro semestre de 2009, onde as "graves" tiveram maior pendor, respectivamente com 93.693 registos e 42.080.

São consideradas infracções "leves" quando o condutor excede até 20 quilómetros o limite estabelecido, "graves" quando é excedido entre 20 e 40 quilómetros e "muito graves"quando ultrapassam os 40 quilómetros. A partir da classificação de grave, o condutor incorre numa pena acessória aplicada pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Comparativamente ao primeiro semestre de 2008, este ano decresceu a quantidade de excessos de velocidade, de 80.412 para 55.081.

Segundo os dados da Polícia Municipal não há um padrão definido entre os radares que registaram mais infracções.

Este ano, o aparelho instalado à saída do Túnel do Campo Grande foi o que registou mais excessos de velocidade (6.206), seguido do da Avenida Gago Coutinho, junto à Rotunda do Relógio (5.702) e do da Segunda Circular, próximo da Avenida Cidade do Porto (4.007).

Em 2007, foi o radar do Túnel do Marquês, sentido Oeste/Este, que registou mais excessos de velocidade (60860), seguido do da Avenida da Índia (37.696) e do da Avenida Marechal Gomes da Costa (17.788).

Em 2008, o radar que detectou mais infracções (29.648) foi o da Avenida Infante Dom Henrique, seguido do da saída do Túnel do Campo Grande (14.305) e da Avenida de Brasília (12.435).

Os 21 radares da capital começaram a funcionar a 16 de Julho de 2007, com algumas alterações posteriores ao limite de velocidade, como foi o caso da Avenida Infante D. Henrique, onde devido a uma petição pública o limite de 50 quilómetros foi alterado para 80.

Os radares estão instalados nas Avenidas das Descobertas, da Índia, Cidade do Porto, Brasília, de Ceuta, Infante D. Henrique, Estados Unidos da América, Marechal Gomes da Costa e Gago Coutinho e nos Túneis do Campo Grande, do Marquês de Pombal e da Avenida João XXI - onde o limite de velocidade é de 50 quilómetros/hora - e ainda na Radial de Benfica, na Segunda Circular e no prolongamento da Estados Unidos da América, onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h.

As coimas variam entre os 60 e os 2.500 euros. O produto das multas reverte em 55 por cento para a Câmara Municipal de Lisboa, 10 por cento para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e os restantes 35 por cento para o Estado.

In JN

Observatório Imobiliário de Lisboa lançado hoje

Consultar obras online vai ser possível em breveBrevemente vai ser possível a qualquer cidadão consultar o número de obras em curso em Lisboa.

Os dados vão constar de relatórios trimestrais que integram também as actividades de licenciamento do Município e a dinâmica imobiliária da cidade.

O objectivo do Observatório Imobiliário de Lisboa, lançado esta quarta-feira, é observar, analisar e recomendar boas práticas tanto ao nível da construção e do licenciamento como ao nível da promoção, adiantou Fernando Santo, o presidente da nova instituição.

A Confidencial Imobiliário é um dos parceiros da autarquia e das associações de promotores e construtores e espera dar um contributo metodológico e contextualizador da actividade de licenciamento municipal. «Somos um pequeno INE para a área mobiliária», diz o presidente Ricardo Guimarães que sublinha o potencial da produção de dados relevantes para Lisboa e para o mercado a outros níveis.

A Câmara de Lisboa espera promover o investimento imobiliário e criar uma plataforma de diálogo entre os principais intervenientes no sector. A autarquia sublinha a necessidade de actualizar a legislação e criar uma nova cultura mesmo nos serviços camarários.

In Agência Financeira


Metro

Autarquia e Governo discutem extensão do Metro até Loures

A Câmara Municipal de Loures e a Secretaria de Estado dos Transportes estão a negociar a chegada do metro subterrâneo ao concelho existindo duas propostas para o prolongamento da linha amarela e vermelha, adiantou hoje a autarquia.
Em declarações à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira, explicou que esteve reunido na passada segunda-feira com a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, onde foi discutido a extensão da linha vermelha até Sacavém e da linha amarela de Odivelas até ao Infantado (Loures).

“Já há algum tempo que temos vindo a reunir-nos e a discutir este dossiê”, revelou o autarca que lembrou que “o metro é já uma reivindicação antiga dos habitantes de Loures”.

A Lusa tentou contactar a Secretaria de Estado e dos Transportes mas tal não foi possível até ao momento.

A Câmara Municipal de Loures, Secretaria de Estado dos Transportes e Metropolitano de Lisboa irão promover esta sexta-feira uma conferência de imprensa onde serão dados mais pormenores e os prazos para a conclusão da obra.

In Diário Digital


O Plano de Expansão do Metro de Lisboa ao concelho de Loures, nomeadamente o prolongamento da Linha Amarela à cidade de Loures e da linha Vermelha à cidade de Sacavém, é apresentado amanhã, sexta-feira, dia 17 de Julho, às 15h00, no Palácio Marqueses da Praia e Monforte, em Loures.

In Odivelas on-line

Homenagem de Lisboa a Maria Keil

In CML

«A Cervejaria Trindade foi o palco escolhido para, no dia 14 de Julho, a Cidade de Lisboa homenagear Maria Keil, numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Academia Nacional de Belas Artes e Cervejaria Trindade.

Esta iniciativa decorreu no âmbito da atribuição do Grande Prémio Aquisição/2009, da Academia Nacional de Belas Artes, atribuído por unanimidade a Maria Keil, personalidade que a partir dos anos 30 do século passado tem atingido grande repercussão nacional e internacional nas mais diferentes áreas da criação artística: pintura, desenho, cerâmica, ilustração.

O Grande Prémio Aquisição da Academia Nacional de Belas Artes, atribuído todos os anos a uma figura com obra representativa na pintura, na escultura e na arquitectura, tem galardoado, desde que surgiu, nos anos 80 do século XX, um leque de individualidades muito diversificado, personalidades que se evidenciaram no exercício de uma carreira profissional de reconhecido mérito e projecção.

A atribuição do prémio decorreu durante um almoço, na Cervejaria Trindade, e contou com a presença, para além da homenageada, da vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Rosalia Vargas, do presidente da Academia Nacional de Belas Artes, António Valdemar, da Administradora do Conselho de Administração da EGEAC, Lucinda Lopes, de representantes da Cervejaria Trindade e de alguns convidados nas áreas das artes plásticas e da história de arte.

A Câmara Municipal de Lisboa associou-se à homenagem à pintora Maria Keil com a entrega, pela vereadora Rosalia Vargas, da Medalha de Honra da Cidade - atribuída em 2007, sob a presidência do Prof. António Carmona Rodrigues - e ao descerramento de uma placa alusiva a Maria Keil, ao lado de um dos painéis de sua autoria, onde também figuram nomes como Luciano Freire (Pintor), Jorge Barradas (Pintor), Columbano (Pintor), Teixeira Lopes (Político) e Gervásio Lobato (Escritor).

A vereadora Rosalia Vargas salientou a obra de Maria Keil e o reconhecimento da Câmara de Lisboa, referindo a relação entre a cultura e a educação como um pilar de desenvolvimento da Cidade.

António Valdemar enalteceu a obra de Maria Keil, que já pertencia à Academia Nacional de Belas Artes, referindo que este prémio foi propositadamente escolhido para ser entregue na Cervejaria Trindade, património cultural da Cidade, e cujo grande salão do fundo - Sala Maria Keil - é decorado pela artista onde estão painéis de mosaico em pedra, inspirados no trabalho de calçada portuguesa "recriando motivos que pertencem ao imaginário da cidade" de Lisboa. Relembrando diversas figuras portuguesas, ligadas à história e à cultura, esta homenagem representa, segundo António Valdemar, o "conciliar da cultura com a cidadania", e aqui "encerramos com chave de ouro, e homenageando uma figura nacional, o primeiro ano de mandato da Academia Nacional de Belas Artes".

As palavras de Maria Keil foram poucas que, profundamente emocionada com esta homenagem e com todas as palavras ouvidas, referiu estar muito contente e agradeceu a todas as individualidades presentes.

Maria Keil é autora da decoração de vários locais emblemáticos de Lisboa: nas décadas de 50 e 60 do século XX, por exemplo, o Metropolitano de Lisboa, então em construção, convida a artista a desenvolver um intenso e árduo trabalho como criadora de painéis de azulejos para a decoração das 19 estações.»

...

Enquanto isso, o Metropolitano de Lisboa acaba de "inaugurar" a estação I de São Sebastião, e "associando-se" à homenagem acaba de arrancar os azulejos de Maria Keil, todos de uma assentada, forrando a estação com azulejos brancos, a maioria, e outros com desenhos assaloiados. Em tempos, aquando de uma petição-fantasma sobre os azulejos em perigo, o Metro veio a terreiro jurar a pés juntos que iria preservar todos os azulejos de Maria Keil, nas estações onde ainda existissem. Vê-se.

PETIÇÃO "PARQUE URBANO CARNIDE-TELHEIRAS"

Solicitaram-me para divulgar a seguinte petição, o que faço com muito gosto após préviamente a ter assinado

Destinatário: Câmara Municipal de Lisboa

Caros vizinhos e concidadãos, foi com enorme preocupação que li a notícia da página 24 do Expresso do passado dia 04/Abril/2009.
O Estado Português, que deveria cuidar do bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos, está a pressionar a C.M.Lisboa para alterar o PDM, de forma a que o terreno junto ao Lar Maria Droste, frente ás Torres de Lisboa e à 2ª Circular, adquira capacidade construtiva.
É do conhecimento público que, nos últimos anos, este terreno foi à praça por várias vezes, mas a licitação ficou sempre deserta porque o valor base de €45 milhões era totalmente desajustado em função das possibilidades de construção.
Porém, se o PDM for alterado para possibilitar a construção de edifícios com utilização mista (habitação e escritórios), apesar da crise e da actual conjuntura, este terreno com cerca de 6 hectares, passará a ser muito apetecível para o sector imobiliário.
No actual PDM, este terreno destina-se instalação de equipamento colectivos que já não serão construídos, pois tratava-se das sedes da RTP e RDP, que entretanto passaram para a antiga sede da Parque-Expo na Av. Marechal Gomes da Costa.
De acordo com a actual proposta de revisão do PDM, este terreno estaria destinado à fruição pela população, ou seja, área verde de recreio e lazer, mas segundo a referida notícia do Expresso, o Governo, pela mão do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Costa Pina, está a pressionar a C.M.L. para que esta proposta de alteração não seja aprovada.
Para que este terreno se transforme num espaço verde e de lazer para usufruto não só da população de Carnide e Telheiras, mas de toda a Cidade de Lisboa, proponho a constituição de uma associação para a construção do Parque de Carnide-Telheiras.
É um acto de cidadania e dever cívico impedirmos que este espaço público, portanto de todos nós, se transforme numa selva de betão.Para tal é fundamental a colaboração e participação de todos.
Telefone, envie um e-mail, PARTICIPE.
Os Peticionários

Helena Roseta será número dois da lista do PS mas não da Câmara de Lisboa

In Público (16/7/2009)
Por Leonete Botelho

«Santana Lopes considera que acordo não traz nada de novo e marca o "regresso dos que nunca partiram"


O acordo está fechado: Helena Roseta é a número dois da lista do PS à Câmara de Lisboa, a seguir a António Costa, mas não vai ser vice-presidente - este será Manuel Salgado - nem, em caso algum, substituirá o presidente da autarquia. O acordo entre os socialistas e o movimento Cidadãos por Lisboa (CPL) passa ainda por quatro candidatos independentes na lista, dois em lugares elegíveis, Roseta e Fernando Nunes da Silva, e pelo segundo lugar à assembleia municipal, ainda não indicado.

Dez dias depois de uma sondagem que dava empate técnico às candidaturas do PS e da direita (a coligação PSD-CDS-PPM-MPT, encabeçada por Pedro Santana Lopes) e mais seis por cento para os CPL, o acordo agora anunciado pode fazer a diferença e garantir a vitória a António Costa. E, de facto, as negociações aceleraram nos últimos dias, com forte empenhamento de Manuel Alegre, que anteontem pré-anunciava o entendimento: "É uma solução possível e boa para o governo da cidade."
O acordo escrito acabou por ser fechado ontem de manhã e trata-se de uma espécie de coligação. Já que a lei não permite este tipo de entendimento pré-eleitoral entre partidos e movimentos de cidadãos, os candidatos dos CPL vão integrar a lista socialista, mantendo-se como independentes e sem que nenhum venha a ocupar o lugar de outro. As substituições serão feitas como se fosse uma coligação, por força política e não na sequência da lista.
Em especial no caso do presidente da câmara, pois fica escrito que, se houver substituição definitiva de Costa, Roseta assegurará que a substituição recaia sobre um candidato do PS. Uma cláusula a precaver a eventual renúncia do presidente para assumir outras funções, como de líder do PS? "O meu projecto de vida para os próximos quatro anos é Lisboa, Lisboa e só Lisboa", responde o autarca. Aquela norma, afirma, só existe porque "há viver e morrer, como dizia a minha avó".
Ontem, num hotel de Lisboa, Costa e Roseta anunciaram o acordo entre sorrisos e promessas. Explicaram que os lugares serão definidos de acordo com o método de Hondt baseado nos resultados das últimas eleições, tanto no executivo como na assembleia municipal. E que os independentes mantêm a sua autonomia, estando apenas comprometidos a viabilizar decisões fundamentais da autarquia, como o seu orçamento.
Nada de novo, diz Santana
António Costa e Helena Roseta justificaram o entendimento por questões de "governabilidade e governança", recusando a leitura que Santana Lopes tinha feito na véspera, aludindo ao medo de perder as eleições. "Não basta ganhar eleições, é preciso ter condições para governar", frisou Costa. Helena Roseta revelou que, antes de fazer o acordo, fez "diligências a nível pessoal" para tentar coligações à esquerda com PCP e BE, que recusaram por entender que "não havia condições".
Para o seu principal adversário, no entanto, a inclusão de Helena Roseta na lista de António Costa marca o "regresso dos que nunca partiram". "Esta semana não trouxe nada de novo para a cidade de Lisboa, apenas clarificou o que já se esperava, ou seja, que os vereadores Helena Roseta e Sá Fernandes aceitam agora oficialmente o ingresso nas listas do PS", afirmou à agência Lusa fonte oficial da candidatura de Santana Lopes.
Já para o cabeça de lista da CDU, Rúben de Carvalho, o acordo anunciado representa uma aproximação de Roseta com "o PS, o engenheiro Sócrates e António Costa", o que enfatiza o papel da CDU na corrida à autarquia. Luís Fazenda, o candidato do BE, esteve indisponível ontem para comentar o caso.
No texto do acordo ontem assinado pouco há sobre o programa eleitoral, para além da promessa de o elaborar "inspirado nos respectivos programas de 2007 e da experiência deste mandato". Refere-se apenas a afirmação da autonomia de Lisboa "perante decisões da administração central que ponham em causa" os interesses da cidade e a reforma da administração municipal.»


Eu diria que, face à conjuntura, se trata de um mal menor e de uma INEVITABILIDADE. Tudo o mais são fantasias.

Polícia Municipal de Lisboa informa no local com dístico autocolante reboque de viatura

In Sol Online (16/7/2009)


«Os automobilistas infractores, na cidade de Lisboa, cujas viaturas sejam rebocadas pela Polícia Municipal (PM), encontrarão a partir de hoje um dístico triangular com informação para levantar a viatura, disse hoje à Lusa fonte da instituição

Um dístico em papel triangular de fundo verde será colado pelos agentes da PM, no lancil do passeio, em mobiliário urbano, ou no alcatrão, aquando do reboque de uma viatura mal estacionada para «informar os munícipes, do local e procedimentos», para levantar o automóvel, explicou à Lusa o comissário Manuel Rodrigues.

A PM pretende «facilitar a vida ao munícipe, e poupar recursos através do dístico informativo», porque «o automobilista sabe de imediato o que sucedeu à viatura, onde está, os contactos, e as acessibilidades ao parque da PM», explicou o comissário.

A medida visa também fomentar a «poupança de recursos às forças de segurança» e evitar o «primeiro susto ao condutor com o desaparecimento do automóvel», porque fica a saber de imediato o local da viatura, justificou Manuel Rodrigues.

O comandante da PM, André Gomes, defende que a «informação ao munícipe é essencial», fornecendo ao condutor infractor do código da estrada, «quais os documentos necessários para levantar a viatura, transportes e contactos» e tudo de forma «biodegradável», porque o dístico é em papel.

Os agentes rebocam a viatura e deixam informação ao condutor sobre a matrícula, a hora a que foi rebocado o veículo e o valor a pagar dos autos de infracção, tudo em português, castelhano e inglês, para o caso de se tratar de turistas estrangeiros a cometer a infracção, concluiu o comandante.

Lusa / SOL»

Assembleia aprova moção contra forma de circulação no Terreiro do Paço

In Público (16/7/2009)

«A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou anteontem uma moção manifestando "discordância" com o modelo de circulação em vigor no Terreiro do Paço e com a sua aprovação "sem estudos prévios sustentados e sem garantir a existência de alternativas viáveis de escoamento do tráfego". O Automóvel Clube de Portugal (ACP) já aplaudiu a iniciativa.
A moção foi aprovada com os votos favoráveis de PSD (autor da moção) e CDS-PP, a abstenção de PCP, PEV e BE e os votos contra do PS. "Está hoje à vista que estas alterações no Terreiro do Paço, na Ribeira das Naus e na Rua do Arsenal estão muito longe de apresentar resultados positivos que as justifiquem, mas sobretudo que justifiquem as consequências altamente negativas para a mobilidade em toda a Baixa, e mesmo em muitos outros pontos da cidade, mas também para a qualidade de vida dos moradores e para os comerciantes da zona e suas actividades económicas", argumenta-se na moção.
Já ontem, o ACP emitiu um comunicado onde se congratula com a iniciativa e critica a Câmara de Lisboa por ter "optado por tomar posições ideo-lógicas em que o automóvel é eleito como inimigo n.º 1" sem "estudar e analisar os resultados obtidos".
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou também, com a abstenção do PS e os votos favoráveis dos restantes partidos, uma recomendação à autarquia para a elaboração de um plano de contingência municipal para a gripe A H1N1. O líder da bancada do PSD, Saldanha Serra, acusou o executivo de só agora ter acordado para o problema, mas o vereador Manuel de Brito contrapôs que a autarquia está a trabalhar "há um mês" na matéria, de uma forma "discreta", para evitar "alarme". Segundo comunicado da câmara, esse plano de acção "deverá estar concluído no final do mês". »

Moradia com azulejos de Almada assaltada há dias

In Público (16/7/2009)

«A moradia da Rua de Alcolena, em Lisboa, que contém nas suas paredes um grande número de painéis de azulejos de Almada Negreiros, foi assaltada e danificada nos últimos dias. A informação foi divulgada anteontem por Rita Almada, uma arquitecta descendente do artista, que comunicou a ocorrência à Câmara de Lisboa e à Polícia Municipal.
De acordo com a mesma fonte, a porta terá sido arrombada e terão sido partidos alguns vidros, ignorando-se se houve danos nos azulejos. A Polícia Municipal tinha ficado responsável pela segurança do imóvel em Fevereiro passado, depois de a Câmara ter embargado a demolição que fora iniciada de forma ilegal, mas ultimamente o edifício tinha voltado ao seu anterior estado de abandono.
Ontem mesmo, na sequência da denúncia do assalto, a Polícia Municipal voltou a colocar um agente em permanência no local. O PÚBLICO tentou saber junto do gabinete do vereador Manuel Salgado se os azulejos foram vandalizados, mas não obteve qualquer resposta. J.A.C.»

Carmona não se candidata, em nome da governabilidade

In Público (16/7/2009)
Inês Boaventura

«"Sei exactamente em quem não vou votar", diz o vereador, que não se sente vinculado a um voto no PSD porque a sua família política, afirma, "é Lisboa"


Carmona Rodrigues confirmou ontem que não é candidato à presidência da Câmara de Lisboa, decisão que justificou com o facto de não querer "contribuir para uma situação de menor governabilidade ou de maior divisão na gestão da cidade". O ex-presidente da autarquia, eleito pelo PSD em 2005, recusou declarar o apoio a qualquer candidato, pelo menos para já, alegando que não se revê em nenhuma das candidaturas.

"Têm sido inúmeras as pessoas que vêm até nós para nos incentivar a continuar, para dizer que somos precisos na câmara", disse o vereador sem pelouros da autarquia, garantindo que esses "apelos" vieram também de "grupos, associações e partidos". Quais? Isso Carmona Rodrigues não quis revelar na conferência de imprensa que ontem promoveu, "por uma questão de respeito".
Apesar disso, e de nas autárquicas de 2007 o movimento de cidadãos que encabeça ter sido a segunda força com mais votos, o engenheiro decidiu não avançar com uma nova candidatura. Isto porque, diz, antecipa uma "difícil governação para a cidade" para a qual não quer contribuir, já que em seu entender vai haver uma grande divisão de votos, tanto na câmara como na Assembleia Municipal.
"Não está nas minhas intenções apoiar ninguém", disse o ex-presidente, acrescentando que não decidirá o seu voto até "conhecer toda a oferta de candidaturas e programas". "Sei exactamente em quem não vou votar", atirou, recusando precisar a quem se referia e negando qualquer lógica partidária: "A minha família política é Lisboa", afirmou.
Carmona Rodrigues assegurou que o movimento Lisboa com Carmona "vai continuar a lutar pelos interesses da cidade de Lisboa", enquanto "associação cívica alfacinha e espaço aberto de discussão e iniciativas". "Orgulho-me do que fiz pela cidade e desta experiência autárquica", concluiu, prometendo para Setembro o lançamento de um livro-testemunho da actividade do movimento de cidadãos que encabeça. »

15/07/2009

Equipa do Plano Regional propõe circular ferroviária

A proposta preliminar do Plano de Ordenamento Área Metropolitana de Lisboa admite a possibilidade de uma circular ferroviária exterior para garantir o eixo Torres Vedras/Setúbal, a ligação de Loures à Linha do Norte e das linhas Cascais/Sintra.

(...)

No documento, a equipa aponta a possibilidade de eventuais estrangulamentos de circulação na Linha de Cintura, por causa dos novos serviços de ligação ao aeroporto entre as margens Norte e Sul do Tejo e do projecto de expansão do Terminal de Alcântara.
In rtp.pt

Posição do GECoRPA sobre a proposta de Regime Jurídico da Reabilitação Urbana:








Assaltada a casa da Rua de Alcolena:






Chegado por e-mail:

«A moradia n.º 28 da Rua de Alcolena, com painéis de azulejos de Almada Negreiros e esculturas de Amaral Paiva, está em processo de classificação patrimonial como imóvel de interesse municipal.

Não obstante, foi arrombada e encontra-se em risco de vandalismo.

Seguem algumas fotografias tiradas a partir do exterior pela Arq. Rita Almada Negreiros, que mostram portas abertas e vidros partidos na zona da marquise (rés-do-chão, à direita).

Apela-se a todos que procurem saber informações junto da Brigada de Obras de Arte da Polícia Judiciária, pelos telefones do piquete 213535380 ou 21 3574566 ou pelo endereço de email do Museu de PJ (Projecto SOS Azulejo): museu.pj@pj.pt

É urgente garantir um policiamento eficiente no local!

Quantos mais formos a pressionar, maior efeito conseguiremos!
»

Proposta de revisão do plano regional da AML dá prioridade à ferrovia contra o automóvel

In Público (15/7/2009)

«Nos últimos anos "não foi possível suster o processo de fragmentação e dispersão urbanas" da região


A versão preliminar do novo Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML) sugere mudanças nas prioridades de investimento público ao nível dos transportes, apostando no modo ferroviário para contrariar o "excessivo" uso do rodoviário.
"A transformação profunda que se propõe no paradigma do transporte de pessoas e mercadorias (...) implica alterações nas prioridades de investimento público", refere a primeira versão do documento final da revisão do plano, aprovada na última reunião da comissão consultiva que acompanha os trabalhos. O PROTAML abrange a Grande Lisboa e a península de Setúbal, com uma população de 2,75 milhões de habitantes e uma área de 2944 quilómetros quadrados.
De acordo com a proposta preliminar, citada pela agência Lusa, "devem prevalecer (...) os transportes colectivos em sítio próprio, com primazia para o comboio, o metro, o metro ligeiro ou outros modos correspondentes, adequados às procuras".
"Foi no domínio dos Transportes e Logística que o PROT 2002 menos resistiu às transformações estruturais que entretanto se verificaram", salienta o texto, realçando a "excessiva expansão do uso do transporte individual" e a "ausência de uma visão e de uma praxis no que concerne ao sistema de transportes".
"A inexistência de uma entidade metropolitana de transportes e a incontrolada dispersão das actividades por todo o território (...) são as duas dimensões maiores do desastre económico, urbanístico e ambiental", refere o texto. Em relação às dinâmicas territoriais 2002-2009, "as grandes linhas foram antecipadas pelo PROTAML 2002", sobretudo no que se refere à compactação de algumas áreas urbanas menos consolidadas e à afirmação de um conjunto de pólos que fortaleceram o potencial de policentrismo da Área Metropolitana.
A equipa da revisão do plano reconhece que "não foi possível suster, em várias frentes, tanto na península de Setúbal como na Grande Lisboa, o processo de fragmentação e dispersão urbanas, não obstante algumas acções de sucesso por parte das autarquias municipais". "O automóvel individual, em correlação com o expressivo crescimento das infra-estruturas rodoviárias, foi o principal suporte deste dinamismo", conclui.
A proposta nota ainda que, apesar dos esforços conjuntos do Estado central e das autarquias, "ainda persistem importantes núcleos de habitats precários ou muito degradados, assim como áreas de habitação social em processo de declínio".
O documento frisa que as áreas industriais desactivadas têm uma forte representação na região, "com particular expressão na península de Setúbal, de Almada a Alcochete e no concelho de Setúbal, entre outros. O sistema urbano, com os ajustamentos que agora são propostos, "vai permitir não só uma melhor localização das actividades económicas que o suportam como a sua distribuição harmoniosa, mitigando as conflitualidades na ocupação do território", refere.
2,75 milhões pessoas vivem na área da Grande Lisboa e região de Setúbal objecto do plano»

Sociais-democratas acusam Costa de usar a autarquia

In Público (15/7/2009)

«O PSD de Lisboa acusou ontem o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, de fazer campanha eleitoral com um documento distribuído pela autarquia e, portanto, com recurso a dinheiros públicos.
A comissão política distrital dos sociais-democratas, fazendo a mesma interpretação dos factos anteontem apresentada pela CDU de Lisboa, diz que o encarte "Carta Estratégica de Lisboa", distribuído pela Câmara, juntamente com vários jornais do fim-de-semana, "não se enquadra em divulgação institucional por não ter sido discutido e aprovado pelos seus órgãos".
No comunicado, pode ler-se que o documento "constitui um logro para os lisboetas e para a cidade", referindo-se também aos investigadores que o produziram e que vêem o seu trabalho "apropriado por uma campanha eleitoral". A comissão distrital do PSD salienta que "o documento não constitui nenhuma posição que vincule ou represente a vontade da Câmara Municipal de Lisboa".
O facto de estarem convocadas eleições autárquicas é a razão apontada no comunicado como suficiente para "uma particular cautela na utilização de recursos públicos". Por isso, o PSD apela à Comissão Nacional de Eleições para que tome especial atenção a esta situação, que considera "inadmissível".
A CDU tomou idêntica posição na segunda-feira, tendo um dos dirigentes do PCP de Lisboa, Carlos Chaparro, afirmado que a coligação está a estudar a hipótese de se queixar à Comissão Nacional de Eleições e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social.»

PSD queria chumbar plano da avenida que já tinha votado

In Público (15/7/2009)
Inês Boaventura

«Sociais-democratas preparavam-se para votar contra, mas aperceberam--se de que, por engano, já tinham viabilizado o plano da Avenida da Liberdade


O PSD preparava-se para votar contra o Plano de Urbanização da Avenida de Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE) na reunião de ontem da Assembleia Municipal de Lisboa mas foi confrontado pela sua presidente com um facto surpreendente: afinal a votação já tinha decorrido há uma semana e o partido abstivera-se, permitindo a viabilização da proposta do vice-presidente da câmara.
"Houve um mal-entendido do PSD naquilo que foi posto à votação na semana passada", justificou aos jornalistas o líder da bancada social-democrata, admitindo que "em 20 anos" de experiência na assembleia nunca lhe tinha acontecido algo semelhante. Segundo Saldanha Serra, o partido julgou, na semana passada, que se estava a votar apenas a alteração de um artigo do PUALZE, ao qual tinha sido suprimida uma alínea, e não o documento na globalidade. "Foi uma má interpretação nossa, que o PSD e o líder da bancada assumem plenamente. Não tem nada a ver com a condução dos trabalhos pela mesa", acrescentou o deputado.
E para que dúvidas não houvesse, foi ontem posta a circular na assembleia parte da acta da última reunião, na qual se dizia explicitamente que a votação a que se ia proceder visava "aprovar a proposta de versão final do PUALZE". PS e PCP votaram a favor, PSD, CDS e Os Verdes abstiveram-se e o BE votou contra.
Perante este facto consumado o líder dos sociais-democratas admite que nada pode ser feito a não ser esperar que o próximo executivo municipal altere o PUALZE, que Saldanha Serra diz ser "uma anormalidade" por promover a "terciarização" de "uma área brutal" do eixo da avenida.
O que também não foi votado ontem foi a alienação dos palácios do Machadinho e Pancas Calha, propostas que serão avaliadas pela Comissão de Habitação e Reabilitação Urbana antes de serem sujeitas ao voto da assembleia. Com o argumento de que a medida só produzia efeitos a partir de Fevereiro e portanto qualquer decisão devia ser deixada para o próximo executivo, o PSD votou contra a abertura de um concurso público para a conservação das áreas verdes da Av. da Liberdade. CDS, PCP, Verdes e BE votaram também contra. »

Roseta e Costa podem estar à beira de um acordo para a Câmara de Lisboa

In Público (15/7/2009)
Inês Boaventura

«Vereadora dos Cidadãos por Lisboa quer o Urbanismo, que sairia das mãos de Manuel Salgado, e o segundo lugar na lista. Nunes da Silva poderá ser o responsável pela mobilidade


A vereadora Helena Roseta deverá anunciar hoje ou amanhã se estabelece um acordo com António Costa e o Partido Socialista para as eleições autárquicas de Outubro. Segundo alguns membros do movimento Cidadãos por Lisboa, a negociação passa pela inclusão de dois elementos do movimento em lugares elegíveis, cabendo a Roseta o número dois da lista do PS, a que corresponderia a vice-presidência da câmara, em caso de vitória socialista.

Segunda-feira à noite, a vereadora promoveu um encontro do movimento Cidadãos por Lisboa, no qual foi debatido o eventual acordo. Segundo a assessora de imprensa de Helena Roseta, a discussão prolongou-se por várias horas e envolveu cerca de 40 pessoas, das quais apenas uma minoria se terá pronunciado contra um entendimento.
Esta fonte não quis adiantar quais os lugares na equipa de António Costa que estão em discussão, mas elementos do movimento confirmaram ao PÚBLICO que a hipótese em cima da mesa é Helena Roseta ser o número dois da lista do PS e ter um outro candidato em lugar elegível. Esse candidato não deverá ser a actual vereadora Manuela Júdice, por questões de paridade de género.
Além do antropólogo e professor universitário Manuel João Ramos, que chegou a desempenhar durante quase um ano o cargo de vereador dos Cidadãos por Lisboa no actual executivo, um dos nomes que estarão a ser equacionados por Roseta para integrar a lista do PS é o de Nunes da Silva, professor univeritário na área dos transportes.
Nunes da Silva não negou esta hipótese, mas disse ao PÚBLICO que discuti-la "é pôr o carro à frente dos bois". "Neste momento o que há é conversações entre a arquitecta Helena Roseta e o presidente da câmara. Primeiro tem que haver um acordo relativamente a um conjunto de situações e depois disso se irá ver", disse o professor, que esteve ligado ao Bloco de Esquerda e ao movimento que o antecedeu.
Um activista dos Cidadãos porLisboa adiantou que a ideia seria Nunes da Silva assumir o pelouro da mobilidade, ficando Roseta com a pasta do urbanismo ou pelo menos parte dela, para não esvaziar aquela que é actualmente a área de competências do vereador Manuel Salgado, que ao que tudo indica deverá continuar na autarquia.
Helena Roseta recusou-se a fazer qualquer declaração sobre o assunto, remetendo os esclarecimentos para a sua assessora de imprensa, segundo a qual a vereadora está a "reflectir" e anunciará uma decisão até ao fim da semana. O facto de António Costa embarcar amanhã para o Brasil, em viagem oficial, poderá, porém, apressar o desfecho. Quanto a eventuais dificuldades no lançamento de uma candidatura autónoma por razões financeiras, que têm sido referidas, a porta-voz disse que "é sempre muito mais difícil" para um grupo de cidadãos do que para um partido, mas negou o peso deste factor na decisão sobre o acordo.
Anteontem, durante a apresentação da sua candidatura, António Costa apelou a uma união suprapartidária e agradeceu o trabalho das vereadoras Helena Roseta e Manuela Júdice, gesto que foi interrompido por aplausos dos presentes. Ontem, na apresentação pública da revista Ops! (Opinião Socialista), Manuel Alegre declarou que o acordo entre Costa e Roseta "é possível, é desejado, é bom para o governo da cidade". "Se ele se concretizar - como espero -, terá todo o meu apoio", concluiu.»

14/07/2009

Os parquímetros são caros?!

Nesta posta mostrei que em Lisboa o automóvel tem preços de desconto na ocupação do espaço público, comparado com outras ocupações. Nesta outra tinha referido que os parquímetros no centro de Amesterdão era ligeiramente mais caros que os lisboetas: 4.80€. Depois de um rico, agora um exemplo de um país mais pobre, o Chile.

330 pesos por meia hora que por acaso correspondem ao preço de Lisboa, 0,40€. Mas primeiro, trata-se de uma foto de uma pequena cidade chilena, e não da capital. Segundo, o preço de uma refeição completa no Chile equivale a 2h ou 2h30 de parquímetro. Em Lisboa, não há tascas a fazer refeições por 1,80€. Terceiro, se compararmos com o PIB per capita (nominal), o parquímetro chileno é 2,5 vezes mais caro.

O preço ridiculamente baixo praticado por cá e a quantidade de protestos contra o seu suposto exagero, apenas provam o quão o espaço urbano em Lisboa é escravizado pelo automóvel.

Pessoalmente já ficaria contente se o sistema funcionasse com os preços actuais...

Monsanto

O Guia dos Parque, Jardins e Geomonumentos de Lisboa inclui um texto interessante sobre o emagrecimento de Monsanto do qual é possível extrair a seguinte cronologia:

1938 Inicio da florestação de Monsanto
1943 Construção do Bairro da Boavista (provisório)
1945 Construção do Bairro do Caramão da Ajuda
1952 Ampliação do Bairro de Caselas
1952 Construção do um centro emissor da RTP num local para o qual estava previsto um monumento/miradouro a Duarte Pacheco
1955 A Força Aérea instala-se num espaço para onde esteve previsto um anfiteatro
1957 Novo emissor desta vez da Força Aérea onde seria o centro de desportos e ainda a construção do Bairro da GNR
1961 Criação do parque campismo
1971 Construção de um Bairro para os funcionários da justiça
1973 Ampliação do Bairro da Boavista, agora com construções definitivas
1975 Bairro do Alto da Sarafina
1988 Mais 56 hectares subtraídos a Monsanto (Para as Universidades)

E faltam aqui cortes os cortes mais recentes, dos anos 90 e já deste século, (lembro-me agora do aquaparque, do Hospital de S. Francisco Xavier ou do IBIS), desta cronologia resulta que 5 anos volvidos sobre o inicio da florestação já Monsanto estava a ser truncado e não houve uma década quer tenha visto Monsanto do mesmo tamanho que a década anterior. Em 70 chegou mesmo a ser aprovado um decreto-lei que facilitava a construção dentro do parque, valeu a Lisboa o arquitecto Ribeiro Telles que em 74 anulou o expressamente através de outro decreto-lei.
Monsanto é um espaço único, a CML devia pugnar pela sua manutenção e conservação ao contrario do que tem feito até agora que se tem limitado a promover o seu loteamento

Afinal...




Há suspeitas de que o Estado foi prejudicado no negócio de alargamento do prazo de exploração do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa.

in TSF


Como alguém dizia: "Água mole em contentor..."

São justas três referências para quem nunca desistiu desta "causa" na defesa de Lisboa: o
deputado Luís Rodrigues que tem insistido para o esclarecimento desta questão na Assembleia da República, o Movimento Lisboa e Tejo e Tudo que corporizou a insatisfação dos lisboetas perante o atentado á zona ribeirinha e o Fórum Cidadania LX que militantemente mantém viva a indignação.

Também em Coimbra?

Chegado por e-mail:







«Fica-se seriamente preocupado com aquilo que se adivinha que vai ser a "recuperação" do Museu Machado de Castro por Gonçalo Byrne .... intervenção INTERPRETATIVA, "CRIATIVA", AFIRMATIVA do Património de todos nós ... em um simulacro de restauro depurador e sintetizador .... onde a competição com o edifício que se pretende restaurar leva a afirmações interpretativas arquitectónicas, com volumetrias na parte da encosta, esmagadoras do conjunto original da "Acrópole" e destruidoras da linguagem simétrica da "Loggia" com os corpos originais alterados. Onde está o IGESPAR? Quem permite isto?

ARC»