27/06/2007

CML: Carmona Rodrigues defende «urgente revisão» do PDM

"O candidato independente à Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues defendeu hoje uma «urgente revisão» do Plano Director Municipal (PDM) para ajudar a resolver o problema dos atrasos no licenciamento de projectos.
«É fundamental a revisão do PDM e uma maior responsabilização dos autores dos projectos de arquitectura. São dois aspectos essenciais para os tais atrasos», afirmou, após uma visita à III Trienal de Arquitectura de Lisboa, no Pavilhão de Portugal da Parque Expo.
Em resposta às críticas, durante a campanha, à demora da aprovação dos projectos, o antigo presidente culpou, em parte, o PDM pelos atrasos, garantindo que não são os técnicos que «demoram a apreciar».
«Quando se chega a um ponto em que a totalidade dos projectos estão em desconformidade com a lei, começamos a questionar-nos sobre o que está mal: os projectos ou a lei», disse.
Para o ex-autarca, acompanhado na visita à Trienal pela antiga vereadora do urbanismo Gabriela Seara, hoje número 3 da sua lista de candidatos às intercalares de 15 de Julho, é urgente alterar o PDM.
«O PDM está desactualizado. Basta dizer que data de 1994, década em que a cidade perdeu 25% da sua população», argumentou.
No Pavilhão de Portugal para a Expo 98, da autoria do arquitecto português Siza Vieira, Carmona lembrou a sua proposta, quando era presidente da câmara lisboeta, para criar naquele espaço um Fórum de Arquitectura e Urbanismo e uma extensão do Museu da Cidade.
«Infelizmente, até agora, não mereceu abertura suficiente da parte do Governo», explicou.
Carmona Rodrigues visitou demoradamente a Trienal, este ano dedicada aos vazios urbanos, em que também são mostrados projectos de arquitectos portugueses, como Souto de Moura ou Gonçalo Byrne.
Uma das salas tem projectos, mais ou menos radicais, de ocupação de espaços vazios em cidades, da autoria de arquitectos de vários países, do Japão ao México.
Radical é mesmo a proposta de um dos arquitectos mexicanos, que, depois de uma visita a Lisboa, propõe um referendo sobre os edifícios a demolir - Colombo, Complexo dos Olivais, Amoreiras, Hotel Mundial, Praça do Martim Moniz.
Carmona Rodrigues não votou, mas se votasse confessa que optaria por demolir o edifício da Caixa Geral de Depósitos, junto ao Campo Pequeno.
Diário Digital / Lusa "

1 comentário:

Paulo Ferrero disse...

Pois, pois, a revisão que CR e GS querem é aquela que haveria de permitir mais aberrações como os planos de pormenor que aprovaram em má hora, e em boa hora já foram devolvidos à precedência, e/ou hão-de o ser. Uma vergonha é o que se propunha no regulamento quanto aos logradouros, por exemplo. Quem não o(s) conhecer que o(s) compre.