25/05/2009

Horário prolongado de bar motiva críticas

Comerciantes e moradores de Santos e Avenida D. Carlos I, em Lisboa, queixam-se do "barulho" provocado pelos jovens que frequentam um bar que mantém portas abertas até ao início da tarde todos os fins-de-semana.

É sábado, são 10 horas e a padaria da Avenida D.Carlos I já está aberta há três horas. Ao som de música 'house' os clientes vão entrando para comprar pão fresco pela manhã, mas permanecem pouco tempo no estabelecimento, situado mesmo ao lado do Bar Alive, que, ao fim-de-semana, está aberto das 22 às 4.00 e das 7.00 às 13 horas, as chamadas 'after hours', ou seja, um segmento de uma festa ou evento que acontece fora do horário convencional.

O facto de o Bar Alive só encerrar às 13 horas tem incomodado moradores e comerciantes da zona que prepararam um abaixo-assinado para entregar no Governo Civil de Lisboa, com mais de 200 assinaturas.

O café Tirolesa de Santos está aberto todos os dias da semana, excepto ao domingo, desde as 7.00 horas.

O gerente lamenta o facto de ter de abrir o estabelecimento duas horas mais tarde ao sábado, devido à "confusão e barulho" que a "malta jovem" provoca depois de uma noite de diversão, que se prolonga até ao início da tarde.

"Abríamos sempre às 7 horas, depois passámos a abrir às 8 e agora antes das 9 não vale a pena termos o estabelecimento aberto", disse à Lusa o dono do café, que acusa as autoridades de "nada fazerem" para remediar a situação.

O restaurante e café A Botica, situado na Avenida D.Carlos I, opta por deixar sempre as mesas postas para almoçar, mesmo quando abre às 7 ou às 8 horas, dependendo do ambiente que os gerentes encontram ao chegar à avenida.

"É uma maneira de tentarmos preservar o estabelecimento", disse um dos gerentes, que acusa os jovens de "desestabilizadores".

Contactado pela Lusa, um dos gerentes do Bar Alive compreende a revolta dos moradores e comerciantes daquela zona, mas garante que o estabelecimento tem as licenças em dia, que está "bem insonorizado" e que nunca houve qualquer problema com a polícia. "Compreendo que o ambiente fora do bar possa causar alguns problemas e transtornos, mas, quanto a isso, nada podemos fazer", disse Nelson Afonso, que afirma estar "solidário" e se disponibiliza para falar com qualquer lesado, pois apenas falou com o presidente da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho.

Segundo Paulo Monteiro, da junta de freguesia, desde o início do ano que moradores, comerciantes e gerentes do bar "não se entendem" e o "problema continua por se resolver".

In JN

27 comentários:

Anónimo disse...

Não é um problema de fácil resuloção.
Técnicamente quando o bar fecha a porta, deixa de ser responsável pelo barulho que é feito na rua pelas pessoas que lá continuam. Se as forças de segurança aparecerem para dispersar a populaça, isso será entendido como uma afronta à liberdade.
Penso que a alternativa aparentemente mais facil poderia passar pelo não licenciamento de bares em zonas de habitação, mas isso também poderia ter efeitos perversos, além de obrigar a eventuais acordos com os proprietários já instalados, acordos estes que poderiam custar dinheiro a quem em tempos concedeu as licenças.
Existe uma legislação sobre o ruído, aprovada em 2000 e à boa maneira lusitana alterada em 2002 (sem que a de 2000 sequer tenha sido assimilada), que refere a existência de "horários de silêncio" (das 22 às 7) e refere também que ninguém pode alegar o seu direito a realizar certas actividades quando o direito ao descanço e tranquilidade de terceiros está em causa. Posto isto, só me pergunto porque é que licenciam para além das 22 horas?
Luís Alexandre

Anónimo disse...

Tudo para a casinha antes das 22 da noite!
Ver a novela, lavar os dentinhos, e dormir! Mai nada! Deus, Pátria e Família! Que isto ao domingo é dia de missa meus meninos!

Então e fazer umas massas com os destabilizadores em pequenos-almoços? Ou almoços depois do chamado “after-hours”, é que esses lá dos destabilizadores também devem comer qualquer coisinha, não sei, isto sou eu a divagar, além de destabilizadores podem ser vegetarianos ou lá como se diz. Ah mas não, isso dá trabalho. Desculpem lá a ingenuidade.

Portugal é um país curioso, na baixa os comerciantes queixam-se que não passa ninguém na rua, aqui dizem que há gente a mais, gente que no fundo apenas e só por ser fora do seu “target” não é bem vinda. Era o que faltava, ir a padaria e ter que olhar para esses rufias-que-vão-a-discotecas-e-sabe-se-lá-mais-o-quê!

Anónimo disse...

E quem quiser ver pessoal a injectar-se ou a snifar em plena luz do sol é só passar por ali.

É a Lisboa Capital da Bagunça.

Mas pelos comentários já dá para ver que há que chafurde na merda e lhe agrade a coisa.

Anónimo disse...

...que há quem...

Anónimo disse...

Uma cidade sem rei nem roque, um país em que ninguém respeita ninguém, em que não há legislação, autoridade, seja o que fôr.
E uma CML que é uma vergonha: licenciar estabelecimentos como aquele em zonas habitacionais é de insanos.

Anónimo disse...

Tanta intolerância, poupem-nos disso.

"pessoal a injectar-se ou a snifar" teremos lido noticias diferentes?

Xico205 disse...

Totalmente apoiado 7:06PM.

Há quem nunca tenha tido juventude, maneira que não sabe o que é ser jovem.
A minha avó tambem diz q no tempo dela n havia poucas vergonhas!! LOL


Como diz o meu tio: Quem n andou a tocar ás campaínhas e a fugir aos 15, não é aos 40 que vai tocar!

Tristes são aqueles que n tiveram uma vida propria de acordo c a idade, e mais grave é não aceitarem que outros a tenham!!!

Anónimo disse...

a questão em concreto é bem diferente de outras.

estamos a falar de bares after hours.

os bares não são efectivamente responsáveis pela bagunça da rua e para isso há que existir fiscalização.

No Bairro Alto a CML e a Administração Interna quiseram demitir-se das suas funções e controlar a bagunça das ruas, fechando os bares 2 horas mais cedo.

Gostava de saber se para acbar com a bagunça diurna da populaça e do trânsito, se a medida será impedir as pessoas de trabalhar e de circular na cidade.

Não pode ser.

Se o ruído ou a agitação de grupos é superior ao admitido, corta-se por aí, e não na actividade económica.

O direito à actividade económica é tão importante como o direito ao descanso.

têm de ser compatibilizados e não anulados.

tentem dividir a cidade em zonas comerciais, habitacionais e de diversão...criam desertos e zonas perigosas.

Xico205 disse...

Há pessoas com mentalidade de cidade e outras de aldeias. Há muita gente que vive no centro duma cidade e acha que está numa aldeia.
Quem tá mal muda-se!

Anónimo disse...

Há imbecis chapados que deviam viver ao lado de um estabelecimento daqueles, para verem com é bom para a tosse.

Xico205 disse...

Deve lá viver quem não se incomoda! Imbecil ou não. O facto de ser imbecil não implica gostar ou não gostar. O mewsmo acontece com os não imbecis.

Maxwell disse...

Realmente é triste uma cidade que luta a todo o custo para ser vanguardista (literalmente a todo o custo, destruindo tudo o que é História e património) e n'outras coisas têm a mente mais tacanha que as pessoas do interior, mesmo no centro do Alentejo. Já virtualmente proibiram diversão no Bairro Alto, empurrando tudo para as docas, agora querem irradicar a única coisa parecida com diversão nocturna que Lisboa tem! Já o fazem com a não existência de transportes públicos depois da 01.30am (a hora a que fecha o Metro, currijam-me se existe qualquer transporte que funcione até mais tarde). Porque querem eliminar o que é a vida de alguns e a única altura de diversão de muitos? Lá porque os turistas não curtem a noite em Lisboa não quer dizer que se acabe com ela!
E as pessoas que vivem ao lado de discutecas e bares têm bom remédio: mudem de casa! Calha mesmo bem que, segundo as estatísticas que me lembro ler existem em portugal cerca de 2,5 espaços habitacionais por habitante de Portugal. Aproveitem e saiam de uma "cidade" com gente que apenas a quer transformar numa CIDADE!!

Xico205 disse...

A rede da Carris funciona 24 horas por dia. O mapa da rede da madrugada pode ser consultado no site da carris.

Xico205 disse...

Qual empurrando para as Docas? O António Bosta quer fechar tudo em Santos e nas Docas ás duas e as discotecas ás 4!!! Ridiculo!

Lá vai ter que ir toda a gente para aquelas festas improvisadas em tendas no Ribatejo, Alentejo e margem sul, ou então fazer festas privadas em casa a fazer barulho para os visinhos.
Enquanto que nas zonas de diversão nocturna quem lá escolhe viver já sabe com o que conta, a partir de agora nenhum sitio é bom, ao ter um jovem a fazer uma festa em casa. Ultimamente festas em casa em Chelas, têm acabado ao tiro!

Anónimo disse...

O meu vizinho de cima costuma dar festas que duram toda a noite e com grande algazarra e gritaria.

Mas não faz mal. Eu pego na família e mudo-me.

Há gente que nem a gente chega. Não passam de coisas com 2 pernas.

Anónimo disse...

Há pessoas que deveriam pensar um bocadinho antes de escrever tantas asneiras.
"Os incomodados que se mudem" é o comentário mais descabido que alguém pode escrever, para não dizer coisa pior, o que é de evitar, pois já há gente suficiente a tentar baixar o nível deste blog.
Experimentem fazer barulho durante a noite em paises como a Suiça, Alemanha ou os nórdicos, para ver o que é que lhes acontece. Serão afinal uma ditadura ou apenas uma sociedade com um grau de maturidade mais apurado e que define bem onde começa e acaba a liberdade de cada um.
Se há zonas de bares e discotecas (que acho bem que existam e não só não sou contra como também sou utilizador), não se licencie habitação, se há zonas residenciais, não se licenciem estabelecimentos de diversão nocturna.
Se há uma lei que institui um "horário de silêncio", das duas uma, ou não se faça barulho ou não se faça a lei. As duas coisas juntas é que é uma tremenda contradição.
Para o caso do Bairro Alto (que também frequento), uma alternativa razoável poderia ser a comparticipação financeira aos proprietários para reforçarem o isolamento acústico das suas casas e a implementação de brigadas de limpeza diárias, a começar o trabalho logo a partir do fecho dos bares. Quem paga isso? porque não a CML e as associações do sector/proprietários?. Convenhamos que deve ser muito desagradável sair de casa de manhã e encontrar a entrada do prédio com vomitado, urina ou vidros partidos das garrafas de cerveja.
Se vamos utilizar o "quem está mal que se mude", utilizemos também o "último a sair feche a porta", pois neste blog, todos sem excepção, reclamam de alguma coisa.
Luís Alexandre

Anónimo disse...

Caro Luís Alexandre deixe lá o que se passa na suíça para os suíços, eu cá sou português e não é por isso que sou menos maduramente civilizado, alias, o senhor parece ver em civilização ordem, eu vejo diversidade e tolerância.
O "horário de silêncio" não se aplica obviamente a estabelecimentos com licença de ruído, e já agora, os que estão legalizados para o funcionamento nocturno estão devidamente insonorizados conforme a lei, não precisam de dar “comparticipações financeiras” para insonorizar casas de particulares, nem pagar pela limpeza da rua pois tal é um serviço que devia ser prestado pela CML, e no caso do bairro alto os bares até já pagam pela segurança publica (!), e qualquer dia pagam pelo ar que os seus clientes respiram.

Não defendo que quem está mal mude-se, os moradores não devem obviamente ter que se mudar, mas da mesma forma o estabelecimento também não o deve fazer, nem mudar a sua actividade legal, tudo tem e deve passar pelo bom senso.
O que é curioso nesta notícia é não existir noticia além do abaixo-assinado de 200 pessoas (provavelmente os clientes da tal padaria), não há moradores insatisfeitos entrevistados, não há desacatos relatados, não há destruição de nada, agressões, roubos, droga, nada de importante é relatado, mesmo a policia quando é chamada “não faz nada”, mas afinal o que deviam eles fazer.. ao nada…? Reclama-se do barulho feito na rua, no entanto o tal bar alive felizmente não manda na rua, e o barulho esse é feito depois das 7 da manha, ou seja, em período pós hora do silencio, por isso nem as próprias autoridades podem fazer nada, pois aquele barulho é, digamos, legal.

Está na cara que o que se trata é de gente que não gosta de ir comprar o pãozinho pela manha e ter que dar de caras com a malta jovem ainda “em altas” devido à bebida, não gostam dessa gente das discotecas, muito menos dessas discotecas durante o dia, não gostam dos rapazes com cabelo grande, das raparigas com raparigas, dos rapazes com rapzes, da roupa rasgada, e das outra coisas, que não passam de coisas, por eles assinavam tudo para quando forem comprar o pãozinho pela manha de sábado o fazerem com a vista desanuviada, quem lá saber de lucro dos gerentes, do ganhar dos funcionários, dos distribuidores e da diversão dos clientes, tudo isto não é mais que intolerância com a diferença bem no centro da nossa cidade, e é isso que acaba por ser a noticia, vergonhosa.
Só falta mesmo o tal bar alive fazer um abaixo-assinado de 500 assinaturas a queixar-se da padaria, e da sua clientela.

Anónimo disse...

Eu para mim já encontrei uma solução para essa cambada de rufias que fazem barulho na rua.
Eu comprei balões daqueles de meter agua dentro, mas meto mijo no lugar da agua, e depois toca a mandar ca para baixo, esses jovens macaco(a)s cheios de urina correm logo para casa para se limpar. E toc.LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLL:-)):-)):-))):-))))))))))))))))))):-))))).

Xico205 disse...

Anónimo disse...
O meu vizinho de cima costuma dar festas que duram toda a noite e com grande algazarra e gritaria.

Mas não faz mal. Eu pego na família e mudo-me.

Há gente que nem a gente chega. Não passam de coisas com 2 pernas.








Para evitar essas situações é preciso que haja estabelecimentos próprios para festas.
Pelos vistos estamos de acordo.

Anónimo disse...

Muito bem escrito o comentaria das 2:03PM

Anónimo disse...

Há aqui gente que comenta sem fazer a menpor ideia do que lá se passa.

Deviam lá passar nas manhãs de sábado e domingo.

Se tiverem olhos e ouvidos, vêm adultos jovens arrastando-se como zombies, ouvem os berros e a gritaria que fazem, vêm os outros cidadãos a passar de longe, e, mais, vêm polícias feitos parvos a presenciar aquilo e com medo de intervir, porque, claro, aquela boa gente não se considera, na bandalheira em que vivemos,
que esteja a fazer nada de mal, nem sequer a pertubar os passarinhos.

Mas quem gostar, poderá ir frequentar o local ou mandar para lá os filhos. É a atitude certa.

Anónimo disse...

Perdão, "vêem" e não "vêm".

Anónimo disse...

Nada disso é crime! Não compreendo essa critica!

Cada um é livre de andar como quer.

Anónimo disse...

Desde que não atente contra os direitos dos concidadãos.

Mas no Portugal que temos isto, que é um conceito básico, é difícil de entender.

Anónimo disse...

Caro Anónimo das 2:03, de uma maneira geral gostei do seu comentário e em parte também concordo consigo, embora ache
que uma sociedade com um mínimo de ordem pode ser mais tolerante e diversa, porque tal advém do princípio do respeito pelos direitos dos outros.
Luís Alexandre

Anónimo disse...

O Luis Alexandre é o maior a contradizer-se!

Matias disse...

Alguém fala de uma cidade de vanguarda e chega ao ponto de dizer que quem se queixa da algazarra nocturna devia morar no campo...

É extremamente vanguardista o estado de Santos depois de mais uma noite em que o bairro é assaltado por crianças mal-educadas: parece uma instalação, uma reflexão plástica sobre o destino do plástico e do vidro enquanto símbolos do consumismo moderno - partidos no chão para serem limpos pelos funcionários da Câmara.

É avantgarde puro o espectáculo proporcionado por essas crianças que entoam hinos dos seus clubes de futebol às 4 da manhã, que vomitam e mijam à porta das casas, que se entretêm (como revi há dois dias) a destruir sinais de trânsito, que berram e choram e se comportam como eu nunca me portei quando andei na creche. Trata-se, afinal, de um comentário subtil sobre o estado da educação pública, e uma ainda mais subtil forma de protesto contra as políticas do governo para a educação.

É indigno de uma Capital Europeia de Vanguarda que bairros inteiros se esvaziem todos os fins-de-semana porque - campónios ignorantes - preferem não assisitir a esse espectáculo. O problema é que as pessoa pagaram o bilhete: é aí que estão as suas casas, é aí que moram, e as autoridades acham que o direito a passar uma noite descansada em casa (essa que de que o leitor está, provavelmente, a gozar neste momento) sem ouvir música e batidas vindas de bares, putos aos gritos, exibicionistas nas suas notas, etc.

Divirtam-se na vossa Vanguarda