19/04/2010

Terreiro do Paço quase pronto




E como estamos gratos por quase tudo quanto apontámos de mau ao projecto inicial ter sido corrigido, a bem da cidade, inclusivamente os riscos das cartas de marear, último ponto da nossa polémica, como já aqui referimos.

Oxalá, 3 coisas:

1. Os candeeiros que venham a ser postos sejam consentâneos com o MN chamado Terreiro do Paço.
2. Aquela boca de metro junto ao torreão nascente seja remodelada (serrada a metade?).
3. O piso da placa central (fotos) nãos e revele demasiado escuro e, pior, não passe a cinzento rapidamente, mal seja pisado por maquinaria pesada.

29 comentários:

polittikus disse...

Não quero imaginar o estado em que vai ficar esta Praça depois da Missa campal do PAPA aqui...
Deve meter dó. Alguém ainda se lembra de deixar o altar por lá como recordação.

HOMOSAPIENS disse...

Para mim os riscos alusivos as cartas de marear que estavam previstos para as zonas laterais da praça não foram feitos simplesmente porque, como é habitude portuguesa fazer tudo a última da hora e depois andarem a correr, toca a despachar pois vem aí o Bento XVI. Se vocês fizerem mais atenção podem ver que nem os losangos foram feitos.

Bem que eles podiam deixar a Praça do Comércio como ela estava, visto que esta não é muito diferente. A cor é que muda, mais nada.O Terreiro que ficou ainda mais pobre.

Cumpts.

pvb disse...

E vamos a ver se com a pressa na obra, o peso de milhares de pessoas em cima não se arranja ali um " trinta e um" com o pavimento....

Anónimo disse...

É só velhos do restelo!!! Têm uma praça novinha em folha, pronta a estrear e com primazia ao peão, e ainda dizem que a queriam como dantes.
Santa paciência...

Unknown disse...

os losangos creio que vão ser feitos... antes de colocarem estas camadas, estavam marcadas as linhas no alcatrão com uns plásticos... creio que depois de colocarem o tapete de saibro completo, vão recortar e fazer as linhas com aquelas pequenas lages de lioz que estão espalhadas em paletes pelo área toda...

Anónimo disse...

Considerando ser Lisboa uma cidade muito quente durante o Verão, seria aconselhável a plantação de árvores na Praça do Comércio o que tornaria mais agradável o atravessamento e a permanência naquele local.

Parece não ter sido esta a decisão de quem elaborou o plano de requalificação para aquela Praça.

Esperemos que terminada a corrida contra o tempo que determina que as obras estejam terminadas quando da visita do Papa ou das comemorações do 1.º centenário da implantação da República e após a inauguração oficial, comecem finalmente as obras de adaptação daquela Praça à realidade do local e ás necessidades dos lisboetas o que, quanto a nós, implica a plantação de árvores pelo menos nos passeios laterais.

Não será demais relembrar o papel fundamental das árvores na amenização do clima nas cidades.

Pinto Soares

Maxwell disse...

Por acaso, passei pelo (literalmente) terreiro do paço e axei que, fora as laterais, nada mudou. o deserto está lá na mesma, há de continuar sem gente. a unica diferença é mesmo a ausencia dos tapumes que sempre me lembro de ver naquela praça.
Apesar de ser um entusiasta do Metropolitano, concordo que a entrada do metro esteja bastante mal colocada no contexto da malha urbana da zona mas desconfio que, por motivos de legislação não pode ser diminuida.

Unknown disse...

hoje já tinham colocado a totalidade do tapete de saibro e já começaram a fazer os losangos com as lajes de lioz... está a ficar com muito bom aspecto e espero que depois de uma limpeza(devido à maquinaria que anda por cima do pavimento) fique ainda melhor...

alguém sabe se vão refazer o pavimento junto ao Arco, tal como fizeram na zona dos electricos?? está espectacular com aqueles paralelos...

quanto ao deserto nas laterais, pelo que percebi só lá para o fim do ano começarão a abrir os espaços comerciais..

Rodrigo disse...

O Pinto Soares acabou por levantar uma questão muito importante, a falta de árvores em Lisboa. Veja-se a avenida de Roma e Av EUA que, apesar dos largos passeios, têm poucas árvores, a título de exemplo.

Anónimo disse...

O arquitecto está de parabens! Consegui outro cais de colunas desta vez uns belos semaforos.
Premio para quem conseguir uma foto com gaivota:

FJorge disse...

Concordo com a opinião do Pinto Soares. Esta praça não vai ter conforto ambiental devido à falta de árvores. Como se vai fornecer algum conforto ambiental? Vamos, com certreza, acabar por ver os passeios laterais cheios de chapéus de esplanada e outros dispositivos para criar zonas de sombra.

É muito bonito em desenho e vistas geradas por computador mas a realidade vai ser um forno.

Vamos ter uma gigantesca placa a irradiar calor. Será ideal para estrelar ovos e grelhar nacos de carne e peixe mas não para seres humanos habitarem.

E antes de entrarmos na praça vamos ter que nos munir de óculos de sol bem escuros!

Anónimo disse...

E por que raio censuraram um comentário que referia que os bancos chamados «namoradeiras» junto ao Cais-das-Colunas ficaram inacreditavelmente enterrados??!!

Filipe Melo Sousa disse...

o que será que a câmara está a pensar fazer para escoar o trânsito que se acumula em ambos os sentidos e provoca horas de espera?

Rui Silva disse...

Impedir que o transito venha a chegar, sequer, aos cantos.
Aos poucos...

Cump.

Anónimo disse...

Não concordo com Pinto Soares. O Terreiro está óptimo assim sem árvores com uma certa austeridade. Há jardins nas proximidades com árvores. Esta imagem é forte, é um espaço vazio que se enche de valor simbólico, a nú. Muito belo com estas proporções mantidas.

Paulo Ferrero disse...

De facto, os losangos começam a ser marcados com placas de lioz, e parece-me que estão a ficar bem. Aguardemos pelo resultado da obra.

Salvador, disse...

Mas que faltam árvores, lá isso faltam... E os degraus na placa central a Poente? Ficaram mais que maus:
Por causa deles, tiveram que levantar o pavimento da rua e o muro de pedra com as "namoradeiras" e com isso, partiram muitas das pedras; irra , que mau exemplo de requalificação!!!

Anónimo disse...

"Também tu" Paulo, "Os losangos começam a ser marcados...parece-me que estão a ficar bem"?
O projecto de requalificação do espaço público e da praça, é do ponto de vista estético absurdo revela uma grande ignorância e uma grande falta de cultura.
Impor ou sujeitar um formalismo de desenho a um espaço tão fortemente enraizado na memória colectiva e transcendente ao comum do cidadão foi um erro.
A forma desastrosa do aumento dos passeios des-solidarizou os torreões, mas se por um lado está correcto, a dúvida que deixou ao tornar mais importante o "espaço arcada" desintegrou a propria forma do terreiro, protegido pelos torreões.
A frente urbana-artificial desordenada(a norte) em contraponto com a frente rio/agua-natural (a sul) que deveria ser justamente ser a mais "livre" de trejeitos, encontra-se manietada por uma curva abjecta sem significado, de aresta viva, profundamente ridícula. Em conflito com as intenções iluministas de ordem, profundamente desordenada numa praça onde a ritmo e a ordem ortogonal são intencionais.
Reforçar a centralidade da praça com a valorização da estátua equestre do Rei, é demonstrativo que Portugal deixou de facto de ser Grande, de "dar novos mundos ao mundo", é de um nacionalismo primário no inicio de um mundo global. Não sabemos olhar a História, procuramos reescrevê-la conforme nos dá mais jeito.
Por último, a instalação de semáforos e outras "merdas" modernaças, a tentiva de condicionar o percurso pedonal como se de um centro comercial se trata-se, a exagerada panafernália de sinaléticas poluem este o espaço magnifico, único no mundo poderia e devia ser evitado.
Requalificar este espaço da mesma forma fantasiosa tal como o espaço urbano de uma parque expo é provinciano, era dificil ser mais piroso, é de novo-rico. Infelizmente a sobriedade da Lisboa pombalina não conseguiu se sobrepor aos interesses pessoais dos responsáveis.
Os nossos antepassados deixaram-nos o Cais das Colunas e nós deixamos o Cais dos Semáforos.

Por motivos de claustrofobia democrática vai anónimo

Paulo Ferrero disse...

Sim, Salvador, os degraus eram desnecessários, simplesmente, o que ali está tem metade da altura do que eram para ter, muito por nossa "culpa". Agora, fico sem saber se a "irreversibilidade" dos degraus se deve a opção declarada dos projectistas se a eventual erro na quota que foi transmitida à Simtejo por ocasião das obras que fez no TPaço. Já quanto às árvores, e o que aqui escrevo vale o que vale, sou contra árvores no TPaço.

Paulo Ferrero disse...

Ao "anónimo" (tenho saudades dos teus posts do ante-claustrofobia), só uma coisa:
Entre a malha fruticolor verde e amarela do projecto inicial e esta vai uma diferença abissal, mais uma vez por nossa "culpa". Que a opção pelos losangos seja tonta, bom, de acordo, mas que está MUITO melhor, está, e não é "irreversível".
Volta sempre, de preferência, não incógnito.

Anónimo disse...

Sr. Filipe, acha que isso é prioritário? Eu não. Faça como eu. Vá de transportes públicos que já não espera horas.

Arq. Luís Marques da silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
HOMOSAPIENS disse...

Obrigado ric.poh pelos esclarecimentos do andar da obra.

Cumpts.

Salvador, disse...

Pois é Paulo, também concordo que a questão da colocação das árvores, é subjectiva á "praça" que se quer e ao uso que se pretende para ela; mas que vamos lá os dois, dar uma volta e tomar um café, no Verão, no pino do calor, aí isso é que vamos...
Falas num possível erro de cotas ou da intencionalidade do autor em desnivelar a praça, criando os degraus?
Estamos a falar da mesma coisa?
Estamos a falar da mais bela praça de Portugal e uma das "mágnificas" do mundo?
O TP estaria muito bem como foi pensado e projectado pelos seus autores, ou seja, sem trejeitos nem acessórios:
A praça era só feita pela sua moldura monumental:
Pelas arcadas e pelos torreões. Não pelos bonecos no pavimento e pelos degrausinhos estúpidos a marcar... nada.
Ficou uma obra de autor quando, neste caso, nem se devia ter dado por ele!
Mas pronto, está feito e o dinheiro gasto. Agora é esperar pela próxima...

Anónimo disse...

Meu Caro Paulo, enquanto para uns a claustrofobia democrática serviu de arremesso político, e enquanto que as várias comissões se sucedem.
Tu sabes bem o que me sucedeu!
E a claustrofobia existe.
E se é anónimo, é o preço a pagar pelo sossego e tranquilidade. Mas também um aviso, ferido mas não morri!

Anónimo disse...

Trabalho num prédio em Lisboa que tem na sua zona de entrada um patamar forrado a mármore de cor clara.
Quando está sol (não exclusivamente no Verão), fica dificil, à entrada ou saída do prédio, manter os olhos abertos devido ao reflexo da luz solar no chão.
Espero que o piso do TP não produza os mesmos efeitos, caso contrário, a somar à aparente falta de árvores, vamos ter falta de pessoas.
Luís Alexandre

Maxwell disse...

Luís Alexandre: Á partida há de acontecer exactamente o mesmo. Se até na calçada mais polida acontece, mais ainda em mármore. Talvez o saibro corte um pouco da luz dos losangulos, das laterais e do Cais mas, ainda assim-- O que o saibro não emitir em luz, vai emitir em calor. Ao fim de uma tarde de verão deve dar para fritar um ovo ali.
Por enquanto ainda são só suposições mas o material tende a ter o mesmo comportamento sempre. Cá estaremos para ver ;)

HOMOSAPIENS disse...

Maxwell, um dia combinámos e vamos fazer um churrasco com todas as pessoas que frequentam este blog na Praça do Comércio, loooooooooooool X)).

Cumpts.

Helena disse...

Não sou nem engenheira, nem arquitecta e como tal não posso discutir aqui assuntos mais ou menos técnicos, pois não tenho competências para tal.

Quanto à colocação de árvores no Terreiro do Paço, aí sim, posso dar a minha opinião e essa é afirmativa. Porque razão não há-de ter árvores? Não ficaria muito mais agradável para as PESSOAS estarem e passearem? Alías esta praça já foi arborizada, como sabem. Ora se até recentemente colocaram aquelas "coisas" plásticas fruta-cores com umas mini árvores acopladas, expliquem-me lá porque razão não concordam com árvores no Terreiro do Paço?

Será que preferem um terreiro...literalmente? Estranho!