22/11/2010

Uma boa noticia...

... para quem se desloca de bicicleta em Lisboa. Só não percebo, sinceramente, o porquê do inglês. Mas enfim, não se pode ter tudo. O que há de errado com Reparador de Bicicletas? Ou Mecânico de Bicicletas?

Bycicle Repair Man.

10 comentários:

Anónimo disse...

O original dos Monty Python dictou seguramente o nome em inglês!! Chegava bem a informação, a opinião é avulsa e muito portuguesinha.

Anónimo disse...

E qual é o mal de Bicycle Repair Man?

João Crespo disse...

Iniciativa interessante!

Talvez o vídeo apresentado no site o elucide sobre o porquê do nome em inglês. Nudge, nudge, say no more?

Xico205 disse...

Isto sim, é uma informação util.

Luís Serpa disse...

Caro anónimo das 13.01 - sendo português, é natural que a opinião seja portuguesa; sendo uma opinião pequena - entristece-me que se use o inglês para coisas tão corriqueiras como reparações urbanas de bicicletas - é justo que seja portuguesinha. claro que se o senhor Bike Repair estiver a pensar exportar o conceito para Londres, Nova Iorque, Sidney, que sei eu, aí sim faz todo o sentido um nome inglês.

Vivam portanto as opiniões portuguesinhas.

Pode ser que alguém decida exportar Berlin Balls, Sighs, Fillings of Sausage, ou mesmo, vá sonhar-se, "Little Portuguese Opinions". A área é vasta - ooops, sorry: the area is vaste.

Que tal um "Laugh Sun"?

Anónimo disse...

Argumentação muito pobre. Pela mesma lógica, a pastelaria "Tease" do Bairro Alto dever-se-ia chamar "Provocação", Deus lhes livre de pensarem por si mesmos e nomearem o seu negócio em que linguagem lhes apetecer, pelas razões que lhes convierem. O que tem mais piada é que já duas pessoas lhes explicaram a razão do nome ser inglês (o que salta à vista se se abrir o site), mas preferiu ignorá-la.

Anónimo disse...

Já agora, escreve-se "Bicycle".

Luís Serpa disse...

Já vi discussões por motivos menos interessantes. Mas foram poucas.

Quero deixar aqui só expresso e claro que acho que o senhor das bicicletas pode, quanto a mim, e deve chamar o seu negócio como muito bem entender, na língua que entender - seja ela inglês, português, chinês, tagalog ou um dos 77 dialectos da ilha de Luson. Mais - se eu tivesse um mínimo de autoridade sobre isso faria exactamente a mesma coisa - deixá-lo-ia utilizar a língua que lhe apetecesse, desde o macua ao joual, passando pelo xhosa.

Pessoalmente, a mim pessoalmente- isto é, eu, só eu, só no que a mim diz respeito - acho pena que se utilize o inglês para uma actividade eminentemente urbana, nacional.

Não tenho nada - eu, mim, pessoalmente, eu, só eu - contra as línguas, os nomes e a vontade das pessoas; e tenho tudo contra as interferências administrativa ou quaisquer que sejam nessas escolhas.

Eu, só eu, mim, pessoalmente, myself and eye, posso pensar o que me apetecer dessas escolhas desde que não imponha as minhas conclusões de uma forma autoritária. Posso, por exemplo, escolher um fornecedor de serviços que escolha um nome português, não entrar na pastelaria Tease porque tem um nome inglês, ou uma cor que me desagrada, ou simplesmente porque está virada a norte, sul, leste ou oeste.

Eu, mim, eu próprio, pessoalmente, acho que o serviço que o senhor presta é óptimo (se for bom, não sei, nunca experimentei) e que se ele quiser abordar os clientes em swahili, russo, japonês, ou no dialecto dos indíos Tupanami tem todo o direito - mais, a obrigação - de o fazer.

Continua a achar pena que não se use o português.

Ponto final parágrafo.

Bruno disse...

Olá Luís,

Agradeço a referência e compreendo a crítica que fez ao nome.

O nome não foi escolhido por ser numa determinada língua, foi escolhido como referido por outros comentadores por ser o nome de uma personagem, de um super herói. Usar este nome num país de língua inglesa equivale a usar o nome mecânico de bicicletas cá. É o nome da profissão. Escolher um nome diferente não faria sentido se queríamos basear o serviço na peça cómica dos Monty Python.

Dado que usar a língua portuguesa é algo que tentamos fazer por omissão nos nomes, comunicação e atividades da empresa (algo que é contracorrente na área), a começar pelo nome, como vivemos numa era global em que muita da cultura a que temos acesso e dos lugares comuns da nossa geração são estrangeiros, acontece por vezes que faça sentido por alguma razão usar outro idioma, como o inglês.

Cumprimentos

Luís Serpa disse...

Caro Bruno,

Antes de mais nada, obrigado pela sua resposta explicativa, comedida e sensata.

Não concordo com os argumetos que apresenta: por um lado, não sei qual a percentagem do vosso mercado que conhece o sketch dos Monty Python; por outro, sendo uma pessoa que trabalha quotidianamente em quatro línguas, acho - ou melhor, aprendi - que as pessoas são capazes de fazer "pontes" inter-idiomas muito mais facilmente do que pensamos. Isto é, alguém que conheça o sketch identifica-o facilmente qualquer que seja a língua em que a referência lhe é feita.

Mas, como disse, esta é uma opinião meramente pessoal. Acho que você tem o direito, e o dever, de chamar à sua empresa como muito bem lhe apetece. No fundo, o que importa é que preste um bom serviço aos ciclistas. O resto é conversa - qualquer que seja a língua.

Cordialmente,

Luís Serpa