13/09/2006

O masterplan de Gehry

Via Olissipo, eis que damos com este magnífico resumo sobre a viagem de Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho e Gabriela Seara a terras de Gehry:

"De acordo com o Público de ontem, Carmona Rodrigues, mais o seu vice e a vereadora do urbanismo, foram no mês passado a Los Angeles discutir com Frank Gehry a revisão do masterplan do Parque Mayer. Tinha sido mais barato, como fez Santana, convidar o arquitecto a deslocar-se a Lisboa. Afinal, três passagens de ida e volta para Los Angeles, em primeira classe, custam entre 30 mil e 36 mil euros (o intervalo depende da companhia e da época do ano; na semana dos óscares é ainda mais caro). Não é engano. Não há zero a mais. Trinta. Trinta e seis mil euros. Primeira classe, não confundir com classe executiva. Mas o que é isso para os nossos autarcas? Já agora: uma vídeo-conferência não resolvia o problema? O masterplan, portanto. Foi decidido conservar o Capitólio e construir três teatros, um anfiteatro ao ar livre, um centro de exposições, uma escola de jazz e, eventualmente, uma escola de artes do espectáculo. A gente lê e pasma. O São Jorge ali ao lado a apodrecer aos poucos. Do outro lado da rua, o Tivoli, recuperado pelos espanhóis, funciona 56 dias em cada 365. Mais meia dúzia de teatros espalhados pela cidade, irremediavelmente fechados. O Parque Mayer é hoje um buraco infecto, não tarda e é um problema de saúde pública. Limpar e requalificar a zona é uma obrigação da Câmara Municipal de Lisboa. O masterplan é um ditirambo: a obra arrancará, se algum dia arrancar, até 2009, levando sete anos a concluir. OK. Vamos fingir que sim. Entretanto, em redor, a cidade cai aos bocados.
posted by Eduardo Pitta
"

PF

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas é verdade que eles foram em 1ª classe? A ser verdade, ninguém diz nada??

Anónimo disse...

Já o disse anteriormente......turismo de qualidade gratuito, feito por poucos, pago por muitos!

JA