14/03/2008

ÁRVORES PARA LISBOA!








Está na altura de fazermos um levantamento das caldeiras com árvores mortas, com cepos, ou simplesmente vazias, que aguardam a plantação de novos exemplares.
Atenção ao que se passa na sua rua ou jardim de bairro. Existem centenas de árvores em falta na nossa cidade. Segundo um levantamento da Associação Lisboa Verde, só na Avenida da Liberdade existem cerca de 60 caldeiras vazias. Alerte a sua Junta de Freguesia e/ou a Divisão de Jardins do Departamento de Ambiente e Espaços Verdes da CML: dj.daev@cm-lisboa.pt
Não fique indiferente a estas situações. A cidade merece a sua atenção. Lisboa precisa destas árvores!

Fórum Cidadania LX

1-cepo na Rua da Academia das Ciências (Mercês)
2-cepo de Oliveira no Miradouro da Sra do Monte (Graça)
3-cepo no terreiro da Igreja de Santos-o-Velho
4-caldeiras vazias na Calçada do Duque (Sacramento)
5-caldeira com arbusto raquítico na R. Febo Moniz (Arroios)
6-cepo na Calçada Nova do Colégio (Pena)

24 comentários:

Miguel Drummond de Castro disse...

Excelente ideia, Lisboa precisa de ser reflorestada e repolinizada!

Miguel Drummond de Castro

Quero ver golfinhos no rio

Anónimo disse...

No que diz respeito a árvores de alinhamento, Lisboa está bastante atrasada. Há centenas de arruamentos na capital sem árvore alguma. Há ruas e avenidas abertas nos ultimos 30/40 anos ainda à espera de projectos de arborização.

Anónimo disse...

Por estas e por outras,um amigo brasileiro costuma dizer que em Lisboa devem detestar árvores pela pouca estima que lhes têm
ISabel

Anónimo disse...

Costa do Castelo, em frente da GNR: 4 cepos

Anónimo disse...

Na freguesia de Santiago:

No Largo das Portas do Sol existem 2 árvores mortas junto do Museu de Artes Decorativas

Ainda nas Portas do Sol existe 1 grande cepo de árvore atrás da paragem da carris

E na Rua de Santiago existem 5 grandes cepos de árvores que foram cortadas em Março de 2007 (assisti ao abate)

Parece que o anterior executivo da CML nao pagou à empresa que estava encarregue de arrancar os cepos... O problema do costume, má gestão.

FT

Anónimo disse...

Nunca percebi porque razão os portugueses não apreciam nem árvores nem florestas.

FJorge disse...

Resposta: Educação? Empenhado investimento do Estado na Educação?
Porque motivo no Reino Unido gostam tanto de árvores e de florestas? Talvez porque já existe uma forte tradição de investimento na educação de todos os cidadãos desde o tempo da rainha Victoria. Em Portugal estamos apenas a começar.

Anónimo disse...

Praça dos Restauradores, 53: uma árvore morta e uma caldeira vazia. Neste estado pelo menos desde 2006. Em pleno centro!

Susana Neves disse...

Muitos portugueses não gostam de natureza porque lhes lembra a pobreza dos seus antepassados camponeses.
A árvore é observada em termos produtivos, dá dinheiro ou não? Se dá toca a plantar, senão corta-se.
Reconhecer a nossa (enquanto Humanidade) pequenez face a um cidadão vegetal que já cá estava antes de nós termos começado a emporcalhar tudo, saber apreciar o seu mistério e beleza, isso a maioria não sabe, nem se dispõe a saber.
Ser botânico não dá dinheiro. Ter um quintal com árvores é menos importante do que em seu lugar possuir estacionado um automóvel.
Ainda recentemente, na R. Pascoal de Melo, surgiu um Parque de Estacionamento, aproveitamento de um prédio que ruiu, onde foram cortadas as poucas árvores sobreviventes.
O Jardim Constantino é uma pocilga inexplicável, a fauna que o habita destrói tudo. À volta dos Jardins há vedações de automóveis. O novo Jardim do Arco Cego tem um Parque Automóvel ao lado e as suas árvores antigas foram cortadas.
Aquilino Ribeiro associava a falta de vitalidade de uma nação à destruição da sua floresta.


Susana Neves

Miguel Drummond de Castro disse...

Anónimo disse: "Nunca percebi porque razão os portugueses não apreciam nem árvores nem florestas."



A razão é simples: tem vergonha das suas origens camponesas. Recordo que boa parte dos habitantes de Lisboa são originários das diversas provincias.

Além disso - Baudelaire quando visitou Lisboa ficou espantado por nao ver jardins nem árvores - falta de tradição. Soma-se a isso a falta de educação para a contemplação da natureza, aliada ao desprezo em que a arte é tida. Acresce ainda a cultura dominante, de raíz urbana e pequeno-burguesa, e tem aqui algumas das causas principais dessa patologia.

Cumprimentos,

Migel Drummond de Castro

Anónimo disse...

Caro F Jorge
Este seu apelo em Boa Hora publicitado chama a atenção para a necessidade de todos nós lisboetas nos empenharmos na salvaguarda dos espaços verdes da nossa cidade.
De facto, a cidade de Lisboa necessita de muito mais árvores.
Aproveitemos o próximo 21 de Março, dis Mundial da Floresta e da Áevore para cada um de nós, na companhia dos nossos fihos, plante uma árvore ou, se tal não for possível, tenha um momento de recolhimento junto de uma das muitas árvores de Lisboa, pensando no tanto que lhes devemos.
Para terminar quero, com muito gosto, fazer uma actualização à presente notícia dizendo que as 60 árvores em falta na Avenida da Liberdade já foram plantadas. Presentemente naquela avenida não falta uma única árvore. Estão os Lisboetas e o Departamento de Ambiente e Espaços Verdes da CML de parabéns.
Saudações
Pinto Soares

FJorge disse...

Caro Pinto Soares,
Obrigado pela actualização. Ficamos felizes por saber que as 60 árvores em falta na Avenida da Liberdade já foram plantadas! Agora é preciso que o Departamento de Ambiente e Espaços Verdes da CML regue regularmente as jovens árvores caso contrário podem não sobreviver a passagem do verão.
E esperemos que até ao final do ano não falte uma única árvore nas centenas de caldeiras ainda vazias um pouco por toda a cidade. Nessa altura os Lisboetas estarão de parabéns.

Anónimo disse...

Anónimo disse: "Nunca percebi porque razão os portugueses não apreciam nem árvores nem florestas."

Em 1910 a taxa de analfabetismo em Portugal era da ordem dos 74%.

Em 1911 a taxa subiu para 75,1%.

Posteriormente a taxa de analfabetismo foi descendo.

Mas ainda hoje existem analfabetos em Portugal. E se actualmente estão reduzidos a uma percentagem quase insignificante é apenas porque muitos dos analfabetos nascidos no século XX em Portugal já morreram.

Não é portanto de admirar que os portugueses não tenham interesse, nem amor pelas árvores, floresta, ou natureza em geral.

Miguel Drummond de Castro disse...

O analfabetismo primário não é a causa principal do desamor pela floresta: a maior parte dos camponeses - quase todos analfabetos - de uma maneira simples gostava das suas árvores e contribuía com acções simples, apanhar lenha por exemplo, para a preservação da floresta.

A taxa de alfabetizados subiu, é certo, mas o analfabetismo primário deu lugar a um analfabetismo secundário que se tem que somar ao exponencial aumento de burros diplomados, fabricados nas universidades comerciais prêt-a-porter dos últimos anos.

A cultura TV (ou enfim a massiva incultura TV) que paraliza a mente dos portugueses há uns bons 50 anos também é outra das causas, visto que promoveu com fervor e persistência a sociedade consumista, confusa e semiletrada em que vivemos.

Acresce ainda o consumo de tranquilizantes que faz com que Portugal lidere as tabelas nesse aspecto, e faz deste país "de ombro na ombreira" um país xanaxado, apático, fatalista, distraído, encapsulado e finalmente continuamente deprimido. Com cidadãos sem energia e sem visão, teleguiados pelos mantras pseudo-modernistas, de facto as árvores não tem espaço nem protecção. Do que se fala em incrementar?: aeroportos, TGVs, mega fábricas de plástico, grandes refinarias, mais autoestradas. A falsa noção de progresso e de "alinhar com a Europa" em vez de desenvolver a via própria para autodescobrir a nossa realidade.


E não deixa de ser verdade que outra das causas do desapego pelas árvores foi provocada pelo afluxo massivo de camponeses para as cidades que trouxe uma segunda geração de gente envergonhada das suas origens, urbanizada à pressa, a que engrossa as legiões de "modernizadores e desenvovimentistas" - uma verdadeira seita cujos muezzin são a maioria dos autarcas - os de Lisboa incluídos ( de todas as cores do espectro político).


Resta sermos nós arborizadores a tomar a iniciativa, a transformar as cidades em permacidades viáveis, vivas e interessantes em que os miúdos possam andar nas ruas. Cidades desocupadas da tirania automóvel, com capacidades produtivas de bens de alimentação próprias. As ideias do Arq. Ribeiro Telles de manter o tecido de hortas em Lisboa era excelente. Uma pena não se ter posto em prática há 30 anos atrás como o fizeram por exemplo na Dinamarca, um país que tem uma boa relação com as suas florestas e cujas cidades respiram espaço.

Por exemplo, se houvesse uma vinha em Lisboa o sucesso que não teria um "vinho de Lisboa"! A ideia esquizofrénica de separar radicalmente a cidade do campo, como se não pudessem viver numa sinergia criativa e não numa relação de parasitagem (da cidade em relaçao ao campo) é acentuada pela quantidade de muralhas da China, as circulares, e o novo rebordo externo das circulares que estrangulam cada vez mais a cidade em vez de a abrir.

Felizmente o petróleo está a subir---e várias crises de energia futura vão obrigar, espera-se que antes de ultrapassar a situação limite, a repensar toda o actual sistema de mobilidade das cidades - que tende para a hipermobilidade e esta como nas caixas de Shannon para a imobilidade absoluta.

às vezes contemplo com alegria alguns pátios alfacinhas sobreviventes, com uma nespereira, um pé de vinha, gatos, pássaros. A mentalidade supermercadista um dia passará à história. A verdade é que se não dispusermos de árvores um dia desparecemos de vez. Eu pessoalmente não estou nada interessado em ser parte de uma espécie suicida.

Por isso acho que é uma excelente ideia repôr árvores nas caldeiras, e propôr mais caldeiras e dispôr árvores de fruto. Nem toda a gente tem quintas na província. Como se formará um miúdo que nunca trepou a uma arvore para comer a fruta directamente como devia ser ? Os que entre nós subiram a essas árvores em miúdo sabem que esse é um acto decisivo, de um valor cognitivo e sensorial absoluto, que nunc mais se perde e que funda cidadãos que não perderam de vista o que poderia ser uma saúde brilhante dos seres e das coisas.

Anónimo disse...

Sorte a dos lisboetas que vivem numa rua com caldeiras, com ou sem árvores.

Eu vivo na Rua Francisco Sanches que apesar de existir há mais de 40 anos não tem nem caldeiras nem árvores.

Escrevemos ao anterior vereador do Ambiente, e novamente ao vereador actual, mas até hoje nem resposta, nem árvores.

Será assim tão caro abrir uma série de buracos no passeio para plantar árvores?

Catarina S.

Anónimo disse...

Estas imagens são deprimentes. As pessoas parecem estar tão habituadas a este tipo de cenários que na maior parte dos casos encolhem os ombros e seguem caminho..

Filipe Melo Sousa disse...

mas eu não pago já impostos para haver alguém que se preocupe com isto? numa cidade em que se pagam a assessores para vereadores sem pelouro, isto não deve ser grande problema

Anónimo disse...

O pipinho é melhor é ir plantar árvores lé para a terra dos teus patrões!
Reflorestar Braga já!

Filipe Melo Sousa disse...

ah sim, agora tenho de pagar impostos para pagar a florestação de braga também?

Anónimo disse...

«Aguardam a plantação de novos exemplares»???


Acho que não, não aguardam seja o que fôr. Caso aguardassem uma gestão decente, seja a nível camarário seja a nível de junta de freguesia, tal afigura-se de todo improvável.

Anónimo disse...

Por não existir uma gestão eficaz e competente da CML é que estas caldeiras "não aguardam seja o que fôr." E por esse motivo é que faz sentido denunciar estes casos e assim exigir que a normalidade seja reposta. Por isso pagamos impostos; se os municipes, os que pagam os impostos, não fiscalizarem a CML, então somos uns otários.
Não podemos aguardar por uma gestão decente, seja a nível camarário seja a nível de junta de freguesia, para que as árvores sejam plantadas. Tal afigura-se de todo improvável!

Anónimo disse...

...sempre quero ver o que é que a cml vai inventar este ano para festejar o dia mundial da árvore... no ano passado o vereador do ambiente andou a plantar centenas de árvores ali para as bandas das olaias... para no verão seguinte morrerem quase todas porque a cml se esqueceu de as regar. e assim se estoira o dinheiro dos nossos impostos...

Anónimo disse...

nos passeios em redor do jardim do P. Real existem tb algumas caldeiras vazias ou com troncos mortos; acabei de alertar a cml; veremos se alguma coisa acontece...

Anónimo disse...

quando uma cidade não consegue tomar conta das coisas mais simples do ambiente urbano como as árvores de alinhamento e os pavimentos...

andamos a ser enganados?