In Público (20/7/2010)
«A Câmara de Lisboa analisa amanhã uma nova proposta para o edifício de serviços e comércio a construir no chamado quarteirão do BES, localizado no gaveto da Avenida da Liberdade com a Rua Rosa Araújo.
Depois de há quase dois anos ter rejeitado a proposta inicial, que previa o emparcelamento de quatro prédios e a construção de um edifício de seis pisos para escritórios e comércio, o projecto foi reformulado e, segundo avançou ontem a Lusa, tem agora menos dois pisos de cave (três em vez dos cinco inicialmente propostos).
A proposta em análise na próxima reunião de câmara, da autoria do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, refere que o projecto agora apresentado foi reformulado para melhor se adequar ao que está previsto no Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente.
Esta nova versão envolve a constituição de um único edifício, mantendo dessa forma o prédio de gaveto que integra os números 203-221 da Avenida da Liberdade e os números 1-19 da Rua Rosa Araújo, a preservação das fachadas principais e posteriores dos prédios na Rosa Araújo (25-31), com a demolição do interior.
O volume existente nos 21-23 da Rosa Araújo e o edifício que se estende pelos números 33-35 da mesma rua serão substituídos por dois volumes novos.»
20/07/2010
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1 comentário:
Nem assim este projecto tem virtude e peca por continuar a desvirtuar ruas que, como esta, ainda resiste com alguma coesão e mantém uma génese "Fin de Siécle", ainda que uma parte considerável de edifícios estejam abandonados ou arruinados.
Eu sei que jamais seremos uma Paris, principalmente agora que já desapareceram uma boa parte dos edifícios de final de século que, como era apanágio da altura, se erguiam nas avenidas largas e modernas e tinham igualmente uma função representativa. Mas o pouco que restou deveria ser protegido. Lembrem-se que quando estes acabarem já não se vai construir assim de novo, estão definitivamente perdidos. Outros ainda vão ter exemplos integrais dessa época, nós vamos ter fotografias.
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