27/10/2010

«Agora, a aposta é na reabilitação»



In Diário Económico (27/10/2010)

6 comentários:

Julio Amorim disse...

Hummm....com ou sem pedrinha ?

Anónimo disse...

Agora?

Mas esta gente chegou lá "agora"?

Mas o lisboeta não sabe a política que esta gente tem prosseguido desde que lá chegou?

Luís Alexandre disse...

No domingo passado celebrou-se o 1º aniversário do regime jurídico da reabilitação urbana (DL 307/2009), sem que até ao momento exista sequer um único projecto ao abrigo do novo diploma.
A reabilitação urbana que se faz em Lisboa é aquela que uns poucos proprietários ainda vão fazendo. Ninguém tem dinheiro, nem os grandes promotores (altamente dependentes da banca), a reabilitação é uma miragem, porque não basta reabilitar os prédios, neste momento já é preciso regenerar a própria cidade.
Sem gente nas casas não há porque reabilitar, sem gente a viver a cidade, não há porque regenerar.

Xico205 disse...

Mas a EPUL Jovem apenas lança concursos para jovens ricos. A Gebalis vai garantindo que os jovens mais pobres se mantenham na cidade, e os jovens da classe média saem de Lisboa.

Anónimo disse...

Os edificios que necessitam de reabilitação são na sua grande maioria os edificios nos centros históricos, e portanto são aqueles que muitas das vezes têm rendas mais antigas, e nas quais os senhorios não têm forma ou dinheiro para a sua recuperação.
Porquê da necessidade de reabilitação? Todos temos consciencia do valor patrimonial do centro histório, e esse valor é o do seu conjunto.
A titulo de exemplo (exemplo real na zona do castelo): Quando um senhorio, aceita arrendar com o acordo de fazer obras é compreensível, simplesmente deixou ao critério do seu inquilino. Este, destruiu os tectos antigos com perto de 250 anos substituidos por pladur, e os belissimos frescos das paredes, as portas antigas, já para não invocar a substituição de janelas de guilhotina, portadas de carvalho, etc.
Todo o material foi recolhido por gente que sabe, e portanto não era lixo.
Esta descaracterização dos edificios antigos destroi o nosso patrimonio, descaracteriza aos poucos a nossa cidade.
É fundamental, que as Unidades de Projecto ou Gabinetes Tecnicos, dêem apoio a estes senhorios, inquilinos e comerciantes destas zonas. Tal como na justiça existe um advogado oficioso quando não existe recursos. Não se trata de trabalho Pro Bono, pois os técnicos são pagos pela autarquia, que tem a obrigação de defender o património da cidade.
Todas as obras em centros históricos deveriam ter um técnico deslocado para essa obra, nuns casos responsavel e a conduzir todo o processo e noutros como conselheiro e consultor, não permitindo grandes gestos ou contrastes que os descaracterizam.
Esta forma obriga exige de quem chefia estes gabinetes de uma fiscalização correcta e um elevado reconhecimento do valor patrimonial de Lisboa em todo o seu conjunto habitacional.
A desresponsabilidade e discricionalidade não pode continuar.

Luís Alexandre disse...

Por norma, a lei não obriga ao licenciamento de obras dentro das fracções.
De certo modo, ainda bem que é assim, caso contrário, muitos mais prédios cairiam em Lisboa, porque os atrasos no licenciamento de obras, por parte da CML são absurdamente exagerado.
Quanto à fiscalização, era a mesmissíma coisa. Já sabemos que a CML não fiscaliza nada.