19/10/2010

Arcade Fire admitem alterar data de concerto

In Público (19/10/2010)
Por Cláudia Carvalho

«Actuação em Lisboa não está em causa, diz manager da banda. Mas Cimeira da NATO pode forçar novo calendário

Scott Rodger, manager da banda Arcade Fire, garantiu, anteontem, que haverá concerto em Portugal. Só não sabe é quando.

Numa mensagem colocada no seu Twitter - uma rede social na Internet, assente em mensagens curtas -, o representante da banda canadiana disse anteontem que cancelar o espectáculo marcado para Lisboa, a 18 de Novembro, no Pavilhão Atlântico, não é opção. O Ministério dos Negócios Estrangeiros considera o concerto incompatível com a segurança da Cimeira da Nato, que tem início um dia depois e, por razões de segurança, não autoriza o espectáculo. O promotor do concerto, Álvaro Covões, envolveu-se num braço-de-ferro com o executivo, mas, no domingo, o manager dos Arcade Fire mostrou abertura a uma possível alteração de datas.

Em resposta a um fã português que o questionou sobre toda esta indefinição, Scott Rodger escreveu que os Arcade Fire "não vão cancelar o concerto", esclarecendo que, se forem "forçados a mudar", então vão alterar a data. Facto que Álvaro Covões, responsável pela actuação da banda em Portugal, vê como uma "boa notícia". "Tem piada que Scott escreveu forçado, que é o que está a acontecer aqui", sublinha o promotor, segundo o qual não existe nada que impeça o concerto, e, enquanto ninguém o cancelar, este "mantém-se no dia 18 de Novembro". "Eu não vou cancelar o espectáculo, não tenho motivos para tal, e, além disso, tenho contratos, com a banda, com o espaço", explica Covões, adiantando, porém, que "outros cenários não são postos de lado". "Neste momento, é prematuro dizer o que está a ser feito mas todos os cenários são possíveis".

Na semana passada, o Governo anunciou que o concerto não se iria realizar porque comprometia a segurança da cimeira da NATO, agendada para 19 e 20 de Novembro. Notícias que o promotor sempre negou. "Se não houvesse concerto, os bilhetes não estariam à venda", afirma, acusando o Governo de não querer assumir responsabilidades. "Há alguém que não fez o seu trabalho correctamente e agora ninguém quer assumir a responsabilidade, mas a verdade é que nem tudo o que o Estado diz é lei", conclui Álvaro Covões.»

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