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24/03/2022

Projecto de alterações e demolição Convento de Santa Joana – novo e-mail a arq. Bruno Pereira (Saraiva & Associados)

Exmo. Sr. Arq. Bruno Pereira


C.C. CML, DGPC, JF e Agência Lusa

Constatando a destruição completa do edifício central do antigo convento de Santa Joana, importa esclarecer os seguintes pontos:

Na informação constante no site do projecto Lx Conventos (http://patrimoniocultural.cm-lisboa.pt/lxconventos/ficha.aspx?t=i&id=592) coordenado pelo Instituto de História da Arte, pode ler-se: "na continuidade da igreja, um edifício de três pisos aloja duas salas que conservam elementos de interesse patrimonial. Localizavam-se no piso intermédio e davam acesso ao coro da igreja através de dois portais da segunda metade do séc. XVIII, um dos quais ricamente decorado por trabalho escultórico rocócó." Ainda com base na mesma fonte: "pilastras e capitéis jónicos da área do presbitério de grande erudição e rigor tratadístico, bem como tribunas de arcaria tripla que abriam para a capela-mor."

Importa, pois, saber:

Qual o destino dado a estes importantes elementos de uma das grandes casas monásticas de Lisboa?
Qual o paradeiro dos excelentes painéis azulejados barrocos que existiam na portaria?
Muito nos interessaria saber quem deu a autorização para a demolição integral do corpo central do convento, do corpo em “L”, que delimitaria um segundo pátio. Demolição que implicou a completa adulteração da pré-existência.
Tal como gostaríamos de saber que destino foi dado à antiga pedra de armas de D. José I, que apoiou a reconversão do convento masculino para feminino.

De frisar, ainda, a frase que consta no vosso site e que gostaríamos que nos explicassem: "as soluções apontadas pela contemporaneidade."

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Luís Carvalho e Rêgo, Eurico de Barros, Virgílio Marques, Ana Celeste Glória, Gonçalo Cornélio da Silva, Gustavo da Cunha, Fernando Jorge, Rui Martins, Helena Espvall, Beatriz Empis, Miguel Atanásio Carvalho, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Pedro Cassiano Neves, António Araújo

27/01/2022

Pedido de reprovação a projecto de destruição edifício finais séc XVIII R. Escola Politécnica

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida


C.C. AML e JF, e media

Confrontados com a recente submissão à CML de um projecto de demolição completa de interiores, com ampliação em 2 pisos, do edifício setecentista da Rua da Escola Politécnica, nº89-99, vimos apelar a V. Exas. para que a CML chumbe liminarmente tal projecto (EDI/2022/57, fotos 1 e 2)!

É confrangedor assistirmos a promotores e arquitectos, na circunstância a Eastbanc e o atelier Sérgio Rebelo, a proporem-se destruir totalmente um edifício histórico (data de final do século XVIII, uma vez que o edifício consta das plantas da cidade de 1807) em pleno século XXI, em perfeitas condições de habitabilidade até há pouco tempo e chegando-se ao ponto de propor no referido projecto a recolocação no átrio do novo edifício, do mobiliário fantástico da antiga célebre loja de chás de 1860, célebre enquanto raríssimo exemplo de chinoiserie e ainda existente no espaço da antiga loja, depois antiquário e fechada há cerca de 15 anos, altura em que faleceu o seu proprietário.

Trata-se de um projecto que, a ser aprovado, constituiria um grave precedente em termos da salvaguarda de uma artéria nobre da cidade de Lisboa, que há muito deveria estar classificada de Interesse Municipal, promovendo de forma inaceitável o alinhamento das cérceas e descaracterizando profundamente a leitura do quarteirão. Uma rua de extrema importância, recorde-se, peça fundamental da chamada "sétima colina" estudada por José-Augusto França aquando da Lisboa' 94, Capital Europeia da Cultura.

Mais grave, a nosso ver, violando inclusivamente a área de protecção do Museu de História Natural, Monumento de Interesse Público (foto 3), e a zona de protecção do Aqueduto das Águas Livres, Monumento Nacional (foto 4)

Esta Associação, nos termos dos seus estatutos, designadamente, os artigos 2º (Objecto) e 3º (Actividades), tudo fará no sentido de defender este património.

Pelo exposto, apelamos à reprovação do presente projecto, e à exigência ao promotor para que recupere este edifício histórico, restaurando também, e mantendo in situ, o magnífico mobiliário da antiga casa de chás, completamente único na cidade (fotos de Maria José Gaivão, de Novembro de 2021, in Facebook).

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Fernando Jorge, Miguel Atanásio Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, Teresa Silva Carvalho, Carlos Boavida, Virgílio Marques, Gonçalo Cornélio da Silva, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Helena Espvall, Eurico de Barros, José Maria Amador, Leonor Areal, Ricardo Mendes Ferreira, Fátima Castanheira, António Araújo, Pedro Cassiano Neves, Filipe e Bárbara Lopes, Guilherme Pereira, Martim Galamba

25/11/2021

Protesto veemente ao IST pela demolição da antiga gare do Arco do Cego

Exmo. Senhor Presidente do IST
Prof. Doutor Rogério Colaço


CC. PCML, AML, DGPC, Carris e media

Serve o presente para manifestarmos junto de V. Exa. a nossa estupefacção e apresentarmos um veemente protesto pela demolição da antiga gare da Carris do Arco do Cego, que se consumou ontem, naquela que foi até há uma semana um dos últimos redutos do Património Industrial e da Arquitectura do Ferro existentes na cidade de Lisboa, datando a sua construção de 1882, na antiga Quinta do Poço Caído (https://www.carris.pt/a-carris/historia/).

A nossa estupefacção prende-se com o facto de esta demolição ser promovida pelo Instituto Superior Técnico, enquanto promotor de um tal Técnico Learning Center, projecto que quando foi aprovado publicamente na CML, foi-o como indo "marcar a Cidade"; vemos agora que não o será, certamente, pelas melhores razões.

Consideramos indecoroso que aquilo que foi apresentado como um projecto de "reabilitacão e consolidação da edificação existente”, "a antiga Gare do Arco do Cego - um dos últimos exemplos de arquitetura industrial do final do século XIX" (https://www.lisboa.pt/atualidade/noticias/detalhe/um-projeto-que-vai-marcar-a-cidade), se resuma hoje a um monte de entulho resultante da demolição feroz daquela belíssima estrutura em ferro, marco histórico da cidade de Lisboa e que, recuperada, poderia envolver uma plêiade de actividades sem ter que passar por uma única demolição.

Consideramos caricato que, a serem verdade, as imagens virtuais do projecto que vai arrancar, (re)divulgadas no mês passado (http://innovationcenter.tecnico.ulisboa.pt/Apresentacao2020.pdf, https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/antiga-gare-do-arco-do-cego-vai-ganhar-nova-vida-797280#lg=1&slide=1 ), sejam as mesmas possíveis agora apenas com recurso a réplicas das construções que V.Exas. acabam de demolir.

Consideramos confrangedor que esta demolição seja promovida por uma instituição como o Técnico.

Lamentamos que a CML tenha cedido o direito de superfície ao IST, e a AML aprovado o mesmo em 2018, neste terreno camarário, com este resultado para a Cidade (proposta 057/CM/2018, https://www.am-lisboa.pt/301000/1/009234,000482/index.htm)

E lamentamos profundamente que, conforme indicado na ficha técnica do projecto (em anexo), haja arquitectos e especialistas em "salvaguarda de património" que pactuem com a destruição deste Património e, pior, ao lecionarem no IST um curso de arquitectura e procederem deste modo é um desprestígio para o ambos, curso e IST.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Pinto, Luís Mascarenhas Gaivão, Inês Beleza Barreiros, Rosa Casimiro, Gustavo da Cunha, Eurico de Barros, André Santos, Mafalda Magalhães de Barros, Helena Espvall, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Jorge D. Lopes, Fátima Castanheira, António Araújo, Paulo Lopes, Rui Pedro Barbosa, Maria do Rosário Reiche, Irina Gomes, Pedro Cassiano Neves, Martim Galamba, Alexandra Maia Mendonça, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, João Oliveira Leonardo, Irene Santos, Gonçalo Cornélio da Silva

Fotos da demolição, in Vizinhos das Avenidas Novas

15/06/2021

Palacete Rosa - Príncipe Real - Pedido de ponto de situação à CML

Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


CC. PCML, PAML, DGPC e media

No seguimento da nossa petição contra a alteração/ampliação do designado Palacete Rosa, sito no nº 19 da Praça do Príncipe Real (https://peticaopublica.com/?pi=PT95932), e da respectiva entrega à Assembleia Municipal, em cuja 3ª Comissão Permanente os primeiros signatários já tiveram oportunidade de ser ouvidos há cerca de ano e meio,

E considerando que aquele imóvel histórico continua ao abandono, e que temos sido abordados por vários moradores do Bairro que pretendem saber sobre o estado de coisas relativamente ao seu futuro e à não garantia de que, efectivamente, o mesmo não será ampliado nem destruído por dentro, e assim se garantirá que o Plano Director Municipal não é violado e, mais importante, não se destrói aquele que é um dos conjunto arquitectónico-históricos mais notáveis de Lisboa, a Praça do Príncipe Real;

Vimos pelo presente solicitar a V. Exa. um ponto de situação sobre este assunto, designadamente quanto ao estado do Processo nº 970/EDI/2015, ou seja, se o mesmo já foi liminarmente indeferido pelos serviços de Urbanismo da CML, terminando assim com a indefinição que assombra este palacete.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jorge Pinto, Carlos Boavida, Teresa Silva Carvalho, Júlio Amorim, Helena Espvall, Virgílio Marques, Pedro Fonseca, José Morais Arnaud, Ana Celeste Glória, Maria do Rosário Reiche, Gustavo da Cunha, António Araújo, Pedro Jordão, Gonçalo Cornélio da Silva, Fernando Jorge, Maria Maia, José Maria Amador

28/01/2021

Edifícios Patriarcado (Cp.Mártires da Pátria)/Repúdio pela aprovação da CML/ Pedido de esclarecimentos LNEC/ Pedido de elementos ao promotor/Queixa ao MP

Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


CC. PCML, AML, JF, DGPC e media

No seguimento da aprovação em reunião de CML da última semana de Dezembro, da Proposta n.º 862/2020 referente ao projeto de arquitetura de alterações e ampliação (com demolição) nos 3 edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, do promotor Coporgest e do arq. Nuno Ministro, Processo nº 2235/EDI/2018, vimos por este modo manifestar o nosso veemente protesto pelo facto e a nossa estupefacção perante o sucedido.

Com efeito, para além de considerarmos estar perante um projecto medíocre, a vários níveis, para a zona em apreço e para os valores patrimoniais respectivos, constatamos, objectivamente, que o mesmo apresenta os seguintes problemas e incompatibilidades:

1. Tem um forte impacte (é a própria CML a reconhecê-lo no ponto 8 da Proposta nº 862) numa zona que, recordamos, está classificada Imóvel de Interesse Público desde 1996 (“Campo Santana”), DL nº 2/96 de 6 de Março de 1996, algo que nem por isso motivou a CML a colocar este projecto em discussão pública, limitando-se, em vez disso, à questão das cedências que a Lei prevê em matéria de projectos com impacte relevante.

2. Incide sobre edifícios elencados na Carta Municipal do Património (Palácio do Patriarcado e Palácio Valmor), o que no entanto não impediu que a CML ignorasse a inobservância por parte do projecto dos pontos nº 1, 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 27º do Regulamento do PDM, ponto nº 1 do artigo 29º e artigo nº 30 do mesmo Regulamento, expressamente referidos no parecer da Estrutura Consultiva Residente do PDM, Informação nº 65638/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2019, de 20 de Dezembro de 2019, nomeadamente sobre a destruição dos interiores do Palácio Valmor, considerada muito negativa por essa estrutura da CML. Ou seja, a CML, objectivamente, ignora o parecer da entidade consultiva criada no âmbito do PDM, o único órgão garante da correcta monitorização de eventuais desmandos urbanísticos em matéria de salvaguarda do Património da cidade, o que é o caso, ainda mais tendo em conta a não pronúncia clara da DGPC estando em causa o Campo Santana, IIP, e a zona de protecção da "Galeria de Sant'Ana" (parte do Aqueduto das Águas-Livres, MN), à semelhança, aliás, do que esta entidade já fez em projectos semelhantes sobre edifícios inscritos nessa zona protegida, desde logo o projecto de demolição integral, com excepção da fachada, da casa senhorial da família Vaz de Carvalho, no topo Norte do Campo Santana, algo que muito lamentamos.

3. Prevê a construção de um estacionamento em cave de 5 pisos, em plena colina, o que colide, objectivamente, com o espírito do próprio Plano Director Municipal em matéria de impermeabilização de solos, com todas as consequências nefastas para a cidade a nível do escoamento das águas subterrâneas (vide as permanentes inundações da Rua de São José, por exemplo) e previsível deteriorar das condições de estabilidade da própria colina – lembre-se os incansáveis alertas do Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, figura ímpar que a CML tanto pugna por citar. Por outro lado, a construção em subsolo neste caso afigura-se como um argumento caricado, dada a existência de um parque de estacionamento subterrâneo público em plena zona central do Campo Mártires da Pátria, feito há cerca de duas décadas (já então ao arrepio das boas práticas) e que se encontra visivelmente subaproveitado. Refere a CML que o promotor argumenta que o projecto em causa não será viável financeiramente se abdicarem das 5 caves para estacionamento, matéria que julgamos dever estar à margem da CML uma vez que não é do Interesse Público, mas sim do interesse do promotor. Esta pretensão será assim mais uma ferida no subsolo da cidade, com tudo o que daí advirá em matéria ambiental, e paradoxal, logo agora que a CML acaba de ostentar o galardão da Capital Europeia Verde 2020.

Pelo exposto, apresentamos o nosso mais veemente protesto pela aprovação referida, a qual, a nosso ver, põe em causa uma série de reprovações recentes da CML em matéria urbanística, que aplaudimos a esse pelouro, de boa-fé e em espírito construtivo, sendo que neste caso custa ainda mais a entender esta aprovação dadas as três reprovações que o projecto já tinha tido pela vereação anterior. Até porque são processos urbanísticos como o presente que têm motivado os cidadãos a recorrerem a quem de direito, sempre que entendem que as instâncias com responsabilidade na gestão da Cidade e na salvaguarda do Património não agem conforme o esperado e as competências que a Lei lhes faculta.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Júlio Amorim, Helena Espvall, Virgílio Marques, Gustavo da Cunha, Paulo Trancoso, Filipe Teixeira, Rui Pedro Martins, João Oliveira Leonardo, Nuno Caiado, Pedro de Souza, Eurico de Barros, António Araújo, Pedro Fonseca, Jorge Pinto, Luís Carvalho Rêgo, Maria Ramalho, Beatriz Empis, Pedro Jordão, Maria João Pinto, Carlos Boavida, Pedro Machado, Maria do Rosário Reiche, Jorge Lima, Filipe e Bárbara Lopes, Marta Saraiva

...

A/c do Conselho Directivo do LNEC
CC. PCML, JF e media


Exmos. Senhores

No seguimento da aprovação pela CML, em finais de Dezembro, de um projecto de alterações para três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, Rua de Santo António dos Capuchos, 90-92, Processo nº 2235/EDI/2018;

Considerando que o projecto em apreço contempla a construção em subsolo de um estacionamento em cave com 5 pisos, conforme elementos que junto anexamos, e considerando o previsível impacte que a construção em subsolo naqueles lotes terá para a estabilidade da colina e para o normal escoamento das águas, forçosamente obstruído pela sua construção;

Solicitamos a V. Exas. que nos informem se esse Laboratório foi consultado para o efeito e, em caso afirmativo, qual é o parecer emitido.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

...

Coporgest e Arq. Nuno Ministro
CC. PCML, AML, MC, DGPC e Media


Exmo. Senhores

No seguimento da aprovação pela CML, em finais de Dezembro, do v/projecto de alterações para os três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, e Rua de Santo António dos Capuchos, 90-92, e considerando que os três edifícios fazem parte do Conjunto Classificado de Interesse Público do “Campo Santana” (DL nº 2/96 de 6 de Março de 1996) e os Palácios do Patriarcado e Valmor constam da Carta Municipal do Património, respectivamente, item 24.19 e 24.20, com todas as condicionantes que tal implica,

Vimos pelo presente solicitar que tornem públicos os relatórios de engenharia de estruturas que sustentam o v/projecto, bem como todos os levantamentos fotográficos sobre todos os elementos dos interiores dos três edifícios em apreço, incluindo cozinhas, capelas/oratórios e eventuais cocheiras, bem como o levantamento botânico dos logradouros, estatuária, lagos e fontes.

E que nos indiquem qual o destino das salas de aparato dos palácios do Patriarcado e Valmor, subdividas e “mezzanizadas”, bem como a forma como pretendem salvaguardar estuques, frescos e mármores dos três edifícios, sendo o v/projecto de alterações profundas com demolição de interiores do palácio Valmor e do edifício do nº 48.

Com os melhores cumprimentos

...

Projecto de alterações a 3 edifícios do Cp. Mártires da Pátria - Queixa ao MP (3.3.2021)


Exma. Senhora Procuradora-Geral da República
Dra. Lucília Gago


No seguimento da aprovação pela CML, em 26 de Dezembro de 2020, do projecto de arquitectura, processo nº 2235/EDI/2018, relativo a alterações e ampliação em três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, serve o presente para apresentarmos queixa junto da Procuradoria-Geral da República pelos motivos que apresentaremos seguidamente, e requerermos a respectiva responsabilização penal no caso de se apurarem ilegalidades na já citada aprovação.

Ponto prévios:

1. Os três imóveis a intervencionar, designados por edifício 1 (Campo Mártires da Pátria, nº 40-43, ala Norte do “Palácio Valmor”), edifício 2 (Cp. Mártires da Pátria, nº 44-46, “Palácio do Patriarcado”) e edifício 3 (Cp. Mártires da Pátria, nº 46-48) são parte integrante do Campo dos Mártires da Pátria (“Campo Santana”), conjunto classificado Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996).

Neste contexto, apresentamos queixa junto de V. Exa. por a proposta nº 862/2020 aprovada em reunião de CML de dia 22 de Dezembro de 2020, tudo leva a crer, não ter acatado o despacho do Chefe de Divisão da DSPA da DGPC, na Informação S-2020/516149, exarado a 11.02.2020, mais precisamente as condicionantes já anteriormente exigidas ao promotor, ou seja, o cumprimento dos pontos 2B e 2C do Parecer de Arquitectura, Informação nº 122/DSPA/2020 (em anexo).

2. Os edifícios 1 e 2 integram a Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico de Lisboa, respectivamente item 24.20 e item 24.19, pelo que, a nosso ver, existe um erro de apreciação no ponto 2 do parecer de arquitectura emitido pela Direcção-Geral do Património Cultural em 17.01.2020 (documento em anexo), ao referir que apenas o edifício 2 o era:

image.png

Neste contexto, apresentamos queixa pelo facto de a referida Proposta não ter acatado o parecer da Estrutura Consultiva Residente do PDM, vide Informação nº 65638/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2019, de 20 de Dezembro de 2019, no qual este órgão sublinha o incumprimento por parte do projecto 2235/EDI/2018 dos pontos nº 1, 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 27º do Regulamento do PDM, ponto nº 1 do artigo 29º e artigo nº 30 do mesmo Regulamento.

Esse incumprimento traduzir-se-á na prática, temos em crer, pela demolição dos interiores da ala Norte do antigo Palácio Valmor (item 24.20 da Carta Municipal do Património) e pela remoção e posterior remontagem de tectos e elementos decorativos do Palácio do Patriarcado (item 24.19) *

O levantamento exaustivo dos elementos de valor histórico-patrimonial dos palácios Valmor e Patriarcado, a preservar e a demolir, bem como os que sofrerão uma “remontagem”, estão sobejamente documentados no “Relatório Prévio Conservação e Restauro” (Neoépica/GPCR, Março de 2019), e “Relatório final do estudo histórico-arquitectónico e avaliação patrimonial” (por Maria Helena Barreiros, Historiadora da arte”, 2007), mas cuja digitalização não nos foi possível, mas que existem em formato papel e se encontram apensos ao processo.

Junto enviamos os seguintes documentos digitalizados:

-Aprovação do Projecto de Arquitetura (Dez.2020), CML/DMU/DLPE/Divisão de Projetos de Edifícios
-Informação Nº 49519/INF/DMURB (25.11.2020), contendo parecer da DGPC.
- Projecto de Licenciamento Arquitectura (Novembro 2020)
-Fotos retiradas do “Relatório Prévio Conservação e Restauro” (Neoépica/GPCR, Março de 2019) e do “Relatório final do estudo histórico-arquitectónico e avaliação patrimonial” (por Maria Helena Barreiros, 2007)


Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Irene Santos, Luís Serpa, António Araújo, Bruno Palma, Pedro Jordão, Fernando Jorge, José Maria Amador, Júlio Amorim, Alexandre Marques da Cruz, Virgílio Marques, Luís Carvalho e Rêgo, Helena Espvall, Maria João Pinto, Eurico de Barros, Pedro de Souza, Gonçalo Cornélio da Silva, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Maria Teresa Goulão, Jorge Pinto

proj 13196otr2020 (1).pdf
9 anexos

24/12/2020

Prédio de 1912 - Av. 5 Outubro com projecto de edificação - protesto e pedido de chumbo à CML

Exmo Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


CC. PCML, AML, JVAN e media

Na sequência da entrada na CML a 8/10/2020 de um projecto de “edificação” no edifício sito no nº 84 da Av. Cinco de Outubro, gaveto com a Av. Visconde Valmor, processo nº 354/EDI/2020 (foto 1), serve o presente para solicitar a V. Exa. a reprovação do mesmo de forma liminar.

Com efeito, cremos estar perante um caso flagrante de especulação imobiliária, em que será severamente alterado, para não dizermos destruído, um edifício dos mais significativos de uma Lisboa “Entre-Séculos”, datado de 1912, e intacto até 2013 - altura em foi, em primeiro lugar, mutilado nos seus painéis de azulejo publicitário “Japonisme”, posteriormente “restaurados”; e nos seus vidros coloridos de todas as janelas (foto 2, de Fernanda Ribeiro, in O Corvo), posteriormente substituídos por réplicas em PVC (foto 3); e objecto de obras (provavelmente ilegais) no seu interior durante um certo período de tempo, que faziam prever que o edifício seria reabilitado, desde logo o seu fabuloso hall de entrada, revestido a pinturas, cujo mau estado de conservação actual espera por uma urgente recuperação por se tratar de um dos melhores exemplares da arquitectura de transição na cidade de Lisboa, ex-libris das Avenidas Novas. Entretanto, o edifício foi deixado ao abandono, restando a pastelaria Bola Cheia como seu único inquilino.

Passados que estão 17 anos sobre essas obras fictícias, eis que somos surpreendidos por um projecto de “edificação” apresentado agora à CML, na realidade um projecto de construção nova em que tudo será destruído, restando a fachada como “espaço de memória”, mas ampliada em 3 pisos (!), apesar de na memória descritiva se afirmar que os tectos em estuque serão preservados, o que não conseguimos compreender como o serão uma vez que em simultâneo se abrem caves para estacionamento (foto 4).

Apelamos à CML, na pessoa de V. Exa., para que trave mais este projecto destruidor, mais um, do que ainda resta de património daquele período na cidade de Lisboa, mais propriamente nas Avenidas Novas, outrora possuidoras de um rico edificado dessa época.

Chamamos a atenção de V. Exa. para o facto de este edifício se encontrar protegido pela Carta Municipal do Património, item 23.103, e, uma vez que o edifício não está em risco de ruína, não ser permitida a destruição dos seus interiores, nem a sua fachada poderá subir 3 pisos.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Filipe Teixeira, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Fátima Castanheira, António Araújo, Helena Espvall, Ana Celeste Glória, João Oliveira Leonardo, Pedro de Souza, Maria João Pinto, Paulo Lopes, Rui Pedro Martins, Irene Santos, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Jorge Pinto

17/11/2020

Pedido à CML para tomar posse administrativa de 3 prédios Lx Entre-Séculos Caixa

Exmo. Senhor Presidente
Dr.Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


C.C. AML e media

Como é do conhecimento de V. Exas., o património erigido em Lisboa em finais do século XIX, início do século XX, tem sido severamente fustigado ao longo das últimas décadas, período em que todos assistimos a uma série interminável de demolições (completas e parciais) de edifícios construídos naqueles anos, um pouco por toda a cidade, com particular incidência na zona das Avenidas Novas, em Campo de Ourique, no Bairro Camões, Estrela e na Estefânia.

Muitos desses edifícios desaparecidos, alguns deles emblemáticos na cidade, foram deixados ao abandono, propositadamente, durante vários anos, sofrendo os mais variados actos de vandalismo, desde o destelhar das coberturas a fogos “espontâneos”, passando pela remoção de elementos decorativos, os mais variados, à abertura propositada de portas e janelas, convidando à entrada da chuva e de mais vandalismo, com apenas um propósito: tornar irreversível a sua demolição e com ela a possibilidade de erguer uma construção nova.

São inúmeros os casos de demolição ou alterações significativas em edifícios constantes da Carta Municipal do Património, bem como em imóveis localizados em zonas de protecção de imóveis classificados de interesse público.

Porque é nossa profunda convicção que a muito breve trecho, se nada for feito em contrário, dessa época nada restará em Lisboa que não um punhado de edifícios classificados, apelamos à CML, na pessoa de V. Exas, que, de forma urgente e ao invés do que se fez nas últimas décadas, trave a especulação imobiliária, razão central do desaparecimento desses edifícios de uma Lisboa “Entre-Séculos”, outrora um património pujante e que nada destoava do que outras cidades da Europa possuíam.

Nesse sentido, instamos a CML a que, de forma exemplar, tome posse administrativamente de um trio de edifícios “entre-séculos”, característicos dessa época e importantes para os respectivos arruamentos e bairros, que, a nosso ver, são três casos exemplares de especulação imobiliária: encontram-se os três ao abandono há anos, foram vandalizados, encontram-se ao sabor das intempéries, mudaram de proprietários, sendo que estes foram submetendo à CML pedidos de informação prévia sucessivamente chumbados pelos serviços, mas nem por isso aqueles fizeram o que lhes competia fazer: obras de conservação nos prédios:

1.Edifício da Calçada da Estrela, nº 40-48

2.Edifício da Rua de Dona Estefânia, nº 28-30

3.Edifício da Rua Antero de Quental, nº 2

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Beatriz Empis, Filipe Teixeira, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, José Maria Amador, Rui Pedro Martins, Miguel Atanásio Carvalho, Maria do Rosário Reiche, Pedro de Souza, Pedro Cassiano Neves, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Virgílio Marques, Jorge Ponto, Fátima Castanheira, Maria João Pinto, Pedro Fonseca, António Araújo, Martim Galamba, Pedro Henrique Aparício, Pedro Jordão, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Pedro Machado, Irene Santos

31/07/2020

Obras Escola Primária Teixeira Pascoaes - pedido de NÃO demolição parcial


Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça

CC. PCML, AML e media

No seguimento de notícias vindas hoje a público dando conta das obras na Escola Primária de Teixeira de Pascoaes, projectada pelo arq. Rui Jervis d'Athouguia em 1956, junto ao Bairro das Estacas, em Lisboa, e estando aquela escola Em Vias de Classificação por essa Direcção-Geral desde Abril do presente ano (Despacho de Abertura Anúncio nº 81/2020, DR, 2ª Série, nº 75, de 16-04-2020);

E considerando que nas obras em curso irão ser demolidas as grelhagens características dos pátios interiores da escola (fotos em anexo), assim desenhadas pelo Arquitecto, demolições essas constante do projecto de alterações durante a execução da obra, mas posteriores ao projecto submetido oportunamente a essa Direcção-Geral, e que foi objecto do v/parecer em Dezembro de 2019;

Alerta-se para o facto de nas obras provisórias na parte do edifício que ainda vai estando ocupado por atividades lectivas existem demolições já concretizadas e alteração dos elementos de apoio das salas, desenhados na confluência das zonas próximas das salas (os bancos das salas) e que já não poderão certamente ser repostos de acordo com o projeto de arquitetura implementado neste modelo emblemático do movimento de arquitetura moderna. 

Solicitamos a melhor intervenção de V. Exa. no sentido de impedir a demolição (escusada) das grelhagens dos pátios interiores daquela escola, por se tratar de destruição de património Em Vias de Classificação.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Aparício, Fernando Jorge, José Morais Arnaud, Virgílio Marques, João Oliveira Leonardo, Pedro Jordão, Paulo Lopes, Júlio Amorim, António Araújo, Pedro Fonseca, Guilherme Pereira, Henrique Chaves, Manuel Moreira de Araújo, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Irene Santos

07/07/2020

Ainda o projecto STC/Stone Capital para o antigo Hospital da Marinha


Cara Mariana Vozone/Stone Capital


C.C. PCML, AML, DGPC e media

Agradecendo a vossa resposta atempada e abrangente, e no seguimento de observações recentes feitas desde o Campo de Santa Clara, em que apenas pudemos descortinar como existentes neste momento a fachada do antigo Hospital da Marinha, sendo tudo o resto um imenso buraco, face à riqueza patrimonial do antigo Colégio Jesuíta, São Francisco Xavier, permita-nos que coloquemos mais algumas questões acerca do projecto em apreço.

Assim, dada a escala quase sem precedentes das demolições da pré-existência e a dificuldade em perceber-se o projecto,

- O que está previsto para o espaço da antiga portaria do Colégio? manter-se-ão as portas, os vidros e as abóbadas? o espaço mantém-se, ou foi já demolido?

- O mesmo se pergunta para a portaria nova - manter-se-ão os azulejos, a volumetria pré-existente? será desmembrado e recomposto, tal como sucedeu no Palácio Santa Helena, dos Condes de São Martinho em Alfama, da responsabilidade do mesmo gabinete de arquitectura?

- O que está contemplado no projecto para o espaço conhecido como sala de distribuição, 2º piso, sublinhando nós a existência de portas com bandeiras envidraçadas, panos de azulejos e o que, nas escadas, aparenta ser umas guardas de ferro-forjado muito interessantes. O projecto pretende mantê-las?

- Sabemos que a escadaria principal teria tectos em abóbadas e panos de azulejos polícromos. O projecto defende a existência desse extraordinário espaço?

- Irá ser integrada a porta do corredor lateral que dava acesso à sacristia, com uma notável moldura de pedra?

- O pátio interno será devolvido expurgado de todas as tubagens existentes? Irá ser entaipado/destruído?

- Por último, qual ou quais as empresas responsáveis pelo levantamento do património existente e onde se poderá consultar na íntegra o relatório?

Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Helena Espvall, Pedro Jordão, António Araújo, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, João Oliveira Leonardo, Fátima Castanheira, Pedro de Souza, Pedro Cassiano Neves

Fotos: Virgílio Marques

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Resposta da Stone Capital (20.7.2020):-) :

«Caros Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Helena Espvall, Pedro Jordão, António Araújo, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, João Oliveira Leonardo, Fátima Castanheira, Pedro de Souza, Pedro Cassiano Neves,

Esperamos que este email vos encontre bem.

SC - Lamentamos as apreciações e comentários subjetivos que são tecidos nas perguntas que nos são colocadas. Retirando das mesmas aquilo que é objetivo e para que não se difundam considerações suscetíveis de pôr em causa a seriedade com que este importante e complexo projeto de reabilitação urbana está a ser executado, somos a esclarecer:

- O que está previsto para o espaço da antiga portaria do Colégio? manter-se-ão as portas, os vidros e as abóbadas? o espaço mantém-se, ou foi já demolido?

SC - O espaço da antiga portaria corresponde à entrada ao nível do piso +0, junto à Farmácia e terá a sua geometria completamente preservada (abóbadas, chão em pedra, nicho, arranque da escada para o piso superior). As carpintarias, para assegurar a sua preservação, são retiradas e guardadas enquanto a obra está a decorrer.

- O mesmo se pergunta para a portaria nova - manter-se-ão os azulejos, a volumetria pré-existente? será desmembrado e recomposto, tal como sucedeu no Palácio Santa Helena, dos Condes de São Martinho em Alfama, da responsabilidade do mesmo gabinete de arquitectura?

SC - A portaria nova corresponde ao espaço futuro do Grab and Go, piso +1 e manter-se-á sem qualquer alteração (teto, paredes com lambril em azulejos).

- O que está contemplado no projecto para o espaço conhecido como sala de distribuição, 2º piso, sublinhando nós a existência de portas com bandeiras envidraçadas, panos de azulejos e o que, nas escadas, aparenta ser umas guardas de ferro-forjado muito interessantes. O projecto pretende mantê-las?

SC - A sala de distribuição corresponde ao espaço ao cimo das escadas do piso +2, pela qual se acedia à antiga capela. Todos os elementos com valor patrimonial aí existentes foram devidamente identificados e categorizados nos estudos patrimoniais que acompanharam o licenciamento, sendo os mesmos para manter (ou repor quando a sua integridade possa ser posta em causa pelos trabalhos materiais de execução da obra). Serão naturalmente substituídos aqueles aos quais os mesmos estudos, validados pelas entidades competentes, de acordo com o critério da autenticidade, não reconheceram valor patrimonial ou até mesmo identificaram como espúrios.

- Sabemos que a escadaria principal teria tectos em abóbadas e panos de azulejos policromos. O projecto defende a existência desse extraordinário espaço?

SC - Não obstante a escada principal original ter o seu traçado parcialmente corrigido no projeto licenciado, está a ser feito um esforço em obra de aproximação ao traçado existente, preservando os degraus em pedra, azulejos, abóbadas.

- Irá ser integrada a porta do corredor lateral que dava acesso à sacristia, com uma notável moldura de pedra?

SC - A porta da sacristia será mantida conforme previsto no Projeto.

- O pátio interno será devolvido expurgado de todas as tubagens existentes? Irá ser entaipado/destruído?

SC - Tal como previsto no projeto e evidenciado nos estudos, o pátio interno encontrava-se repleto de adições descaracterizadoras, de caráter técnico e funcional, sem qualquer valia patrimonial e será expurgado de todos esses elementos.

- Por último, qual ou quais as empresas responsáveis pelo levantamento do património existente e onde se poderá consultar na íntegra o relatório?

SC - O Relatório Prévio, que constitui um estudo extenso e aprofundado de levantamento e caracterização dos valores históricos, arquitectónicos e patrimoniais, é da autoria da consultora especializada, Conservation Practice e encontra-se integrado no processo de licenciamento, onde pode ser consultado. Existem outros documentos complementares com levantamentos parciais de carpintarias, azulejos, assim como relatórios específicos produzidos no decurso do acompanhamento dos trabalhos arqueológicos, da autoria da empresa especializada Neoépica, e que vão sendo produzidos e submetidos à DGPC que orienta todas as tomadas de decisão em obra nesse âmbito.

Com os nossos melhores cumprimentos,

Stone»

...

Novo e-mail para a Stone Capital (30-7-2020) e e-mail ao DGPC (30-7-2020):

«Cara Mariana Vozone/Stone Capital

Gratos pela v/resposta, serve o presente apenas para manifestarmos a nossa estranheza em verificarmos que a realidade no local difere radicalmente do que nos conta, ou seja: quem olha para o edifício verificará que, à parte a fachada, qual invólucro necessário, todo o edifício desapareceu: cantarias, abóbodas, escadas, corredores, elementos decorativos os mais variados.
Fazemos votos para que os mesmos estejam salvaguardados e voltem ao seu local de origem.

Com os melhores cumprimentos»

...

«Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça

Reencaminhando a V. Exa. a resposta de 7 de Julho de Mariana Vozone/Stone Capital relativa a um conjunto de questões por nós levantadas relativamente ao projecto de alterações, ampliação e construção nova que está a ser executado no antigo Hospital da Marinha e que no local apenas se vêem as fachadas do edifício, tendo desaparecido praticamente todo o interior daquele imponente complexo histórico, e tendo em conta as alusões feitas nesta resposta a pareceres dados por essa DG e ao acompanhamento da obra por parte desses serviços, serve o presente para solicitarmos o melhor esclarecimento quanto ao destino dado às escadas, abóbodas, elementos de cantaria, estuques, azulejos, e madeiras retirados do antigo hospital, ou seja, se o edifício vai manter alguma da sua autenticidade ou se vai ser inteiramente fake.

Com os melhores cumprimentos»

25/06/2020

Projecto de hotel no edifício da Confeitaria Nacional/Ourivesaria Barbosa Esteves/pedido de chumbo liminar à CML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo,
Exma. Senhora Vereadora
Catarina Vaz Pinto


C.C. AML, JF e media

Serve o presente para solicitarmos a V. Exas. e aos Serviços que tutelam, para que não hesitem em reprovar liminarmente o projecto de alterações, com demolição de interiores, designado por “Hotel Betesga”, promovido pela firma Rottshire, S.A. e previsto para o edifício da Praça da Figueira/Rua da Betesga, abrangendo praticamente um quarteirão uma vez que o edifício se prolonga pelas ruas da Prata e dos Correeiros.

Com efeito, a eventual aprovação pela CML implicará não só a demolição praticamente integral dos interiores deste imponente edifício de génese pombalina, com melhoramentos de qualidade no século XIX (planta de 1899, em anexo, foto 1, in Arquivo Municipal), designadamente a destruição dos estuques e das compartimentações de todos os seus pisos, genuíno, a destruição de uma das abóbadas pombalinas para abertura de elevador de serviço, nas traseiras, e a destruição do saguão e dos respectivos passadiços.

Como terá severas consequências em duas lojas de elevadíssimo valor patrimonial situadas no rés-do-chão, ambas protegidas pela Carta do Património anexa ao Plano Director Municipal de Lisboa e ambas Em Vias de Classificação como de Interesse Público, pela Direcção-Geral do Património Cultural: a Ourivesaria Barbosa Esteves (Rua da Prata, nº 293-297) e a Confeitaria Nacional, sendo esta última classificada Loja com História!

Com efeito, o projecto prevê a demolição integral de todo o interior do edifício com excepção da caixa de escada e de parte das estruturas das lojas referidas, seja no piso térreo seja em cave. Contudo, mesmo aí, por exemplo, o piso e a escada interior da Ourivesaria Barbosa Esteves serão destruídos, criada outra escada em consequência de supostas exigências feitas pela CML no sentido de proibir acessos ao futuro hotel pela Rua da Prata, obrigando a tê-los pela Rua dos Correeiros!

Tudo quanto hoje existe em ambas as lojas será desmantelado e supostamente recolocado na mesma, mas todos já sabemos o que isso significou em operações semelhantes, como no caso da Ourivesaria Silva (Praça Luís de Camões) e da Barbearia Campos (Largo do Chiado). Haverá reforço da estrutura do edifício, betonização dos pisos que irá afectar os espaços supostamente intocáveis das lojas históricas em apreço.

Consideramos caricato que a única preocupação dos autores deste projecto se resuma à preservação das lareiras pombalinas (que irão receber as casas de banho do futuro hotel…), e que, por exemplo, se queira destruir o lindíssimo tecto Arte Nova da Cervejaria Moderna (Rua dos Correeiros, nº 226), elencado na referida Carta do Património, cujo restauro recente, curiosamente, foi acompanhado pelos serviços da CML! (foto 2)

Como curioso é o facto de o futuro hotel prever a sua sala de refeições para o 1º piso da Confeitaria Nacional, abrindo-se para o efeito nova escadaria!

Pelo exposto, e porque continuamos a crer que o Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina não pode ser resumido à mera preservação de fachadas, solicitamos o chumbo liminar deste projecto.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Ana Celeste Glória, Alexandre Marques da Cruz, José Morais Arnaud, Andrea de Monti, Miguel de Atanásio Carvalho, Filipe Teixeira, Pedro de Sousa, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Rui Martins, Nuno de Castro Paiva, João B. Teixeira, Helena Espvall, Alexandra Maia Mendonça, Pedro Cassiano Neves, Gonçalo Cornélio da Silva, Henrique Chaves, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, João Oliveira Leonardo, Pedro Machado, Pedro Jordão, Irene Santos, Fátima Castanheira, Maria José Stock e Madalena Martins

28/04/2020

Ainda sobre a desavergonhada reitoria...


A resposta dos serviços de Urbanismo da CML:

«Exmos Senhores,

Na sequência da denúncia relativa à remoção da placa removida do edifício Ventura Terra, informamos o seguinte:

1. Os serviços municipais só tiveram conhecimento dos factos atinentes à remoção da placa afixada na fachada do edifício Ventura Terra, propriedade da Universidade de Lisboa, pela informação/denuncia apresentada pelo Fórum Cidadania.

2. Nessa sequência, em 11 de março de 2020, foi realizada uma vistoria ao local, tendo a Policia Municipal informado que a destruição da placa teria decorrido de um acidente, o que, aliás, foi reiterado pelo proprietário do edifício em declarações à comunicação social.

3. Na sequência da referida vistoria, os serviços do Município enviaram comunicação à Universidade de Lisboa alertando para a necessidade de repor a referida placa evocativa do edifício Ventura Terra.

4. Em 25 de abril de 2020, a Universidade de Lisboa informou de que já foi reposta uma réplica exa​ta da placa, conforme fotografia em anexo, assim como foi esclarecido que o restauro da placa original aguarda oportunidade para ser executado, atenta a atual crise de saúde pública.

Com os melhores cumprimentos,

Rosália Russo
Diretora Municipal do Urbanismo»

02/04/2020

Novo alerta-protesto sobre edif. Soares da Silva/Tv. Amoreiras 6-12


Exmo. Senhor Vereador Ricardo Veludo


C.C. PCML, AML, DGPC, JF e media

No seguimento do nosso alerta-pedido de reprovação de Janeiro passado (http://cidadanialx.blogspot.com/2020/01/protesto-pela-demolicao-do-predio-de.html) do pedido de alterações com demolição (processo nº 2008/EDI/2019) do edifício da Travessa das Amoreiras, nº 6-12, desenhado pelo arq. António do Couto de Abreu para o então conhecido industrial Francisco Soares da Silva; Somos a alertar V. Exa. e os Serviços que tutela para a existência de movimentações suspeitas no interior daquele edifício, com o entrar e sair de pessoas e materiais, que poderão vir a traduzir-se em uma eventual descaracterização/desvalorização do edifício a nível dos interiores, coberturas ou traseiras, o que todos queremos evitar.

Apelamos mais uma vez para a necessidade de mudança do paradigma da política de reabilitação urbana da CML, para novas e boas práticas, em que não se materialize o entendimento de que basta manter-se a fachada como sinónimo de que uma cidade está a ser reabilitada. É possível adaptar o edificado desse período construtivo, de que Lisboa já foi rica, às novas funções e exigências de uma vida moderna, sem destruir os interiores dos apartamentos, sem ampliar 2-3 pisos, sem destruir os seus logradouros, sem descaracterizar o quarteirão, o bairro; no caso a demolição da totalidade do seu interior, a ampliação de um piso em mansarda, a abertura de caves de estacionamento e a patética regularização da fachada sobre a garagem. É possível, não é tão caro quanto nos querem fazer ser, e há mercado para essas casas.

Pelo exposto agora e aquando da nossa missiva de Janeiro, apelamos a V. Exa., senhor Vereador, para que atente neste projecto.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Helena Espvall, Alexandre Marques da Cruz, Gustavo da Cunha, Maria Teresa Goulão, Pedro de Souza, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, António Araújo, Fernando Jorge, Pedro Jordão, Gonçalo Cornélio da Silva, Irene Santos

...

Aqui fica o esclarecimento de dia 14 do corrente, da Sra. Directora do Urbanismo da CML, que importa APLAUDIR!

«Exmos. Senhores

Em primeiro lugar, deixo o meu agradecimento pela vossa colaboração em matéria de fiscalização de obras ilegais.

No que respeita ao imóvel sito na Travessa das Águas Livres, nº 6 - 12, cumpre informar que para o mesmo existe um pedido de licenciamento (Processo n.º 2008/EDI/2019) deu entrada na Câmara Municipal de Lisboa em 12/11/2019 e se encontra em apreciação no Departamento de Licenciamento Urbanístico.

O pedido de licenciamento visa a realização de obras de alteração e ampliação de edifício com uso habitacional, implicando uma intervenção profunda no imóvel, com demolição quase integral do edifício, designadamente interiores e fachadas posteriores, mantendo-se apenas a fachada principal sobre ambos os troços da Travessa das Águas Livres, construção de 2 pisos em cave para estacionamento automóvel com a criação de acesso a partir da Travessa das Águas Livres e manutenção do uso habitacional.

Foram realizadas consultas, com as seguintes pronúncias:

- A DGPC emitiu um parecer desfavorável, a 29/1/2020, cf. anexo;
- A Estrutura Consultiva Residente-PDM emitiu um parecer desfavorável, a 10/12/2019, cf. anexo;
- O Departamento de Gestão da Mobilidade emitiu parecer favorável condicionando, a 20/1/2020, cf. anexo.

Com base nos pareceres desfavoráveis emitidos, quer pela DGPC, quer pela ECR, foi proposta a realização de audiência prévia de interessados, dando conhecimento ao requerente de que, face aos incumprimentos verificados, é intenção dos serviços indeferir o pedido de licenciamento, nos termos das alíneas a) e c) do nº 1, e na alínea a) do nº 2, do Artigo 24º do Regime Jurídico de Urbanização e Edificação.

Atento o exposto na presente informação, caso estejam efetivamente em curso trabalhos não isentos de licenciamento, os mesmos são ilegais, uma vez que não foi emitido qualquer título que habilite o particular à realização de obras, pelo que está a ser verificada pela Polícia Municipal a necessidade da aplicação de medidas de tutela da legalidade urbanística.

Com os melhores cumprimentos,

Rosália Russo
Diretora Municipal do Urbanismo»

12/03/2020

Destruição placa do edif Ventura Terra - pedido de demissão do Reitor da UL


Magnífico Senhor Reitor
Eng. António Manuel da Cruz Serra


CC. Vice-Reitores e Pró-Reitores da UL, Senhor Primeiro-Ministro, Senhor Ministro do Ensino Superior, 8ª Comissão da AR e media

É profundamente lamentável que a Reitoria da Universidade de Lisboa seja a responsável pela destruição, ontem entre as 16h30 e as 17h, da placa evocativa da doação às Belas-Artes do Edifício Ventura Terra, Prémio Valmor e sito na R. Alexandre Herculano 57, cuja inscrição remetia para a vontade testamentária do arq. Miguel Ventura Terra.

Com efeito, a tentativa, patética e descarada, de apagar a História da cidade, mais a mais executando-a em património classificado de Interesse Concelhio (pela CML) e de Interesse Público (pela DGPC/IGESPAR/IPPAR), e por ordens da reitoria da mais prestigiada instituição de Ensino Superior de Lisboa, diz bem sobre a necessidade urgente de recolocar essa Instituição no trilho do respeito e reconhecimento que todos lhe devemos ter.

Por outras palavras, Magnífico Reitor: demita-se!

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Carlos Moura-Carvalho, Paulo Lopes, Rui Pedro Martins, Fernando Jorge, Filipe Teixeira, Gustavo da Cunha, Nuno Caiado, José Filipe Soares, Jorge Pinto, Virgílio Marques, Rita Gomes Ferrão, Miguel de Sepúlveda Velloso, Eurico de Barros, Luís Serpa, Alexandre Marques da Cruz, Irina Gomes, Pedro Jordão e Catarina Portas, Paula Cristina Peralta, Aníbal Santos, Guilherme Freitas, João Guerra da Mata, Madalena Braz Teixeira, Clara de Sousa, José Couto Nogueira, Maria do Carmo Piçarra

Destruição placa do edif Ventura Terra - Nota à DGPC e CML


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça
Exmo. Senhor Director Municipal do Urbanismo
Eng. Ricardo Veludo


C.C. Senhor Primeiro-Ministro, Ministra da Cultura, AML, AVT, Reitoria da UL e media

É lamentável que nem a CML nem a DGPC tenham dado atenção ao que vos solicitámos anteontem e ontem, e tentado impedir a destruição, a nosso ver completamente ilegal e criminosa, da placa evocativa do edifício Ventura Terra, conforme fotos em anexo.

É com profunda consternação que assistimos à total incapacidade da CML e da DGPC em assegurarem a integridade, que é disso que se trata, de um bem classificado (Interesse Concelhio e Interesse Público) e premiado (Prémio Valmor) por elas próprias, ignorando a profusa regulamentação camarária e nacional que "assegura" a protecção e salvaguarda destes bens.

Acresce que esta operação de destruição da placa teria que ter tido autorização da CML de outro teor, porque pôs em perigo os transeuntes e os carros estacionados no local e dada a completa ausência de medidas de segurança durante a mesma, por se tratar de uma placa de grande envergadura. Felizmente, não houve acidentes, o que agravaria toda esta situação, já de si lamentável e impensável na cidade de Lisboa, que se apregoa como moderna, culta e atractiva.

A destruição da placa em causa, ao ser promovida, ao que tudo indica, pela Reitoria da Universidade de Lisboa, torna ainda mais insuportável esta situação.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Alexandra de Carvalho Antunes, Pedro Gomes, Maria Carvalho, Júlio Amorim, Inês Beleza Barreiros, Filipe Teixeira, Virgílio Marques, Guilherme Pereira, Maria do Rosário Reiche, Pedro Malheiros Fonseca, Mafalda Magalhães de Barros, Alexandre Marques da Cruz, Fernando Jorge, Helena Espvall, Irina Gomes, Luís Mascarenhas Gaivão, Paulo Lopes, Beatriz Empis, Pedro Ribeiro, Nuno Caiado, Jorge Pinto, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bruno Palma e António Araújo

26/02/2020

Onde pára o tecto de madeira?


Crime? Gato por lebre, certamente. Onde pára o tecto de madeira? O promotor fartou-se de "informar" que os poucos apartamentos que ia construir no Cinema Odéon não beliscariam o tecto. Onde é que ele pára? Cambada.

Foto de Nuno Vasco Franco

01/10/2019

«Vizinhos tentam embargar obras “ilegais” no Teatro do Bairro Alto», in Público, 1.10.2019: https://www.publico.pt/2019/10/01/local/noticia/vizinhos-tentam-embargar-obras-teatro-bairro-alto-1888403


«Vizinhos tentam embargar obras “ilegais” no Teatro do Bairro Alto», in Público, 1.10.2019.

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Muro posterior ao troço do Aqueduto? Sim, claro, agora já lá está um muro de cimento, pelo que o corrimão foi colocado sobre esse muro, não sobre o Aqueduto, LOL, esta DGPC é para RIR :-)

Outra obra, também no Aqueduto, decorre impunemente aqui:

E há exactamente 1 ano que alertámos e protestámos junto da CML e da DGPC, ou seja, desde há 1 ano que a prezada direcção da DGPC sabe disto e nada fez: https://cidadanialx.blogspot.com/2018/12/eventual-destruicao-do-troco-aqueduto.html?fbclid=IwAR2TuC3PhR0rAmlT1WhcKqx8vREfUQnvi9gK5plbVfrFP-bGPutwWq2edFQ:

21/02/2019

Azulejos escavacados em fachada do prédio da Rua dos Cegos, 32 /Pátio Dom Fradique


ATENÇÃO: Alguém pode passar na Rua dos Cegos/Menino Deus/Pátio D. Fradique, nº 32, e fotografar o desaparecimento/arranque de azulejos em curso? Obra em curso, mas o procedimento é ilegal, se o projecto tiver sido aprovado depois da entrada em vigor da lei que protege o património azulejar de fachada! Muito obrigado!

17/12/2018

Eventual destruição do troço Aqueduto Águas Livres/ Arco de S. Mamede/Travessa do Noronha - Pedido de esclarecimentos à CML e DGPC


Exmo. Senhor Presidente da Câmara
Dr. Fernando Medina,
Exma. Senhora Directora-Geral
Arq. Paula Silva


C.c. EPAL, AML, JF, Vereador do Urbanismo, ICOMOS e media

No seguimento da obra de construção nova a decorrer na Travessa do Noronha, nº 21, junto ao troço do Aqueduto das Águas Livres ali existente que cruza a Rua do Arco a São Mamede, parte integrante do conjunto classificado de Monumento Nacional, e após visita ao local, constatou-se a efectiva destruição parcial do que pensamos ser o referido troço (local assinalado na fotografia em anexo).

Caso se confirme ser a demolição ocorrida a destruição do referido troço do Aqueduto, serve o presente para solicitar os esclarecimentos dos serviços da CML e da DGPC sobre a autorização e fiscalização da obra em curso, bem como as medidas punitivas que advirão desta situação e como se processará a reconstrução do troço agora destruído do nosso Monumento Nacional.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, José Morais Arnaud, Luís Rêgo, Rui Pedro Barbosa, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, Henrique Chaves, Ana Celeste Glória, Jorge Pinto, Helena Espvall, Filipe Teixeira, Fernando Jorge, Fernando Silva Grade, Fátima Castanheira, Luís Mascarenhas Gaivão

27/09/2018

Petição Salvar a Casa da Pesca: património classificado em ruína iminente.


ASSINE E DIVULGUE, POR FAVOR:

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República,


A Casa da Pesca, situada na Quinta de Recreio dos Marqueses de Pombal, em Oeiras constitui um dos conjuntos mais interessantes da arquitectura de veraneio do século XVIII. Constituída por Jardim, Casa, Cascata, e Tanque este conjunto localiza-se na parte mais a norte da referida Quinta, actualmente propriedade da Estação Agronómica Nacional (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Ministério da Agricultura).

O interesse histórico e artístico deste conjunto designado Casa da Pesca, reside no imaginário barroco da época que ainda hoje pode ser observado: a Cascata do Taveira, imponente anfiteatro desdobrado em painéis revestidos de azulejo, em tons de azul intenso e branco, com cenas mitológicas de temática marítima, testemunho raro entre nós; o Tanque fronteiro, no qual D. Maria I chegou a pescar, acompanhada do seu séquito (dando nome ao conjunto); e finalmente a Casa da Pesca, na qual eram guardados os instrumentos de pesca, e que esconde no seu interior uma série de estuques em relevo, com cenas marítima, alusivas à própria “pesca”, e cuja autoria tem vindo a ser associada a Giovanni Grossi, famoso estucador da época.

Face a este espólio artístico, o conjunto integrou a classificação de Monumento Nacional que, em 1940, foi atribuído ao Palácio e Jardim a ele anexo. No entanto, setenta e oito anos passados sobre essa classificação, a Casa da Pesca encontra-se em processo acelerado de ruína que, se não for rapidamente estancado, será irreversível, com partes do teto estucado já caídas. Perante este cenário dramático, é inaceitável que o Ministério da Agricultura continue a protelar as indispensáveis obras e que a Direcção-Geral do Património Cultural continue sem impor o cumprimento das obrigações inerentes à salvaguarda de um Bem classificado, sobretudo tratando-se de um “Monumento Nacional”!

Registe-se o facto de já terem sido criadas outras petições para o mesmo efeito, desde 2010 até ao ano presente, além de diversas iniciativas, tais como comunicações de âmbito académico, palestras públicas, debates, notícias e reportagens televisivas.

Assim, os subscritores desta Petição apelam à Assembleia da República para instar o Ministério da Agricultura a:

1. Proceder a obras urgentes de conservação e restauro da Casa da Pesca.
2. Garantir a preservação, divulgação e abertura ao público deste conjunto patrimonial classificado de Monumento Nacional.

CONTAMOS COM TODOS OS CIDADÃOS QUE AMAM O NOSSO PATRIMÓNIO COLECTIVO!

Oeiras, 18 de Setembro de 2018