29/04/2017

"Não deviam cobrar nada pela entrada"

foto: Carlos Martins / Global Imagens

"As entradas gratuitas mantêm-se até domingo e, a partir de 1 de maio, todos os sábados e em dias especiais. Já no dia 7 de maio, Dia da Mãe, os filhos que participarem nas atividades do museu, oferecem o bilhete à mãe. No Dia Internacional dos Museus (18 de maio) a entrada também é livro tal como no dia 1 de junho, para crianças até aos 12 anos.

Na nova bilhética do Museu Berardo, as crianças entram gratuitamente até aos seis anos, os visitantes entre os 7 e os 18 anos têm um desconto de 50%, tal como os maiores de 65 anos e as pessoas com mobilidade reduzida."

Pode ler o resto aqui no DN de hoje

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Respeito a opinião do dono desta fabulosa colecção de arte. Contudo, 5 euros de entrada para os milhares de turistas que a visitam anualmente....é simbólico atendendo à qualidade do que vão ver. Deveria sim continuar gratuito até aos 18 anos e a partir dos 65.

27/04/2017

As novas mansardas de Lisboa


Chegado por e-mail:

«Boa tarde,

Venho partilhar com o Fórum Cidadania LX o novo número do J-A Jornal Arquitectos, que foi lançado esta semana e que é dedicado às intervenções nos centros urbanos da cidade de Lisboa e Porto: http://www.jornalarquitectos.pt/pt/jornal/centros-nevralgicos.

Chamo também a atenção para o meu artigo «À grande e à francesa - das coberturas em mansarda às fachadas amansardadas da cidade contemporânea» que formula uma análise crítica à moda das mansardas: http://www.jornalarquitectos.pt/pt/jornal/centros-nevralgicos/-a-grande-e-a-francesa.

Como vários dos exemplos que utilizo para ilustrar o artigo foram já por diversas vezes objecto de atenção no blog, e como creio que o tema terá seguramente interesse, não queria deixar de fazer a partilha.

Os meus cumprimentos,

Carlos Machado e Moura

Bico d'obra, para rir ou para chorar?


26/04/2017

O alambor vai à vida e ninguém impede que tal aconteça? MC? PCML? PM?


In Público (26.4.2017)
Por João Pedro Pincha


«Funicular da Graça põe em risco estrutura medieval única no país

Apesar de o projecto ter sido revisto, os serviços da DGPC alertaram para a possível destruição de 80% de uma estrutura com “elevado interesse patrimonial”. Câmara garante que monumento não será afectado, mas o arquitecto responsável não tem assim tanta certeza.

A instalação de um funicular entre a Mouraria e o Miradouro da Graça, em Lisboa, vai destruir quase por completo uma estrutura medieval única no país: o alambor da Muralha Fernandina. Foi essa a conclusão a que chegaram os técnicos da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) depois de analisarem uma versão revista do projecto, que se destinava precisamente a evitar que aquela estrutura fosse afectada.

Um alambor é uma rampa inclinada construída na base de uma muralha com o objectivo de dificultar as acções militares inimigas. O alambor da Muralha Fernandina de Lisboa foi descoberto pela primeira vez em 2016, junto ao Miradouro da Graça, durante as escavações arqueológicas prévias aos trabalhos de construção do funicular. Depois desse achado, o projecto foi revisto. Mas não o suficiente, defendem os serviços da DGPC que acompanham o assunto.

Em Dezembro, e apesar de os técnicos terem defendido “a não aprovação do projecto devido à afectação substancial do alambor”, a directora-geral da DGPC consentiu com o avanço dos trabalhos. No despacho, Paula Silva justificou assim a decisão: “Atendendo a que o projecto nesta fase evoluiu positivamente e salvaguarda os aspectos essenciais da preservação do alambor (com uma pequena afectação)”.

No fim de Março, durante uma reunião entre as várias entidades envolvidas no assunto, o arquitecto João Favila Menezes e o vereador Manuel Salgado entregaram o projecto de especialidades. Mais uma vez os serviços da DGPC não aprovaram. “É lamentável que o projecto de arquitectura não registe e represente o troço da Muralha Fernandina, e respectivo alambor, classificado como Monumento Nacional, e que será afectado pela intervenção proposta”, lê-se num parecer datado de 5 de Abril.

A arquitecta que assina este documento, Maria João Parreira, refere que “a muralha e o alambor não estão representados nas plantas específicas da zona de chegada [do funicular] ao miradouro” e lembra que “o projecto continua a não ser acompanhado por relatório prévio/intercalar conforme legislação em vigor”. De acordo com um decreto-lei de 2009, que estabelece o “regime jurídico dos estudos, projectos, relatórios, obras ou intervenções sobre bens culturais classificados”, a entrega desse relatório prévio é obrigatória.

O parecer arqueológico é ainda mais contundente. “O arquitecto projectista continua a não assumir clara e frontalmente o grau de afectação que a sua proposta impõe à integridade patrimonial” da muralha e do alambor, escreve a arqueóloga Maria José Sequeira, que já em anteriores fases tinha mostrado reservas ao processo. Perante a ausência desses dados concretos, a técnica superior faz estimativas com base nas plantas disponíveis: 75% a 80% do alambor será destruído. Por isso, escreve: “Tendo presente o grau de afectação do Monumento Nacional parece-nos que o desenvolvimento da proposta em projecto de execução não se enquadra nos termos do despacho exarado a 22 de Dezembro” – o tal, assinado por Paula Silva, que referia “uma pequena afectação”.

O PÚBLICO questionou a Câmara Municipal de Lisboa, promotora da obra, e o arquitecto João Favila Menezes, autor do projecto, sobre este assunto. As respostas foram contraditórias. A autarquia informou, através do seu gabinete de comunicação, que a “solução alternativa” apresentada à DGPC “não afecta a referida estrutura arqueológica”. João Favila não foi tão peremptório. “Estamos a estudar qual é o tipo de afectação”, disse, acrescentando que ela “será mínima”.

No mesmo dia 5 de Abril em que as duas técnicas assinaram os seus pareceres críticos, o processo subiu na hierarquia da DGPC. Carlos Bessa, chefe da Divisão de Salvaguarda do Património Arquitectónico e Arqueológico, remeteu o assunto para a sua superior, a directora do Departamento de Bens Culturais, Catarina Coelho, apenas com uma nota: “Deverá a execução da obra minimizar os impactos sobre o alambor e a Muralha Fernandina”.

Por sua vez, Catarina Coelho enviou os documentos a Paula Silva com outro comentário: “Deverá ser avaliada a metodologia da intervenção junto ao paramento da Muralha Fernandina”. A directora-geral da DGPC aprovou o projecto nesse mesmo dia, sem mais acrescentos.

Os trabalhos arqueológicos que decorreram no Verão de 2016 permitiram identificar um novo troço da Muralha Fernandina, o que não foi uma surpresa total, uma vez que ele já aparecia referenciado em mapas renascentistas da cidade. A descoberta do alambor é que foi inesperada.

Em Outubro, tal como o PÚBLICO noticiou, a arqueóloga Maria José Sequeira escreveu que o alambor estava “muito bem preservado”, tinha um “inequívoco valor patrimonial” e um “carácter único”. Ideias corroboradas e reforçadas por Mário Barroca, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, especialista em castelos, arquitectura militar e História medieval.

Chamado pela DGPC a dar parecer, o docente destacou a importância das descobertas, especialmente pelo material de construção usado. “O aparecimento de muralhas em taipa, para mais em Lisboa, capital do reino, e para mais em obra de iniciativa régia, não deixa de ser um acontecimento extraordinário”, escreveu Mário Barroca. Para o especialista, a existência de um alambor constitui um “aspecto de enorme novidade” que faz questão de deixar claro. “Devemos sublinhar a enorme novidade destes elementos: por se tratar do primeiro exemplo, arqueologicamente detectado entre nós, de alambor erguido em taipa”, escreveu.

Mário Barroca não tem dúvidas em afirmar que as descobertas têm “elevado interesse patrimonial, arqueológico e histórico, que ultrapassa em muito a importância – já de si não despicienda – que representam para a História da cidade de Lisboa”. Ou seja, acrescenta, “estamos na presença de vestígios que assumem uma novidade enorme no panorama da arquitectura militar portuguesa e que, por isso, merecem ser estudados com mais profundidade”.

“Mas, sobretudo, estamos perante vestígios que é fundamental serem preservados”, conclui o especialista.

No seio dos serviços técnicos da DGPC, a discordância face a este assunto não se manifesta só nos pareceres e informações oficiais. Em Novembro, aquando da apresentação do projecto revisto, o gabinete do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, escreveu uma carta a defender “a importância da concretização do percurso da Graça”, que é um dos vários que constam do Plano Geral de Acessibilidades Suaves e Assistidas à Colina do Castelo. A carta tem várias páginas e, em todas elas, alguém pôs notas manuscritas à margem com críticas às palavras do vereador. Por exemplo, Manuel Salgado escreve, em determinada passagem, que “o Estado português (…) subscreveu diversos documentos nos quais assume que a promoção da mobilidade e da acessibilidade para todos deve constituir uma prioridade das políticas públicas”. Comentário escrito a lápis ao lado: “Também subscreveu as cartas e convenções internacionais de defesa do património!”

Segundo a câmara transmitiu ao PÚBLICO, agora que já foi obtida a aprovação da DGPC ao funicular, “está em preparação o lançamento do concurso público para a sua construção.»

24/04/2017

E por falar no Palacete Baldaia, que dizer de tanto pvc/alumínio e do estado destas fachadas?


Fotos: Vítor Vieira

Jardim do Palácio Baldaia abre ao público no 25 de Abril


In Diário de Notícias (24.4.2017)
Por Lina Santos

Edifício setecentista vai ser biblioteca e espaço de trabalho. O jardim abre amanhã com um concerto de Paulo de Carvalho

"Benfica tem tudo, só lhe falta glamour." Ricardo Marques, vogal de Educação, Formação e Eventos públicos da junta de freguesia, cita de cor o título que leu na imprensa há uma mão-cheia de anos, a propósito da (aparente) falta de história do bairro. Neste mandato, a direção, liderada por Inês Drummond, quis quebrar esse mito urbano. E a reabilitação do Palácio Baldaia, na Estrada de Benfica, é um dos passos. Em setembro abre em pleno, amanhã, assinalando o 25 de Abril, inaugura-se o jardim, com concertos da Orquestra Geração (15.00), Novas Vozes de Abril (17.00) e, finalmente, do intérprete da canção-senha E depois do Adeus. Paulo de Carvalho sobe ao palco às 18.00.

O palco do jardim Baldaia é a antiga plataforma das máquinas de ar condicionado, com um deck de madeira. Há árvores centenárias por aqui e o vogal da junta de freguesia chama a atenção para dois arbustos que, mercê das muitas podas a que foram sujeitos, "são como bonsais". Chamam-se Euohymus japonicus, explica o engenheiro agrónomo do projeto, Flávio Barros. Defende que sejam classificados como arbustos de interesse público.

Os dois lagos do jardim vão estar a funcionar, com carpas e tartarugas, e um caminho de calçada emoldura a entrada na casa. Respeitaram-se os canteiros que já existiam, delimitados por aço corten. Brita espalhada desenha os caminhos. Terá entre cinco e dez centímetros de altura, o suficiente para ser confortável pisá-la, explicam os responsáveis da obra. Ricardo Marques conta que defendeu a relva, "mas este é um jardim sombrio, seria uma manutenção morosa". Além disso, justifica, "é um jardim de fruição".

Por esta altura, impõe-se contar a história da casa. Maria Joana Baldaia foi a primeira proprietária, no século XVIII. O palácio chegou a ser um hotel, detalha Ricardo Marques, a partir da escassa informação que existe. "Alguns apontamentos interiores serão, aliás, da época em que o palácio funcionou como Hotel Mafra." Será desse tempo a escultura de bronze que está na escadaria. Duas outras, agora em restauro, estavam no jardim.

Ricardo Marques continua a história. "[O palácio] aparecia referido ainda no século XIX já não como Hotel Mafra, mas como hospedaria. Passa por várias mãos durante 20 anos, e em 1913 passa para o INIAV [Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária]. Entram oficialmente em 1918", conta, e acrescenta: "Muito do que vemos aqui são intervenções para vir para cá o laboratório."

O Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), que saiu já em 2017 e cujo nome ainda está numa das entradas, foi construindo anexos. O seu destino é serem demolidos, o terreno loteado e vendido para construção. Estão previstas duas torres de habitação e um jardim público ao centro. Ricardo Marques espera que se preservem "as muitas espécies e árvores que aqui existem e que dão alguma particularidade ao recinto". »

23/04/2017

"Voo de regresso do Arcanjo marcado para 20 de maio"....


Global Imagens

FACEBOOK/NUNO MIGUEL RODRIGUES

Falta menos de um mês para o público voltar a ver a escultura barroca do Arcanjo São Miguel que em novembro foi derrubada por um visitante do Museu de Arte Antiga.

Pode ler o resto aqui no DN de hoje
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Olhando para a altura da escultura, as dimensões da sua base, a "segurança" ridícula entre base e plinto e, a sua colocação no meio de uma sala com bastantes visitantes....creio que isto não acontecia no armazém do IKEA.

ESTADO VENDE A RETALHO O PATRIMÓNIO PORTUGUÊS


O Dispensário de Alcântara encontra-se localizado em Lisboa, na Av. Infante Santo nº 3, gaveto com a Rua Tenente Valadim, na Freguesia da Estrela, confrontando a Norte com as empenas de tardoz, ou Pátios, dos imóveis com frente para a Rua do Sacramento a Alcântara, a Sul e a Nascente com as mesmas Rua Tenente Valadim e Avenida Infante Santo e a Poente com edifícios anexos ao antigo Convento do Sacramento.

O conjunto é uma construção tardo-oitocentista mandado erigir por ordem régia, com o objetivo de prevenção primária da Tuberculose pulmonar em crianças e adolescentes; internamento e apoio ambulatório. Flagelo, na altura, com consequências gravíssimas para a Humanidade.

Tendo em conta que o período negro da tuberculose decorre do final do Século XVIII até 1838, teve para a história de Portugal importância transcendente a construção do Dispensário de Alcântara, fundado em 1893 por Dona Amélia, última Rainha de Portugal, como o primeiro Dispensário de concepção moderna baseado em princípios científicos de prevenção da doença e no combate directo ao flagelo.

O Dispensário forneceu cuidados médicos, leite e alimentos, assistência médica e medicamentosa à infância e adolescentes, sendo que os cuidados de enfermagem eram prestados pelas irmãs religiosas que habitavam, e ainda habitam, o edifício contíguo e encarregando-se a Rainha e o seu séquito das visitas domiciliárias.

O edifício é um exemplo monumental de um estilo hoje raro, apenas com semelhanças à Creche VITOR MANUEL, sita na Calçada da Tapada, construída em 1887 a expensas da Rainha Dona Maria Pia, mulher do Rei D. Luís I para abrigo da infância desvalida e em memória de seu Pai, o primeiro Rei de Itália.

O edificado consta do Anexo III – Inventário Municipal do Património, na Proposta de Regulamento do Plano Director Municipal de 17 de Janeiro de 2007 sob a epigrafe FREGUESIA 26 – PRAZERES 26.72 Dispensário de Alcântara/ Av. Infante Santo, 3; Rua Tenente Valadim.

Trata-se ainda de um Monumento situado na área de protecção do Museu Nacional de Arte Antiga.

O DISPENSÁRIO DE ALCÂNTARA é assim não só um monumento de elevada representatividade arquitectónica como a sua construção e vivência são de grande relevo na História de Portugal e da Cidade de Lisboa, acompanhado pelo INSTITUTO RAINHA DONA AMÉLIA, depois instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos, e hoje Inspecção-geral das actividades em saúde, sito na Av. 24 de Julho, junto ao Cais do Sodré e mandado construir pela mesma Rainha.

E esse período da história foi considerado de tanta importância, que a própria Rainha aquando da sua vinda a Portugal em 1945 a percorrer os caminhos da memória, quis a par da visita aos túmulos de S. Vicente de Fora, estar mais uma vez no Dispensário com as crianças. São abundantes os testemunhos fotográficos do acontecimento, também na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa, um grande painel de azulejos evocativo das visitas da fundadora ao Dispensário marca as suas paredes e Escadaria Nobre.

Por esta soma de razões é necessário e urgente dar continuidade ao processo de classificação do Dispensário de Alcântara como monumento de Interesse Municipal, de forma a salvaguardá-lo na sua integridade, bem como se torna necessário e urgente proceder-se à sua reabilitação.

PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao processo de classificação, em 3 de Abril de 2007, a então Junta de Freguesia dos Prazeres, enviou ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, um requerimento solicitando a classificação do Dispensário de Alcântara como Imóvel de Interesse Municipal, e em 10 de Abril de 2007, enviou à Divisão do Património Cultural da mesma Câmara Municipal de Lisboa, por protocolo, o respetivo processo de candidatura.

Em resultado do referido pedido de classificação, o Município de Lisboa emitiu e Edital n.º 42/2007, assinado pelo Exmo. Director Municipal de Cultura, Dr. Rui M. Pereira, que diz:

Nos termos e para efeitos do artigo 25º, nº 5 da Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro, faço público que, por meu despacho de 2007/05/08, foi determinada a abertura do procedimento administrativo relativo à eventual Classificação de Interesse Municipal do imóvel - “Dispensário de Alcântara”- como de Interesse Municipal, sito na Avenida Infante Santo, 3 e Rua Tenente Valadim, na Freguesia dos Prazeres, em Lisboa.

Face ao exposto, a partir deste momento, o referido imóvel encontra-se em vias de classificação.

Os Serviços Camarários ficam obrigados a prestar informação ao Departamento de Património Cultural, de qualquer intervenção no bem em questão.

PROCESSO DE RECUPERAÇÃO

Presentemente o edifício principal encontra-se devoluto e é propriedade do Estado Português, inscrito na 3ª Conservatória do Registo Predial com o n.º 259/190788 e o edifício anexo está ocupado pela Congregação Internacional das Irmãs Missionárias do Espírito Santo, que trabalham em ação social em conjugação com o Banco Alimentar contra a Fome e outros.

Sendo a Pampulha um lugar de Lisboa com muitas necessidades a nível social, cultural e de saúde da população, nomeadamente no que se refere ao apoio à juventude e à terceira idade, como é reconhecido pela Câmara Municipal de Lisboa, e sendo o Dispensário de Alcântara um monumento histórico, criado de raiz para o apoio médico e medicamentoso às camadas mais desfavorecidas da população, não faz, quanto a nós sentido, estar o Estado Português a negociar com particulares um bem de valor histórico incalculável e uma mais valia para a assistência social , numa zona da cidade com tão grandes carências.

Esperemos que o atual governo retire dos bens à venda o Dispensário de Alcântara, e ao contrário lhe dê o destino para que foi criado, dignificando a memória da cidade de Lisboa e contribuindo para o bem-estar da sua população.


João Pinto Soares

21/04/2017

Igreja do Menino Deus - DIVINO SOSPIRO - concerto 6ª feira dia 21 de Abril às 21H














Divino Sospiro
Lucia Napoli - mezzo soprano 
André Baleiro - baritono 
Barbara Barradas - soprano 
Massimo Mazzeo - direção musical
 
HARMONIA IBÉRICA DA PAIXÃO
 
 
Francisco Javier García Fajer (1730-1809)
Siete Palabras de Cristo en La Cruz

José Joaquim dos Santos (1747-1801)
Stabat Mater

Entrada Livre

Miradouro de Santa Luzia em obras


Bom, começaram as obras da CML no miradouro de Santa Luzia, dizem que é para repor tudo e em condições, oxalá. Espero que reponham tudo como deve ser, ou seja,a calçada portuguesa, os canteiros, flores, buxo... e já agora não estropiem ainda mais as pobres das buganvílias...credo era assim tão difícil manter isto em condições?

Fotos (actuais) de Pedro Machado e antiga (anos 70) da Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian

19/04/2017

Mais um abate de árvores no Parque Florestal de Monsanto.


Por Artur Lourenço, in Facebook: «Mais um abate de árvores no Parque Florestal de Monsanto.

Por muito que todos os responsáveis políticos digam que Monsanto é sagrado, por muito que repitam que em Monsanto não se toca, por muito que digam que as dentadas em Monsanto são coisa do passado, por muitos certificados que consigam a realidade é sempre a mesma e repetitiva: É preciso um terreno? É em Monsanto. Polos universitários, alargamentos de auto-estradas, festas académicas, interesses privados que delapidam o espaço publico... tudo é pretexto para roubar espaço e sobretudo para abater árvores. É o caso recente do terreno junto ao bairro da Boavista, árvores abatidas para mais um campo de Rugby. Monsanto sempre à disposição dos interesses de quem tem influência sobre o poder politico. Será que isto alguma vez tem fim ? Infelizmente começo a pensar que não e que o crime acaba por compensar quase sempre.»

Assim vai a calçada portuguesa pelo Mundo!


«Desengane-se quem pensar que ela só está presente em Portugal continental e insular e nos restantes países lusófonos, basta ver a legenda das fotografias para perceber que está em muitos mais lugares que os apresentados nesta mapa que, já por si, é surpreendente.

No Brasil é classificada como património artístico pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro dedicou mais de um mês em 2015 à calçada portuguesa que teve a colaboração estreita do Museu da Cidade de Lisboa com a cedência e muito material histórico.

Desde 1500 que foram construídas calçadas portuguesas no Brasil, na Guiné, em S. Tomé e Príncipe, em Angola, em Cabo Verde, em Timor, em Moçambique, em Macau e Goa e, depois, noutro local qualquer onde um português anónimo quis perpetuar as suas origens.

A famosa luz de Lisboa, em grande parte é devida à calçada portuguesa que reflecte a luz, como a neve ou qualquer superfície branca polida - tão simples como isto! [...]»

15/04/2017

"TERRAMOTOURISM" (2013-2016)



TERRAMOTOURISM | O Documentario from Left Hand Rotation on Vimeo.

Do colectivo Left Hand Rotation (baseado em Lisboa), após 4 anos de recolha de imagens na cidade de Lisboa e sobre o processo de turistificação e gentrificação que está a acontecer na cidade. Obrigado!!!

Arte (obra) total em Lisboa de Victor Palla - Bento D`Almeida....

Fábrica Kores, Lisboa, 1955. Foto de Cisneiros de Faria


Curadoria 
Patrícia Bento d’Almeida com João Palla Martins  
A obra do atelier dos arquitetos Victor Palla (1922-2006) e Joaquim Bento d’Almeida (1918-1997), reconhecida pela historiografia e crítica da arquitetura portuguesa, ainda não foi alvo de exposição pública. Fazendo parte de uma geração de arquitetos que adere aos princípios do Movimento Moderno, a atividade profissional desta dupla manifestou-se ao longo de 25 anos (1947-1973). Contando mais de 700 projetos, foram responsáveis pela modernização de inúmeros estabelecimentos comerciais, fábricas, escolas primárias, habitação permanente (moradias unifamiliares e edifícios de habitação multifamiliar) e temporária (hotéis e aldeamentos turísticos), estendendo ainda a atividade às áreas do design e das artes.
Celebrizados como precursores na introdução em Portugal do modelo americano de snack-bar, durante dezassete anos, foram também encarregues dos projetos das moradias unifamiliares que a revista EVA sorteava no Natal.
De terça a domingo entre as 10h e as 18h (última entrada às 17h30)
Visitas Guiadas
Galeto – 22 de abril | 11h00
Escola EB1 Santa Maria dos Olivais – 6 de maio | 11h00
Contactos Garagem Sul(+351) 213 612 614/5

Entrevista a Paula Silva diretora-geral do Património Cultural....

foto: Gustavo Bom / Global Images

"Há pouco mais de um ano à frente da Direção-Geral do Património Cultural, Paula Silva defende o papel do património como elemento dinamizador da economia e do desenvolvimento regional. Fala com satisfação do aumento de visitas neste primeiro trimestre do ano e garante que apenas a Torre de Belém já atingiu a sua capacidade máxima."

Pode ler o resto aqui no DN de hoje

12/04/2017

E que lindo e "confortável" é este piso "à la" cais de metro, que passa a vigorar em pleno Campo das Cebolas! Bah!


Tabacaria Mónaco - pedido à CML para intimar Banco de Portugal a fazer obras de recuperação do tecto

Exmo. Senhor
Vereador Manuel Salgado


C.c. PCML, Banco de Portugal, AML e media

Como é do conhecimento de V. Exa., a Tabacaria Mónaco, uma das lojas mais antigas, mais belas e mais históricas de Lisboa, encontra-se Em Vias de Classificação como Monumento de Interesse Público (conforme projecto de decisão publicado em D.R., anúncio n.º 242/2016), para além de estar inserida no conjunto classificado da Baixa Pombalina, no Inventário Municipal e no programa “Lojas com História”;

E que a tal justíssimo reconhecimento público não serão estranhas as lindíssimas pinturas do tecto da Mónaco, da autoria de António Ramalho, que, contudo, se têm vindo a esbater e a desaparecer, mesmo, ao longo de vários anos, por força das inacreditáveis infiltrações provenientes do piso de cima, ocupado por uma cantina do Banco de Portugal! (foto de Arqueolojista).

Nesse sentido, solicitamos a V. Exa. que dê instruções aos serviços que tutela para intimarem o Banco de Portugal, proprietário do edifício, a proceder às obras necessárias no 1º andar do nº 21 da Praça Dom Pedro IV, de modo a que se evitem mais infiltrações no tecto da Mónaco, e para que custeie as indispensáveis obras de restauro cuidado do tecto, de modo a que a loja recupere toda a sua magnificência e que todos nos possamos orgulhar de que ajudámos a recuperar um património único da cidade.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Araújo, Carlos Leite de Sousa, Beatriz Empis, Inês Beleza Barreiros, Jorge Pinto, Jorge Santos Silva, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, João Oliveira Leonardo, Gonçalo Cornélio da Silva, Fátima Castanheira, Ana Alves de Sousa, José Maria Amador, Fernando Jorge e Irene Santos

Já agora, um espaço de memória de Lucien Donnat (o atelier dele era na loja do r/c), hein? Ficávamos ainda mais agradecidos.


In DN/LUSA (12.4.2017)

«Misericórdia de Lisboa fica com Coleção de Arte Asiática de Francisco Capelo

Uma parte da coleção será doada, outra parte é adquirida pela Santa Casa, e irá ser instalada no Palácio São Roque, em Lisboa.

A Coleção de Arte Asiática de Francisco Capelo passa, a partir de hoje, para o universo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), com a assinatura do contrato de transferência do acervo, disse à agência Lusa fonte da instituição.

O contrato é assinado hoje à tarde pelo provedor da SCML, Pedro Santana Lopes, pelo colecionador Francisco Capelo, e tem por objeto uma coleção de cerca de um milhar de peças, que complementa, "de forma única, o Núcleo de Arte Oriental do Museu de São Roque", segundo a SCML.»