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07/07/2022

PRR do Museu Nacional de Arqueologia - Pedido de esclarecimentos ao Sr. Ministro da Cultura

Exmo. Sr. Ministro da Cultura
Dr. Pedro Adão e Silva


CC. Sr. Primeiro-Ministro, Comissão da AR e media

Decorridos mais de seis meses sobre a cerimónia de apresentação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), e uma vez que até agora não existiu qualquer esclarecimento por parte da tutela, ou dos responsáveis pelo projecto, quanto a uma série de questões que importava esclarecer, somos a contactar V. Exa na esperança de podermos todos estar seguros quanto à segurança e ao bom propósito daquele projecto, e assim se evitarem situações como a que se verifica com a Sé de Lisboa, por exemplo.

Deste modo, e partilhando da opinião consensual de há várias décadas de que o MNA precisa de obras profundas, que o tornem mais apelativo e lhe permitam expor todo o seu acervo, gostaríamos de deixar à consideração de V. Exa. o seguinte:

1.O projecto em apreço prevê a instalação de um mega-piso subterrâneo sob a ala poente do Mosteiro dos Jerónimos, erigida no século XIX, que é, precisamente, uma zona de areias instáveis. Está assegurada a segurança estrutural do Mosteiro dos Jerónimos?
2.Estão previstas as consequências para Belém decorrentes da interrupção da drenagem da ribeira de Alcolena?
3.Os encargos previsivelmente elevadíssimos decorrentes da colocação de bombas para se extrair água do solo de forma permanente, estão assegurados pelos 25 milhões de euros anunciados?
4.As reservas do MNA vão ser colocadas no piso subterrâneo; será essa uma solução adequada e moderna?
5.Quais são os estudos em que se baseia toda esta intervenção, e porque não estão eles disponíveis ao público?
6.Fará sentido abdicar de uma das já escassas alas expositivas do MNA para ali ser colocada a recepção-bilheteira, com o argumento de que assim se tiram os visitantes da exposição ao sol e à chuva - não cremos que tais argumentos colhessem junto dos responsáveis pelos grandes museus mundiais…
7.Por fim, e aplaudindo a cedência ao MNA da designada “Torre Oca” por parte da Marinha, gostaríamos que fossem divulgados os termos e condições dessa mesma cedência.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Rui Martins, Filipe de Portugal, Irene Santos, Jorge Pinto, Madalena Martins, Fátima Castanheira, Helena Espvall, Beatriz Empis

Foto de Jose Luis Filpo Cabana (2011)

06/07/2022

Quartel (Convento) da Graça continua em degradação e abandono - pedido de esclarecimentos ao grupo SANA

À Aziriver, Lda., Património Crescente, SA, Azilis, SA e Sesimbrotel, SA (Grupo SANA)

CC. DGTF, Revive, CML, AML e DGPC, e media

Exmos. Senhores


Decorridos que estão 31 meses sobre a data de assinatura do contrato de concessão do Quartel da Graça (Convento da Graça), concessão feita ao abrigo do Programa Revive, e uma vez que a data prevista para o início da exploração daquele conjunto monumental (Monumento Nacional, Decreto n.º 29 604, DG, 1.ª série, n.º 112 de 16 maio 1939) como unidade hoteleira termina no final do presente ano, não se vislumbrando quaisquer obras em curso, apesar da publicidade em contrário;

E considerando que esta Associação tem como objecto a defesa do património edificado do distrito de Lisboa (artigo 2º dos nossos estatutos), desenvolvendo para tal as actividades que se considerem necessárias e convenientes para assegurar a sua prossecução (artigo 3º);

Solicitamos a V. Exas. que nos informem sobre quais as razões para que os pressupostos da concessão referida não tenham sido ainda materializados em obra.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Pedro Formozinho Sanchez, Jorge Pinto, Eurico de Barros, Rui Martins, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Filipe de Portugal, Helena Espvall, Maria Teresa Goulão, Maria do Rosário Reiche, Miguel Atanásio Carvalho, Irene Santos

Foto: Programa Revive

25/05/2022

Antigo edifício dos Correios do Monte Estoril - pedido de esclarecimentos à SCML

Exmo. Senhor
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Dr. Edmundo Martinho


CC. CMC, AMC, Hotel Estoril Eden e Agência Lusa

Considerando os rumores que dão como adquirida a aquisição do edifício déco-modernista dos antigos Correios do Monte Estoril, sito na Avenida de Sabóia e propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), pelo vizinho “Hotel Estoril Eden”, no pressuposto de uma demolição de ambos para futura construção de edifício único;

E tendo a Fórum Cidadania Lx – Associação como objecto a defesa do património edificado na área geográfica correspondente ao Distrito de Lisboa (in artigo 2º dos nossos estatutos);

Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre a situação de facto do antigo edifício histórico dos Correios do Monte Estoril, que se encontra abandonado e cujos efeitos do inevitável vandalismo se têm vindo a agravar durante a última década e meia, isto é, o que pretende a SCML fazer com este edifício?

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Carlos Boavida, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Irene Santos, Maria do Rosário Reiche, Maria Ramalho

23/05/2022

Palácio Sinel de Cordes - Pedido de esclarecimento à CML e Trienal de Arquitectura de Lisboa

Foto de Abinadi Meza (2019)


Exmo. Sr. Presidente da CML, Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Vereador Diogo Moura
Exma. Direcção da Trienal da Arquitectura


CC. AML, JF e Agência LUSA

No seguimento do agendamento para a Reunião Extraordinária da CML do dia 25 de Maio, da Proposta nº 255/2022, relativa à aprovação de uma adenda ao protocolo de cooperação celebrado em 2012 entre a CML e a Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa, bem como a respectiva transferência de verba;

E no rescaldo de recente visita ao Palácio Sinel de Cordes, sede actual da Trienal de Arquitectura, pudemos constatar várias situações que consideramos graves em relação à manutenção do edifício, manutenção e reabilitação que foram justificativas em 2012 para que tivesse sido despejada a escola que ali funcionava há 30 anos.

Passados 10 anos sobre a cedência do palácio à Trienal, e porque, porventura, as situações que observámos poderão não ser da exclusiva responsabilidade da inquilina, gostaríamos que nos esclareceessem sobre a razão de ser:

1 – Do péssimo estado de conservação de caixilharias e portadas em madeira, sem tinta ou com tinta a descolar-se, empenadas, etc.
2 - Da totalidade das paredes estarem num mau estado de conservação, com rebocos em destacamento e com sinais visíveis de deterioração causada, possivelmente, por suspensão de objectos ou obras de antigas exposições/ocupações, sendo estas últimas uma fonte de receita para a associação.
3 - Das magníficas portas de entrada do palácio estarem a necessitar de uma intervenção urgente para as proteger das intempéries.
4 – Da aparente ausência de manutenção dos dois belíssimos exemplares, um Celtis australis e uma Ficus macrophyla do logradouro, cujo estado geral, aliás, não faz jus aos objectivos protocolados - prevê a Trienal algum plano de arquitectura paisagista para o logradouro?

Estas dúvidas surgem-nos pelo facto de uma das contrapartidas dadas à Trienal pela cedência do espaço ter sido, justamente, a recuperação faseada do palácio. O que se viu não é nem gradual, nem faseado. É uma manutenção em níveis mínimos da pré-ruína.

Com os melhores cumprimentos

Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, Pedro Jordão, Gustavo da Cunha, Madalena Martins, Carlos Boavida, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Maria Ramalho

21/09/2021

Desapareceu Monumento a Gomes Freire de Andrade /São Julião da Barra - Pedido de esclarecimentos ao MDN

Exmo. Senhor Ministro da Defesa Nacional
Doutor João Gomes Cravinho


Como é do conhecimento de V. Exa., o monumento erigido a Gomes Freire de Andrade no local onde este foi executado, em São Julião da Barra, estava num terreno (o Recinto Gomes Freire) à guarda da Marinha, sendo a responsabilidade pela sua conservação da esfera do Exército.

Constatado no local o desaparecimento do referido monumento e a existência apenas do plinto do cruzeiro, sobre a Praia da Torre, sem que haja até ao momento qualquer esclarecimento sobre o seu paradeiro, solicitamos a V. Exa., Senhor Ministro da Defesa Nacional, que nos esclareça sobre o paradeiro deste monumento, quais as razões que levaram ao seu desaparecimento, quem tal autorizou, e se está prevista e quando a sua recolocação.

Muito obrigado.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Eurico de Barros, Luis Mascarenhas Gaivão, Maria Teresa Goulão, Beatriz Empis, Carlos Moura, Jorge Pinto, Gustavo da Cunha, Carlos Boavida

CC. PM, CEMMarinha, CEMExército, Media

04/06/2021

Alteração repentina na cobertura de prédio da Praça da Figueira/R. João das Regras - Pedido de esclarecimentos à DGPC

Exmo. Sr. Director-Geral
Eng. Bernardo Alabaça


CC. Vererador Urbanismo e Media

Serve o presente para questionarmos essa Direcção-Geral quanto ao eventual licenciamento de alteração verificada repentinamente na cobertura do edifício sito na esquina da Praça da Figueira (nº 9) com a Rua João das Regras (nº 5), com o aparecimento da mansarda, de que anexamos fotos.

Na eventualidade de a mesma não ter sido aprovada pela DGPC, quais os procedimentos que irão ser desencadeados por essa instituição no sentido de ser resposta a dignidade do edifício e da histórica praça onde se encontra, e quais as consequências se os mesmos não forem acatados pelo dono da obra.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, Gustavo da Cunha, Pedro Fonseca, António Araújo, Pedro Jordão, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Miguel Jorge, Maria do Rosário Reiche,

Fotos de Fernando Jorge

03/05/2021

Parque canino sob Palácio Belmonte (IIP) e em pleno Pátio D. Fradique - protesto à CML e JF

Exmo. Sr. Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exmo. Sr. Presidente da JF Santa Maria Maior
Dr. Miguel Coelho


CC. AML, DGPC e media

No seguimento da afixação no local da placa anunciando a construção de um parque canino no Pátio D. Fradique, ao Palácio Belmonte, e do arranque das respectivas obras já se ter dado, pedimos a V. Exas. que nos esclareçam sobre o futuro daquele local histórico, ou seja, se foi abandonada pela CML a ideia de recuperação do Pátio D. Fradique, o qual, recorde-se, foi inclusivamente objecto de concurso de ideias para o efeito.

Porque é de facto confrangedor assistirmos à criação de um parque canino naquele local, que merece um projecto de recuperação exemplar, ou, em alternativa, a criação de um jardim público.

Por outro lado, a existência de tal parque sob as janelas de um palácio, de há vários anos hotel de luxo, mas que mantém a classificação de Imóvel de Interesse Público, roça o caricato.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Bruno Palma, Vítor Vieira, Pedro Jordão, Virgílio Marques, José Maria Amador, Fátima Castanheira, Eurico de Barros, Gustavo da Cunha, Carlos Boavida, Teresa Silva Carvalho, Beatriz Empis, Pedro Mascarenhas Neves, Jorge Pinto, Helena Espvall, Ana Alves de Sousa, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria do Rosário Reiche, Marta Saraiva

Foto de Maria de Morais

...

Resposta da DGPC (25.8):

Igreja de Jesus - Substituição de caixilhos janelas em madeira por PVC - Pedido de esclarecimentos à DGPC

Exmo. Sr. Director-Geral
Eng. Bernardo Alabaça


CC. Media

Serve o presente para questionarmos essa Direcção-Geral quanto ao eventual licenciamento da obra de substituição dos caixilhos em madeira das janelas da fachada principal

da Igreja de Jesus/ Igreja das Mercês, sita no Largo de Jesus e que é classificada Imóvel de Interesse Público, por caixilharia em PVC, conforme foto de ontem documenta.

Ou seja, foi esta obra objecto de parecer da DGPC?
Na eventualidade de a mesma não ter sido aprovada pela DGPC, quais os procedimentos que irão ser desencadeados por essa instituição no sentido de ser resposta a dignidade do Monumento, e quais as consequências se os mesmos não forem acatados pelo dono da obra.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Araújo, Inês Beleza Barreiros, Helena Espvall, Júlio Amorim, Pedro Jordão, Gustavo da Cunha, Rui Martins, João Castro, Pedro Machado, Alexandre Marques da Cruz, Virgílio Marques, Henrique Chaves, Fátima Castanheira, Nuno Caiado, João Oliveira Leonardo, Carlos Boavida, Teresa Silva Carvalho, Miguel Jorge, Beatriz Empis, Jorge Pinto

Foto de Maria Pereria

14/04/2021

Garagem Liz transformada em loja Continente - pedido de correcção a proposta/projecto CML/atelier

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo

CC. SMC Arquitectos, AML, JF Arroios, DGPC e media

No seguimento do agendamento para a Reunião de CML de amanhã, dia 15 de Abril, da Proposta n.º 136/2021, referente ao processo EDI/2020/641 e à “homologação favorável condicionada do pedido de informação prévia quanto à viabilidade de realizar uma obra de alteração, ampliação e construção de” uma loja Continente na Garagem Liz, Imóvel de Interesse Público desde 1983, e edifício precioso do panorama Modernista na cidade de Lisboa, serve o presente para,

Lamentarmos a oportunidade perdida pela CML para, exercendo o direito de preferência, tornar propriedade da cidade a magnífica Garagem Liz para, depois de convenientemente restaurada, oferecê-la à população como estacionamento para residentes e comerciantes, mantendo, como é natural, os espaços comerciais existentes no rés-do-chão.

Assim sendo, estamos perante um projecto que, sendo uma solução intermédia, meia recuperação, meia adaptação a funções desgastantes e utilitárias, é de facto a solução alternativa à situação de total abandono em que se encontra desde há anos a esta parte, situação, aliás, que não compreendemos ser possível de aceitar pela CML e pela DGPC.

E sendo um projecto que se compromete a recuperar muitos elementos da fachada, há no entanto demasiadas dúvidas que se nos colocam, pelo que alertamos V. Exas. para o carácter demasiado vago da informação dada pelo requerente quanto, por exemplo, às caixilharias do piso térreo onde existiam lojas com abertura directa para a rua.

Salvo falha nossa na análise dos documentos, não compreendemos como um projecto de arquitectura não inclui nem fotos de arquivo do edifício nos seus primeiros anos de vida, nem os desenhos do projecto original.

Estando a Garagem Liz classificada Imóvel de Interesse Público, qualquer intervenção na frente de lojas do piso térreo deve ser guiada pelo desenho presente no projecto original. Como refere, e bem, a DGPC no seu parecer, o imóvel sofreu diversas intervenções ilegais que o desqualificaram muito, precisamente a frente das lojas, pelo que será neste piso que deverá haver mais rigor na reposição dos materiais, desenho, métrica e proporções das caixilharias metálicas, e isso não nos parece que conste do projecto com o nível de pormenorização exigível a um IIP.

É preciso que se mantenham as caixilharias originais, com perfis de metal elegantes, que constituem, recorde-se, um dos elementos mais significativos da identidade dos edifícios deste período histórico.

Assim parece-nos que esta Proposta agora levada a Reunião de CML assenta num projecto claramente insuficiente, que não cumpre com os requisitos de salvaguarda de um IIP, porque afirmar-se na memória descritiva (MD) simplesmente «reformulação da caixilharia térrea com carácter uniformizador e mais próximo da identidade do edifício», não só é vago como deixa margem para interpretação variada e eventuais erros. Qualquer intervenção de reconstrução da frente de lojas do piso térreo tem de assentar em documentação fidedigna nomeadamente os desenhos do projecto original e as fotografias de arquivo. A autenticidade de um imóvel classificado não fica garantida com «reformulações» e «aproximações» ainda que bem intencionadas.

De igual modo, se fala na MD da «pintura global exterior» mas sem se especificar se foram já realizadas sondagens das camadas de tinta originais e que tipo de tinta se pretende usar e a cor. Tudo isso deveria ser previamente pesquisado e os resultados analisados pela DGPC para a emissão do respectivo parecer final, e não a aprovação tout-court, sujeita a condicionantes, que ficam para “mais tarde”.

Outra dúvida diz respeito à rampa original de acesso ao piso superior de estacionamento. Este é um elemento arquitectónico - e de engenharia - que não pode de modo algum ser demolido!

Como é óbvio, estamos perante um imóvel dos primórdios da técnica do betão armado e é nesse contexto que deve ser analisada esta rampa.

Da análise dos desenhos o requerente parece propor a instalação, na fachada principal, de um dispositivo de publicidade standard da marca.

Tal como a Starbuks foi obrigada a fazer na estação do Rossio (igualmente um IIP) também aqui aconselhamos a que os autores do projecto, a CML e a DGPC pensem um dispositivo publicitário verdadeiramente adaptado ao imóvel. Por exemplo, em vez do standartizado dispositivo usado pelo supermercado - uma banal caixa de luz - recorrer a um dispositivo em néon, instalado de preferência atrás dos vãos em vidro, ou num local arquitectonicamente lógico da fachada.

Muito importante também, e não é claro nem na MD nem nos desenhos apresentados, é se a estrutura de betão armado, no seu sistema de pilares e vigas, ficará à vista ou se passamos a ter tectos falsos e outros elementos que vão obstruir visualmente o espaço.

Alertamos V. Exas. para a necessidade de se fazer um levantamento fotográfico exaustivo de todo o interior do imóvel de forma a ser possível saber quais os elementos ainda originais que importa salvaguardar e até eventualmente replicar.

Não podemos aceitar que a aparente falta de rigor nestes pontos queira dizer que se irá fazer uma adaptação da fachada ao nível do piso térreo sem rigor histórico, o que do nosso ponto de vista constituirá uma oportunidade perdida de devolver esta belíssima fachada Modernista à cidade.

Finalmente, reforçamos que é preciso que todos tenhamos a consciência que não é apenas a fachada que está classificada mas sim o edifício como um todo, por ser um testemunho notável de um momento histórico particular, com a sua cuidada proposta estética e técnica plasmada num novo sistema construtivo que se celebrava com orgulho.

Solicitamos, por isso, à CML e aos autores do projecto, Arq. Bruno Santa Marta e Arq. Rui Carreira, para terem em consideração o que aqui expomos, de modo a que a Proposta da CML seja re-apreciada à luz dos esclarecimentos e das correcções que importa assegurar a este projecto, para que a cidade se orgulhe da Garagem Liz e das suas novas funções.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Beatriz Empis, Pedro Jordão, Luís Carvalho e Rêgo, Vítor Vieira, Paulo Trancoso, Nuno Caiado, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Bruno Palma, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Alves de Sousa, Filipe e Bárbara Lopes, Gustavo da Cunha, António Araújo, Maria Ramalho

Foto in Arquivo Municipal de Lisboa

08/04/2021

Eventual arranque de carris na Rua Ferreira Borges - Pedido de esclarecimento ao PCML

Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina


C.C. AML, Vereadores da Oposição, JF Campo de Ourique, Carris e Media

Segundo informações oriundas da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, a Rua Ferreira Borges irá ser objecto de modificações várias, entre elas a retirada dos carris dos eléctricos!

Desconhecemos se este assunto é apenas do foro de algumas pessoas ou se consta de algum projecto da CML, já elaborado ou em preparação, e se o mesmo é do conhecimento de todos os Vereadores e dos senhores Deputados Municipais.

A ser verdade tal desiderato, é com profunda indignação que assistiremos à CML a praticar o contrário do que tem vindo a proclamar, e bem; a defesa dos eléctricos e a reabertura de linhas há muito encerradas e abandonadas, a reintrodução dos eléctricos em grande escala na cidade após décadas de desinvestimento e incúria pela Carris, que conduziram, como se sabe, à proliferação do automóvel e à supremacia do autocarro como meio de transporte colectivo, o que só aumenta a propensão para níveis de poluição ainda mais elevados.

Assim, cremos que,

- Essa decisão constituiria um erro grave cuja reversão sairá cara à cidade. Mais tarde ou mais cedo – e esperaríamos que bastante mais cedo – os eléctricos terão que voltar àquela rua no quadro de uma linha circular. Constou que também seriam arrancados os carris da rua de Campo de Ourique; contudo, não vemos que tal venha a implicar a inviabilização da passagem de eléctricos na Rua Ferreira Borges porque o acesso pode ser perfeitamente assegurado pelas Amoreiras, com espaço mais que suficiente, pela Rua José Gomes Ferreira.

- Essa decisão entraria em contradição com o desígnio que deveria ser de todos os poderes públicos: pugnar por transporte colectivos alternativos aos autocarros (mesmo os eléctricos) como o tram, e de, assim, contribuírem para uma melhor mobilidade e para a sustentabilidade da cidade.

Apelamos, por isso, a V. Exa., Senhor Presidente para que esclareça a cidade quanto à veracidade das informações provenientes na JF Campo de Ourique e a que, em caso algum, os carris sejam retirados da Rua Ferreira Borges.

Aproveitamos o ensejo para solicitarmos que aquando do arranjo do piso da rua, este não seja alcatroado, mas antes sejam mantidos os paralelepípedos como meio de dissuasão da velocidade automóvel.

E, atendendo às conhecidas más práticas municipais em matéria de eliminação e podas severas de árvores, queremos também apelar a que em nenhuma circunstância se toque no arvoredo, devendo este ser mantido intacto a todo o custo.

Como sempre, o Fórum Cidadania Lx mantém-se ao dispor da CML e da JF Campo de Ourique para o que for preciso.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Jordão, Helena Espvall, André Santos, Teresa Silva Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Virgílio Marques, Pedro de Souza, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, Irina Gomes, Gustavo da Cunha, Maria João Pinto, Carlos Boavida, Jorge D. Lopes, Fernando Jorge, João Pinto Soares, Irene Santos, Beatriz Empis, António Araújo, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche

Foto in Welovecampodourique

07/04/2021

Requerimento Processo de Classificação Bairro das Colónias - Pedido de esclarecimentos ao DGPC

Exmo. Senhor Director-Geral
Eng. Bernardo Alabaça


Serve o presente para solicitarmos a V. Exa., e aos Serviços da Direcção-Geral do Património Cultural, um ponto de situação sobre o processo de classificação relativo ao Bairro das Colónias, em Lisboa, cujo requerimento foi por nós entregue em Julho de 2018.

Muito obrigado.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Gustavo da Cunha, João Oliveira Leonardo, Helena Espvall, Júlio Amorim, Pedro Jordão, Fátima Castanheira, Virgílio Marques, Rui Pedro Martins, Pedro Cassiano Neves, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche, Irene Santos, Pedro Henrique Aparício

CC. MC e SEC

Foto in blog Bairro das Colónias

11/02/2021

Edifício da Av. Defensores de Chaves, 37 - Pedido de não demolição à CML

Exmo. Sr. Vereador
Eng. Ricardo Veludo


C.C. PCML, AML, JFAN e media

No seguimento de anúncio publicitário anunciando a venda de apartamentos (http://www.primeavenue.pt/empreendimento/edificio-natura-brevemente/8316019?fbclid=IwAR0bqgMqi0fD6P1IhWYqt7ayk5DGb0MpXqOlebsKjfzfV35N-DGRUeU5tvg) em prédio a construir de raiz no lote hoje ocupado pelo edifício do nº 37 da Avenida Defensores de Chaves, cuja foto anexamos;

Trata-se, como V. Exa. estará recordado, de um prédio que data de 1908 e que, portanto, é um daquele lote de prédios de uma Lisboa “Entre-Séculos” que importa recuperar e salvaguardar, sob pena de daqui a 5-6 anos nada mais existir desse período, uma vez que são prédios que são objecto sistemático da especulação imobiliária.

E o historial do prédio em questão tudo leva a crer que este seja um desses casos paradigmáticos, e até o último morador foi alvo de “bullying”, como o próprio teve ocasião de relatar numa reportagem televisiva há poucos anos.

Ou seja: os andares foram sendo vandalizados, a cobertura destelhada, os bronzes da escada, puxadores, canos, o lustre do vestíbulo da entrada, as oito figuras em mármore branco que ladeavam as escadas da entrada, foi tudo roubado… e parte do telhado ruiu, chovendo na escada.

Acresce que a sua proprietária era até há pouco tempo, segundo julgamos saber, a firma Cáfe, também ela com um historial semelhante em prédios da Av. Duque de Loulé, R. Almirante Barroso, etc., em que os prédios respectivos estiveram abandonados durante anos, resultando na sua total demolição ou alteração completa.

Acresce, ainda, que as intimações de obras emitidas pela CML em 2013 e 2014, pelo menos, não foram acatadas pelo proprietário, continuando o prédio a ser vítima das intempéries, até que se justifique um pedido de demolição, o que consideramos lamentável em termos da gestão urbanística e da autoridade da própria CML.

Pelo exposto, solicitamos a V. Exa. que nos informe se se confirma a demolição deste edifício, uma vez que não descortinamos a sua aprovação/licenciamento em sede de reunião de CML, e, por outro lado, apelamos à CML para que, como último recurso, tome posse administrativa deste edifício, procedendo às obras de recuperação do edifício para fins habitacionais, dando assim um claro sinal ao mercado de que não pactua com a especulação imobiliária e que protege o património da Lisboa “Entre-Séculos”.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, José Filipe Toga Soares, Júlio Amorim, Helena Espvall, Filipe Teixeira, Virgílio Marques, Martim Galamba, Pedro Henrique Aparício, Paulo Lopes, Bruno Rocha Ferreira, Beatriz Empis, Maria João Pinto, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Maria Ramalho, Jorge Pinto, Miguel Atanásio Carvalho, António Araújo, Nuno Caiado, Rui Martins, Alexandre Marques da Cruz, Nuno de Castro Paiva, Fátima Castanheira, Pedro Cassiano Neves, Maria do Rosário Reiche, Gustavo da Cunha

10/02/2021

Antiga cerca do Mosteiro de São Vicente - Pedido de esclarecimentos à CML

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


CC. AML, JF e media

Verificámos a presença de funcionários da CML (Departamento de Infraestruturas?) na Rua da Verónica, em trabalhos de consolidação com cimento das partes do antigo muro ali existente, que ameaçavam soltar-se para a via pública (ver foto em anexo).

Corre a informação de que o referido muro será demolido a prazo, para que a rua seja alargada e possam existir mais lugares de estacionamento automóvel.

Chamamos a atenção de V.Exas. para que tudo leva a crer que o referido muro remonte ao ano de 1834 e seja "apenas" um dos últimos troços, senão o último troço, existentes da antiga "Cerca de Recreio e Produção" do Real Mosteiro de São Vicente, e portanto, património histórico da cidade.

Por outro lado, a parte da Cerca em apreço encontra-se numa curva apertada numa rua íngreme, mas onde nem por isso deixa de haver perigo, já que é comum os automóveis ali passarem a velocidade não aconselhada. Uma vez a rua alargada, a velocidade de circulação será ainda maior, tal como a perigosidade que daí decorre para os transeuntes, numa rua onde existem muitos prédios de habitação e um liceu!

Por outro, ainda, não nos parece justificar-se a necessidade de mais estacionamento naquele arruamento, dada a existência de estacionamento junto ao Liceu Gil Vicente e dado o parque de estacionamento recentemente aberto nas traseiras do quartel de bombeiros.

Assim, solicitamos a V. Exas. que nos confirmem se existe de facto, da parte da CML, a intenção de demolir o último troço existente da antiga cerca do Convento de São Vicente.

Lembramos que há cerca de 10 anos, as obras que decorriam no Liceu Gil Vicente, destruíram diversos vestígios na área da cerca, incluindo uma casa de fresco e diversas estruturas de azulejo, sendo que alguns desses azulejos foram levados para o Museu Nacional do Azulejo, sem mais notícias até hoje.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Jordão, Júlio Amorim, Jorge Pinto, Ana Celeste Glória, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Alexandra Maia Mendonça, Rui Pedro Martins, Gustavo da Cunha, Virgílio Marques, Maria João Pinto, Eurico de Barros, Fernando Jorge, Carlos Boavida, Margarida Pardal, Gonçalo Cornélio da Silva, João Oliveira Leonardo, Miguel Jorge, Beatriz Empis, Pedro Cassiano Neves, Fátima Castanheira, António Araújo, Maria Ramalho, Bruno Palma

...

Resposta do sr. vereador João Paulo Saraiva, a 16.2.2021:

«Exmos. Senhores,

Encarrega-me o Senhor Vice-presidente, João Paulo Saraiva, de acusar a receção da mensagem, enviada ao Sr. Presidente, que desde já agradecemos e que mereceu a nossa melhor atenção.

A Câmara Municipal de Lisboa valoriza muito a participação cívica, pelo que é com muito gosto que dialoga com os(as) munícipes e considera as suas preocupações e propostas.

Encaminhámos a questão que nos colocaram aos vários serviços com competências na matéria. A Câmara não tem neste momento em marcha qualquer procedimento com vista à demolição do muro, mas apenas uma obra de reparação de partes em desagregação, determinada por uma notificação da proteção civil municipal, em ordem à salvaguarda da vida de pessoas e à proteção de bens.

Atendendo ao alerta que nos fizeram de que o muro tem valor patrimonial que importa salvaguardar, remetemos a vossa mensagem ao pelouro da cultura.

Obrigado pela ajuda a cuidar de Lisboa

Com os melhores cumprimentos,

Gabinete do Vice- Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
João Paulo Saraiva»

23/11/2020

Baixela Germain - Que futuro no futuro "museu do tesouro real"?

Exmo. Sr. Director-Geral
Eng. Bernardo Alabaça


CC. PM, MC, CML e media

À luz da entrevista que V. Exa. deu ao jornal Público no dia 21 de Novembro (https://www.publico.pt/2020/11/21/culturaipsilon/entrevista/bernardo-alabaca-nao-defendo-parta-direccaogeral-patrimonio-cultural-1940014), cremos que se torne imperativo obter o seu esclarecimento urgente quanto aos seguintes pontos:

1- Pretende a tutela lutar para que a Baixela Germain, conjunto único no seu género em todo o mundo e obra-total da ourivesaria francesa do Séc. XVIII, possa finalmente ser reunida como Património Nacional que é, para a sua leitura e fruição do público português e internacional?

2 – Quando o Director-geral afirma que “a recomposição de colecções não pode ser feita com sacrifício da identidade dos equipamentos, sob pena de estarmos a construir um à custa de uma desvalorização significativa de outros.” quer dizer que as tipologias existentes no MNAA permanecerão à guarda dessa instituição, impedindo, desse modo, a reunião da Baixela? Dito de outro modo, sacrificará a tutela este património excepcional, hoje reduzido a uma expressão parcelar, estando asseguradas as condições de exposição na extensão do Museu do Palácio Nacional da Ajuda cujas obras milionárias decorrem neste momento? Qual será, então, a “identidade” que a DGPC considera mais importante?

3 – Se assim for, como justificará a DGPC que se construa uma extensão de um museu já existente, num esforço e investimento tremendos, para que uma das colecções mais importantes se mantenha desintegrada, dispersa entre duas instituições?

4 – Como justifica V.Exa. a sua afirmação de ainda ser prematuro saber se as peças pertencentes à Baixela Germain e que estão no MNAA irão reintegrar a sua colecção de origem (é bom notar que essas peças transitaram para o MNAA a título de empréstimo e por lá foram ficando)? Prematuro, porquê? V. Exa. está em funções desde Fevereiro e este projecto mantém-se como até então, ou seja, à margem do escrutínio público.

Cremos que estamos perante um desígnio nacional, que não pode ficar refém de outros interesses ou perspectivas. Um desígnio nacional que não pode ser vítima de uma DGPC constantemente secundarizada, quando o que se pede a essa entidade é que seja capaz de criar um consenso essencial para que este conjunto único de ourivesaria francesa do século XVIII não esteja a correr o risco de continuar disperso e fragmentado. Pedimos-lhe, Senhor Director-Geral, para, por uma vez, nos deixarmos de subalternizar o Património em prol dos egos desta ou daquela personagem do momento.

Por último, tendo V. Exa. sido omisso em relação ao resto do projecto do todo Palácio Nacional da Ajuda, cumpre perguntar o que pretende a DGPC fazer em relação ao Jardim das Damas, já há muito tempo encerrado ao público, à Sala dos Serenins e ao torreão da antiga Capela Real ("Torre do Galo")?

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Araújo, Jorge Pinto, Virgílio Marques, Rui Pedro Martins, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Helena Espvall

Foto:Terrina, in MNAA

19/11/2020

Oldsmobile de Augusto Macedo ao abandono - pedido de esclarecimentos à CML e ATL

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina
Exma. Senhora Vereadora
Dra. Catarina Vaz Pinto
Exmo. Senhor Director-Executivo da ATL
Dr. Vítor Costa


C.C. AML e media

No seguimento do alerta que nos chegou ontem sobre o assunto em epígrafe, e de que fizemos eco (https://cidadanialx.blogspot.com/2020/11/taxi-de-1928-sr-augusto-macedo-deixado.html), somos a contactar V. Exas. no sentido de sabermos os motivos por que os automóveis existentes nas instalações da CML nos Olivais, mais propriamente alguns dos veículos à guarda do “núcleo de transportes históricos do município” e mais especificamente o Oldsmobile do sr. Augusto Macedo, se encontram desprotegidos no exterior daquelas instalações.

Mais solicitamos que nos esclareçam sobre o destino dado ao “museu” aberto pela CML aqui há uns 20 anos, num edifício da Avenida das Forças Armadas, aquando da doação do Rover do jornalista Fernando Pessa.

Ao que nos foi dito, o Oldsmobile de 1928, que serviu de táxi ao sr. Augusto Macedo durante muitos anos, foi ex-libris do Rossio e da cidade de Lisboa, transportou inúmeras personalidades e foi figurante num sem-número de filmagens, terá sido doado à Associação de Turismo de Lisboa pelos seus herdeiros.

Cremos que este Oldsmobile e todos os outros veículos históricos sob responsabilidade da CML e/ou do Turismo de Lisboa, merecem ser expostos em local condigno, onde possam ser admirados pelo público, pelo que sugerimos que um (ou mais) dos muitos armazéns da CML, ou por exemplo nas instalações do imenso complexo de edifícios da antiga Manutenção Militar, seja adaptado a espaço expositivo de todos eles.

Este Oldsmobile poderia, inclusive, voltar a circular, em ocasiões especiais!

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Luís Serpa, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Eurico de Barros, Maria Teresa Goulão, Carlos Moura-Carvalho, Jorge Pinto, Inês Beleza Barreiros, Rui Pedro Martins, João Pinto Soares, Paulo Lopes, Helena Espvall, Gustavo da Cunha, Paulo Trancoso, Beatriz Empis, Guilherme Pereira, Fátima Castanheira, Pedro Henrique Aparício, Nuno Vasco Franco

...

Resposta da ATL:

«Exmos Senhores:

Acuso a receção da v/ comunicação.

Esclareço que o Taxi nº 1 não foi doado à ATL, mas sim por esta adquirido aos herdeiros do Sr Augusto Macedo ( que o conduziu entre 1928 e 1997), logo a seguir ao falecimento deste, aos 95 anos..Quando adquirimos o Taxi nº 1produzimos um folheto explicativo da sua história.

Durante alguns anos, a viatura foi por nós mantida e utilizada esporadicamente em ocasiões especiais (por exemplo, visitas de alguns jornalistas). Durante esse período, a manutenção foi assegurada pela oficina que fazia esse trabalho desde o tempo do Sr Augusto Macedo, e que era a única que dispunha de algumas peças, permitindo que a viatura circulasse .

Posteriormente, esta solução deixou deixou de ser possível, pelo que acordámos com a CML que seria esta entidade a guardar e cuidar do veículo, aguardando-se uma oportunidade para a sua exposição pública, o que ainda não sucedeu.

Com os melhores cumprimentos.

Vitor Costa»

28/10/2020

Conservatório Nacional ao abandono - pedido de esclarecimentos ao ME

Exmo. Senhor Ministro da Educação
Dr. Tiago Brandão Rodrigues

CC. PM, CML, AML, DGPC, Parque Escolar e media

Passados 10 meses sobre o abandono das obras de reabilitação no Conservatório Nacional pela firma contratada para esse efeito pela empresa Parque Escolar, S.A., é com profunda tristeza e revolta que assistimos à degradação galopante do edifício nos últimos meses, que só tem vindo a acentuar significativamente o estado deficiente em que o mesmo se encontrava ao tempo do início das obras.

Constatamos a existência de janelas com vidros partidos (foto em anexo), e facilmente se imagina o que se passará no interior daquele edifício histórico da cidade e do país, cuja reabilitação foi reclamada e aguardada ansiosamente pela população ao longo dos últimos vinte anos.

Pelo exposto, e porque é de facto escandaloso e surreal o estado de incúria e subalternidade a que foi votado o Conservatório Nacional ao longo de décadas (lembramos que o CN não tem obras de conservação desde os anos 40!), vimos pelo presente solicitar a V. Exa. esclarecimentos sobre o que pretende fazer o Ministério da Educação em relação a esta situação, ou seja, se sempre se avançou para novo concurso público a fim de se encontrar um novo empreiteiro, credível, e para quando está previsto o retomar dos trabalhos de reabilitação do Conservatório.

Acresce que todos temos saudades do Salão Nobre do CN, da sua extraordinária acústica e dos tectos pintados por Malhoa.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Virgílio Marques, Leonor Areal, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Gustavo da Cunha, Nuno Caiado, Carlos Moura-Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria João Pinto, António Araújo, Fernando Jorge, Pedro Ribeiro, Helena Espvall, Henrique Chaves, Martim Galamba, Rui Pedro Martins, Beatriz Empis, José Maria Amador, Pedro Machado, Maria do Rosário Reiche, José Morais Arnaud, Inês Beleza Barreiros, Miguel Jorge, Pedro Jordão, Filipe Teixeira, Bruno Palma, Maria Ramalho, Gonçalo Cornélio da Silva e Eugénia Vasques

Foto de Leonor Areal

...

Resposta da Parque Escolar (6.11.2020):

«Exmos. Senhores,

Em resposta à V. comunicação sobre as Escolas Artísticas de Música e Dança do Conservatório Nacional, em Lisboa, que mereceu a nossa melhor atenção, incumbe-me o Conselho de Administração da Parque Escolar, E.P.E., de prestar o seguinte esclarecimento:

O contrato de empreitada para a execução das obras de reabilitação do edifício do Conservatório Nacional foi objeto de resolução sancionatória pela Parque Escolar, E.P.E., na sequência do abandono total e unilateral dos trabalhos pelo empreiteiro, tendo a Parque Escolar, E.P.E., assumido a posse administrativa do edifício.

Em resultado desta situação, existe a necessidade de atualizar as peças do projeto, face aos trabalhos concluídos e por concluir, e preparar o lançamento do novo concurso público, estando, neste momento, a decorrer esse processo. A Parque Escolar tem vindo a trabalhar para que seja possível avançar com a obra o mais breve possível. Assim, prevemos que o concurso público seja lançado em janeiro, iniciando a empreitada tão logo o contrato seja celebrado e obtenha visto do Tribunal de Contas, dando sempre cumprimento aos prazos legais estabelecidos para o respetivo processo de contratação pública.

Com os melhores cumprimentos,

Alexandra Ribeiro Secretária Geral

Parque Escolar, E.P.E.»

22/10/2020

Classificação Confeitaria Nacional e Ourivesaria Barbosa Esteves (MIP) - Pedido de esclarecimentos à SEC

Exma. Senhora
Secretária de Estado da Cultura
Arq. Ângela Ferreira


CC. MC, PCML, AML, DGPC e media

Sabia V. Ex., quando assinou em 8 de Outubro as portarias nº 613/2020 e nº 620/2020, que o subdirector-geral da DGPC, organismo que lhe propôs a classificação das lojas históricas Confeitaria Nacional e Ourivesaria Barbosa Esteves, autorizara entretanto, já em Setembro, ao despachar favoravelmente o projecto de alterações da firma Rottshire, S.A., referente ao prédio onde aquelas lojas se localizam, a demolição de elementos, que vieram a ser classificados pelas portarias publicadas no dia 19 do corrente?

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Jordão, Júlio Amorim, Rui Pedro Martins, Pedro Henrique Aparício, Gustavo da Cunha, Mariana Carvalho, Rui Pedro Barbosa, Inês Beleza Barreiros, Virgílio Marques, Pedro Cassiano Neves, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Maria do Rosário Reiche

Fotos de Artur Lourenço

Processo de classificação do Estádio Nacional - pedido de esclarecimentos à DGPC

Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça


CC. MC, SEC, CMO e media

Vimos por este meio solicitar a V. Exa. um ponto de situação sobre o processo de classificação do Estádio Nacional, designadamente sobre eventuais pronunciamentos de terceiros ocorridos durante a fase de audiência de interessados ao Anúncio nº98/2020, DR, 2.ª série, n.º 80, de 23-04-2020, que revogou parcialmente o acto de abertura do procedimento de classificação do “Estádio Nacional: Estádio de Honra, court de ténis central, edifícios anexos e mata, integrados no Centro Desportivo Nacional do Jamor”.

Mais propriamente, no que se refere à Zona Geral de Protecção e à apreciação por V. Exas. dos eventuais pedidos de suspensão da entrada em vigor do estatuto Em Vias de Classificação, que tenham sido submetidos a essa DG, com vista à aprovação de empreendimentos urbanísticos que poriam seriamente em risco a área Em Vias de Classificação, na tentativa, esperemos que vã,de reduzir a classificação do Estádio Nacional a uma patética classificação das suas bancadas.

Aproveitamos o ensejo para vos questionar sobre a integração do edifício do antigo Instituto Nacional de Educação Física, assim como a famosa ruína da zona conhecida como Quinta da Graça, que seria a primeira residência universitária ali instalada, na área Em Vias de Classificação.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Rui Pedro Barbosa, Inês Beleza Barreiros, Eurico de Barros, Jorge Pinto, Virgílio Marques, Filipe Teixeira, Rui Pedro Martins, Pedro Henrique Aparício, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Fernando Jorge, António Araújo, Pedro Janarra, Beatriz Empis, Alexandra de Carvalho Antunes, Maria do Rosário Reiche


Foto: IPDJ

17/09/2020

Estado do antigo Hospital Miguel Bombarda - pedido de informações à CML, ao Governo e à DGPC

Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Ministro das Infraestruturas e da Habitação
Dr. Pedro Nuno Santos
Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça


CC: Gab Primeiro-Ministro, AML, JF Arroios e media

Decorrido mais de 1 ano sobre o anúncio feito por V.Exas., e que saudámos, relativo à futura transformação de parte do antigo Hospital Miguel Bombarda em complexo habitacional (https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/hospital-miguel-bombarda-vai-ser-habitacao-acessivelestado-nao-perdeu-dinheiro-11093616.html), e uma vez que não existem quaisquer informações acerca de projectos e planos relativos a esse desiderato;

Solicitamos a V. Exas. que sejam divulgados os edifícios do antigo complexo hospitalar que irão ser transformados em habitação e qual o destino previsto para cada um dos edifícios existentes: edifício principal (Em Vias de Classificação desde 2014 - DR nº 192/2014, de 6 de Outubro), enfermarias em “poste telefónico” e em “U”, antiga cozinha industrial e laboratório (todos inseridos em Zona Especial de Protecção).

E que os projectos sejam posteriormente consensualizados o mais possível junto da população e de todos quantos se têm dedicado a evitar que seja destruído este importante património da cidade de Lisboa e do país.

Chamamos a atenção de V. Exas para o péssimo estado de conservação do histórico balneário D. Maria II (classificado de Interesse Público em 2001), situação que se arrasta há mais de uma década, sem que se vislumbre qualquer recuperação, pese embora as várias promessas feitas nesse sentido ao longo dos anos – existe até um importante estudo de diagnóstico feito pela firma A2P, até agora inexplicavelmente ignorado pela tutela, em que se sugere a colocação de tirantes de sustentação das arcadas do balneário, como forma de garantir o seu não deslizamento.

Igualmente, é confrangedora a situação do Pavilhão de Segurança (o famoso “Panóptico”), também ele classificado de Interesse Público em 2001, que alberga parte do espólio do Museu de Arte Outsider. Com efeito, o edifício precisa de aprumo, limpeza e manutenção, e, tão importante quanto isso, o museu precisa de ser divulgado e acarinhado para ser do conhecimento e fruição de todos, o mais rápido possível.

Podem o Governo e a CML contar sempre com o nosso empenho em contribuir para a salvaguarda e boa fruição pública do antigo Hospital Miguel Bombarda.

Aproveitamos o ensejo para perguntar ao Senhor Director-Geral do Património Cultural quanto à razão de ainda não ter sido finalizada a classificação do edifício principal do Hospital Miguel Bombarda, aberta que foi em 2014!

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Carlos Boavida, Fátima Castanheira, Pedro Ribeiro, Júlio Amorim, Bruno Palma, Jorge Pinto, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, João Oliveira Leonardo, Helena Espvall, Pedro Jordão, Fernando Jorge, Irina Gomes, Miguel de Sepúlveda Velloso, Sofia Casimiro

31/07/2020

Obras Escola Primária Teixeira Pascoaes - pedido de NÃO demolição parcial


Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça

CC. PCML, AML e media

No seguimento de notícias vindas hoje a público dando conta das obras na Escola Primária de Teixeira de Pascoaes, projectada pelo arq. Rui Jervis d'Athouguia em 1956, junto ao Bairro das Estacas, em Lisboa, e estando aquela escola Em Vias de Classificação por essa Direcção-Geral desde Abril do presente ano (Despacho de Abertura Anúncio nº 81/2020, DR, 2ª Série, nº 75, de 16-04-2020);

E considerando que nas obras em curso irão ser demolidas as grelhagens características dos pátios interiores da escola (fotos em anexo), assim desenhadas pelo Arquitecto, demolições essas constante do projecto de alterações durante a execução da obra, mas posteriores ao projecto submetido oportunamente a essa Direcção-Geral, e que foi objecto do v/parecer em Dezembro de 2019;

Alerta-se para o facto de nas obras provisórias na parte do edifício que ainda vai estando ocupado por atividades lectivas existem demolições já concretizadas e alteração dos elementos de apoio das salas, desenhados na confluência das zonas próximas das salas (os bancos das salas) e que já não poderão certamente ser repostos de acordo com o projeto de arquitetura implementado neste modelo emblemático do movimento de arquitetura moderna. 

Solicitamos a melhor intervenção de V. Exa. no sentido de impedir a demolição (escusada) das grelhagens dos pátios interiores daquela escola, por se tratar de destruição de património Em Vias de Classificação.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Aparício, Fernando Jorge, José Morais Arnaud, Virgílio Marques, João Oliveira Leonardo, Pedro Jordão, Paulo Lopes, Júlio Amorim, António Araújo, Pedro Fonseca, Guilherme Pereira, Henrique Chaves, Manuel Moreira de Araújo, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Irene Santos