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15/07/2021

S.O.S. Convento de São José de Ribamar (Algés) - Resposta a ofício da CMO

Exmo. Sr. Chefe da Unidade de Dinamização do Património Histórico
Dr. Rui Alexandre Godinho


C.C. PCMO, AMO e media

Gratos pela resposta de V. Exa. de 13 de Julho, em anexo, ao n/e-mail de 3 de Fevereiro de 2021 sobre o estado de abandono a que está votado o antigo Convento de São José de Ribamar (http://cidadanialx.blogspot.com/2021/02/sos-convento-de-sao-jose-de-ribamar.html), não podemos deixar de reafirmar o seguinte:

A Câmara Municipal de Oeiras (CMO), à semelhança das demais autarquias, pode, se assim o entender, proceder a uma série de démarches no sentido de garantir a salvaguarda do património do seu concelho, seja ele da esfera pública ou privada.

No caso presente, e tendo em conta o desiderato tornado público de que a CMO pretende ser Capital Europeia da Cultura em 2027, mais reforçado será o seu poder dissuasor junto dos proprietários deste importante património do concelho de Oeiras, designadamente fazendo:

-Cumprir o Plano Director Municipal de Oeiras (2015) no que se refere o artigo 62º;
-E dar bom uso às competências legais da CMO em termos de imposição de obras de conservação do edificado, recorrendo de imediato a obras coercivas e, se for caso disso, avançando para a declaração de interesse público do presente conjunto histórico-arquitectónico com vista à sua expropriação.

Inclusivamente, a CMO já devia ter classificado o antigo convento como Monumento de Interesse Municipal.

Não nos parece, portanto, de aceitar o argumento usado por V. Exa. de que sendo propriedade privada a CMO nada pode fazer por ela, porque não só pode como deve, vis a vis a sua candidatura ao título de Capital Europeia da Cultura em 2027, cuja propositura será tanto mais forte e ganhadora quanto abranger a recuperação de Património não tanto do que é apenas propriedade da autarquia, ou que lhe foi cedido pelo Estado, mas do património todo o Concelho.

Pode a CMO contar, sempre, com o empenho do Fórum Cidadania Lx no que toca à salvaguarda do Património de Oeiras, tal qual o de todo o distrito de Lisboa, na medida das nossas possibilidades.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Helena Espvall, Beatriz Empis, Júlio Amorim, Paulo Trancoso, Miguel Jorge, Luís Raposo, Odete Pinto, Gustavo da Cunha, André Santos, Gonçalo Cornélio da Silva, Ana Celeste Glória, Jorge Pinto, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Araújo, Carlos Boavida, Pedro Jordão, Fernando Jorge, Irene Santos

05/03/2021

4 edifícios Movimento Moderno - R. Alexandre Braga - nºs 4 a 8 - Protesto pela mudança de uso para hotel

Exmo. Sr. Vereador
Eng. Ricardo Veludo


C.C. PCML, AML, JF

Como será do conhecimento de V.Exa., encontra-se para decisão na CML um projecto de alterações, demolição, reconstrução, ampliação e mudança de uso (proc. nº 483/EDI/2020) em 4 prédios residenciais de um quarteirão residencial da Estefânia, mais precisamente na Rua Alexandre Braga, nºs 4, 4-A, 6 e 8, junto ao Jardim Constantino, com vista à sua transformação em hotel (“The Rebel Hotel”) e para os quais a CML tinha aprovado em 2017 um projecto de arquitectura para a sua reabilitação mas enquanto edifícios para habitação (proc. nº 260/EDI/2017).

Independentemente da nossa estranheza em verificarmos que, decorridos 4 anos sobre a aprovação pela CML do projecto de reabilitação, nada aconteceu aos edifícios em causa para lá da sua crescente degradação e venda a terceiros, no que se nos afigura como uma operação de especulação imobiliária;

Vimos apresentar o nosso protesto pela eventual aprovação de mudança de uso para fins de hotel, numa rua como a Rua Alexandre Braga, de sentido único, pacata, com passeios estreitos, edificado exclusivamente habitacional e inserida que está em traçado urbano consolidado. Sendo o Bairro da Estefânia uma das poucas zonas residenciais ainda relativamente acessíveis da capital, assim como livre da pressão turística, é essencial questionarmos os impactos negativos de uma unidade hoteleira desta dimensão no bairro. Dispensamos noutro bairro residencial da cidade histórica danificado pela falta de planeamento das actividades do Turismo.

Lembramos que estes 4 edifícios foram concebidos pelo Arq. Cristino da Silva (nºs 4 e 6) e Arq. João Simões (nº 4-A – oficinas e armazéns da firma de Amadeu Gaudêncio - e nº 8), estando os dois primeiros inscritos na Carta Municipal do Património (item 44.83), pelo que a mudança de uso naqueles dois edifícios (nº 4 e nº 6) da CMP só pode ser aceite à luz do artigo 30º do Regulamento do PDM se a mesma não comprometer a manutenção das respectivas características construtivas e arquitectónicas, o que a nosso ver não se verifica uma vez que será aberto um corredor em todo o comprimento dos 4 edifícios para serviço aos quartos do hotel, pelo que irá ser alterada toda a lógica construtiva e funcional com a destruição da compartimentação dos dois edifícios modernistas de Cristino da Silva, mandados construir por Amadeu Gaudêncio em 1932 e inscritos na CMP, estando prevista também a abertura de um “rooftop” contínuo, comum aos edifícios dos nº4, 6 e 8.

Como tem sido apanágio de muitos projectos imobiliários para servir a gula da indústria do Turismo, também aqui parecem estar reunidos todos os ingredientes que conduzem ao empobrecimento do património construído da nossa cidade - com a destruição irreversível do primeiro conjunto de habitação colectiva desenhado por um autor de referência, pioneiro da arquitectura nacional do Movimento Moderno, o que justificou precisamente a sua protecção na CMP. Lembramos ainda que o Arq. Luís Cristino da Silva, e a sua família, habitou um dos apartamentos deste conjunto. Não é pois defensável um projecto que ambiciona reduzir uma obra de arquitectura deste valor a uma mera fachada que se "preserva" descontextualizada e portanto sem significado. Estivéssemos em Londres, por exemplo, e já teríamos uma "blue plaque" a assinalar a memória do ilustre morador e autor.

Da nova direcção do Pelouro do Urbanismo esperamos um virar de página na apreciação deste tipo de projectos que apenas consideram o património como imagem superficial, denunciando assim que Lisboa ainda está muito aquém de um entendimento mais evoluído e sustentável do que significa «Património Cultural». É urgente alargar o horizonte da discussão e da análise de projectos desta natureza em nome da salvaguarda do bem comum. Lisboa não pode continuar a descartar elementos do seu património único e irrepetível num cumprimento simplista de interesses privados, sem benefícios indiscutíveis para as gerações futuras.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Júlio Amorim, Rui Pedro Barbosa, Gustavo da Cunha, Virgílio Marques, Beatriz Empis, Luis Carvalho e Rêgo, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Jorge Pinto, Pedro Cassiano Neves, Marta Saraiva, Luís Serpa, Maria Ramalho

28/01/2021

Edifícios Patriarcado (Cp.Mártires da Pátria)/Repúdio pela aprovação da CML/ Pedido de esclarecimentos LNEC/ Pedido de elementos ao promotor/Queixa ao MP

Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


CC. PCML, AML, JF, DGPC e media

No seguimento da aprovação em reunião de CML da última semana de Dezembro, da Proposta n.º 862/2020 referente ao projeto de arquitetura de alterações e ampliação (com demolição) nos 3 edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, do promotor Coporgest e do arq. Nuno Ministro, Processo nº 2235/EDI/2018, vimos por este modo manifestar o nosso veemente protesto pelo facto e a nossa estupefacção perante o sucedido.

Com efeito, para além de considerarmos estar perante um projecto medíocre, a vários níveis, para a zona em apreço e para os valores patrimoniais respectivos, constatamos, objectivamente, que o mesmo apresenta os seguintes problemas e incompatibilidades:

1. Tem um forte impacte (é a própria CML a reconhecê-lo no ponto 8 da Proposta nº 862) numa zona que, recordamos, está classificada Imóvel de Interesse Público desde 1996 (“Campo Santana”), DL nº 2/96 de 6 de Março de 1996, algo que nem por isso motivou a CML a colocar este projecto em discussão pública, limitando-se, em vez disso, à questão das cedências que a Lei prevê em matéria de projectos com impacte relevante.

2. Incide sobre edifícios elencados na Carta Municipal do Património (Palácio do Patriarcado e Palácio Valmor), o que no entanto não impediu que a CML ignorasse a inobservância por parte do projecto dos pontos nº 1, 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 27º do Regulamento do PDM, ponto nº 1 do artigo 29º e artigo nº 30 do mesmo Regulamento, expressamente referidos no parecer da Estrutura Consultiva Residente do PDM, Informação nº 65638/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2019, de 20 de Dezembro de 2019, nomeadamente sobre a destruição dos interiores do Palácio Valmor, considerada muito negativa por essa estrutura da CML. Ou seja, a CML, objectivamente, ignora o parecer da entidade consultiva criada no âmbito do PDM, o único órgão garante da correcta monitorização de eventuais desmandos urbanísticos em matéria de salvaguarda do Património da cidade, o que é o caso, ainda mais tendo em conta a não pronúncia clara da DGPC estando em causa o Campo Santana, IIP, e a zona de protecção da "Galeria de Sant'Ana" (parte do Aqueduto das Águas-Livres, MN), à semelhança, aliás, do que esta entidade já fez em projectos semelhantes sobre edifícios inscritos nessa zona protegida, desde logo o projecto de demolição integral, com excepção da fachada, da casa senhorial da família Vaz de Carvalho, no topo Norte do Campo Santana, algo que muito lamentamos.

3. Prevê a construção de um estacionamento em cave de 5 pisos, em plena colina, o que colide, objectivamente, com o espírito do próprio Plano Director Municipal em matéria de impermeabilização de solos, com todas as consequências nefastas para a cidade a nível do escoamento das águas subterrâneas (vide as permanentes inundações da Rua de São José, por exemplo) e previsível deteriorar das condições de estabilidade da própria colina – lembre-se os incansáveis alertas do Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, figura ímpar que a CML tanto pugna por citar. Por outro lado, a construção em subsolo neste caso afigura-se como um argumento caricado, dada a existência de um parque de estacionamento subterrâneo público em plena zona central do Campo Mártires da Pátria, feito há cerca de duas décadas (já então ao arrepio das boas práticas) e que se encontra visivelmente subaproveitado. Refere a CML que o promotor argumenta que o projecto em causa não será viável financeiramente se abdicarem das 5 caves para estacionamento, matéria que julgamos dever estar à margem da CML uma vez que não é do Interesse Público, mas sim do interesse do promotor. Esta pretensão será assim mais uma ferida no subsolo da cidade, com tudo o que daí advirá em matéria ambiental, e paradoxal, logo agora que a CML acaba de ostentar o galardão da Capital Europeia Verde 2020.

Pelo exposto, apresentamos o nosso mais veemente protesto pela aprovação referida, a qual, a nosso ver, põe em causa uma série de reprovações recentes da CML em matéria urbanística, que aplaudimos a esse pelouro, de boa-fé e em espírito construtivo, sendo que neste caso custa ainda mais a entender esta aprovação dadas as três reprovações que o projecto já tinha tido pela vereação anterior. Até porque são processos urbanísticos como o presente que têm motivado os cidadãos a recorrerem a quem de direito, sempre que entendem que as instâncias com responsabilidade na gestão da Cidade e na salvaguarda do Património não agem conforme o esperado e as competências que a Lei lhes faculta.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Júlio Amorim, Helena Espvall, Virgílio Marques, Gustavo da Cunha, Paulo Trancoso, Filipe Teixeira, Rui Pedro Martins, João Oliveira Leonardo, Nuno Caiado, Pedro de Souza, Eurico de Barros, António Araújo, Pedro Fonseca, Jorge Pinto, Luís Carvalho Rêgo, Maria Ramalho, Beatriz Empis, Pedro Jordão, Maria João Pinto, Carlos Boavida, Pedro Machado, Maria do Rosário Reiche, Jorge Lima, Filipe e Bárbara Lopes, Marta Saraiva

...

A/c do Conselho Directivo do LNEC
CC. PCML, JF e media


Exmos. Senhores

No seguimento da aprovação pela CML, em finais de Dezembro, de um projecto de alterações para três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, Rua de Santo António dos Capuchos, 90-92, Processo nº 2235/EDI/2018;

Considerando que o projecto em apreço contempla a construção em subsolo de um estacionamento em cave com 5 pisos, conforme elementos que junto anexamos, e considerando o previsível impacte que a construção em subsolo naqueles lotes terá para a estabilidade da colina e para o normal escoamento das águas, forçosamente obstruído pela sua construção;

Solicitamos a V. Exas. que nos informem se esse Laboratório foi consultado para o efeito e, em caso afirmativo, qual é o parecer emitido.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

...

Coporgest e Arq. Nuno Ministro
CC. PCML, AML, MC, DGPC e Media


Exmo. Senhores

No seguimento da aprovação pela CML, em finais de Dezembro, do v/projecto de alterações para os três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, e Rua de Santo António dos Capuchos, 90-92, e considerando que os três edifícios fazem parte do Conjunto Classificado de Interesse Público do “Campo Santana” (DL nº 2/96 de 6 de Março de 1996) e os Palácios do Patriarcado e Valmor constam da Carta Municipal do Património, respectivamente, item 24.19 e 24.20, com todas as condicionantes que tal implica,

Vimos pelo presente solicitar que tornem públicos os relatórios de engenharia de estruturas que sustentam o v/projecto, bem como todos os levantamentos fotográficos sobre todos os elementos dos interiores dos três edifícios em apreço, incluindo cozinhas, capelas/oratórios e eventuais cocheiras, bem como o levantamento botânico dos logradouros, estatuária, lagos e fontes.

E que nos indiquem qual o destino das salas de aparato dos palácios do Patriarcado e Valmor, subdividas e “mezzanizadas”, bem como a forma como pretendem salvaguardar estuques, frescos e mármores dos três edifícios, sendo o v/projecto de alterações profundas com demolição de interiores do palácio Valmor e do edifício do nº 48.

Com os melhores cumprimentos

...

Projecto de alterações a 3 edifícios do Cp. Mártires da Pátria - Queixa ao MP (3.3.2021)


Exma. Senhora Procuradora-Geral da República
Dra. Lucília Gago


No seguimento da aprovação pela CML, em 26 de Dezembro de 2020, do projecto de arquitectura, processo nº 2235/EDI/2018, relativo a alterações e ampliação em três edifícios sitos no Campo dos Mártires da Pátria, nºs 40 a 48, serve o presente para apresentarmos queixa junto da Procuradoria-Geral da República pelos motivos que apresentaremos seguidamente, e requerermos a respectiva responsabilização penal no caso de se apurarem ilegalidades na já citada aprovação.

Ponto prévios:

1. Os três imóveis a intervencionar, designados por edifício 1 (Campo Mártires da Pátria, nº 40-43, ala Norte do “Palácio Valmor”), edifício 2 (Cp. Mártires da Pátria, nº 44-46, “Palácio do Patriarcado”) e edifício 3 (Cp. Mártires da Pátria, nº 46-48) são parte integrante do Campo dos Mártires da Pátria (“Campo Santana”), conjunto classificado Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996).

Neste contexto, apresentamos queixa junto de V. Exa. por a proposta nº 862/2020 aprovada em reunião de CML de dia 22 de Dezembro de 2020, tudo leva a crer, não ter acatado o despacho do Chefe de Divisão da DSPA da DGPC, na Informação S-2020/516149, exarado a 11.02.2020, mais precisamente as condicionantes já anteriormente exigidas ao promotor, ou seja, o cumprimento dos pontos 2B e 2C do Parecer de Arquitectura, Informação nº 122/DSPA/2020 (em anexo).

2. Os edifícios 1 e 2 integram a Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico de Lisboa, respectivamente item 24.20 e item 24.19, pelo que, a nosso ver, existe um erro de apreciação no ponto 2 do parecer de arquitectura emitido pela Direcção-Geral do Património Cultural em 17.01.2020 (documento em anexo), ao referir que apenas o edifício 2 o era:

image.png

Neste contexto, apresentamos queixa pelo facto de a referida Proposta não ter acatado o parecer da Estrutura Consultiva Residente do PDM, vide Informação nº 65638/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2019, de 20 de Dezembro de 2019, no qual este órgão sublinha o incumprimento por parte do projecto 2235/EDI/2018 dos pontos nº 1, 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 27º do Regulamento do PDM, ponto nº 1 do artigo 29º e artigo nº 30 do mesmo Regulamento.

Esse incumprimento traduzir-se-á na prática, temos em crer, pela demolição dos interiores da ala Norte do antigo Palácio Valmor (item 24.20 da Carta Municipal do Património) e pela remoção e posterior remontagem de tectos e elementos decorativos do Palácio do Patriarcado (item 24.19) *

O levantamento exaustivo dos elementos de valor histórico-patrimonial dos palácios Valmor e Patriarcado, a preservar e a demolir, bem como os que sofrerão uma “remontagem”, estão sobejamente documentados no “Relatório Prévio Conservação e Restauro” (Neoépica/GPCR, Março de 2019), e “Relatório final do estudo histórico-arquitectónico e avaliação patrimonial” (por Maria Helena Barreiros, Historiadora da arte”, 2007), mas cuja digitalização não nos foi possível, mas que existem em formato papel e se encontram apensos ao processo.

Junto enviamos os seguintes documentos digitalizados:

-Aprovação do Projecto de Arquitetura (Dez.2020), CML/DMU/DLPE/Divisão de Projetos de Edifícios
-Informação Nº 49519/INF/DMURB (25.11.2020), contendo parecer da DGPC.
- Projecto de Licenciamento Arquitectura (Novembro 2020)
-Fotos retiradas do “Relatório Prévio Conservação e Restauro” (Neoépica/GPCR, Março de 2019) e do “Relatório final do estudo histórico-arquitectónico e avaliação patrimonial” (por Maria Helena Barreiros, 2007)


Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Irene Santos, Luís Serpa, António Araújo, Bruno Palma, Pedro Jordão, Fernando Jorge, José Maria Amador, Júlio Amorim, Alexandre Marques da Cruz, Virgílio Marques, Luís Carvalho e Rêgo, Helena Espvall, Maria João Pinto, Eurico de Barros, Pedro de Souza, Gonçalo Cornélio da Silva, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Maria Teresa Goulão, Jorge Pinto

proj 13196otr2020 (1).pdf
9 anexos

15/06/2020

133ª Reunião de CML - 2 Aplausos (Museu da Rádio e Atheneu) e 1 Apelo/protesto (Tabaqueira) à CML


Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


 CC. PCML, AML, DGPC e media

Serve o presente para saudar a CML, na pessoa de V. Exa., enquanto autor das propostas que serão apreciadas na 133ª reunião camarária de dia 18 do corrente, designadamente no que refere a:

*Deliberar declarar NULA a aprovação do projeto de arquitetura feita em 17/11/2017 pela CML, conhecido pomposamente como projecto “Radio Palace”, por se tratar de um projecto de alterações e ampliação do antigo Museu da Rádio, na Rua do Quelhas, da autoria do atelier ARX e tendo como promotor a Vanguard Properties (Proposta nº 302/2020).Congratulamo-nos com o teor da V/Informação nº 25650/INF/DMURB, um vez que vimos alertando a CML desde há mais de 10 anos para os considerandos que, exactamente, fundamentam a mesma. Lisboa agradece.

*Aprovar o INDEFERIMENTO do pedido de licenciamento para obras de alterações interiores e exteriores no edifício-sede do Atheneu Comercial de Lisboa, na Rua das Portas de Santo Antão (Proposta nº 295/2020), edifício histórico e de elevado valor patrimonial, recentemente classificado de Interesse Público, e indissociável de um clube histórico da cidade de Lisboa, uma agremiação cultural e desportiva que há dias perfez 140 anos!

Também aqui temos vindo a alertar a CML para a necessidade de assegurar que na reabilitação urgente que o imóvel carece, se deve garantir o restauro de todos os elementos patrimoniais, fora e dentro do imóvel, bem como a preservação da cércea do mesmo, a permeabilização de toda a sua colina, recuperando-a como mancha verde da cidade; e que o Clube ali se mantenha sediado, com o seu espólio único e, preferencialmente, assegurando-lhe as condições de viabilização que merece, mormente pelo licenciamento da escola comercial que ali funcionava.

Contudo, não podemos deixar de lamentar a proposta (n.º 301/2020) por si submetida à mesma reunião de CML, no sentido de APROVAR o pedido de informação prévia relativo à operação urbanística a desenvolver no designado Edifício Tabaqueira, em Marvila, apresentado por Wonderempire, Lda.

Tal como fizemos já por diversas vezes, voltamos a apelar à CML para que não aprove este projecto, uma vez que o mesmo irá transformar o edifício marcante da Tabaqueira - que ainda o é, apesar de estar votado há décadas ao abandono e ao vandalismo pelos seus sucessivos proprietários, EDP incluída – numa caricatura ao pretender acoplar sobre aquela um edifício contemporâneo (ver imagens 1 e 2).

Alertamos ainda V. Exa. e a CML para o processo que conduziu a este projecto, uma vez que ainda não está clara a forma como se colocou à margem o contrato com o arq. Renzo Piano e deste com a arq. Grazia Repetto (imagens 3, 4, 5 e 6), que visava a recuperação do edifício da Tabaqueira como espaço lúdico-cultural-comercial, aliás materializada num projecto de grande beleza e "equipamento âncora" para a zona, onde rareiam esses equipamentos.

Lisboa poderia perfeitamente fazer "benchmarking" do que o arq. Norman Foster está a fazer em Madrid, em edifício em tudo semelhante ao da Tabaqueira (https://cincodias.elpais.com/cincodias/2020/06/04/album/1591294723_857689.html?fbclid=IwAR32stdIYh_g9Bbttsr2VUnBs3dTTHUCKaDAF_pChVrUzY_KQd-Xyqfu9LA).

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Virgílio Marques, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Sofia Vasconcelos Casimiro, António Araújo, Alexandre Marques da Cruz, Helena Espvall, Irene Santos, Júlio Amorim, João Oliveira Leonardo, Maria Maia, Fátima Castanheira, Cláudia Ramos

21/11/2019

Arquivo Municipal de Lisboa está a morrer e com ele a história da cidade



Chegado por e-mail:

«Arquivo Municipal de Lisboa está a morrer e com ele a historia da cidade

Boa tarde
Apelamos à divulgação e a juntarem-se à concentração que se vai realizar dia 28 de Novembro de 2019 às 10 horas, junto às instalações do Arquivo Municipal de Lisboa no Bairro da Liberdade para protestar contra o estado do acervo documental da cidade que se está irremediavelmente a perder.
A concentração tem apoio do sindicato do município e dos funcionários do Arquivo que se irão concentrar oriundos dos vários polos junto a esta instalação.
O protesto é contra as condições totalmente inadequadas dos edificios onde o Arquivo de encontra instalado e que se trduz hoje em perda irreversivel do acervo da cidade.
Contamos com a presença de orgãos de comunicação social .
Divulguem também a petição pública lançada por um conjunto de funcionários I(!!!) que já foi entregue na Assembleia Municipal : "por um arquivo único e digno para o Arquivo.
Este é um acto de cidadania dos próprios funcionários do Arquivo Municipal de Lisboa.
Juntem-se á causa em defesa da memória e da história da cidade.

Um lisboeta e utilizador do Arquivo.»

Foto in site da CML

04/10/2017

Protesto pela obra de "restauro" no Palácio de Tancos


Exma. Senhora Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva,
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


C.c. PCML, AML, Vereadora Cultura e media

Somos a solicitar a v/melhor atenção para a obra em curso no Palácio dos Marqueses de Tancos, Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996), de que juntamos a fotografia possível.

Parece-nos escandaloso o que se passa com o pretenso "restauro" daquele palácio emblemático de Lisboa e antiga propriedade da CML, sendo que esta sempre justificou a aprovação do processo de alterações e ampliação apresentado pelo promotor, que o adquirira oportunamente, como contemplando a recuperação e o restauro que se impunham ao palácio.
Com efeito, não se trata de matéria apenas de mau gosto, mas de atentado ao património ali existente, mormente ao seu património azulejar que, recorde-se, é a sua maior mais-valia patrimonial, na circunstância azulejaria dos séculos XVII a XVIII.

Parece-nos evidente que:

1. A DGPC e a CML devem intervir nesta situação, embargando a obra em curso, e sancionando o promotor, no caso de se tratar, como esperamos, de um "restauro" à margem do aprovado por V. Exas.
2. A CML, doravante, tem que rever os critérios acerca da venda do seu património, mormente do seu património classificado.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Carlos Moura-Carvalho, Luís Serpa, José Maria Amador, Jorge Pinto, Ana Celeste Glória, Inês Beleza Barreiros, Maria do Rosário Reiche, Júlio Amorim, Pedro Malheiros Fonseca, Rui Martins, Luís Rêgo, António Araújo, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis, Miguel Atanázio Carvalho, Fernando Silva Grade, Filipe Lopes, Pedro Janarra, Luís Mascarenhas Galvão, Jorge Santos Silva, Maria de Morais, Miguel de Sepúlveda Velloso, João Oliveira Leonardo, Gonçalo Cornélio da Silva, Fátima Castanheira, Pedro de Souza, Virgílio Marques

(foto de José Van Zeller)

19/05/2017

Entretanto, no edifício da Rua dos Lusíadas, 15-17, já houve limpeza do matagal do jardim


Entretanto, no edifício da Rua dos Lusíadas, 15-17, motivo do nosso protesto de há dias, já houve limpeza do matagal do jardim... a mini-retro-escavadora continua lá ...mas o projecto ainda não foi aprovado, certo? Só para lembrar... (foto de Helena Espvall)