In Sol Online (3/5/2010)
«O Terreiro do Paço, em Lisboa, foi reaberto neste sábado, depois de no sábado terem sido retiradas as baias que cercavam a praça, disse à Lusa fonte da Sociedade Frente Tejo
A mesma fonte explicou que o novo piso está agora aberto à utilização da população, acrescentando que depois da missa que Bento XVI celebrará naquele local, a 11 de maio, serão colocados os andaimes para se iniciar a recuperação das fachadas dos edifícios da praça.
A mesma fonte sublinhou que o objetivo é transformar o Terreiro do Paço numa «praça para utilização das pessoas» e que as obras agora terminadas não tiveram «acréscimo de custos, nem derrapagens». Esta primeira fase de obras no Terreiro do Paço custaram cerca de 20 milhões de euros.
Na segunda feira passada, o primeiro ministro, José Sócrates, afirmou que em breve o Governo começará a concessionar espaços libertados pelos ministérios.
Na ocasião, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, afirmou ser «essencial que rapidamente sejam postos a concurso estes espaços que estão libertados por ministérios, de forma a que possam ser ocupados por restaurantes ou por pastelarias».
«Queremos ver esta praça invadida por esplanadas onde as pessoas a possam fruir verdadeiramente e onde o Estado possa também encaixar a devida renda pela utilização do seu património», apelou António Costa.
Na resposta, o primeiro ministro prometeu que brevemente «serão lançados os concursos de concessão dos espaços» libertados pelos ministérios, «para que de uma vez por todas o Terreiro do Paço fique ao serviço da cidade e dos cidadãos».
Segundo Sócrates, o Governo está já em condições de «fazer as primeiras concessões para que algumas actividades económicas se instalem no Terreiro do Paço».
Lusa/SOL»
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Verdade seja dita que a minha impressão imediata, mal calcorreio os passeios laterais e depois a placa central, independentemente de achar que o piso tem muitos losangos demasiados escuros e que a bordadura em lioz devia ser mais estreita; a minha impressão maior é de que me sinto numa praça EUROPEIA, e isso é o melhor elogio que se lhe pode fazer.
Desde a praça que conheci pintada de verde escuro e repleta de carros, que só saíam nos tempos das comemorações do 10 de Junho; ou, mais tarde, quando as manifs por ali começaram a ser moda; passando pela amarela torrada e piso de cimento ... finalmente!
Sei que o que ali está agora nada tem que ver com o projecto original, e ainda bem. Ainda em, também, que o projectista aceitou as críticas e corrigiu o projecto. Parabéns, porque não é fácil fazê-lo.
Finalmente, por favor não façam asneira na iluminação, e consigam com que o Metro corrija aquele mono do murete da escada respectiva.
Pergunta de algibeira: as possíveis esplanadas vão ultrapassar em quantos metros para fora a linha de arcadas?
03/05/2010
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7 comentários:
Também por lá andei e gostei muito. Uma bela praça .
A envolvento é tão forte que esmaga o desenho.
Mas vamos por partes, o desenho é mau, o prolongamento dos passeios,a nível com a arcada é ridículo, deveria ter sido deixado um pequeno ressalto. As diagonais acentuam os desníveis, a curva muito forçada no topo é um perfeito disparate.
Acentuar a forma quadrangular incluindo os torreões e acentuar o centro na estátua equestre é absurdo, sobretudo quando o prolongamento é terminado em frente dos torreões.
A prefusão de sinaletica, os semaforos e a panafernália de indicações, o murete do Metro são demonstrativos da falta de capacidade de lidar com a historia...a obra executada reflecte a falta de convicções, de visão espacial, e de uma relação primária com o passado por parte do autor.
Uns deixaram-nos o Cais das Colunas, outros deixaram-nos o Cais dos semáforos.
É óbvio que entre um estaleiro permanente e hoje a escolha é fácil.
Mas mais uma vez os portugueses perdem oportunidades e consomem-se recursos 20 milhões é muito dinheiro...é a cultura do 10, da mediocridade em vez da excelência.
Só tenho a criticar, para além da falta de respeito pela história do costume, mas essa livrámo-nos de ainda pior, é a excessiva força dos losangos no pavimento (porquê fazer losangos, só para ser diferente do resto da baixa inteira?) e do pavimento escolhido, que de longe parece bem mas olhando de perto para baixo é péssimo, parece que estamos no IC19.
Zonas junto as arcadas ok, o resto desilude, concordo que é nota 10/11.
Que a praça tinha urgência em ser reabilitada, ninguém tinha dúvidas.
Que esta era uma obra que ia ficar muito cara, também se sabia.
Que das precipitações e compromissos políticos iam sair várias asneiras, não tínhamos dúvidas:
1.Do que mais gostei foi de, logo na pré-inauguração, ver o nosso 1º ministro e o presidente da câmara a apanharem o sol de Lisboa naquelas cabeças, de olhos semi-cerrados, a dar entrevistas às televisões.
2.Deviam lá ter ficado pelo menos 2 horas seguidas, para saberem o que é este "estar" nesta praça, com as características que ali criaram!
3.È que uma praça é um local de estar e convívio! Não só de noite, mas também de dia.
4.Por isso é que Eugénio dos Santos criou ali a "Praça do Comércio", no âmbito do conteúdo geral de um plano fabuloso, que esta tropa ainda não entendeu...
5.E vão continuar a ter ali uma miserabilista actividade de um Terreiro do Paço, de vivências anteriores à cidade criada no pós-terramoto (tal como lhe continuam ainda a chamar).
6.As diferenças necessárias no projecto (que sofreu várias melhorias), nem seriam muitas, nem gravosas – umas árvores e pouco mais –, mas seriam sobretudo mais pretensiosas no que toca à ocupação cívica que para lá se pretende: -não tanto negócios pontuais, de brilhantina, para os amigos, em actividades “geridas” pelos artistas destas andanças, mas um uso efectivo e diário da população de Lisboa.
Quanto às “concessões” económicas que agora vão aí implementar, gostaríamos de ver processos democráticos e transparentes… (nada daquelas coisas que os jornais todas as semanas nos trazem agora ao conhecimento…)
Eu espero ansiosamente pela animação que as cabeças da CML ali vão mandar fazer aos Domingos.
Quanto à Praça em si, um dia destes hei-de ir ver, mas já percebi que é para me desgostar.
Aquela curva forçadíssima no topo, que já se percebia e da qual aqui já alguém falou, não lembrava ao careca.
Ai aqueles degraus!
Vai ali haver quedas pela certa e vai ali haver quedas PARA DENTRO DA FAIXA DE RODAGEM!
Querem apostar?
É CERTO QUE TODO O PAVIMENTO MUDOU E QUE DENTRO EM BREVE JÁ NAO VAI HAVER MAIS DESCARGAS PARA O TEJO, o que é muito importante, MAS VERDADEIRAMENTE O QUE MUDOU NO TERREIRO DO PAÇO??
Continuamos com uma praça gigante e abandonada...
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