28/11/2011

Os altos e baixos das conferências climáticas da ONU


Os altos e baixos das conferências climáticas da ONU
Quioto, 1997
Nasce um protocolo
Cinco anos após a adopção da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, nasce o Protocolo de Quioto. Não foi um parto fácil e só a inclusão de alternativas à redução de emissões domésticas (os chamados "mecanismos de flexibilidade") convenceu alguns países desenvolvidos, em particular os EUA, a aderirem. No final, foi uma conferência de sucesso, fixando uma meta de 5% de redução de emissões para o mundo industrializado até 2012, em relação a 1990.
Haia, 2000
Quioto quase ao fundo
Em Haia, o Protocolo de Quioto experimentou o seu primeiro grande abanão. Seria esta conferência a estabelecer os detalhes de funcionamento do acordo, sem os quais nenhum país o ratificaria. Mas a reunião chegou ao fim sem superar divisões sobre vários aspectos do protocolo, como a contabilização do carbono absorvido pelas florestas e solos agrícolas como parte do esforço de redução de emissões. Uma reunião intercalar em Bona, em meados de 2001, salvou Quioto in extremis, com cedências a alguns países.
Bali, 2007
Um roteiro para o futuro
Desde cedo se concluiu que Quioto não era suficiente, ainda mais sem os EUA, que abandonaram o protocolo em 2001. Foram precisos anos de negociações para se chegar a um roteiro, em Bali, com vista a um novo acordo global, mais abrangente e eficaz. Portugal, então na presidência da UE, teve um papel fundamental nesta cimeira, liderando alguns dos seus principais momentos. O roteiro previa mais dois anos de negociações. Mas, passado este prazo, não resultou.
Copenhaga, 2009
Fracasso e desilusão
Nunca uma conferência climática gerou tanta expectativa e atraiu tanta atenção. Foi uma verdadeira cimeira, no real sentido do termo, pois nela participaram os líderes de cada país, e não apenas os seus ministros. Milhares de pessoas acorreram a Copenhaga. Mas a montanha pariu um rato. O roteiro de Bali não chegou ao seu destino, descarrilando para um acordo voluntário entre alguns países, num duro golpe ao próprio processo negocial da convenção climática da ONU, baseado no consenso.
Cancún, 2010
Dose de esperança
Cancún devolveu uma réstia de esperança às conferências climáticas. Verteu para textos da ONU alguns elementos do acordo voluntário de Copenhaga, como o limite de 2ºC como aceitável para o aquecimento global até 2100. Adiou a decisão sobre o futuro de Quioto, mas determinou que devem ser estabelecidas novas metas para 2050 e criou o Fundo Verde Climático, com promessas de avultadas verbas. Mantiveram-se porém divisões insuperáveis, sobretudo entre os EUA, a UE e os países em desenvolvimento.
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Vivemos um momento decisivo da História das Civilizações na sua relação com o Planeta.
A implementação urgente da nova Revolução Industrial, Energética e Tecnológica foi prejudicada pela Crise Económica e de Representatividade Política.
Mas … Estes são Desafios Globais … que só podem ser enfrentados com a União e a Solidariedade dos Blocos Mundiais … e nunca com as fragmentações e dispersões Nacionalistas.
António Sérgio Rosa de Carvalho.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou espantado com estes posts. Grande parte da actual crise foi provocada por esta caça às bruxas denominada primeiro aquecimento global e agora alterações climáticas. Nunca sepoluiu tanto como agora e, apesar disso, o clima do nosso planeta continua serenamente a mudar, indiferente aos humanos, como o fez nos últimos milhões de anos e como o fará nos próximos milhões. A mentira alastra, sempre pronta a sacar mais dinheiro ao contribuinte. Isto apesar do métoddo científico demonstrar que esta teoria é falsa. Copenhaga foi um fracasso por causa do climategate e do frio extremo que se fez sentir na altura, que deve ter tido o efeito de congelar o entusiasmo dos congresssistas. Eu, pessoalmente, preferia que o Verão fosse eterno.Mas nem em Cancun o calor se manteve. Foi mesmo azar, tanto procuram sítios quentes para espalhar as suas mentiras, mas o raio do clima está sempre a desmenti-los!
Outra coisa que me espanta é o colocar sistemático de fotos das chaminés das fábricas e colar essas fotos ao CO2. Que diabo, será que vocês expiram aquela coisa preta que sai daquelas chaminés?! O dióxido de carbono é incolor e inodoro, pessoal! E não é um poluente; pelo contrário, é essencial à vida. Sem CO2 não há fotossíntese. Alguém desmente esta afirmação?