27/12/2011

Fim do eléctrico 18 em 2012


Fim do eléctrico 18
 em 2012
Por Irina Iglésias/ A Bola


O eléctrico 18, cujo percurso liga a Rua da Alfândega ao cemitério da Ajuda,
 vai acabar a partir de Janeiro de 2012.

A medida é consequência do acordo sobre os cortes na oferta
 de transportes públicos que o Governo apresentou
 com o «Projecto de Simplificação Tarifária
e Reformulação da Rede de Transportes da Área Metropolitana de Lisboa».
O projecto que visa o fim de 23 carreiras, incluindo a rede de madrugada,
 ligações Transtejo para a Trafaria, Seixal e Montijo ao fim-de-semana, 
vai suprimir também uma das cinco carreiras de eléctricos que persistem
 na zona de Lisboa, a 18.
Esta medida suscitou a indignação da população de Lisboa
 que se sente de alguma forma prejudicada. Apesar de não
 dificultar totalmente a mobilidade das pessoas na zona
 da Ajuda, vai terminar com uma atracção turística e
 um símbolo da cidade, havendo já uma petição em 
marcha no sentido de evitar a 'morte' da carreira 18.
Além do problema histórico-cultural, outra das questões
 levantadas por esta petição refere-se à poluição com
 as emissões do autocarro que ficará a cobrir o percurso.
Os eléctricos, que continuam a circular pela capital, 
dividem-se em duas frotas distintas, os articulados 
e os históricos remodelados.
 Fazendo parte da segunda frota, o 18 tem capacidade
 para 58 passageiros e inicia as suas viagens todos os
 dias às cinco horas, até às nove da noite, por um
 trajecto de cerca de 40 minutos e que serve vários
 bairros de Lisboa, especialmente os de Alcântara e da Ajuda.
Fotos de Sérgio Miguel Santos/ASF

O que faz a CML em relação a isto?Parece que nada.
E já agora o que faz o PSD Lisboa? Parece que também nada.


12 comentários:

Xico205 disse...

O Governo já deixou bem claro que as ligações são asseguradas, o que o governo não pode assegurar são modos de transporte insustentaveis. Uma frase tão clara e tanta gente sem a perceber!!! Como é que Portugal pode evoluir com gente desta!

Anónimo disse...

Continuamos a previligiar a energia produzida no pais.

Anónimo disse...

Mais uma medida de gente ignorante, ou malévola, que quer destruir a identidade da cidade de Lisboa.

Temos de aderir ao abaixo-assinado, por agora ...

Basta !!

Anónimo disse...

Esta carreira tem bastante potencial, bastava por o electrico a terminar no Palacio da Ajuda em vez de no cemiterio, e tinham o elctrico cheio de turistas como na carreira 28. Acho uma grande asneira da Carris.

Xico205 disse...

Não confundir serviço turistico (serviço ocasional) com serviço publico (regular).

Ponham antes um electrico da Carristur a levar turistas para o palácio.

Anónimo disse...

Óptima ideia a do término no Palácio.

Ao Xico lembro-lhe que esta carreira, assim como os Eléctricos são mais que sustentáveis pelas receitas do Turismo.

Vistas Curtas. Os Turistas vêm a Lisboa fruir a diferença e a cultura.

É a sustentabilidade do país que está em causa.

É preciso pensar com a cabeça e não com os pés.

Xico205 disse...

"Ao Xico lembro-lhe que esta carreira, assim como os Eléctricos são mais que sustentáveis pelas receitas do Turismo."

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Não é isso que diz o relatório & contas da Carris dos vários anos entre 2005 e 2009.

Não vai haver aumento de poluição com autocarros, porque os autocarros que vão circular são precisamente os que já circulam.

Por estar em causa a sustentabilidade do país, há que cortar com o prejuizo desta empresa estatal, porque da maneira que está nenhum privado a quer mesmo que fosse oferecida. Lá está, é preciso pensar com a cabeça e não com os pés.

Xico205 disse...

E chamar à Carris empresa...
...é mais uma delegação do Estado do que uma empresa.

Nenhuma empresa tem tarifas abaixo do custo por passageiro e ao dar milhões de prejuizo ao longo de duas décadas pede emprestimos sucessivos à banca para pagar salários!!! Uma empresa que tenha prejuizos de centenas de milhão em dois anos seguidos pede a insolvência e fecha as portas! A Carris acumulou-os e agora tem um passivo na casa do milhar de milhão! Em 2009 foi lucrativa em 2 milhões de euros. Mas o alivio no passivo na casa do milhar de milhão nem se nota! Tem regalias que nenhuma empresa de transporte sustentável consegue suportar. Alem dos resultados liquidos serem negativos ainda tem a divida todos os meses de amortizar os emprestimos de cerca de 600 autocarros!

Ainda querem que fique tudo na mesma!!! é mesmo não ter a minima noção de gestão nem de economia.

Capitaine Crochet disse...

Caro Xico205

Nenhuma empresa que funcione tem ladrões nos cargos altos.
A função do Estado é servir a população, e para isso que servem os impostos. Se a Carris dá prejuízo alguma coisa está mal, e não me diga que 2.85€ por viagem de eléctrico por pessoa está abaixo do custo por passageiro.
A função do Estado é governar não desgovernar. Os autocarros que fazem um percurso semelhante ao do eléctrico 18 SAO INSUFICIENTES, o electrico 18 está sempre cheio, assim como o autocarro 60.

O senhor fala de gestão e de economia, esclareça-me quanto ganham os directores da CARRIS e que carros é que nós llhes pagamos com os nossos impostos e depois venha falar-me de gestão.

Abra os olhos e veja que NOS ESTÃO A ROUBAR A TODOS - TODOS OS DIAS.

Xico205 disse...

Respondendo ao comentario das 12,56:


Ok, ofereça salarios minimos aos gestores da Carris e ofereça-lhes somente o passe Carris e veja quantos candidatos COMPETENTES tem para o cargo. Perceba uma coisa, um gestor minimamente competente só vai para lá se tiver um minimo de regalias, se não as tiver vai para outro sitio onde as tenha, ou nem sequer tinha saido do sitio onde estava. Quem é competente e tem provas dadas tem sempre oferta de emprego. Até hoje ninguem foi para a admnistração da Carris sem ter um curriculo de gestão. Um gestor duma empresa privada de transportes publicos até ganha mais que na Carris e no entanto consegue ter as empresas a dar milhões de euros de lucro todos os anos. Simplesmente não anda com politicas de parecer bem como é obrigatório nas empresas do Estado, daí os resultados que têm!

Que os governos da abrilada nos andam a roubar a todos já toda a gente sabe desde o principio do PREC em 11/3/1975. No entanto quando se fala em fazer um golpe de Estado a pôr fim à merdocracia em que vivemos vêm logo com "jasus isso é que não, a democracia é que é boa" por isso não sei do quê que o povinho se queixa, se gostam de comer merda comam-na sem estrabuxar.

Não me parece que passageiros do dia a dia dos eletricos andem a comprar tarifas de bordo mas você lá sabe! As tarifas de bordo dos eletricos e elevadores têm como fim pôr os turistas a pagar mais tendo em atenção o principio de serviço publico embora qualquer um observe que NA PRÁTICA trata-se dum serviço ocasional dada a natureza da maioria dos passageiros que adquire tarifa de bordo! Para os turistas existe um serviço regular especializado efectuado pela Carristur, mas como os turistas resolveram invadir o serviço publico, a empresa tomou medidas que acabam por salvaguardar os passageiros que andam no serviço regular, já que as tarifas de bordo são responsáveis por atrasos bastante significativos nas viagens.

Se eu disser que a maioria das empresas de maior sucesso foge aos impostos como gente grande, não se pode considerar que tem ladrões nos altos cargos?!! Eu por acaso considero que estes gestores pouco éticos são os melhores gestores. Apresentam resultados espetaculares para a empresa. Eu sei que moralmente é feio dizer isto mas entre a teoria e a prática vai esta grande diferença.

(continua)

Xico205 disse...

(continuação parte 2)

Já sei que a comentora das 12:56 está chocada com isto mas imagine o seguinte caso: você sem querer teve um azar de estar envolvido num acidente que resultou uma morte e agora levou com a acusação do ministerio publico de homicidio por negligencia que a pode levar á prisão. Você foi sempre um cidadao exemplar e está profundamente chocado e tem a pesada mágoa de ter que viver com este drama para o resto da sua vida. Vai sempre ter pesadelos e momentos de ansiedade para o resto da vida de ter tirado a vida a uma pessoa. Nunca mais na vida vai conseguir ter paz de espirito e nunca mais vai conseguir ter um sono descansado. Só isso já é castigo suficiente para NUNCA MAIS NA VIDA SE DESCUIDAR. Tem a hipotese de contratar dois advogados: um é um xoninhas de todo o tamanho que só vê teoria à frente, tirou o curso de direito com média de 19 valores e é conhecido na praça como um advogado muito inteligente que até já escreveu livros de direito e é um modelo a seguir na área do direito, mas na prática não tem arte de desenrasca e não sabe improvisar pelo que se no decorrer do julgamento o rumo da argumentação do juiz/ministerio Publico/ testemunhas/peritos se alterar do que ele previu, ele não sabe argumentar na hora e ao não conseguir ter uma argumentação que consiga dar a volta ao juiz você vai parar à prisão.

Ou prefere contratar um advogado que se licenciou com média de 12 valores o que em teoria não faz dele um bom advogado, e que conduz sempre em excesso de velocidade e que até já foi apanhado a conduzir com excesso de alcool, mas no entanto é um espetaculo de advogado no terreno. É o maior na arte de desenrasca momentâneo, pouco ético, e tem sempre na hora um poder de argumentação nem que para isso tenha que mentir mas consegue sempre que acreditem nas mentiras dele, o que faz com que consiga dar a volta ao juiz ganhando quase sempre todos os casos. Este advogado por ter fama de ser bom na praça faz-se pagar caro, no entanto em 90% dos casos o cliente dele atinge os objectivos para que o contratou.

Diga-me qual destes dois advogados contrataria? Já sei que a razão a leva a escolher o primeiro porque é o mais ético, mas num momento de aperto em que corre o risco de ir parar à prisão uns anos e se sente injustiçado porque tratou-se dum conjunto de factores em simultaneo que levou ao acidente, e os remorços com que ficou são já castigo suficientye, para além que não é a prisão que vai devolver a vida a quem morreu, vai fazer com que escolha o segundo advogado.

Este exemplo é bem claro para o tipo de gestor que se quer.

(continua)

Xico205 disse...

(continuação parte 3 e final)

Quanto à oferta da carreira 760: a Carris organiza a cadência pelo volume de passageiros conhecido atravez das validações e tarifas de bordo vendidas pelo que há resposta face à procura. Quando se vê que a oferta é insuficiente a Carris responde com mais oferta.

Aliás grande parte dos prejuizos da Carris têm a ver precisamente com a oferta sobredimensionada. Ex: Ainda há bocado assisti a dois autocarros a sair ao mesmo tempo (e a cumprir o horário) do Cais Sodré na carreira 735 com destino à Alameda! Isto por volta das 22 horas. Sabe porquê que isto acontece? Porque um deles na viagem anterior iniciou viagem na Alameda com destino ao Cais Sodré e está de novo a efectuar viagem para a Alameda, enquanto que o outro iniciou viagem no Hospital de Sta Maria para o Cais Sodré o que faz com que na Alameda se encontrem e façam o percurso juntos até ao Cais Sdré e tenha saida à mesma hora sendo que este segundo vai efectuar recolha para a estação da Musgueira, mas a folha de serviço manda-o fazer a recolha pelo percurso da carreira até à Av do Brasil, o que faz com que ande colado e vazio ao outro autocarro que sai à mesma hora para a Alameda! Numa empresa privada istyo nunca aconteceria. Isto é só um exemplo, e como este há imensos em toda a rede da Carris. Outro exemplo é a ridicula saida ao mesmo tempo de Linda a Velha e praticamente vazios dos 201 e 751 que efectuam exatamente o mesmo percurso entre LAV e Alcantara! E por norma saem os dois vazios. E a viagem de regresso deles tambem coincide no momento entre Alcantara e Linda a Velha! Há tambem o exemplo disto entre a 202 e 748, entre 36, 206 e 207 com saidas do Cais Sodré em simultaneo na partida das 5:35, etc.

Porquê que isto acontece na Carris? Porque não faz mal dar prejuizo porque dá-se a desculpa esfarrapada de sempre, é serviço publico e só por isso justifica-se que seja assim, e não faz mal dar prejuizo porque o paizinho Estado indemniza! Numa empresa privada isto jamais acontece.

Peço desculpa do testamento que acredito que seja uma seca de ler, mas muito há a dizer sobre este tema. E a partir do momento que sou criticado, tenho que me justificar para mostrar o meu ponto de vista.